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   Em busca de conhecer o sujeito - ALUNO - ou em busca do auto-conhecimento, conversamos inicialmente em um "ser" em convívio: pessoal, espiritual, familiar, social, econômico, cultural; falamos também, especificamente, no papel que a formação intelectual, teria para o futuro desse indivíduo. Durante 04 aulas, vários relatos foram apresentados e na sequencia, representou-se graficamente, em desenhos, a composição, os anseios e suas perspectivas para o futuro. Esses relatos estão exibidos no vídeo a cima. 

O grande desafio da educação básica no Brasil, nos dias de hoje, é a melhoria da qualidade nas escolas públicas. Mas, basta manter algum contato com a área da educação para perceber que existe uma crise generalizada no sistema.

De fato o estudante do Ensino Médio é um sujeito em construção, mas que já possui sua própria história e experiências, onde grande parte destas se desenvolve na escola. Considerando que as inúmeras mudanças e conflitos da idade, temos um grande desafio ao ensino dos adolescentes e jovens. Além de todas as dificuldades enfrentadas pela idade, há ainda as adversidades socioculturais e econômicas, que coloca esse sujeito numa perspectiva conflituosa, e na maioria das vezes, desigual.

       Com a expansão da oferta da educação básica a partir da década de 1990, as oportunidades de acesso se expandiram. Com a garantia desse acesso, hoje as escolas recebem alunos das classes populares, pois outrora essa mesma escola e mais especificamente o ensino médio era privilégio apenas das elites, onde a instituição chamada escola servia para preparar seus alunos para o ingresso no ensino superior.

As DCE, debatidas coletivamente pelos profissionais da educação do Paraná ao longo dos anos de 2004 a 2007 e finalizadas em 2008, constituem-se no principal Documento Orientador do currículo assumido pela Rede Estadual de Educação.

TEMÁTICA III -  O CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO, SEUS SUJEITOS E O DESAFIO DA FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL
O currículo da educação brasileira, no decorrer da história, sempre teve o caráter dualista ( às vezes enciclopédico e outras pragmático), pois visava ou a formação acadêmica ou a formação técnica. Por assim ser, não era e não é um currículo que atribuía ou atribua um sentido pleno às experiências vividas no espaço da escola.

O JOVEM COMO SUJEITO DO ENSINO MÉDIO
Nós dias de hoje ser jovem não é tanto um destino, mas sim, uma escolha de transformar e dirigir uma existência, pois eles buscam a compreensão de como  traçar seus desejos. Hoje os jovens apresentam uma maior autonomia para adentrar ao mundo dos adultos e assim construir as próprias identidades culturais, o jovem precisa construir sua identidade e entender que ela não está pronta e acabada.

Primeiramente durante a roda de conversa feita com os alunos do 3º ano, eles relataram que não são levados a sério pela sociedade em geral. E que muitos professores, pais e governantes, não escutam suas reivindicações e a escola não os preparam para a vida fora da dela, pois muitos deles ao concluírem o Ensino Médio seguem os seguintes passos, trabalhar, casar, ter filhos  e  conquistar a casa própria. Já  o Ensino Superior fica para segundo plano e os que começam poucos concluem, pois já que a vida adulta requer muitas obrigações o acesso a educação fica inacessível.