Modos de Usar

EMdiálogoMétodo para o diálogo: para o diálogo, primeiro pergunte depois escute
(Antonio Machado - Poeta espanhol, 1875-1939)

 

Caros e caras dialogantes,

O Portal EMdiálogo é uma iniciativa dos Observatórios Jovem da UFF e da Juventude da UFMG. Contamos com o apoio da Secretaria de Educação Básica do MEC para o desenvolvimento do Portal e duas outras iniciativas1. A nossa proposta é estimular e contribuir para o diálogo qualificado entre todos os interessados na melhoria das condições de oferta da escola pública de Ensino Médio no Brasil. No Portal EMdiálogo – www.emdialogo.uff.br – nossa atenção maior é para a escuta e o estímulo à participação dos jovens e das jovens estudantes.

Nosso portal EMdiálogo segue passando por modificações de forma e conteúdo para que possamos consolidar nossa proposta em âmbito nacional e estabilizar o serviço de rede social de novo tipo que buscamos proporcionar para jovens e escolas de Ensino Médio público no Brasil. Nossa tarefa não é de pouca responsabilidade, mas sentimos que avançamos a passos largos. A crescente criação de comunidades e entrada de novas universidades federais (UFC, UnB, UFSM e UFPA) compondo o leque de representação das regiões brasileiras é mais um sinal da potência de nossa iniciativa coletiva. É muito bom saber que estamos juntos!

O texto que segue é resultado do acúmulo de nossos diálogos internos e da experiência com os usuários do portal desde o seu início no ano de 2009. Sem sombra de dúvidas, contudo, foram nos últimos meses que caminhamos para consolidar este perfil de portal de comunidades temáticas abertas à hospedagem de conteúdos significativos e experiências estimuladoras do diálogo que queremos instituir entre e com os jovens das escolas de ensino médio brasileiro.

Este é um documento de orientação de uso do portal. Muito do que encontrarão aqui estará presente também nos documentos que atualizarão a “Política do Portal” e que evidenciarão nossa “Política de Privacidade On-Line” (termo que reafirmará nosso compromisso com a segurança e a privacidade das informações que coletamos dos participantes do portal).

A organização proposta foi pensada de forma que possamos constituir orientação nacional comum que garanta a unidade necessária para que a criatividade local possa florescer. Em outras palavras, buscamos o denominador comum de princípios, objetivos e funcionamento do portal e o máximo de diversidade regional que as equipes puderem articular.

  1. DOS PARTICIPANTES DO PORTAL

Aqui vamos estabelecer algumas formas de interação no Portal para os participantes. O objetivo é garantir qualidade de conteúdos e interações, assim como fluidez e segurança no funcionamento do Portal.

Além do visitante, são três as categorias de participantes: CADASTRADO, COLABORADOR e MEDIADOR.2 Peço atenção para as regras de utilização que são de fundamental importância neste momento de experimentação pelo qual estamos passando.

1.1 OS PARTICIPANTES

Perfil do Participante Permissões
Visitante
  • navegar pelo Portal
  • enviar mensagem através do formulário de contato
Cadastrado
  • comentar as matérias
  • fazer um pedido de criação de comunidade
Colaborador (as permissões do colaborador são válidas apenas nas comunidades em que o usuário tem essa função)
  • Postar Texto, Áudio e Video nas comunidades;
  • convidar pessoas para se inscrever na comunidade
  • convidar outros participantes da comunidade para serem colaboradores
Mediador
  • revisar e aprovar pedidos de comunidade

Quadro síntese das permissões segundo perfis dos participantes do Portal EMdiálogo

Participante Cadastrado: Será toda pessoa que se cadastrar no Portal, criando seu perfil. A essa pessoa será permitido somente comentar nos posts ou publicar conteúdo na comunidade Praça EMdiálogo. O participante cadastrado poderá também fazer um pedido de criação de comunidades.

Colaborador de comunidades: Será o usuário que postará conteúdos nas comunidades em que possuir essa função. O colaborador será o participante cadastrado que se inscrever em uma das comunidades já existentes ou que criar uma nova comunidade. Umas vez criada uma nova comunidade, ela poderá ter tantos colaboradores quantos decidam se inscrever nela. A moderação estará a cargo de todos os usuários do portal, que poderão denunciar qualquer publicação que não atenda à política de publicação do portal.  

 

2. COMUNIDADES

A ideia de criar um portal em torno de comunidades foi pensada com o objetivo de fornecer um ambiente colaborativo a usuários interessados em produzir conteúdo acerca de temas que mobilizem o diálogo e a atuação do público que frequenta o portal EMdiálogo, assim como ampliar o escopo das temáticas abordadas e contar com uma equipe  ampliada de parceiros comprometidos com a manutenção e atualização desses ambientes. O Portal EMdiálogo busca dar oportunidade e visibilidade para agentes que já estão produzindo em torno dos temas que mobilizam opiniões, reflexões e ações transformadoras dos cotidianos das escolas e comunidades. Esta é a iniciativa que nos permite funcionar como um agregador de conteúdo qualificado e ao mesmo tempo – e em médio prazo – construir um ambiente de referência para jovens (estudantes ou não), professores, agentes e pesquisadores ligados às temáticas da educação de um modo geral e do Ensino Médio em especial.3

A noção de que somos tecelões de rede de diálogos para a ampliação da qualidade da escola pública de Ensino Médio é o que nos anima.

Os tecelões das redes sociais são as pessoas responsáveis por criar e cultivar os pontos da rede. Imagine uma grande rede de pesca, ou mesmo uma rede do tipo espreguiçadeira, agora imagine que cada ponto foi tecido por uma pessoa diferente, em lugares diferentes e em contextos distintos, o que todos têm em comum é a possibilidade de se conectarem e trocarem informações das mais variadas possíveis, esta é a arte de tecer redes. Diferente do termo “network”, muito usado no meio empresarial, que se refere às estratégias para o desenvolvimento profissional a partir da rede de contatos de cada pessoa, o termo “netweaver” ou tecelão em português, tem a ver com reciprocidade, colaboração e compartilhamento”.4

Aqui vamos estabelecer alguns critérios de criação e acesso para as comunidades.

2.1 CRIAÇÃO DE COMUNIDADES

As comunidades poderão ser criadas a partir de propostas espontâneas de participantes cadastrados através do formulário de criação de comunidades do portal, cujo acesso se dá por meio do botão "Faltou tema? Crie uma comunidade" presente na página inicial do Portal.

Antes de solicitar a criação de uma nova comunidade é importante verificar se a temática já está presente em outro grupo e então avaliar a possibilidade unir forças. A diversidade de temáticas é tão importante para o Portal EMdiálogo quanto o debate coletivo e colaborativo proporcionado pela reunião em torno de temas de interesse.

Caso a comunidade solicitada possua uma temática semelhante a outras existentes o usuário terá que especificar na sua descrição a diferença fundamental que justifique a formação de um novo grupo.

Todas as propostas de criação de comunidades passarão pela avaliação do Mediador e dependerão da aprovação do mesmo para serem publicadas. Assim que uma comunidade for solicitada através do formulário do Portal, os mediadores serão informados e avaliarão a proposta. Caso a mesma se coadune com a política do Portal, a comunidade será encaminhada para editoração e publicação. Os mediadores podem entrar em contato com os proponentes com fins da realização de ajustes na proposta de criação de comunidade.

 

 

3. DAS ATIVIDADES ESPERADAS DOS COLABORADORES DE COMUNIDADES

GARIMPAR bons conteúdos na internet e publicá-los nas comunidades temáticas. Esta atividade deve procurar estimular o diálogo e ampliar as fontes de informação e conhecimento dos participantes. Neste sentido, espera-se que editores e colaboradores não apenas publiquem o conteúdo (vídeo, áudio ou texto), mas que produzam também argumentos sobre o mesmo. A perspectiva é a de indicar os motivos pelos quais julgou o conteúdo publicado significativo para a comunidade.

PRODUZIR conteúdos de forma autoral seguindo pautas específicas das comunidades ou em diálogo com os jovens nas oficinas desenvolvidas nas escolas.

COMENTAR os conteúdos publicados animando as comunidades, mediando conflitos e alargando o campo de informações e conhecimentos dos usuários.

CONVIDAR novos participantes e novos colaboradores atentos à diversificação e qualidade de comunidades que pretendemos estimular como característica do portal.

COMPARTILHAR para as redes sociais os conteúdos publicados nas comunidades do Portal. Através dos botões específicos na página (Facebook - curtir/compartilhar; Twitter; Google+ etc)..

_________
[1] Destacamos: a produção coletiva de um livro sobre a juventude e o Ensino Médio (no prelo); o curso semipresencial (JUBEMI) para professores do Programa Ensino Médio Inovador; e o Festival Nacional Imagens EMdiálogo

[2] A função de “mediador” se relaciona com o trabalho de coordenação, administração e suporte técnico do portal.  Este serviço está a cargo das equipes coordenadoras da UFF e UFMG. O mediador aprova a criação de novas comunidades, faz convite para novos colaboradores, supervisiona as atividades nas diferentes comunidades e busca compatibilizar possíveis duplicidades na criação de novas comunidades.

[3] Extraído do documento Relatório de Atualização do Portal EMdiálogo (Diálogos com o Ensino Médio) Versão 24/03/2012. Autoria de Ana Paula Serrano.

[4] Extraído do documento Redes e tecelões - Versão 1.0. Autoria de Michel Montandom. Belo Horizonte – MG - 23/02/2012.

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imagem de berenice aparecida dos santos

como a quimica em nossa casa pode modificar o meio ambiente

artigo
COMO A QUIMICA EM NOSSA CASA PODE MODIFICAR O MEIO

AMBIENTE

Berenice Aparecida dos Santos1

Dra Neide Hiroko Takata2

RESUMO:

Este trabalho visa apresentar os resultados da aplicação de uma pesquisa
desenvolvida durante o Programa de Desenvolvimento Educacional -PDE, a
fim de demonstrar aos alunos o processo de ensino/aprendizagem da Química
como uma prática diária e atraente em diversas áreas do conhecimento. O
desenvolvimento do trabalho foi realizado pela compreensão de conceitos
científicos e o desafio da pesquisa no laboratório da escola, utilizando recursos
didáticos que permitiram integrar o ensino e a aprendizagem da Química à
Educação Ambiental de forma ativa e transformadora, a partir dos conceitos
discutidos. A pesquisa foi desenvolvida em uma turma do Curso Técnico
Integrado de Meio Ambiente, através da leitura de textos, práticas
experimentais e do desenvolvimento da consciência ambiental, buscando
contextualizar a Química à prática diária dos alunos. A metodologia do estudo
teve como objetivo identificar as propriedades físicas e químicas dos polímeros,
a importância da reciclagem, o descarte de pilhas e lâmpadas LED, como
reduzir o impacto desses materiais no ambiente, bem como a construção de
uma minhocário de detritos orgânicos e coleta de óleo comestível. Os
resultados demonstraram que o ensino da Química possibilita desenvolver e
integrar o educando à Educação Ambiental, de forma prática e concreta.

Palavras-chave: Meio Ambiente; Química; Casa.

ABSTRACT

This paper aims to present the results of the implementation of a research
developed during the Educational Development Program -EDP, in order to
demonstrate to students the process of teaching/learning of Chemistry as a
daily and attractive practice present in several areas of knowledge. The
development of work was held by the understanding of scientific concepts and
the challenge to research in the school laboratory, using teaching resources
that allowed integrating the teaching and learning of Chemistry to
Environmental Education in an active and transforming way from the concepts

1 Pós-graduação em Físico Química,Graduação em Química,atua C.E Fco C. Martins
2Dr. Em química, atua na UNICENTRO - CEDETEG

discussed. The research was developed in a class of Technical Course
Integrated of Environment, through text reading, experimental practices and the
development of environmental awareness, seeking to contextualize the
Chemistry to students’ daily practice. The methodology of the study aimed to
identify the physical and chemical properties of polymers, the importance of
recycling, the disposal of batteries and LED bulbs, how to reduce the impact of
these materials into the environment, as well as the construction of an worm
farm from organic waste and gathering of comestible oil. The results have
demonstrated that the teaching of Chemistry allows the students develop and
integrate to environmental education in a practical and concrete way.

Keywords: Environment; Chemistry; Home.

1. Introdução
O enfoque ambiental tem sido tema de grande interesse nas discussões

mundiais sobre mudança climática, porque o mesmo influi em praticamente

todos os aspectos da vida do homem, como plantio, lazer, exploração de

recursos naturais e a própria continuidade da vida. As instituições públicas,

órgãos governamentais, empresários, industriais e até mesmo proprietários

rurais estão preocupados com a preservação do meio ambiente promovendo

políticas de conservação ambiental, com a conscientização de seus

funcionários. Como se não bastasse, há uma infinidade de ONGs

Organizações Não Governamentais centradas em um ambiente saudável com

adoção de projetos e medidas em caráter de urgência para resguardar um

futuro ecologicamente equilibrado.

Segundo Graeml (2006, p.123)

Ao inserir a variável ambiental em sua empresa, o empreendedor
terá todas as condições objetivas para o sucesso ambiental de seu
empreendimento, o que contribuirá para a conquista de mercados e
clientes que exigem um novo relacionamento do ser humano com
ambiente, em busca da melhoria da qualidade de vida e de um
planeta sustentável. (Graeml, 2006, p.123)

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A excessiva utilização pelo homem dos recursos naturais, renováveis e não
renováveis e o descarte de resíduos destes recursos sem a devida
responsabilidade ambiental traduz em efeito estufa, aquecimento global,
desmatamento de florestas, poluição das águas e solos. A Gestão Ambiental é
formada por boas práticas pelas quais as empresas, entidades educacionais
busquem melhorar seus processos na tentativa de minimizar os impactos
causados ao ambiente por suas atividades.Neste contexto, surge o conceito de
sustentabilidade, definido em 1987 pelo Relatório Brundtland elaborado pela
Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU
(Organização das Nações Unidas), da seguinte maneira: "Desenvolvimento
sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem
comprometer a possibilidade de as futuras gerações atenderem às suas
próprias necessidades". Esse conceito apoia-se no tripé: atividade econômica,
meio ambiente e bem-estar da comunidade. A ideia do desenvolvimento
sustentável é promover a harmonia entre essas partes para melhorar a
qualidade de vida das populações, equilibrar o desenvolvimento
socioeconômico entre os países, preservar e conservar o meio ambiente e
controlar recursos naturais essenciais, como água e alimentos. Desde a
década de 50 nos países desenvolvidos a questão ambiental preocupava os
ambientalistas visto que o conceito de sustentabilidade ligado à preservação
do meio ambiente é uma ideia recente, pois o fato é que a partir desta época
ficaram evidentes, o crescimento econômico e a industrialização pois
causavam ao meio ambiente,as dificuldades de manter o desenvolvimento de
uma nação pois começaria o esgotamento dos recursos naturais. Na teoria
econômica clássica a ideia de sustentabilidade se relacionava com a expansão
de um setor moderno, representado pela indústria e os serviços, que
englobasse os setores mais tradicionais, como a agricultura. Assim, de acordo
com Rostow (1963), "os surtos esporádicos de crescimentos seriam
substituídos por uma capacidade de acumulação endogeneizada através da
consolidação de uma indústria pesada, capaz de garantir internamente sua

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reprodução ampliada” (EGLER, 1993). Este sistema seria garantido por uma
crescente participação das poupanças voluntárias na renda nacional. Com a
expansão dos movimentos ambientalistas tratou-se de definir desenvolvimento
sustentável como a interação de crescimento econômico e conservação da
natureza (PROJETO ÁRIDAS, 1995). Partindo da noção básica de
desenvolvimento, qual seja: "A combinação da expansão econômica
persistente (crescimento) com a ampla difusão dos benefícios deste
crescimento entre a população". (GOMES,1995) formula uma definição
moderna e atual que combina desenvolvimento e sustentabilidade ecológica.
Assim, desenvolvimento sustentável pressupõe a expansão econômica
permanente, com melhorias nos indicadores sociais e a preservação ambiental.

Neste trabalho foi desenvolvido com alunos do Ensino Médio
Profissionalizante – Curso do Meio Ambiente, inicialmente será enfatizado a
importância de conscientizá-los a respeito da questão ambiental na atualidade,
para propor um trabalho coerente com a realidade local, bem como de acordo
com os recursos disponíveis. A disciplina de Química, observa-se que muitos
produtos/objetos considerados descartáveis pela sociedade de consumo são
passíveis de reciclagem, ou ainda para produzir novos produtos. E isto é de
extrema necessidade considerando o quadro atual de nosso meio ambiente,
pois tais materiais para se reintegrar ao meio ambiente demoram muitos anos,
até mesmo séculos, provocando risco de vivermos num lixão em breve se não
for tomada a devida providência, e esta que não cabe somente ao pode
público, mas a todo cidadão consciente de seu papel neste contexto. A
questão do lixo é encarada como um excelente instrumento de educação
ambiental, por fazer parte do cotidiano de cada um de nós. A responsabilidade
por um Meio Ambiente equilibrado não é papel somente do Poder Público ou
das empresas, unicamente, mas de cada cidadão. As ações têm que partir de
cada pessoa, e vão das ações mais simples às mais complexas, tendo em vista
melhores resultados na qualidade de vida das pessoas. Segundo Rodrigues;

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A palavra Lixo, deriva do termo latim lix, significa “cinza”. No
dicionário, ela é definida como sujeira, imundície, coisa ou coisas
inúteis, velhas sem valor. Lixo, na linguagem técnica , é sinônimo de
resíduo sólido e é representado por matérias descartadas pelas
atividades humanas. Gerenciar lixo, na concepção da palavra
significa cuidar dele do berço ao túmulo. Esta expressão, “do berço
ao túmulo”, define muito bem como deve ser o gerenciamento do lixo
nos dias de hoje: desde sua geração, seleção e disposição.
( Cavinatto, 1997,p.08).

No enfoque de GRIPPI (2001 p.1) ao verificar fatos da história, nos
encontramos hoje em uma situação sem precedentes com relação ao lixo:
nossos espaços de reserva estão diminuindo e a Terra parece que está se
tornando pequena demais para a crescente população mundial. A pressão do
homem sobre a Terra é cada vez maior, causando desequilíbrio em seus
ecossistemas, afetando até mesmo a biodiversidade das espécies. A falta de
avaliação de impactos ambientais para a instalação de aterros contribui e omite
este grave problema. Portanto, a ideia do papel da Educação Ambiental na
sociedade e em um contexto histórico-cultural determinado, será privilegiado
neste projeto, ao contrário de uma visão conservadora baseada na mera
transmissão de conteúdos descontextualizados (CASTRO 2000 p.16):

Devemos relembrar que a educação ambiental, através de sua
especificidade, ou seja, de sua preocupação com a situação geral
(mundial) e particular (regional, local), atende e retoma as
finalidades amplas da educação e integram essa especificidade o
atendimento de fatores que interferem nos problemas ambientais, sob
aspectos econômicos,sociais,políticos e ecológicos:a aquisição de
valores, atitude de compromisso e de habilidade necessários para a
proteção de conduta orientada para a preservação, melhoria da
qualidade do meio ambiente(CASTRO SPAZZIANI,1998,p. 195 ).

Até hoje, no Brasil, a maior parte dos resíduos recolhidos nos centros

urbanos é simplesmente jogada sem qualquer cuidado em depósitos existente

nas periferias das cidades conforme RODRIGUES; CAVINATTO (1997, p 10).

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Embora as perspectivas dos seres humanos variam no espaço e no tempo,
todo interesse humano se localiza em algum ponto no gráfico do espaço-
tempo. A maioria da população mundial preocupa-se com questão que afetam
somente a família ou os amigos, em períodos curtos de tempo. Outros olham
mais a frente, ou tem visão mais ampla -uma cidade ou nação. Apenas muito
poucas pessoas têm uma perspectiva global que se projeta em um futuro
distante.

As Diretrizes Curriculares(DCE) propõem uma prática pedagógica que
leve à integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo
metodológico. Para isso é necessário superar práticas pedagógicas centradas
num único método e baseadas em aulas de laboratório (KRASILCHIK, 1987)
que visam tão somente a comprovação de teorias e leis apresentadas
previamente aos alunos.

Ainda conforme as Diretrizes Curriculares, ao selecionar os conteúdos
para a disciplina de Química, o professor deverá organizar o trabalho docente
tendo como referências: o tempo disponível para o trabalho pedagógico
(horas/aula semanais); o Projeto Político Pedagógico da escola, os interesses
da realidade local e regional onde a escola está inserida, a análise crítica dos
livros didáticos de Química disponíveis e informações atualizadas sobre os
avanços da produção científica.

Na organização do plano de trabalho docente espera-se que o professor
reflita a respeito das relações a serem estabelecidas entre os conteúdos, os
recursos pedagógicos disponíveis e as estratégias de ensino. Para isso é
necessário que os conteúdos específicos de Química sejam entendidos em sua
complexidade de relações conceituais, de maneira interdisciplinar com áreas
de conhecimento físico, químico e biológico, envolvendo contextos
tecnológico, social, cultural, ético e político.
O professor, como responsável pela mediação entre o conhecimento científico
escolar representado por conceitos e modelos e as concepções alternativas
dos estudantes, deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos que

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utilizem recursos diversos, planejados com antecedência para assegurar a
interatividade no processo ensino-aprendizagem e a construção de conceitos
de forma significativa para os estudantes. Diante da importância da
organização do plano de trabalho docente e da existência de várias estratégias
a serem utilizadas em aula, entende-se que a opção por uma delas, tão
somente, não contribui para um trabalho pedagógico de qualidade. É
importante que o professor tenha autonomia para fazer uso de diferentes
recursos e estratégias, de modo que o processo ensino-aprendizagem em
Química resulte de uma rede de interações sociais entre estudantes,
professores e o conhecimento científico.

2.METODOLOGIA

Dentro do contexto sócio político cultural ambiental , a educação vem
passando por transformações, onde a geração atual está preocupada com o
meio ambiente mas de forma superficial, sendo que a visão dos educandos é
restrita e, eles sabem o que vai acarretar ao planeta diante das destruições,
envolvendo o produção e descartes polímeros, lixo domiciliar, óleo comestível,
pilhas e baterias e lâmpadas fluorescentes.

Como estes assuntos são de grande interesse ambiental , o trabalho
desenvolvido com o tema já exposto, teve a sua implementação em agosto de
2009 , com a elaboração de questões pertinentes ao assunto aplicados aos 48
alunos da 2ª série do Curso Técnico em Meio Ambiente .

O questionário aplicado aos alunos, em anexo 1, mostra que a faixa dos
alunos entrevistados é entre 14 a 18 anos e, no momento das discussões
surgiram várias indagações quanto ao ramo de trabalho que pretendem atuar,
dentre elas, citam direito ambiental, veterinária, agronomia, bióloga, arte
educação, arquitetura, medicina, psicologia. No entanto, 71% escolheu gestão
ambiental, conforme figura nº1 abaixo.

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GESTAO AMBIENTAL
71%
DIREITO 8%
MEDICINA 6%
AGRONOMO 5%
VETERINARIOS
4%
BIÓLOGOS 3%
ARQUITETURA3%
Figura nº 1 -Porcentagem dos alunos com relação a escolha de cursos de acordo
com uma das perguntas elaboradas no questionário aplicado.

E quando tratamos da educação ambiental, logo pensamos de que
forma podemos conservar. Neste quesito, a maioria das respostas
conscientemente foi a separação do lixo do orgânico, mas em debate coletivo
verificou-se que ainda uma grande maioria tanto dos educandos e da sua
comunidade a que pertence ainda não tem a consciência de separar o lixo e,
entre estas separações um dos maiores impactos ambientais está no óleo de
cozinha usado, pois 80% dos entrevistados jogam o resíduo de óleo no ralo da
pia e, apenas 10% utilizam para a fabricação do sabão. Quando foi comentado
em reaproveitar os materiais recicláveis, o mais citado foi o plástico e o papel,
mas na discussão de quais os materiais não são recicláveis, houve vários
questionamentos que foram trabalhados posteriormente. No assunto
relacionado a lâmpadas fluorescentes, todos responderam que não sabiam o
que fazer quando estas não funcionam mais. Quanto a pilhas e baterias, 40%
dos alunos comentaram que não jogam no lixo comum e, apenas 10% sabem
corretamente o que fazer com celulares usados quando estão inutilizados. , e
90% dos entrevistados mostrou o quanto devemos nos preocupar com o

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planeta modificando a nossa sociedade , como agentes educacionais pois
desta forma irá beneficiar todo sociedade a fim de obtermos um futuro melhor.
Fiz algumas alterações.

Em agosto de 2010, a turma do 2ª ano do Curso técnico em Meio
Ambiente desenvolveu varias atividades no período de 6 meses.

Sob esta concepção e, a partir de conhecimentos formais , para
melhoria da prática cotidiana de cada aluno , os temas estabelecidos tornou-se
interessante quando foi abordado de forma explicativa e envolvente no que diz
respeito à disciplina de química ao meio ambiente.

O 1º tema abordado foi sobre “ O plástico e o meio ambiente”,
explicando aos alunos de forma dinâmica os conceitos atribuídos aos
polímeros, suas classificações, divisões, propriedades e algumas aplicações.

Os alunos trouxeram diversos tipos de polímeros utilizados em suas
casas e, foram ao laboratório a fim de identificar as suas características físicas
e químicas, e o porque da sua simbologia em cada tipo de plástico. A tabela
em anexo 2 mostra os símbolos empregados e os mais aplicados aos
diferentes tipos de polímeros .

Para a compreensão melhor destes polímeros desenvolveu-se o
procedimento experimental, `Caracterização dos Polímeros`, anexo 3. A turma
foi dividida em grupos de cinco alunos cada totalizando oito grupos com o
objetivo de caracterizar os diferentes polímeros a partir de características
físicas e químicas.

Durante as semanas trabalhadas sobre polímeros , os alunos participaram
de aulas no contra-turno, aonde na leitura complementar sobre “sacolas
oxi-biodegradáveis”, foi apresentado um vídeo no site www.resbrasil.com.br,
sobre a diferença das sacolas biodegradáveis e oxi -biodegradáveis e o que
elas podem causar no planeta, com o uso inadequado.

A segunda metodologia aplicada foi com o tema “PILHAS E BATERIAS”,
mostrando aos alunos que a eletroquímica tem uma importância fundamental
no nosso dia-a-dia. Foi citado o inventor da primeira pilha, a classificação das

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pilhas, para desenvolver esta atividade, a turma foi dividido em grupos de quatro
alunos cada totalizando um número de quarenta alunos que responderam o
questionário em anexo 4.

Logo após o questionário ser respondido, cada grupo apresentou as respostas
em forma de um seminário, onde foi discutido a preocupação atual de
grande parte da sociedade sobre a contaminação dos compartimentos do ambiente
e a possível interferência dos elementos químicos presentes nas pilhas
e baterias, prejudicando o meio ambiente e a saúde dos seres vivos.

A partir desta discussão surgiu a idéia de fazer uma coleta seletiva, para
esta atividade foram formadas equipes de quatro alunos, e estes foram em todas
as escolas Estaduais da cidade de Guarapuava-PR, fazendo uma breve
explanação sobre PILHAS e BATERIAS e em seguida foi agendado uma data
para o recolhimento de pilhas e baterias, com a participação do corpo docente
e discente de cada escola. Todos os materiais recolhidos teve destino correto
( posto de coleta responsável ).

Em meados de setembro e outubro, foi trabalhado a questão do “lixo domiciliar”,
e despertou um grande interesse da turma. Foram compostas nove
grupos com cinco alunos cada, munidos de uma tabela de reciclagem, anexo 5,
cada grupo foi nas salas de aulas do Colégio explicando todos os materiais que
podem ser reciclados e os não recicláveis, em seguida, foi a tabela foi fixado no
mural de recados em cada sala .

Em seguida foi elaborado um grande debate com a leitura do texto , “O
LIXO QUE NÃO É LIXO , É RECICLÁVEL OU NÃO RECICLÁVEL?”. Os
questionamentos foram diversos pois, danos ambientais em várias regiões do
Planeta têm despertado uma nova postura quanto a relação da importância da
preservação do meio ambiente. Vivemos numa sociedade contemporânea,
onde o consumismo nos leva a refletir sobre o que , como, por que e para que
usar tantos objetos , é preciso tudo isto? Diante desta reflexão, devemos tomar
um novo posicionamento como educadores e educandos, propondo a inclusão
da educação ambiental no Ensino Fundamental e Médio, sendo esta inserida

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indiretamente nos conteúdos estruturantes e específicos, em especial na
Química, pois é com ela que começamos o dia, respirando, fazemos o nosso
lanche matinal e assim por diante até o final do dia.

Os nove grupos participaram, no contra turno, de um procedimento
experimental “A compostagem”, anexo 6, com o objetivo de incentivar a todos
que é possível dar um destino ecológico no material orgânico que juntam no
decorrer do tempo em nossas residências. O material orgânico foi fornecido o
próprio colégio.
O trabalho se desenvolveu-se de tal forma que os alunos puderam pesquisar
os tipos de compostagem existentes e, estes explicaram que a compostagem
com micro organismos pode usar sistema aberto ou fechado. O aberto é feito
ao ar livre, em pilhas ou buracos. Se bem cuidado, não produz cheiro. O
andamento do processo é verificado por meio da observação da cor, umidade e
odor. Já o sistema fechado é feito em recipientes vedados – já que este libera
cheiro- para criar as condições para os micro-organismos anaeróbicos que irão
agir no composto. Este pode ser utilizado como matéria-prima no processo de
fermentação. O iogurte é um exemplo.

Já a minhocultura se aproveita da capacidade das minhocas de processar
os restos orgânicos em húmus, material fertilizante ambientalmente seguro.
O processo que acontece nos minhocários é a decomposição, e não o
apodrecimento. Por isso, desde que bem cuidado, não irá causar mau cheiro
ou moscas.

Para complementar este experimento, uma outra atividade foi realizada,
foi solicitado aos alunos que escrevessem numa folha de papel, quais as
vantagens e desvantagens de separar produtos recicláveis de não recicláveis.
Em seguida, foi realizado debate em sala de aula, com a conscientização de
consumir o menor numero possível de produtos gerados a partir da matéria
prima, contribuindo assim para a valorização da limpeza publica e formando
uma consciência ecológica.

Outro tema abordado foi as “LÂMPADAS FLUORESCENTES”, onde

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a atenção desta turma foi dirigida para observar a preocupação quanto ao
acúmulo do elemento químico Mercúrio no organismo ao longo da cadeia alimentar,
visto que a explanação deste assunto teve várias repercussões, quanto
a questão ambiental que estas lâmpadas trazem ao planeta.

A turma foi dividida em oito grupos de cinco alunos cada, sendo estes responsáveis
por temas diversos, como, lâmpadas de mercúrio, descontaminação de
resíduos de lâmpadas fluorescentes e o tema “O Brasil quer acabar com as
Lâmpadas incandescentes, e a tecnologia das lâmpadas de LED”. Como estes
assuntos é de grande interesse da sociedade, foi realizado um seminário interdisciplinar
com os grupos, após o grande debate entre as turmas presentes,
surgiu o importância de repassar as informações para a comunidade , escolas,
empresas e,no final da atividade foi distribuído panfletos com cuidados básicos
quanto ao descarte das lâmpadas fluorescentes.

Os alunos responderam, em dupla, dez questões , que está no anexo 7.

Enfim, o último tema trabalhado foi “Óleo Comestível”, com o objetivo
de aprofundar os conceitos da química envolvidos no processo da preparação
do sabão, o descarte no meio ambiente, os cuidados com o manuseio de produtos
químicos, funcionamento e fabricação do sabão. Nesta turma do curso
Técnico em Meio Ambiente estavam preocupados com o gerenciamento do
descarte do óleo e cozinha.

O procedimento experimental em anexo , foi desenvolvida no laboratório
com a preparação do sabão. A turma foi dividida em nove grupos de cinco
alunos que organizaram uma campanha no Colégio divulgando e comentando,
nas salas de aulas, os problemas da poluição causados pelo mau uso do
descarte do óleo de cozinha. Foi explicado que através do óleo usado pode-se
preparar o sabão..Havia um grande número de litros de oléo de cozinha disponível,
para a fabricação do sabão . Após a turma ter desenvolvido o procedimento
experimental no laboratório , cada grupo explicou os resultados obtidos
baseados em conhecimento adquirido, como a importância do pH do sabão,
como se forma as bolhas de sabão, a espuma e a ação da limpeza e a saponi

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ficação.

Para finalizar a atividade, a turma retornou em cada sala de aula visitada
anteriormente, levando uma amostra do sabão produzido e juntamente
com uma leitura complementar sobre as gorduras trans ou ácidos gordurosos
trans.

3. RESULTADOS
Após o desenvolvimento do primeiro tema a estratégia utilizada polímeros, foi
feito um questionamento sobre os diversos tipos de plásticos utilizados e chegaram
a conclusão que podem reutilizar ,reaproveitar ou ate mesmo deixar de
consumir certos polímeros a fim de não haver uma degradação maior no meio
ambiente.

Considerando a estratégia do segundo tema as pilhas e baterias,
toda a turma resolveu divulgar na comunidade aonde moram ,através de
panfletos informações sobre o mal que causa os elementos que compoem as
diversas pilhas e todas as baterias usadas nas diversas maneiras,
principalmente na era tecnologica em que vivemos, e juntamente com o
panfleto foi comunicado tambem o que fazer quanto ao seu descarte.
No relatório experimental do lixo domiciliar houve um grande interesse em ser
repassado a escola falando aos alunos da importância de separarmos o lixo na
escola e na nossas casas a fim de obtermos um futuro melhor ambientalmente.

Ao que se refere ao assunto das lampadas fluorescentes os alunos fizeram
um levantamento de quais as lojas,que tem conhecimento das lâmpadas
de LED, e passaram a escola que esta inovação será num curto período de
tempo será substituída pelas lampadas fluorescentes.

Em se tratando de óleo comestível, percebeu pela turma que todos
os assuntos trabalhados durante o projeto houve um grande entendimento e
interesse conscientemente na relação química e meio ambiente, sendo indispensável
a união entre elas, pois a química esta presente em tudo que vive

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mos, sendo assim houve uma ótima aceitação, pois a química de certa maneira
passou a ser um meio de compreensão em tudo ,havendo uma participação
efetiva e prazerosa de todos os alunos desta turma, e cada grupo passou a reivindicar
que novas atitudes podemos tomar com relação ao ambiente .

Podemos compreender que este resultado, já faz parte de nosso dia
a dia, porém o que falta é obtermos as informações corretas, para podermos
questionar qualquer atitude que ocorra no planeta.

4. CONCLUSÃO
A partir de todo o projeto realizado, foi possível perceber a importância
da química na sociedade, pois , os alunos através das suas experiências vividas
em seu cotidiano, e as atividades realizadas de forma significativa puderam
obter resultados positivos, com metodologias diferenciadas, que incentivam
o aluno a querer aprender mais, e como o primeiro tema sobre polímeros
pode-se comprovar a importância dele no mundo em que vivemos, já com a
segunda etapa falando em pilhas e baterias, os alunos alcançaram o objetivo,
pois durante um questionamento aplicado em sala de aula, e todo o conhecimento
atingido , partiu-se deles a idéia de recolher pilhas usadas em outras
escolas estaduais deste município e estas serem encaminhadas para o seu devido
destino. Quando foi realizado o terceiro tema lixo domiciliar e o quinto
tema óleo coméstivel,vários debates e as leituras realizadas os conceitos obtidos
dentro do contexto ambiental, no próprio colégio foi realizado a construção
de um minhocário , partindo do conhecimento obtido, ou seja, do macro para o
micro, então vários assuntos da química puderam ser trabalhados , tendo como
objetivo principal, novas metodologias a fim de tornar as aulas de química,
consideradas de difícil compreensão, mais atrativas, dinâmicas e prazerosas.

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E em se tratando de meio ambiente, um assunto de grande polêmica
é as lâmpadas fluorescentes, cujo tema de numero quatro, todos os alunos tiveram
participação ativa, nos diversos questionamentos, como por exemplo,
de que é feito estas lâmpadas, e como podemos fazer quando elas são inutilizadas,
mas a leitura de grande impacto foi as lâmpadas de LED, a novidade no
comércio, e partindo desta leitura, e das análises obtidas em todas as atividades
desenvolvidas o encerramento ocorreu durante a realização de um evento
multidisciplinar AGENDA XXI Escolar, contemplando apresentações em multimídias,
realizadas pelos alunos do 2º ano do Curso Técnico em Meio ambiente
e envolvendo outros trabalhos na área ambiental, desenvolvidos durante o ano
letivo, nas disciplinas de inglês, biologia e química.

Estas atividades diversificadas desenvolvidas durante todo o
projeto ,pudemos concluir que a aprendizagem significativa por meio de diversas
metodologias proporciona uma aproximação entre o aluno e a teoria, pois
utiliza-se de estratégias alternativas tais como: experimentação, pesquisa, diálogos,
debates.

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5.REFERÊNCIAS

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GINO, Odone Zago Neto e CLAUDIO, José Del Pino Trabalhando a
Química dos Sabões e Detergentes.
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10.GRIPPI, Sidney. Lixo, reciclagem e sua história: guia para as
prefeituras brasileiras. Rio de Janeiro: Interciência, 2001

11. JÚNIOR, Walter Alves D; WINDMÖLLER, Cláudia C. Química Nova na
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12. LAUXEN, Ademar et al. Minicurso 22 : Química no Ensino Médio: Uma
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13. MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente: doutrina, jurisprudência,
glossário. São Paulo: Ed: Revista dos Tribunais, 2001.
14. PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares
para o Ensino Médio – Química. Curitiba, Paraná: SEED,
2009 .
15. PILATI, Lislaine. Estudos dos Resíduos Sólidos Gerados pelas
Pilhas Comerciais. ( Dissertação de Mestrado ) , UNICENTRO em
2007.
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16.
PIVA, Ana Magda ; WIEBECK Hélio. Reciclagem de plástico -como
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17. PROJETO UNIVERSIDADE SEM FRONTEIRAS – DESMISTIFICANDO
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18. VAITSMAN, Eunice e Delmo. Química & meio Ambiente – ensino
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21.
http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/experimentos/sabao.html.acesso em
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http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/bolhas_sabao.html.acesso em
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23.
http://www.coladaweb.com/diversos/sabao.html.acesso em 23.01.2008.
24.
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/gordura_trans.html.acesso em
23.01.2008.
25. http://www.naturalimp.com.br/dicas/dicas/php.acesso 13.07.10
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26. http://www.coletasolidaria.gov.br/menu/materialdeapoio/reciclagem-delâmpadas-
fluorescentes-no-brasil/acesso 08.07.10
27. http://blogln.ning.com/profiles/blogs/brasil-quer-acabar.acesso08.07.10
28. http://www.resbrasil.com.br ( 02.07.10)
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ANEXO 1

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tabela 1-questionário aplicado aos alunos que estavam atuando no Curso
Técnico em Meio Ambiente

· Qual a faixa etária dos alunos?

Qual o ramo de trabalho que pretendem atuar?

Quando tratamos de educação ambiental, o que você tem feito para
conservar?

Você tem a prática de separar o lixo orgânico do reciclável na sua
casa?

E quanto ao óleo de cozinha , o que você faz com ele após o seu uso?

Qual a sugestão dada por você , de como reaproveitar o óleo de
cozinha?

O que podemos fazer para reaproveitar os recicláveis?

Que materiais podemos reciclar?De que forma?

Na sua opinião , você sabe dizer o que é feito com as lâmpadas
fluorescentes quando queimam? E as pilhas ?

Você acha que seria possível modificar a educação ambiental na nossa
sociedade? Por que? Como ?

Você conhece algum material que não é reciclável? Quais?
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ANEXO 2

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Tabela 2. simbologia empregada pelas empresas produtoras de embalagens
plásticas para diferenciar os vários tipos de plásticos utilizados.

http://www.naturalimp.com.br/dicas/dicas/php.acesso 13.07.10

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ANEXO 3

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CARACTERIZAÇÃO DOS POLÍMEROS

OBJETIVO:
Caracterizar os diferentes polímeros a partir de características físicas e químicas.
MATERIAIS:
Pinça,fósforo, pedaços de polímeros, copo de béquer,água
PROCEDIMENTO:
Para que esta prática seja conduzida, os alunos irão trazer com antecedência,
diversos polímeros, a fim de que possam executar, desenvolver e resgatar os
conhecimentos obtidos no decorrer do assunto trabalhado.
Com o auxílio de uma pinça aproximar cada um dos polímeros da chama e observar,
cor da chama: se continuar queimando após afastar da chama do bico
de búsen; se ocorrer ou não gotejamento e formação de fuligem e qual o odor
após a queima.
Observe a tabela e preencha corretamente
Colocar cada um dos polímeros num copo de béquer com água e observar se o
mesmo flutua ou não.

Polímero
(sigla)
Flutua em água Cor da chama Continua
queimando
goteja fuligem
PET
PP
PS
PEAD
ABS
PVC
NAÍLON
ACRÍLICO
ACETATO DE
CELULOSE
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contextualizado. Rio de Janeiro RJ : Interciência Editora 2006

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ANEXO 4

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QUESTÕES PARA PESQUISA E DISCUSSÃO:

1.Muitos objetos de uso cotidiano são fabricados com ferro metálico ( Fe) ou
aço ( liga contendo ferro e carbono). Que propriedade do ferro você utilizaria
para separá-lo de outros metais?

2.A contaminação com mercúrio ( Hg ) é preocupante, não apenas nas regiões
de garimpo, mas também no descarte de objetos em que esse elemento é empregado,
por exemplo, lâmpadas, fluorescentes e termômetros. Que propriedades
do mercúrio possibilitam seu uso na fabricação desses objetos?
3.Apesar do grande potencial tóxico do chumbo ( Pb ), este continua sendo empregado
na composição de um grande variedade de soldas. Como se justifica
esta aplicação do chumbo?
4.O cobre ( Cu ) é amplamente utilizado na fabricação de fios elétricos. Que
propriedades desse elemento justificam essa utilização?
5.Justifique a preferência por ligas de magnésio e alumínio ( Mg-Al ) em vez de
aço ( Fe-C ) nas estruturas de avião.
6.A soda cáustica ( NaOH ) e o gás cloro ( Cl 2 ) são obtidos por eletrólise de
uma solução de cloreto de sódio ( NaCl ), segundo a equação:
2NaCl(s) + 2H2O(l)

2NaOH(aq) + Cl2(g) + H2(g)

O gás cloro, ao reagir com o hidróxido de sódio ( NaOH ), produz um outro produto
comercialmente importante, o hipoclorito de sódio ( NaClO ), que é largamente
utilizado como bactericida e alvejante ( água sanitária ), segundo a
equação a seguir:

2NaOH(aq) + Cl2(g)

NaClO(aq) + NaCl(aq) + H2O(l)

a) verifique que elementos sofrem redução e oxidação nos processos de obtenção
da soda cáustica e do hipoclorito.
b) identifique os agentes redutores e os oxidantes nesses processos.

7.O processo eletrolítico de obtenção da soda cáustica mais empregado no
Brasil utiliza mercúrio como catodo.
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a) quais os principais inconvenientes do uso desse elemento como eletrodo?
b) que cuidados devem ser tomados pela indústria e pelos operários para ouvir
os riscos de contaminação ocupacional por mercúrio?

8. As pilhas de Ni – Cd podem ser recarregadas e reutilizadas. A reação envolvida
neste tipo de pilha é:
Cd(s) + 2Ni(OH)3(s)

Cd(OH)2(s) + 2Ni(OH)2(s)

a) indique o agente redutor nos processos de descarga e carga da bateria
b) essas pilhas podem ser descartadas juntamente com o lixo doméstico? Que
medidas devem ser tomadas?
c)na sua cidade existe algum posto de coleta de pilhas e baterias? Cite-as.
d)quais os principais danos à saúde humana relacionados à contaminação com
cádmio?
e) faça um mutirão de coleta na escola, colocando um ponto de identificação,
após o recolhimento leve-os para o posto mais próximo.

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contextualizado. Rio de Janeiro RJ : Interciência Editora 2006

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ANEXO 5

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Tabela 5. trabalho em equipe o qual foi colocado no mural de cada sala a
tabela de reciclagem

PLÁSTICOS PLÁSTICOS
Reciclável :
• Copos • Garrafas
• Sacos/Sacolas • Frascos de produtos
• Tampas • Potes
• Canos e Tubos de PVC • Embalagens Pet
Não Reciclável:
• Cabos de Panelas • Adesivos
• Espuma • Acrílico
• Embalagens Metalizadas
(Biscoitos e Salgadinhos)
METAL METAL
Reciclável: Não Reciclável:
• Tampinhas de Garrafas • Latas • Clipes • Grampos
• Enlatados • Panelas sem • Esponja de Aço • Aerossóis
cabo • Latas de Tinta • Latas de Verniz,
• Ferragens • Arames Solventes Químicos, Inseticida
• Chapas ,pregos • Canos
PAPEL PAPEL
Reciclável:
Não Reciclável:
• Jornais e Revistas • Listas Telefônicas • Etiquetas Adesivas • Papel Carbono
• Papel Sulfite/Rascunho • Papel de Fax • Papel Celofane • Fita Crepe
• Folhas de Caderno • Formulários de • Papéis Sanitários • Papéis Metalizados
Computador • Papéis Parafinados • Papéis Plastificados
• Cx em Geral (ondulado) • Aparas de Papel • Guardanapos ,fotografias • Bitucas de Cigarros
• Fotocópias,rascunhos • Envelopes,cartazes
velhos
VIDRO VIDRO
Reciclável: Não Reciclável:
• Garrafas ,,copos • Potes de • Espelhos ,louças • Boxes Temperados
Conservas • Cerâmicas• Óculos ,tubo de TV • Pirex,porcelanas
• Embalagens • Frascos de • Vidros Especiais (tampa de forno e micro-ondas)
Remédios
• Cacos dos Produtos Citados • Pára-brisas

GRIPPI, Sidney. Lixo, reciclagem e sua história: guia para as prefeituras
brasileiras. Rio de Janeiro: Interciência, 2001

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ANEXO 6

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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

SEU QUINTAL , O LABORATÓRIO
Vamos montar um minhocário:
material :
duas caixas de tamanhos diferentes( uma com tampa )
material seco
minhocas( vermelha da califórnia – eisenia andrei )
terra ( umedeça com água, mas sem encharcar )
material orgânico
papelão e jornais picados ( esse material seco irá ajudar a equilibrar os níveis
de umidade no seu minhocário ).
Como montar:


você vai precisar de duas caixas plásticas, uma delas com tampa( de
preferência escura e empilháveis). A caixa de cima comportará as minhocas
e o material orgânico. A de baixo serve para reter qualquer excesso
de umidade ou terra que possa se espalhar, além de permitir
maior ventilação.

Faça de 10 a 20 furos na tampa, nos lados e no fundo da caixa de cima.
Os furos devem ter cerca de 3mm de diâmetro. Se as caixas não forem
empilháveis use algum calço para separá-las, como uma caixinha de leite
cortada ao meio. Mas caso a caixa seja transparente, forre por dentro
com um saco de lixo escuro.

O recheio tem que ser da seguinte ordem: papelão e jornais picados,
material orgânico, terra, minhocas, material seco e por último a tampa.
A manutenção deve:


adicionar material orgânico regularmente. Observe o material em decomposição.
Se estiver muito úmido, ele pode atrair moscas e apodrecer,
adicione mais material seco. Se estiver muito seco, umedeça-o. O
ideal são duas camadas de material seco para uma camada de orgânicos.
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O processo de decomposição não deve ter odor. Se o seu minhocário
começar a cheirar mal e atrair moscas, o composto não está em decomposição,
e sim apodrecimento. Isso pode ser solucionado regulando melhor
a umidade, oxigenação e a temperatura do ambiente.

Não deixe seu minhocário ao sol. As minhocas gostam de lugares frescos
e escuros.

O composto leva de 60 a 90 dias para estar pronto. A aparência e o cheiro
são de terra escura.
Use

1.
folhas
2.
frutas e legumes
3.
filtros e borra de café
4. saquinhos de chá
cuidado com:
1.
cebola e cítricos
2. pães
não use:
1.
laticínios
2.
carnes
3.
alimentos gordurosos .
AMARO, Francisco ; NADOLNY, Herlon. Viver Bem – Vida Sustentável – Seu
quintal o laboratório . Jornal Gazeta do Povo. Curitiba PR : 9 de maio 2010.

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ANEXO 7

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Questões para a pesquisa e discussão:

1.
Qual a importância dos metais para o nosso organismo?
2.
Quais os problemas ambientais provocados pelos metais pesados?
3.
Através do texto identifique os danos causados no nosso organismo pela
contaminação do mercúrio.
4.
Como a sociedade pode diminuir os problemas de contaminação do solo
e das águas através dos metais pesados?
5.
Faça uma pesquisa na sua cidade, se existe um lugar adequado, para
uso de lâmpadas fluorescentes queimadas ou quebradas.
6.
Na escola desenvolva uma forma de coleta, destas lâmpadas, tanto da
escola , como das residências dos alunos e professores.
7.
Elabore cartazes, com os cuidados e efeitos colaterais causados à saúde
pelo metal mercúrio.
8.
Cite além das lâmpadas fluorescentes, que outros produtos possuem
este metal pesado ?
9.
Faça uma pesquisa de campo, em seu bairro, que tipo de descarte eles
fazem com estes produtos que possuem o metal mercúrio. E se eles sabem
o mal que pode causar ao organismo e ao meio ambiente. Cite-as.
10.Distribua panfletos com orientações, sobre metais pesados, aonde ele é
encontrado ( produtos) e efeitos colaterais.

VAITSMAN, Eunice e Delmo. Química & meio Ambiente – ensino contextualizado.
Rio de Janeiro RJ : Interciência Editora 2006

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ANEXO 8

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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

MATERIAIS

• 1 Balde plástico;
• 1 Batedor (pá, colher de pau);
• 1 Chapa de aquecimento;
• 2 Béqueres;
• Recipiente para forma de sabão.
REAGENTES
• 1000 mL de óleo comestível;
• 350 g de soda caústica;
• 1000 mL de água;
• 400g de sebo.
• 400 mL álcool combustível.
• 200 mL de vinagre.
PROCEDIMENTO:
1. Aqueça a água (até ferver) e a despeje em um balde. Em seguida adicione
a soda caústica lentamente e mexa com o batedor até dissolver completamente,
como apresentado na figura a seguir.
2.
Derreter o sebo e ainda quente adicionar a solução, aquecer o óleo e
adicione na solução mexa até obter uma solução de cor amarela e
densa. Continue mexendo por mais 10 minutos.
3. .Adicione aos poucos o álcool, continue mexendo até a solução ficar
mais densa. Verifique o pH da solução se tiver muito básico adicione
o vinagre.
4. Despeje esta mistura em um frasco, para que sirva de forma para a
forma ção da barra de sabão.
Após alguns minutos quando esta resfriando o sabão começa e endurecer, depois
de um dia desinforme o sabão, ele já estará pronto para utilização.
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Durante o processo de preparação devem-se sempre usar proteção para os
olhos como óculos, para as mãos (luvas ou sacos plásticos), pois a soda cáustica
ao reagir com a água promove uma reação exotérmica com grande liberação
de calor podendo espirrar e queimar a pele. Tempo estimado para a preparação:
45 minutos.

imagem de berenice aparecida dos santos

Etapa 2 CADERNO III- CIENCIAS DA NATUREZA

REFLEXÃO E AÇÃO
PAGINA 15
a. QUAIS SÃO OS CONHECIMENTOS QUE ESSA QUESTÃO TEM COMO OBJETIVO AVALIAR?

• COMPORTAMENTO DOS PEIXES
• REPRODUÇÃO SEXUAL
• COMO É O ESTILO DE VIDA DAS DIVERSAS ESPÉCIES
• PORQUE DAS CORES DO MACHO E DA FEMEA DURANTE O ACASALAMENTO.
b. DISCUTA COM SEU GRUPO A IMPORTÂNCIA DE O ESTUDANTE DO ENSINO MÉDIO SER AVALIADO EM RELAÇÃO A ESSES CONHECIMENTOS DE ACORDO COM O QUE FOI DISCUTIDO NA QUESTÃO 1.
-PARA O ALUNO É IMPORTANTE SABER OS DIFERENTES TIPOS DE PEIXES, SEUS COMPORTAMENTOS, REPRODUÇÃO. PODEMOS DIZER TAMBÉM QUE A LINGUAGEM É MUITO AMPLA, PASSANDO PARA O ALUNO DENTRO DA TECNOLOGIA EM QUE VIVEMOS A DESCRIÇÇÃO E EXPLICAÇÃO DE OUTROS ANIMAIS MARINHOS DO MUNDO NATURAL, COMO ELES VIVEM.E ATRAVÉS DISTO AO REALIZAR A COLETA DE DADOS O ALUNO IRÁ COMPREENDER SEUS DEVIDOS CRESCIMENTO, DESENVOLVENDO TODOS OS PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÕES, CONSTRUINDO NOVOS CONHECIMENTOS , E COMPREENDENDO AS IDEIAS ,ASSOCIANDO DADOS EMPIRICOS AS EXPLICAÇÕES E TEORIAS.
c. COMO O ENSINO DE CIENCIAS DA NATUREZA NO SEU CONTEXTO DE TRABALHO, PODE CONTRIBUIR PARA O DESENVOLVIMENTO DESSES CONHEICMENTOS?
O ALUNO TRAZ DE CASA MUITO CONHECIMENTO VIVENCIADO POR ELE.
O QUE TEMOS QUE FAZER E CRIAR AMBIENTES DE APRENDIZAGEM PARA QUE OS ESTUDANTES ATRAVÉS DESTES CONHECIMENTOS, DADOS COLETADOS,CONSTROI UMA COCEPÇÃO SOCIAL AS CIENCIAS DA NATUREZA, ATRAVÉS DE DIVERSAS FORMAS.
PAGINA 21
DISCUTIR ESSAS AFIRMAÇÕES COM OS SEUS COLEGAS.TODOS CONCORDAM COM ESSAS AFIRMAÇÕES? COMO PODEM DE FATO, SEREM PLANEJADOS PRÁTICAS QUE CORROBOREM COM TAIS PREPOSIÇÕES?
PARA ESTIMULAR ATIVIDADE INTELECTUAL E SOCIAL, MOTIVAR E DAR PRAZER AOS NOSSOS ALUNOS É PRECISO FAVORECER PRÁTICAS QUE ENVOLVAM A PARTICIPAÇÃO ATIVA DOS ESTUDANTES. PARA DEMONSTRAR QUE O CONHECIMENTO CIENTIFICO VAI MUDANDO A MEDIDA QUE AS NOVAS INFORMAÇÕES E TEORIAS LEVAM A INTERPRETAÇÕES DEFERENTES DE FATOS , O PROFESSOR TEM QUE POSSIBILITAR A INVESTIGAÇÃO, BUSCA POR RESPOSTAS QUE FAVOREÇAM A CONSTRUÇÃO E RECONSTRUÇÃO DOS CONHECIMENTOS CIENTIFICOS. ATRAVÉS DE PESQUISAS NA WEB, PODEMOS DESENVOLVER NO ALUNO POSSIBILIDADES DE CONHECER FATOS, CONCEITOS E IDEIAS BÁSICAS DA CIENCIA, ESTIMULANDO A IMAGINAÇÃO,CURIOSIDADE E CRIATIVIDADE NA EXPLORAÇÃO DE FENOMENOS. O QUE TEMOS QUE FAZER E ESTIMULAR OS ESTUDANTES A REFLETIR PARA QUE NÃO CAIA NA ROTINA CULTURAL.
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EFEITO ESTUFA dentro do CTS- ciência, tecnologia e sociedade

Objetivo(s)
- Compreender a relação entre a poluição do ar e o excesso de automóveis.
- Ler e interpretar gráficos e textos.
- Promover uma reflexão sobre ações que diminuem a poluição.
- Introduzir os conceitos de efeito estufa e de créditos de carbono.
Conteúdo(s)
- Poluição do ar: causas, consequências e soluções.
- Efeito estufa.
- Créditos de carbono.
- Crescimento desenfreado das cidades.
Ano(s)
1º - ANO CURSO TECNICO EM QUIMICA
Tempo estimado
Cinco aulas
Material necessário
Cópias das figuras 1, 2, 3 e 4 para mostrar à turma; gráfico da evolução da frota de veículos no Brasil; textos de apoio sobre o Dia Mundial sem Carro (disponíveis em http://abr.io/1Tqi e em http://abr.io/1Tqk); textos de apoio sobre o efeito estufa e o dióxido de carbono e infográfico que mostra como se dá o efeito estufa, todos contidos neste plano de aula; além de um computador com acesso à internet para pesquisas em sala.
Desenvolvimento
1ª etapa
Introdução
O crescimento desenfreado das cidades vem causando uma série de problemas urbanos: congestionamentos, poluição do ar, das águas, excesso de lixo nas ruas, ocupação de áreas de várzeas, falta de saneamento básico, entre outros. Este plano de aula tem como proposta discutir com a turma as causas e consequências da poluição do ar, com foco na emissão de gases de efeito estufa, abordando possíveis soluções para diminuir o problema.

Em sentido horário: Figura 1: fumaça saindo de uma chaminé industrial (Foto: Jorge Rosenberg); Figura 2: fumaça saindo do escapamento de um caminhão (Foto: Germano Luders);Figura 3: Avenida 23 de maio, em São Paulo (Foto: Mario Rodrigues) e Figura 4: lixo acumulado na rua (Foto: Alexande Sant'anna)
Inicie a aula apresentando à turma um conjunto de imagens que representem causam que ampliam a poluição do ar nas grandes cidades: a ação das indústrias, os congestionamentos nas metrópoles, os escapamentos dos automóveis e o excesso de lixo nas cidades (conforme as figuras 1, 2, 3 e 4 acima).
Peça aos alunos que observem as imagens e identifiquem os problemas contidos em cada uma delas. Depois de registrar as repostas dos alunos na lousa comente que o crescimento desordenado das cidades brasileiras tem agravado os problemas registrados nas fotos. Questione seus alunos sobre os motivos que levaram a esse crescimento desordenado e rápido das cidades e informe aos estudantes que cidades como São Paulo e Rio de Janeiro viraram polos de atração populacional, pois ofereciam mais oportunidades de emprego e melhor infraestrutura urbana - como hospitais e escolas. Destaque que essa concentração de pessoas nas cidades é um processo que se intensificou nos últimos 50 anos em função do êxodo rural - que nada mais é do que o deslocamento de pessoas da zona rural (campo) para a zona urbana (cidades).
No Brasil, os dados do Censo Demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que em 1950 a taxa de urbanização era de 36,1%. Em cinquenta anos, entre 1950 e 2000, a taxa de urbanização subiu para 81,2%. O êxodo rural e a intensificação do processo de industrialização contribuíram para esse processo.
Comente que a modernização da agricultura substituiu boa parte da mão de obra pela ação de máquinas agrícolas, como tratores e colheitadeiras. Nossa estrutura fundiária concentra grandes extensões de terra nas mãos de poucos proprietários. Desta forma, os trabalhadores foram, aos poucos, expulsos de suas terras, sendo obrigados a migrar para as cidades em busca de empregos, salários e melhores condições de vida.
O processo de industrialização brasileiro atraiu milhares de migrantes do campo para as cidades, uma vez que era necessária muita mão de obra para trabalhar nas fábricas, na construção civil, no comércio ou nos setores de serviços. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2005 o Brasil tinha uma taxa de urbanização de 84,2% e, de acordo com algumas projeções, até 2050 a porcentagem da população brasileira que vive em centros urbanos deve pular para 93,6%.
Com base nessas informações, é possível relacionar o rápido crescimento das cidades com o surgimento de graves problemas urbanos. Dentre eles destacam-se o desemprego, que obriga muitos trabalhadores a irem para o mercado de trabalho informal; e a falta de moradia, que obriga as pessoas das camadas mais pobres da sociedade a ocupar as várzeas dos rios, dos córregos, as margens das represas e as encostas dos morros. Em decorrência disso, as pessoas passam a residir em habitações como favelas, cortiços ou em bairros de periferia das grandes cidades, que são carentes de infraestrutura e não conseguem oferecer condições de saneamento básico. Isso, sem falar em problemas como o aumento de resíduos sólidos (lixo), o lançamento de esgoto diretamente nos rios e córregos, o aumento dos congestionamentos e da poluição do ar. Um bom exemplo para citar aos alunos é o da região Sudeste, onde se localizam as três das cidades brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte), bem como 50% das cidades com população entre 500 mil e 1 milhão de habitantes.
Ao final dessa discussão é esperado que os alunos compreendam que boa parte dos problemas enfrentados pelas grandes cidades tem origem no processo de urbanização desenfreada.
2ª etapa
Conte aos alunos que o objetivo desta aula é aprofundar a investigação sobre um dos mais graves problemas urbanos, a poluição do ar. Para tanto, distribua para a turma um resumo da entrevista com Paulo Saldiva, médico especialista em poluição atmosférica.
Entrevista com Paulo Saldiva, médico especialista em poluição atmosférica
Em São Paulo, cerca de 4 mil pessoas morrem anualmente em consequência de problemas causados pela poluição do ar. O custo da poluição para a saúde, somando-se internações, mortalidade e redução da expectativa de vida, chega a US$ 1,5 bilhão de dólares. Amparado em dados como estes, o médico Paulo Saldiva é um crítico feroz da utilização abusiva do automóvel nas grandes cidades. Para Saldiva, o carro é a forma menos eficiente de mobilidade, uma vez que a velocidade que atinge hoje nos centros urbanos não ultrapassa 8 quilômetros por hora ─ metade da alcançada por nossos antepassados conseguiam a cavalo. O que faria se exercesse por algum tempo o poder absoluto? As primeiras deliberações resultariam na redução drástica das áreas destinadas aos automóveis, no aumento do espaço reservado à circulação do transporte público coletivo e na instauração do pedágio urbano. Para o entrevistado, registra-se no mundo inteiro um fenômeno que qualifica de racismo ambiental. "As ilhas de vulnerabilidade ambiental estão associadas às ilhas de pobreza", resume o especialista.
Fonte: Veja.com Leia também a resenha do livro "Meio Ambiente e Saúde", organizado por Paulo Saldiva e disponivel no site Planeta Sustentável:
http://abr.io/1TqoPeça aos alunos que façam a leitura silenciosa do texto e solicite que registrem no caderno algumas informações apresentadas, conforme o modelo abaixo:
- Assunto da entrevista
- Local da ocorrência
- O que provoca o problema mencionado pelo médico
- Quais as consequências do problema
Ao longo da atividade é importante que os alunos percebam que nas grandes cidades, como São Paulo, o excesso de automóveis é o grande causador da poluição do ar. Para complementar a análise apresente o gráfico que mostra a evolução da frota de veículos no Brasil (abaixo) e peça para que os estudantes respondam às seguintes questões:

- Qual era o tamanho da frota de carros no Brasil no ano de 2000?
- Qual era o tamanho da frota de carros no Brasil no ano de 2010?
- O que ocorreu com a frota de carros no Brasil no período de 2000 a 2010?

Gráfico mostra o crescimento da frota de veículos no Brasil entre os anos 2000 e 2010. Fonte: Denatran
É importante destacar que a frota de carros mais do que dobrou nesse período, piorando ainda mais a qualidade do ar que respiramos. Esse ritmo de crescimento no consumo de carros, contudo, é muito superior ao ritmo de crescimento da população brasileira no mesmo período. Então, como explicar ritmo acelerado no consumo de carros no Brasil? A resposta está no aquecimento da economia do país nos últimos anos, resultado da estabilidade econômica e do aumento da renda.
Converse com os alunos sobre a necessidade ou não de utilizar carros nos grandes centros urbanos. Questione a qualidade do transporte público e as alternativas para quem não dispõe de automóveis. Pergunte, então, se eles já ouviram falar a respeito dos efeitos nocivos que o uso dos carros causa à saúde e ao meio ambiente e como poderiam ser minimizados. Registre as principais respostas dos alunos no quadro e, em seguida, proponha a leitura compartilhada do texto disponível em http://abr.io/1Tqk, assinalando as sugestões apresentadas na reportagem. Compare as opiniões dos alunos às indicadas na reportagem. Que fato novo eles aprenderam com essa leitura? Que outras atitudes poderiam ser tomadas para reduzir a emissão de poluentes?
Termine esta aula destacando que os benefícios do uso do automóvel se restringem a poucos usuários, enquanto que os prejuízos afetam toda a população e o meio ambiente. Por isso, é fundamental a participação de todos na redução e no combate ao uso indiscriminado de veículos.
3ª etapa
Retome as discussões da aula anterior sobre o uso de carros e a poluição do ar. Acrescente que os carros são apontados como vilões do aquecimento global. Eles estão entre os principais responsáveis pela emissão de poluentes como gás carbônico, compostos orgânicos voláteis e óxidos de nitrogênio, entre outros - causas artificiais às quais se atribui o aumento do efeito estufa e da contaminação atmosférica.
Mas a sua turma sabe o que é o efeito estufa? Para ampliar a discussão e introduzir o conceito de efeito estufa, converse com os alunos sobre os gases presentes na fumaça que sai dos escapamentos dos veículos. Explique que além de provocar diversas doenças respiratórias como bronquite, rinite e asma - que têm levado milhares de pessoas, principalmente crianças e idosos, aos hospitais todos os anos - a emissão de gases também contribui para o aquecimento do planeta.
Use os textos de apoio se considerar necessário. Se possível, apresente a ilustração abaixo para facilitar o entendimento do mecanismo de funcionamento do efeito estufa.
Efeito estufa
O efeito estufa é um fenômeno natural responsável pela manutenção da temperatura da Terra. Caso não existisse, o planeta seria muito frio e a vida seria impossível. Isso, porque uma parte da radiação solar é absorvida pelos gases presentes na atmosfera terrestre, retendo o calor no planeta. Sendo assim, a Terra se mantém aquecida o suficiente para que haja vida.
Atualmente, a poluição do ar tem aumentado bastante devido à queima da gasolina e do óleo diesel pelos veículos nas grandes cidades, o que provoca a presença excessiva de gases do efeito estufa: dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), entre outros. Esse aumento dos poluentes tem causado um aquecimento maior a cada ano, comprometendo a vida no planeta.
As principais consequências da elevação da temperatura da Terra são as alterações climáticas e o derretimento das calotas polares.
Dióxido de carbono (CO2)
Este gás é responsável por 63% do efeito estufa total. Além disso, é o gás que mais contribui para o aquecimento global: em 2004, representou 77% das emissões globais.
(...) A concentração de CO2 na atmosfera aumentou 36% no período de 1750 a 2006.
Entre suas principais fontes estão a queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, o carvão e o gás natural (82%), e o desmatamento de florestas tropicais (18%). O uso de combustíveis fósseis acontece em grande intensidade no transporte, nos sistemas de aquecimento e resfriamento em construções, na produção de cimento, entre tantas outras atividades.

Fonte: texto adaptado do site www.mudancasclimaticas.andi.org.br/node/661

Efeito estufa Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/geografia/fundamentos/quais-consequenc...
Depois de explicar os conceitos aos alunos, é importante ressaltar que a poluição não têm fronteiras, ou seja, não alcança apenas um lugar, uma vez que o CO2, lançado pelos automóveis, contribui para aumentar o efeito estufa e atingir uma escala planetária.
4ª etapa
Inicie essa aula dividindo a turma em pequenos grupos, de três ou quatro alunos. Em seguida distribua o mapa abaixo e peça para que os alunos observem e respondam às seguintes questões:
1- Que assunto está apresentado no mapa?
2- Identifique, em ordem decrescente, os locais que mais emitem CO2 no mundo.
3- Quais são os três países que mais emitem CO2?

A emissão de gás carbônico em diversos países do globo.
O objetivo é que os alunos identifiquem os Estados Unidos, a China e a Rússia como sendo os principais responsáveis pelas emissões de CO2 e percebam que essa emissão ocorre de forma desigual no mundo. Por isso, a culpa pelo aquecimento global também deverá ser apontada de acordo com a quantidade de gases do efeito estufa que cada país produz.
Converse com a turma sobre o que eles entendem a respeito do gás carbônico. Se necessário, reapresente as imagens da 1ª aula. Pergunte se sabem como o CO2 é gerado e que problemas causa. Anote as principais respostas na lousa.
Depois, explique que o CO2 também pode ser transformado em "valor", na forma de créditos de carbono. Conte que o termo crédito de carbono passou a ser usado depois que os países da Organização das Nações Unidas (ONU) assinaram, em 1997, um acordo estipulando o controle sobre as intervenções humanas no clima, o Protocolo de Kyoto.
Este tratado determina que os países desenvolvidos reduzam as emissões de gases de efeito estufa em 5,2% entre 2008 e 2012, em várias atividades econômicas. Para atingir as metas, os países que assinaram o Protocolo de Kyoto vão ter de tornar os setores de energia e transporte mais eficientes e menos poluidores, utilizando cada vez mais fontes de energia renováveis como a hidrelétrica, a biomassa, a eólica e a solar, além de proteger florestas e outros sumidouros de carbono.
Para garantir que a redução da emissão do gás carbônico não reduza também o crescimento econômico, foi estabelecido que os países podem comprar até 15% da meta de redução da emissão de gases em "créditos de carbono" das regiões que já atingiram seus objetivos.
Para facilitar o entendimento e tornar a aula mais dinâmica, mostre aos alunos o vídeo que explica o que são os Créditos de Carbono, com 2"30 de duração.
5ª etapa
Nesta etapa, é necessário retomar algumas soluções discutidas pelos alunos nas aulas anteriores: redução drástica das áreas destinadas aos automóveis; aumento do espaço reservado à circulação do transporte público coletivo; instauração do pedágio urbano; melhoria na qualidade do transporte público; utilização de veículos alternativos, como as bicicletas; diminuição das queimadas e aumento do comercio do crédito de carbono.
Com base nas informações, proponha que, em grupos, os alunos confeccionem um mural com imagens e slogans. É importante que o mural da turma apresente as possíveis soluções para diminuição dos gases causadores do efeito estufa. Para este trabalho, os alunos poderão utilizar recortes de revistas, jornais ou produzir desenhos. Sugira como fonte de pesquisa os textos apresentados nessa sequência, o site Planeta Sustentável e os vídeos da entrevista do Paulo Saldiva em http://abr.io/1Tqs
Reserve o tempo da aula para orientar a investigação dos grupos e a confecção dos painéis. O mural poderá ser exposto nos corredores da escola, como forma de conscientizar a comunidade escolar sobre a importância da contenção do aumento do efeito estufa.
Avaliação
Leve em conta os objetivos definidos no início deste plano de aula e a participação dos alunos individual e coletivamente durante os momentos de leitura, atividades e discussões em sala. Verifique se houve entendimento sobre as causas e consequências da poluição do ar e como ela afeta o organismo humano. Aproveite os debates feitos em sala para perceber se os alunos entenderam a relação entre poluição do ar e efeito estufa, bem como sua relação com a emissão de créditos de carbono. A confecção dos painéis para o mural finaliza a sequência. Se após este trabalho as dúvidas persistirem, reserve alguns minutos da próxima aula para esclarecê-las aos alunos.

Este conteúdo pode ser trabalhando em biologia, geografia, química, física.
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O artigo foi postado com o nome
Como a química em nossa casa pode modificar o meio ambiente

http://www.emdialogo.uff.br/

imagem de Jackes Alves de Oliveira

Respostas das atividdes solicitadoas

As atividades, as etapas e os respectivos cadernos vão abaixo especificados. São três autores:

JACKES ALVES DE OLIVEIRA
JULIANA PATRÍCIA SOUZA SAZNTOS
VERÔNICA DALCOL
COLÉGIO ESTADUAL TATUAQUARA, CURITIBA, PARANÁ

Etapa II, caderno III
Resposta das atividades do REFLEXÃO E AÇÃO, página 15.
a) Quais são os conhecimentos que essa questão tem como objetivo avaliar?
Avalia a capacidade de análise e síntese do aluno, o desenvolvimento de raciocínios argumentativos e a relação que ele estabelece com o conhecimento científico.
b) Discuta com o seu grupo a importância de o estudando do Ensino Médio ser avaliado em relação a esses conhecimentos, de acordo com o que foi discutido na questão a.
A questão a está inserindo o aluno naquilo que deve ser um dos papéis da escola na atualidade, qual seja, o de privilegiar a relação do aluno com o conhecimento científico.
c) Como o ensino de Ciências da Natureza, no seu contexto de trabalho, pode contribuir para o desenvolvimento desses conhecimentos?
Como leciono a disciplina de História, a minha contribuição pode-se dar na historicização do conhecimento científico em diferentes contextos. Um exemplo que ilustra isso é o caso de se interrogar como os egípcios antigos, vivendo há 8.000 anos antes de Cristo, possuíam inúmeros conhecimentos sobre arquitetura, agricultura e medicina.

O “REFLEXÃO E AÇÃO” da página 21 mostra afirmações sobre o que é ENSINAR CIÊNCIAS e o que NÃO É ENSINAR CIENCIAS. A seguir, a questão pede pontos de concordância sobre estes dois pontos e solicita práticas que corroborem o que seja ensinar ciências. Em meu entender, isso poderia se dar da seguinte forma:
O professor pode tentar levar o aluno a entender que todo o conhecimento, de qualquer área, é uma construção e alguém já estudou ele antes. Com isso, o discente percebe que a ciência não é estanque. Segundo, é prudente deixar clara a provisoriedade do conhecimento. Volta-se aqui ao exemplo dos antigos egípcios: alguma coisa do que eles sabiam sobre agricultura estava correta, mas com o passar do tempo novos conhecimentos foram descobertos a ponto de se desenvolver atividades agrícolas em áreas de clima árido, e não exclusivamente nas margens de rios. Assim, o educando entende que o que é conhecido hoje, futuramente, pode ser mudado por novas investigações.

CADERNO III – CIÊNCIAS DANATUREZA – REFLEXÃO E AÇÃO DA PÁGINA 28
Dos temas sugeridos pela atividade na página 28, escolheu-se crise no fornecimento de água e energia, em virtude de o mundo estar em alerta para as questões hídricas, e aqui no Brasil a imprensa continuamente noticiar informações referentes a esse assunto. Assim, montou-se a seguinte sequência didática com três aulas:
1ª AULA: ÁGUA: COMO ERA O SEU USO ENTRE ALGUNAS POVOS ANTIGOS?
Foram selecionadas as civilizações abaixo porque, na História, elas são conhecidas como civilizações fluviais, hidráulicas ou agrícolas. Aqui a ciência histórica pode dialogar com a geografia, a qual pode localizar esses espaços, descrevendo-os atualmente e como era durante a existência dessas civilizações, realizando um estudo de geohistória.
Conteúdos

2ª AULA: DE ONDE VEM A IDEIA DE SE TRATAR A ÁGUA?
Aqui está uma indagação que, provavelmente, seja ligada à Revolução Industrial na Europa e às investigações científicas nos séculos XVIII e XIX. Neste ponto a sequência didática pode ser relacionada á disciplina de ciências da natureza, porque necessitará de seus conhecimentos específicos.

3ª AULA: A ÁGUA É UMA QUESTÃO DE TODOS. TODOS PRECISAM ECONIMIZAR. MAS “TODOS QUEM?”
A finalidade dessa última aula é investigar como se originaram os problemas hídricos, o qual é resultante da Revolução Industrial. A globalização acelerou o processo de falta de água, porque as indústrias necessitam de matérias-primas e água para fabricar os seus produtos. Aqui o diálogo é novamente com a disciplina de geografia.

imagem de Ananda Nehmy de Almeida

OS RACIOCÍNIOS MATEMÁTICOS NA ÁREA DE LINGUAGENS

ATIVIDADE DA ETAPA II, CADERNO V DO PACTO PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO
ESCRITA DE ARTIGO
INSTITUÇÃO DE ENSINO: EEPCA / BH

OS RACIOCÍNIOS MATEMÁTICOS NA ÁREA DE LINGUAGENS

O estudo interdisciplinar da Matemática, principalmente relacionado à área de Linguagens, abordada neste artigo, é facilitado a partir do reconhecimento de raciocínios matemáticos em determinado texto. O curso de Formação de Professores do Ensino Médio apresenta uma tipologia desses raciocínios que contribui para a construção de um conhecimento contextualizado na realidade sociocultural do discente, o que pode facilitar a aprendizagem dessas disciplinas.
Essa tipologia compreende pensamentos que podem se associar a características de gêneros textuais e literários. O pensamento indutivo, próprio a raciocínios plausíveis realizados com a formulação de conjecturas acerca de determinado assunto, e o raciocínio lógico-dedutivo, presente no estudo de Álgebra e de Geometria e relacionado à prova de propriedades matemáticas, podem ser utilizados nas produções de texto de gêneros textuais cujo tipo textual predominante seja o dissertativo-argumentativo. Em Comunicação e prosa Moderna, Othon M. Garcia apresenta dois métodos de escrita, o indutivo e o dedutivo, inspirados nesses raciocínios matemáticos ou lógicos, usados em gêneros textuais de cunho opinativo, sejam orais, como debate, sejam escritos, como artigo de opinião, editorial e carta-argumentativa. Na argumentação desses gêneros, a indução parte de ideias específicas para as mais gerais. O uso desse método em produções de texto nas modalidades oral ou escrita gera análise de fatos particulares objetivando a elaboração de conclusão, a qual constitui “a norma, regra, lei, princípio”, ou em síntese, a generalização. Já a argumentação baseada em método dedutivo, próxima do silogismo, parte de uma ideia geral para a especificação. Assim como na Matemática, o pensamento lógico dedutivo no campo da linguagem é facilmente questionado, pois pode levar o indivíduo a constituir uma lei ou regra (a sua conclusão) a partir de generalizações ao produzir o seu texto. Nesses mesmos gêneros textuais, utiliza-se também o pensamento não-determinístico com a utilização de dados estatísticos para fundamentar determinada afirmação. Essa estratégia de escrita é definida por Wander Emediato, em A fórmula do texto, de argumentação probabilística fundada em sondagens e estatísticas realizadas por institutos de pesquisa. Ao reconhecer e utilizar esses tipos de pensamentos no campo da linguagem, os discentes conseguem apresentar uma visão mais crítica da argumentação dos outros e, ao mesmo tempo, utilizar essas estratégias na construção de seus próprios textos.
A visão geométrico-espacial também é usada na leitura e produção de textos nos gêneros textuais mais relacionados ao cotidiano dos alunos, a exemplo de logótipos de determinadas marcas, e gêneros literários, além de pinturas referentes aos estilos de época estudados em Literatura. A poesia concreta, por exemplo, influenciada não só pelo ideograma, mas também pela linguagem visual da propaganda e de logótipos, utiliza recursos espaciais ao associar linguagens verbal e não verbal. Seu projeto estético defende o uso do espaço branco da página e da disposição espacial da palavra no poema como elementos de produção de sentido no texto. No poema de CAMPOS, CAMPOS e PIGNATARI, “Terra” (conferir poema em http://www.poesiaconcreta.com/poema.php?id=23), a palavra “terra” se associa à palavra “arar” para promover efeitos sonoros de aliteração e de assonância inscritos numa imagem retangular do poema. Ao utilizar o pensamento geométrico espacial, o leitor percebe que essas palavras são dispostas num retângulo formado pelas figuras de um retângulo menor e dois triângulos desiguais. Os espaços entre uma e outra figura estão demarcados por linhas brancas que parecem constituir a terra arada. A desigualdade da representação da terra no poema, identificada na diferença de tamanho delas, e a repetição da palavra “erra”, associada a “erro”, parecem se relacionar, de forma metafórica, com a ideia de distribuição desigual de terras no meio rural, característica do território brasileiro criticada por vários segmentos sociais.

Além disso, as noções de perspectiva e de figuras geométricas apresentadas nas pinturas Vanguarda dos movimentos Cubista e Surrealista, que apresentam inovações frente a pintura mais clássica, também devem ser analisados a partir da visão geométrico espacial. É justamente a diferença da disposição das figuras e a noção de perspectiva que distinguem melhor esses estilos de época no campo das artes plásticas, o que permite traçar relações com o texto literário produzido nesses contextos artísticos e inclusive fazer os alunos perceberem como o grafite contemporâneo parece retomar a Vanguarda. Assim, o cubismo, por exemplo, apresenta uma noção de sujeito fragmentado, já que as faces e corpos de figuras humanas e os objetos que compõem paisagens são representados em seus múltiplos planos simultaneamente com o uso de formas geométricas. Essa linguagem visual mais sintética, com a apresentação de figuras humanas valorizando o aspecto geométrico, reaparece em alguns grafites dos centros urbanos brasileiros.
As relações entre as formas de raciocínio matemático e as características linguísticas e estéticas de textos em diferentes sistemas semióticos podem levar os professores dessas áreas a realizarem atividades interdisciplinares que explorem as habilidades dos alunos na produção de textos dissertativos-argumentativos em gêneros textuais orais ou escritos. Um debate ou uma produção de texto escrito realizados na aula de Língua Portuguesa deveriam ser antecedidos de atividades na aula de matemática que abordem dados estatísticos, processos de indução e dedução segundo uma temática comum às duas disciplinas baseada no contexto sociocultural dos discentes. Além disso, essas áreas podem organizar uma oficina de texto voltada para a poesia concreta que associasse a linguagem verbal à geometria na produção de sentidos. Da mesma forma, é possível que os professores da área de Matemática produzam debates baseados em dados estatísticos e oficinas de texto, não restringindo esse tipo de atividade a Linguagens.
A realização dessas atividades interdisciplinares contribui para que os alunos adquiram habilidades que facilitariam a aprendizagem tanto em Matemática quanto em Língua Portuguesa, pois se falta consistência nas argumentações dos alunos devido à ausência desses raciocínios nas suas produções de texto, é fato que existe dificuldade de interpretarem exercícios matemáticos contextualizados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Formação de professores do ensino médio. Curitiba: UFPR, 2013.
CAMPOS, Augusto de; CAMPOS, Haroldo de; PIGNÁTARI, Décio. Terra. Disponível em: http://www.poesiaconcreta.com/poema.php?id=23 . Acesso em: 30 de julho de 2015.
EMEDIATO, Wander. A fórmula do texto: redação, argumentação e leitura. São Paulo: Geração Editorial, 2004.
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: FGV, 2006.

imagem de Ananda Nehmy de Almeida

INDIVÍDUO E SOCIEDADE NAS CRISES DE ÁGUA E DE ENERGIA

ATIVIDADE DO PACTO PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO
ETAPA II, CADERNO III
EEPCA / BELO HORIZONTE
Produzir artigo baseado em atividade interdisciplinar:

INDIVÍDUO E SOCIEDADE NAS CRISES DE ÁGUA E DE ENERGIA CONTEMPORÂNEAS

Os alunos da EEPCA, localizada em Belo Horizonte, vivenciaram em 2014 a crise hídrica no sudeste aliada à crise energética como um fato que afeta diretamente o seu cotidiano. Como cidadãos que também interferem nesse fenômeno, já que consomem esses recursos, os alunos devem refletir a respeito do tema de forma a proporem intervenções no meio de convivência. Por isso, torna-se essencial uma abordagem interdisciplinar a partir da área Ciências da Natureza que dialogue com outras áreas do conhecimento para possibilitar a realização de investigação científica no contexto do aluno a fim de fazê-lo reconhecer, refletir e utilizar, na sua realidade, os conceitos de disciplinas como física, química e biologia de forma integrada.
A abordagem curricular integrada desse problema pelas disciplinas no ensino médio leva os discentes à identificação do desperdício de água e de energia nos seus contextos socioculturais para que realizem intervenções com a finalidade de reduzi-lo; ao conhecimento das formas de reuso da água e à investigação dos aspectos químicos que as envolvem; à análise crítica do gasto de energia utilizando conceitos físicos que permitam uma compreensão mais abrangente do consumo de energia causado por aparelhos eletrônicos objetivando reduzi-lo e, por fim, ao uso de técnicas de investigação científica apoiadas na produção textual de gêneros textuais como projeto, relatório de experiência e artigo de divulgação científica divulgado em blog.
O tema “Crise no fornecimento de água e de energia”, que apresenta natureza sociocientífica, será abordado nas atividades das disciplinas de Ciências da Natureza segundo a proposta da CTSA (Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente). Nessa perspectiva, estudam-se os conteúdos científicos em associação com questões socioambientais, o que permite relacioná-los a seus aspectos históricos, políticos, econômicos e éticos. Esse enfoque teórico faz o aluno se apropriar dos conhecimentos científicos a fim de compreender a sociedade na qual se insere de um ponto de vista da formação da cidadania. Com isso, o discente se torna mais consciente na tomada de decisões e na participação ativa dentro de uma sociedade democrática, conforme os estudos SANTOS e SCHNETZLER (2003) propõem.
Desse modo, os recursos hídricos percebidos nos seus aspectos físico-químicos levam os alunos a examinarem as práticas reuso e economia de água utilizadas tanto em larga escala, por indústrias e por estações de tratamento, realizando visitas técnicas, quanto no âmbito doméstico, ao observarem o gasto desse recurso nas suas famílias sob o viés da investigação científica, ou seja, utilizando coleta de dados, comparando variáveis, investigando os hábitos familiares que geram desperdício. Além dos estados da água, os alunos estudarão, no plano conceitual, os produtos químicos utilizados no tratamento desse recurso. A biologia também permite uma compreensão mais ampla da crise hídrica na medida em que propicia a investigação dos impactos socioambientais desse fenômeno. A interferência da escassez de água na produção e no preço de alimentos como frutas, legumes e verduras, por exemplo, é fato verificável pelos alunos na pesquisa de preço e dos custos com esse recurso para produtores rurais. Até mesmo no habitat aquático nos rios há impacto negativo, pois a escassez pode promover a redução de algumas espécies de peixes ou interferir na pesca realizada por comunidades ribeirinhas.
É preciso estudar a crise energética em associação à hídrica, pois o Brasil recorre essencialmente à energia das hidroelétricas. No espaço doméstico, os alunos podem investigar seus gastos de energia de aparelhos tecnológicos e propor soluções para reduzi-los seguindo orientações dos professores de física quanto à investigação do consumo energético. Em contextos sociais mais amplos, os alunos devem pesquisar em grupo as principais fontes de energia elétrica do Brasil e outras alternativas. Com isso, realizarão julgamentos mais adequados acerca de quais delas são mais recomendáveis a fim de evitar impactos do uso de hidroelétricas ao ocorrer uma crise hídrica ou de, simultaneamente, ampliar a oferta de energia e reduzir seu consumo. Nesse aspecto, a biologia e a química, associadas também à sociologia e à história, podem contribuir ao proporem aos alunos que pesquisem em grupos os impactos socioambientais das hidroelétricas nas áreas em que são construídas e na cultura dos povos indígenas. A construção da hidroelétrica de Belo Monte, por exemplo, segundo a procuradora do Ministério Público Federal, Thais Santi, contribui para que ocorra o etnocídio das populações indígenas da região, pois estas construíram todo um patrimônio cultural considerando aspectos socioambientais que fazem parte da área disputada pelo setor energético do país (BRUM, Eliane: 2014).
As atividades se dividirão em 4 etapas e serão realizadas em grupos. Na primeira etapa, organizada pelas disciplinas de Ciências da Natureza, os alunos se dividem em 4 grupos e pesquisam individualmente,durante um mês, os gastos de água e de energia de suas famílias seguindo métodos de investigação científica, ou seja, produzirão relatórios de pesquisa, gráficos, variáveis, tabelas. Os aparelhos eletrônicos das famílias podem ser avaliados quanto ao seu gasto energético. Essa pesquisa será reunida pelo grupo e apresentada para a turma em seminário que constitui a segunda etapa deste trabalho. Na terceira etapa, reúnem-se os representantes dos grupos para produzirem um quadro geral com informações dos gastos de água e de energia da turma.
Na quarta etapa, com a orientação dos professores da área de Ciências da Natureza, cada grupo pesquisará possíveis formas de reduzir gastos desses recursos. Para tanto, os grupos se dividirão em 4 temas: 1º tema) Redução de gastos de energia elétrica em aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos nas residências dos alunos; 2º tema) Redução de gastos de energia elétrica nas indústrias e nas empresas; 3º tema) Redução do consumo doméstico de água; 4º tema) Métodos de redução do consumo de água em indústrias, empresas e agropecuária. Os grupos devem elaborar um projeto de pesquisa baseado na temática escolhida que será orientado pelos professores da área de Ciências da Natureza. Os resultados da pesquisa serão apresentados como seminário ou numa feira de ciências da Escola organizada pelos professores dessa área e com o apoio das demais áreas. Os professores de Ciências da Natureza, para ampliar a discussão dos alunos, podem propor uma visita orientada a um local relacionado a essa temática (estação de tratamento, reserva natural com fonte hídrica, por exemplo).
Paralelamente à pesquisa desses temas, será realizado o estudo do conflito indígena na Usina de Belo Monte pela disciplina Sociologia a partir da entrevista “Belo Monte: a anatomia de um etnocídio”, concedida pela procuradora Thais Santi à jornalista Eliane Brum, publicada no jornal El pais (http://brasil.elpais.com/brasil/2014/12/01/opinion/1417437633_930086.html). Nessa entrevista, a procuradora denuncia os impactos negativos na população indígena, desrespeitada pela insistência governamental em investir no setor hidroelétrico, o que faz a comunidade local ser obrigada a se deslocar dos espaços onde fundaram sua identidade étnica e cultural.
O conteúdo de Língua Portuguesa será abordado pelo docente da área a partir da concepção de gênero textual como resultado de práticas sociais de linguagem desenvolvidas no continuum das modalidades oral e escrita, conforme propõe Luiz Antonio Marchuschi (2008). Durante as etapas do processo de investigação, os alunos devem escrever relatórios de pesquisa e de visita técnica. Além deles, como já foi citado no princípio deste artigo, as atividades se concentram no trabalho com os gêneros projeto de pesquisa, artigo de divulgação científica e seminário, considerando as particularidades composicionais de cada gênero textual abordado nelas. Ao final da feira de Ciências resultante de todo esse trabalho, os grupos elaborarão artigos de divulgação científica com os resultados das pesquisas publicados em blog.
Associadas às disciplinas que compõem o conteúdo da área Ciências da Natureza, há análise sociológica, o uso de gráficos, o estudo das variáveis e a produção de texto que fazem parte de disciplinas como Sociologia, Matemática e Língua Portuguesa, contribuindo assim para que os discentes apresentem uma visão integrada do conteúdo curricular.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Formação de professores do ensino médio. Curitiba: UFPR, 2013.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.
SANTI, Thais. Belo Monte: a anatomia de um etnocídio. ES: El pais, 2014. Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2014/12/01/opinion/1417437633_930086.html. Acesso em: 29 de julho.
SANTOS, W.L.P. Contextualização no Ensino de Ciências por meio de temas CTS em uma perspectiva crítica. Ciência & Ensino, n.1, 2007.

imagem de ANA  LEONOR  SCHENFELD

Reflexão e Ação Caderno III fase II - Pacto

REFERENTE À REFLEXÃO E AÇÃO ETAPA II DO CADERNO III

COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ
ORIENTADORA: PROFª ANA LEONOR SCHENFELD
NOME DOS PROFESSORES:
ALEXSANDRA DOMBEKET MACANHAN;ADRIANA TESSARO WILL;ANA LETÍCIA BYLNOSKI LUDWIG;ANA PAULA FERREIRA MOTTA;APARECIDA DE AZEVEDO MARTINS;ARLETE CINTRA LIPSKI;CAROLINA GOMES GONÇALVES DE MENDONÇA;CINTIA SERRANO FORTES DE LIMA; DEISILANE MESQUITA RIZZI E SILVA;ELIANA DO ROCIO CZAJKOWSKI ERIC RODRIGUES DA SILVA;GLAUDEMARINA SILVA DIAS SOUZA;JANETE MARTINS CORDEIRO FRANCO;JOSÉ CARLOS MOSKO JOSIANE DÉA DO AMARAL BRANDALIZE;LAÉRCIO DE MELLO;RONUALDO MARQUES ROSELI PÁDUA ANGELONI;ROSICLERI MARIA ROSA;SILVANA APARECIDA AMARAL;SILVANA FERRO ZONATTO ;SIMONE CONSTANSKI SANTOS WALLACE KASSIO DE LIMA RAMOS; ANA CAROLINA SCHENFELD CHRISTIANE DE JESUS FERREIRA.

REFLEXÃO E AÇÃO – CADERNO III - página 41

Nosso Colégio desenvolve um projeto de Sustentabilidade – da Escola ao Rio - 2015 criada pela SANEPAR para acompanhar e cuidar de “um olho d´água”, uma nascente na área da escola. Esse projeto é uma parceria com as Unidades Regionais da Sanepar, Unilivre e a SEED em prol da conscientização dos cuidados e da preservação da qualidade da água e do meio ambiente.
Nossa professora de Química , Alexsandra, juntamente com os alunos do Ensino Médio, vem monitorando a qualidade da água e acompanhando o seu percurso.
Durante o Reflexão e Ação, essa professora falou da possibilidade de inserção das disciplinas de Física e Biologia.
Esse trabalho desenvolveria um planejamento interdisciplinar mais completo que o atual, abrangendo uma maior e mais repetida observação, análise e preservação da água, aplicando a hidrostática ( estudo da força exercida por/e sobre líquidos em repouso; densidade; pressão; visaria a importância da mata ciliar para a qualidade da água; classificação e escolha de árvores nativas; análise bioquímica da água; tipos de poluição e como evitar.
Ao final, a execução de um relatório informando a qualidade da água, poluentes encontrados, levantamento do que pode ser melhorado.
Uma maneira dos alunos conhecerem o conceito de sustentabilidade, evidenciando a realidade socioambiental e socializando essas informações.

imagem de Alessandra Aparecida de Oliveira Guimaraes e Silva

REFLEXÃO E AÇÃO CADERNO 4 - P.31 - EE JOSÉ LEANDRO

Projeto: A linguagem das HQs. Como método de aproximação interdisciplinar
• Mídia Internet – site da google, páginas de pesquisa com nomes de autores pré-definidos.
• Mídia impressa – revistas de Histórias em quadrinhos, livro didático, artigos de livros, revistas variadas para recorte
• PERÍODO:
• Aulas de Artes – 6h/a módulo 50 min.
• Aulas de Português – 5h/a módulo 50 min.
• Biblioteca – 5h/a – módulo 50 min.
• Contadora de história – 5h/a – módulo 50 min.
• Aulas de História -12h/a – 50 min.
• Total – 32h/a
• PÚBLICO:
• Alunos do 2º ano de Ensino Médio
• Professores de História, Artes e Português
• Bibliotecárias
• Contadora de História.
OBJETIVOS
• Trabalhar com fontes históricas de diversos tipos;
• - Criticar, analisar e interpretar documentação histórica;
• - Situar as diversas produções da cultura nos contextos históricos;
• - Ler e interpretar textos impressos e imagéticos, dados numéricos e estéticos;
• - Compreender o processo de produção da narrativa histórica;
• - Operar conceitos das disciplinas histórica, literária e artística;
• - Perceber as diferentes linguagens utilizadas no processo de produção cultural;
• - Aprender novas metodologias de pesquisa;
• - Atuar sobre os processos de construção da memória social;
• - Negociar soluções coletivas para problemas comuns reconhecendo o direito de manifestação dos outros;
• - Aprender a escrever diversos tipos de textos, reconhecendo suas diferentes propostas;
• - Possibilitar-se a experimentação de técnicas de desenho e produção artísticas;
• - Aprender e construir conceitos válidos cientificamente;
• - Utilizar as mídias disponíveis na escola como fontes de pesquisa, registro e transmissão de conhecimentos;
CRITÉRIOS PRÉ-DEFINIDOS COM OS ALUNOS
• Avaliação constante do processo
• Reavaliação periódica
• Domínio de conteúdo
• Leitura, interpretação e escrita
• Organização de idéias e do material
• Layout
• Capricho
• Apresentação das equipes e seu trabalho conjunto
• Capacidade de pesquisa
• Colaboração de todos
• Respeito e cuidado com visitantes, colegas e professores
METODOLOGIA;
1 - Em seu livro “A Imagem no Ensino da Arte”, Ana Mae Barbosa nos apresenta o que ela chama de “metodologia Triangular” em que os focos seriam o fazer, suas leituras, sua assimilação. Educando o olhar para que este veja e reconheça, aprecie e aspire conhecer para depois devolvê-lo na forma poética são recomendações para um bom trabalho com documentos visuais.
2 - A aprendizagem se efetivará pela ação, pelo “aprender fazendo” e resolvendo os problemas relativos à práxis específica da constituição deste documento da história literária. Segundo Paulo Freire: “linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre texto e contexto.”
3 - O trabalho com documentos é a própria estratégia de construção de um conhecimento histórico possível e não se constitui como mera ilustração. Esta atividade percorre o fazer histórico no trabalho mesmo de seus profissionais. A pesquisa, em todas as suas etapas, configura o discurso científico, portanto historiográfico e é pela similitude da ação que pretendemos levar o aluno a religar prática/conteúdo na busca de sentido para seu “estar na escola”.
DESENVOLVIMENTO;
• Diagnóstico.
• Atividades no livro didático de história e identificação das questões de pesquisa.
• Definição do objeto.
• Atividades com desenhos e reproduções de variados planos.
• Atividades de produção de texto e construção conceitual.
• Trabalho de produção de construção das “HQs”.
• Contadora de história.
• Definição dos critérios de avaliação das “HQs”.
• Leitura de imagens.
• Os conceitos de História e História da Arte.
• Trabalho de pesquisa com mídias – internet - site google e busca pé.
• Trabalho de leitura e pesquisa na biblioteca.
• Visita orientada à “ Gráfica Ouro Preto”.
• Trabalho de construção de pequenas cenas teatrais.
• Planejamento do layout das revistas.
• Produção das histórias.
• Estudo das histórias e produção dos roteiros.
• Produção final das revistas.
• Apresentação das revistas e textos.
RESULTANTES;
• Gostaríamos objetivamente de contribuir na formação de sujeitos capazes de lidar com a complexidade de conceitos, procedimentos científicos, atitudes e habilidades atinentes a diferentes disciplinas do saber, no sentido de que possam contribuir para a construção de posturas menos vulneráveis, mais solidárias e cidadãs, livres e responsáveis consigo e com os “outros”. Sujeitos que respeitem as diversidades, diferenças e ambigüidades de pontos de vista onde as dimensões científica, étnica, histórica e cultural se inter-relacionam, integram e se tornam conhecimento/riqueza, memória/patrimônio.
• Esperamos que construam os seguintes produtos:
• - Montagem de Revistas de Histórias em quadrinhos;
• - Exposição de desenhos, poesias e textos;
• - Espetáculos de contadores de histórias

imagem de Juceli Fatima Ramos de Goés

Relatorio Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Medio 2014/2015

1. Identificação
Relatório Final
Nome da escola: ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO FAXINALZINHO
Professora Orientadora:JUCELI FÁTIMA RAMOS DE GOÉS Local: FAXINALZINHO
Série: ENSINO MÉDIO Número de alunos: 96 ALUNOS
Professores envolvidos: ADRIANA CRISTINA GROTH, ALINE MOREIRA DE ANDRADE, CARLA DIANA DAPPER DOS SANTOS, CLAUDETE MARIA SUBTIL, CLAUDETE TERESINHA GROTH, EODETE GENY SOBIERAJ, ELAINE BALDIN, ELIZANDRA LORENZON PEREIRA, GRACIANI CAGOL, LILIANE KARLA PADILHA, LUCIANA BONAFIN, CLECIO MUSSI LARA.
Neste relato pretende-se transcrever as discussões e analises feitas durante os encontros do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio – PNEM. Através dos cadernos estudados, textos de apoio, sites e vídeos, cujo intuito é a aplicação de valores adequados para um ensino de qualidade e com caráter integral para a formação do educando, não apenas visando a educação global do conhecimento para um futuro vestibular e sim uma aplicação mais efetiva dos diversos conhecimentos e tendências de desenvolvimento que cada educando possui, considerando os quatro eixos da formação do estudante: trabalho, ciência, cultura e tecnologia.
O que se pode resumir na primeira etapa, mas que perpassa e vem agregar a segunda etapa, é que se faz necessário um redesenho da forma curricular, o qual deve ser trabalhado com a formação inicial do professor direcionada para a interdisciplinaridade. Compreensão e empenho de toda comunidade escolar, bem como execução efetiva de ações previstas em políticas públicas do MEC e da própria SEDUC no sentido de tornar a escola um ambiente atrativo de bom convívio para educandos e educadores, em que haja regras para ambas as partes, que o limite de um comece onde acaba o do outro, para que se reconstrua uma sociedade mais humanista e fraterna, partindo da escola , já que é nela que a maioria dos educandos vão fazer amigos, conviver com novas pessoas, trocar ideias, entre outras afirmações feitas por eles.
Em todas as apresentações e ou leituras fez –se a comparação do que abordava o texto, a nossa realidade local, bem como estratégias, projetos que já vem se fazendo e que devemos ainda buscar. Projeto de leitura, Ensino Médio Politécnico, viagens, parcerias, projeto profissões,. Também fiz o uso de alguns textos para refletir ao iniciar as atividades (O poder das palavras, textos e orações para reflexão) pode se dizer que houve uma boa reflexão e todos puderam expressar suas opiniões, questionar, e debater sobre o que precisamos mudar.
A escola é o território educativo no contexto da formação humana, ao atender as peculiaridades físicas, psicológicas e sociais de seus alunos, criará condições para que eles participem e busquem novas maneiras de interagir com a realidade, buscando e transformando saberes dentro das suas vivências sem que haja preconceitos, esquecendo, até mesmo, das suas diferenças.
Demonstrar o cotidiano escolar às famílias e aos envolvidos no processo educativo propicia uma compreensão das limitações e ações que a escola disponibiliza para levar adiante sua tarefa de educar, precisamos fazer com que estes vivenciem para compreender e poder participar no processo de construção coletiva de uma escola democrática.
A dualidade estrutural do Ensino Médio, que atingiu professores e estudantes nos aspectos formativos e profissionais, como uma resposta às demandas do contexto econômico; que por sua vez, distribuiu os estudantes em dois grupos distintos: um direcionado a atender a necessidade da mão de obra; e o outro formado para corresponder aos cargos intermediários e dirigentes da sociedade brasileira.
O professor enquanto sujeito que atua no espaço escolar estabelece relações num contexto de pluralidade e diversidade com outros sujeitos, interagindo não apenas com os seus alunos em sala de aula, mas imprimindo suas influências em todo o espaço educativo, mediado pelos conhecimentos científicos, culturais, tecnológicos, filosóficos, artísticos e políticos. A avaliação do aluno do ensino médio deve inicialmente levar em consideração a realidade em que o aluno encontra-se inserido. Este passará a participar de forma mais ativa quando, encontrar-se como parte integrante do processo de aprendizagem, estes alunos já possuem uma carga de conhecimentos, e vivências mais significativas que podem trazer para a sala de aula situações e perspectivas que venham a enriquecer o processo ensino aprendizagem, visto que este sujeito já esta em pleno processo de desenvolvimento próprio de sua intelectualidade.
O professor enquanto sujeito que atua nesse processo, interagindo não apenas com seus alunos em sala de aula, mas imprimindo suas influências em todo o espaço educativo, deve ser mediado pelos conhecimentos científicos, culturais, tecnológicos, artísticos, políticos.
O trabalho deve ser focado a cada cidadão, com suas diferenças e individualidades culturais, sociais, econômicas, etc., mas com a ideia final de prepará-lo e condicioná-lo para as mais diversas variedades que a sociedade contemporânea vai apresentar a ele.
Contribuindo para a diminuição destes empecilhos, faz-se o uso de pesquisas, palestras, projetos de estudos, e atividades diversas que desencadeiem para conhecimento de fatos reais sobre o tema, e assim poder comparar com exemplos diversos do ponto micro para o macro (micro: o seu real; macro o social); também se busca a participação da comunidade escolar junto a escola em atividades e propostas feitas pela mesma.
Entre os problemas levantados em um conselho de classe, o baixo rendimento, o pouco comprometimento, o comportamento, a indisciplina; são fatores que nos direcionam a fazer reuniões com os pais, com a turma, chamamento individualizado se necessário.
Não faltam motivos para que a escola desenvolva processos de gestão democrática coletiva, a começar por um dos mais importantes, que é a elaboração, implementação, crítica e reelaboração sistemática do Projeto Político Administrativo Pedagógico (PPAP), que deve ser elencado como documento base para que seja o eixo norteador da escola.
No entanto educando e educadores não podem ser pensados separados, pois um depende e aprende com outro, cuja aprendizagem é fundamentada na realidade social em que se vive, porém visando uma compreensão mais ampla dos acontecimentos do mundo, que influenciam diretamente o cotidiano de cada um.

imagem de ROGERIO FRANCISCO RESENDE

PROJETO: JOGOS E TECNOLOGIA NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

ESCOLA ESTADUAL PEDRO RIBEIRO CAVALCANTE FILHO
ATIVIDADE DO PACTO NACIONAL PARA FORTALECIMENTO DO ENSINO MEDIO
ETAPA 2 – CADERNO V - MATEMÁTICA

PROJETO: JOGOS E TECNOLOGIA NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
AGENTES: PROFESSORES DE PORTUGUÊS, MATEMÁTICA E AS OUTRAS CIÊNCIAS DO CONHECIMENTO
PÚBLICO ALVO: ESTUDANTES DO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO
PERÍODO: SEGUNDO BIMESTRE

1. Justificativa:
Este Projeto de Intervenção foi pensado após análise do PPP da E. E. Pedro Ribeiro Cavalcante Filho na parte específica de Matemática, com base nos resultados da avaliação diagnóstica dos alunos dos 3ºs anos do Ensino Médio Comum Geral. Analisando as atividades pedagógicas propostas no PPP e os resultados do desempenho dos alunos dos 3ºs anos do Ensino Médio, observamos que no conteúdo de Matemática, mais especificamente, os resultados eram insatisfatórios tanto nas avaliações internas quanto nos resultados das avaliações externas; devido a isso, nossa escola foi classificada como estratégica, para melhorar esses dados e efetivar a aprendizagem dos alunos, no que diz respeito ao ensino da Matemática, diante de um resultado no qual 70% dos alunos estão no nível de baixo desempenho, propusemos algumas ações para intervir nesses resultados, trabalhando especificamente com os alunos dos 3ºs anos do ensino médio.

2. Objetivo Geral:

Analisar as ações propostas nas atividades pedagógicas do Projeto Político Pedagógico da escola e colocá-las em consonância com a prática pedagógica, principalmente no ensino de habilidades básicas de leitura e raciocínio lógico nas áreas de Linguagens e Matemática, construindo o conhecimento por meio de jogos lúdicos e uso das novas tecnologias.

3. Objetivos Específicos:

 Refletir sobre a importância do estudo e do conhecimento na sociedade contemporânea;
 Fomentar a pesquisa, a leitura e o uso das tecnologias na construção do conhecimento científico;
 Utilizar jogos e a tecnologia como estratégias didáticas para aperfeiçoar o conhecimento teórico;

4. Diagnóstico:
A partir das constatações feitas a respeito dos resultados insatisfatórios em Matemática e diante da necessidade de mudança desse cenário, para a realização de uma aprendizagem efetiva dos educandos, fez-se primeiramente uma análise do Projeto Político Pedagógico, juntamente com a equipe de professores do Pacto, avaliando-o quanto à necessidade de conciliar teoria e prática.
Comparando o que estava proposto no PPP com a prática pedagógica adotada pelos professores em seus planos, observamos que nem sempre o que estava sendo proposto pelo PPP, consolidava-se na prática. Diante desse fato e dos resultados dos alunos, ficou nítida a necessidade de criar estratégias, intervenções que valorizassem o desenvolvimento de algumas competências e habilidades que garantissem a melhoria da aprendizagem da Matemática dos 3ºs anos do ensino médio, com intervenção nas práticas pedagógicas que contemplassem as atividades de leitura, interpretação e de raciocínio lógico.
Para isso, foram apresentadas algumas propostas de intervenção na prática pedagógica, ações que valorizassem o exercício da leitura, da diferenciação entre compreensão e interpretação de texto e do raciocínio lógico por meio de atividades lúdicas, que valorizassem os jogos e o uso das novas tecnologias, por exemplo, por fazerem parte do contexto do cotidiano dos alunos.
5. Metodologia:
Como metodologia, foi feito primeiro um quadro comparativo entre os objetivos e ações propostos no PPP da escola e as ações realizadas na prática pedagógica pelos professores de Língua Portuguesa e Matemática; para verificar se as ações desenvolvidas, garantiam a concretização dos objetivos propostos; para isso utilizou-se o próprio PPP, o encontro dos professores do Pacto, além dos gráficos contendo os resultados externos (PROEB) e internos dos alunos do 3º ano do Ensino Médio Geral Comum da escola.
A partir desses dados e após reflexão dessa equipe, foi feita uma análise para verificar a aprendizagem e a consolidação das habilidades e competências antes comprometidas e verificar quais são as necessidades que precisam ser atendidas para que a prática pedagógica esteja em consonância com PPP da escola e possa garantir uma aprendizagem de qualidade.
6. Ações propostas:

Atividade 1 - Aula no laboratório de informática com o uso da internet para resolução de exercícios lógicos propostos no site “Racha Cuca”.

Juntamente os professores de Matemática e Língua Portuguesa dos 3ºs ano do ensino médio propõem aos alunos a resolução de alguns exercícios lógicos com problemas de matemática, disponíveis no site ‘Racha Cuca’, (http://rachacuca.com.br/logica/problemas/) com o intuito de fomentar a leitura e a análise, além do desenvolvimento do raciocínio lógico na resolução dos problemas. Os alunos devem ser divididos em duplas e cada uma delas deve solucionar ao menos dois problemas: um de nível mediano e outro de nível elevado; para a realização dessa tarefa serão utilizadas ao menos duas aulas seguidas.

Atividade 2 – Gincana do Saber

Aos alunos do 3º ano do ensino médio será proposta, como desafio para medir algumas habilidades e competências da Língua Portuguesa e da Matemática, uma Gincana do Saber. Os alunos dos 3ºs anos devem ser divididos em dois grupos, que passarão a disputar a Gincana; cada equipe deverá responder, resolver as questões propostas (questões do ENEM e de outros vestibulares) em um tempo pré – determinado, no final vencerá a equipe que acumular mais acertos; o intuito da atividade é o de fomentar a leitura e a análise, o desenvolvimento do raciocínio lógico na resolução dos problemas, além da importância do trabalho feito em equipe. Para a realização dessa atividade serão utilizadas duas aulas consecutivas.

Atividade 3 – Aplicação de jogos matemáticos

O professor de Matemática dos 3ºs anos do ensino médio propõe aos alunos a resolução de alguns jogos matemáticos (Sudoku, espécie de quebra-cabeça numérico),com o intuito de fomentar a leitura e a análise, além do desenvolvimento do pensamento lógico.
Os alunos devem ser divididos em duplas e cada uma delas deverá solucionar ao menos três jogos de sequências numéricas e níveis de dificuldade variados; para a realização dessa tarefa serão utilizadas ao menos duas aulas seguidas.

7. CULMINÂNCIA:
A intervenção iniciar-se -á no segundo bimestre e acontecerá ao longo do ano, podendo utilizar-se de outras estratégias, criação de jogos pelos próprios alunos e uso de outras plataformas tecnológicas que trabalhem com o desenvolvimento do conhecimento por meio de jogos lúdicos e uso de tecnologias.
8. AVALIAÇÃO:

A avaliação do projeto será contínua, feita pelos professores das áreas relacionadas ao projeto, que verificarão o desenvolvimento das competências e habilidades propostas nos objetivos geral e específicos; e dar-se-á durante o desenvolvimento de todas as atividades, envolvendo a aprendizagem desses estudantes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREIRE, Paulo. Educação como prática de liberdade. 22ªed.,Rio de Janeiro, Paz e Terra.1996.
LIMA, Márcia A. S. Gama. Projeto Político Pedagógico: Teoria e prática na construção do conhecimento. 2015. 19 páginas. TCC. Gestão Escolar. Universidade Federal de Ouro Preto – Minas Gerais.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Meio Ambiente e Saúde. Ministério de Educação. Secretária de Educação, 3ª edição, Brasília, 2001.

imagem de RUTH SILVÉRIA OLIVEIRA DA FONSECA

ATIVIDADE DO PACTO DO ENSINO MÉDIO- CIENCIAS DA NATUREZA- AÇAILÂ

ATIVIDADE DO PACTO DO ENSINO MÉDIO- CIENCIAS DA NATUREZA- AÇAILÂNDIA - MA: O uso do celular e seus impactos ambientais e sociais
Ana Alice Oliveira, Andrei Lucena, Edivan Dourado, Elioneto Lima, Luciana Queiroz, Marcio Gardênio, Ruth Silvéria

Resumo
A confecção desse artigo pelos professores das diversas áreas do conhecimento, tem por finalidade desenvolver uma unidade de ensino que possa ser produzida em forma de uma sequência didática nas disciplinas de Física, Química e Biologia. O celular é, sem sombra de dúvida, uma das mais celebradas invenções da humanidade. Tendo para muitos se tornado, além de objeto de consumo, objeto de desejo e de uso permanente, podendo gerar até mesmo certa "dependência emocional". A indústria do consumo apela para a publicidade, estimulando a necessidade infinita de atualização dos modelos e das possibilidades técnicas. A acirrada competição entre empresas poderosas faz com que pessoas do mundo inteiro troquem de aparelhos frequentemente, influenciando especialmente adolescentes e jovens, que se tornaram os maiores usuários e consumidores. O uso dos celulares, assim como de qualquer outro bem ou produto, não traz apenas benefícios e facilidades. Em alguns casos, o abuso pode gerar transtornos e sérias dificuldades pessoais e sociais. Em geral, os brasileiros trocam de celular a cada 18 meses, embalados pelas novidades de dispositivos sofisticados e pelo incentivo da operadora que gera o consumismo desnecessário. Esse comportamento social ocasiona grandes problemas ambientais porque sabemos que quando o celular se torna obsoleto, ele se transforma em um resíduo que deve ser tratado e reciclado de maneira especial, já que seus componentes podem ter um impacto muito negativo no meio ambiente. Outra problemática é o seu uso em sala de aula, parte dos educadores admite que o problema ocorre porque os estudantes, de maneira geral, já se habituaram a utilizar os celulares em todos os lugares e acabaram por banalizar o uso do aparelho, sem reflexão acerca da conveniência social em fazê-lo, alheios ao melhor interesse coletivo.

Palavras Chave: Celular, Problemas Ambientais, Sala de aula,

INTRODUÇÃO

No Brasil, apenas em 2011, mais de 210 milhões de aparelhos celulares foram ativados. O número é maior do que a população inteira do país, que atualmente está em torno de 190 milhões - e o ano ainda nem acabou! -, o que comprova que tem muito brasileiro por aí usando mais de um celular e/ou trocando de modelo mais de uma vez por ano. Atualmente são praticamente descartáveis, uma vez que, ficam tecnologicamente ultrapassados em prazos cada vez mais curtos ou então devido à inviabilidade econômica de conserto, em comparação com aparelhos novos.
As baterias dos celulares contêm, em sua maioria, substâncias perigosas e o não aproveitamento de seus resíduos, representa também um desperdício de recursos naturais não renováveis. Sua disposição no solo em aterros ou lixões é igualmente prejudicial à segurança e saúde do meio ambiente. As substâncias mais problemáticas do ponto de vista ambiental presentes nestes componentes, são os metais pesados, como o mercúrio, chumbo, cádmio e cromo, gases de efeito estufa, as substâncias halogenadas, como os clorofluorocarbonetos (CFC), bifenilas policloradas (PCBs), cloreto de polivinila (PVC) e retardadores de chama bromados, bem como o amianto e o arsênio 8.
Os impactos ambientais são consideravelmente maiores quando as baterias são depositadas em aterros não controlados, pois os lixiviados contaminados penetram diretamente no solo e nas águas subterrâneas e superficiais. Os lixiviados contendo os poluentes supramencionados provenientes de aterros não controlados poderão futuramente, contaminar as águas subterrâneas.
O uso do celular ainda gera outra polemica tão importante quanto à questão ambiental, o seu uso nas salas de aula, que vem tirando o sono de muitos educadores que não conseguem chegar a uma resposta convincente, se é bom ou ruim, a liberação do uso do celular nas aulas. Alguns pedagogos defendem a ideia de que os nossos jovens atuais são multitarefas, pois conseguem ficar com um olho nas mensagens do celular e o outro na explicação do professor. No entanto, para especialistas, esse argumento é falso, e o hábito de manter diferentes focos de atenção pode gerar estresse ou até mesmo indicar um Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
O pesquisador do Instituto do Cérebro da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e chefe do serviço de neurologia do Hospital São Lucas, André Palmini afirma:
Sempre que o cérebro divide a atenção em mais de um estímulo, a capacidade de ‘dedicar-se’ àquilo que é prioritário diminui. Esta visão de que os estudantes de hoje conseguem ler e enviar mensagens no celular enquanto estudam ou assistem a uma aula é incorreta. Existe uma perda inevitável de qualidade de atenção quando isso acontece.

Como o fenômeno (TDAH) descrito não é raro, há uma grande tendência de diagnosticá-lo facilmente. Nos Estados Unidos, por exemplo, uma pesquisa da Faculdade de Medicina Feiberg, da Universidade de Northwestern, indica que o percentual de crianças com o transtorno cresceu 66% entre 2000 e 2010.
Orientadora educacional da unidade da Granja Vianna do Colégio Rio Branco, em São Paulo, Maria Eugênia Rossetti tem opinião que , na escola em que trabalha, a pior fase do problema dos celulares durante a aula ocorreu há três anos, quando os telefones com acesso à internet começaram a se popularizar.
Antes era preciso que fôssemos mais rígidos, então retirávamos alunos da sala e, em alguns casos mais graves, suspendíamos. Hoje, acredito que os estudantes já aprenderam e, até esse momento do ano letivo, apenas três notificações foram feitas. Eventualmente, conseguimos até incorporar os aparelhos em atividades pedagógicas, como uma pesquisa, por exemplo.

Devido essas questões que envolvem o uso do aparelho celular, sejam elas ambiental ou social, que os professores e cursistas do Programa Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio do Centro de Ensino Lourenço Antonio Galletti do Município de Açailândia-MA, observando o dia-dia na sala de aula, e o como essa problemática passou a ser importante sua discussão com a comunidade escolar. Resolveu-se produzir uma sequência didática que abordasse o tema: “O uso do celular nas mais diversas dimensões conhecimento”, assim nossos alunos serão capazes de entender desde a fabricação e composição, até mesmo, seu papel na sociedade contemporânea.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA
CE LOURENÇO A. GALLETTI, AÇAILÂNDIA-MA
Docente: Ana Alice Oliveira, Andrei Lucena, Edivan Dourado, Elioneto Lima, Luciana Queiroz, Marcio Gardênio, Ruth Silvéria
Orientadora de estudos: Edileuza Cruz
Formadora regional: Ruth Pereira
Área do conhecimento: Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Componentes curriculares: Física, Biologia e Química
Série/turmas: 1ª., 2ª., 3ª. do Ensino Médio
Tempo de realização: 4 horas aulas em cada disciplina
Tema Gerador: O uso do celular e seus impactos ambientais e sociais
Integração disciplinar: Física, Biologia, Química, Redação, Sociologia e Filosofia

Objetivos
• Refletir sobre a necessidade das normas e os procedimentos de legitimação que devem propiciar ao sujeito o respeito por si próprio e pelo outro;
• Vivenciar uma assembleia de classe;
• Criar coletivamente regras sobre o uso do celular em sala de aula;
• Produzir uma blindagem eletrostática usando celular;
• Conhecer sobre onda eletromagnética presente no celular;
• Elementos tóxicos presentes em diversas partes de um celular;
• Conscientizar os alunos quanto ao problema do lixo eletroeletrônico;
• Provocar a mudança de mentalidade do consumidor (aluno), visando ao consumo consciente;
• Transformar seu celular em um microscópio;
.
CONTEÚDOS:
• Consumo consciente do celular;
• Ambiente cooperativo;
• Ondas Eletromagnéticas;
• Poluição e desequilíbrio ambiental;
• Metais Pesados;
• Microscopia;
PROCEDIMENTOS:
1º. ASSEMBLEIA DE CLASSE
Discussão oral em todas as disciplinas das Ciências sobre a temática abordada e solicitação que os alunos pesquisem como o Brasil e outros países lidam com o uso do celular na escola, pedindo para trazerem os resultados das pesquisas para a próxima etapa. A partir do material que os adolescentes trouxerem, serão organizados grupos de quatro a cinco pessoas. Os alunos deverão compartilhar seus achados e elaborar um texto. Cada grupo deverá escolher a forma como achar mais conveniente de socializar essa produção, inclusive via celular se eles assim preferirem. Após a escrita, pedir aos alunos que compartilhem suas impressões. O professor deverá mediar nesse momento, mas sem emitir sua opinião ou julgamentos. Esse é um momento de análise dos alunos. Discutir com a turma o que é uma assembleia de classe (caso a escola não use esse recurso como uma prática). As assembleias destinam-se a um momento escolar organizado, para que os membros da instituição discutam com o objetivo de melhorar a convivência e outros problemas vividos no lugar. Quando chegar o momento de todos decidirem, em uma assembleia, sobre o uso de aparelhos celulares na sala de aula. Será eleita com a turma (de forma democrática) os alunos que coordenarão as discussões, sendo que um faz anotações a ordem da palavra e o outro organiza a ata que sistematiza as reuniões. O professor deve atuar como mediador. Por isso, não deve esquecer-se de favorecer reflexões pautadas em princípios de justiça e equidade. Ao final, é possível elaborar um cartaz ou mesmo digitalizar um texto com a ata, informando a comunidade escolar sobre como o tema foi discutido e quais regras foram propostas. As regras criadas precisam ser claras sobre, por exemplo, o momento que os celulares atrapalham o andamento de uma aula, quando e onde devem ser utilizados como um recurso didático da própria aula, e como os professores e alunos organizarão o uso do celular, entre outros itens.
2º. BLINDANDO UM CELULAR ELETROSTATICAMENTE
A blindagem eletrostática é bastante usada para a proteção de aparelhos elétricos e eletrônicos contra efeitos perturbadores externos. Esta atividade experimental tem por finalidade auxiliar o professor na conceituação da blindagem eletrostática. A atividade é considerada de baixo custo pelo fato de ser realizada com materiais de fácil aquisição. Nesta atividade irá investigar-se qual é o comportamento do sinal de um celular quando isolado, através de diferentes materiais como, por exemplo, folha de papel e folha de papel alumínio. Para a realização da atividade serão necessários:
- dois aparelhos celulares, sem defeito;
- folha de papel;
- folha de papel alumínio;
Iniciando a atividade:
Primeiramente deve enrolar-se um dos celulares com a folha de papel. Usando o celular que está sem embrulho, ligue para o celular que está embrulhado na folha de papel alumínio. Após verificar que o celular embrulhado está chamando, desligue e embrulhe-o com o papel alumínio. Após ficar bem embrulhado com o papel alumínio, faça novamente o procedimento com o segundo celular, uma ligação para o celular embrulhado no papel alumínio. Perceba, pelo celular desembrulhado, que a mensagem encaminhada pela operadora é de que o celular chamado está fora de serviço, isto é, fora de área de cobertura. Explicação: Sabendo-se que a comunicação entre os celulares se dá por ondas eletromagnéticas, portanto, ao ligarmos um celular, ele funcionará como transmissor e receptor de ondas eletromagnéticas. As ondas eletromagnéticas se propagam através de um campo elétrico variável, portanto, em sua propagação é gerado um campo magnético também variável. Mas o que acontece para que o celular tenha sinal, quando embrulhado na folha de papel e perca o sinal quando embrulhado com a folha de papel alumínio? Quando embrulhado na folha de papel, o celular continua recebendo as ondas eletromagnéticas como se não estivesse embrulhado, pois o papel não é condutor de eletricidade. O celular perde o sinal quando está enrolado no papel alumínio, porque no interior do papel alumínio o equilíbrio eletrostático é nulo e também porque o papel serve como uma blindagem eletrostática, protegendo o celular de qualquer ação de forças externas. Sendo assim, toda onda eletromagnética que chega até o celular fica distribuída na superfície do papel alumínio.

3º. A GESTÃO DO LIXO ELETROELETRÔNICO (CELULAR)
A partir do desmonte de equipamentos usados, os alunos percebem a complexidade que está por trás da montagem de um equipamento eletroeletrônico, obtido por meio da junção de diferentes materiais que constituem seus componentes. Uma das etapas de gestão desse tipo de lixo é a desmontagem e separação de componentes por métodos físicos. A abordagem desse assunto deve ser adaptada a cada segmento escolar. Para os alunos do ensino médio, podem ser trabalhados diversos conceitos vistos nas aulas de física e de química: por que se encontra um grande percentual de plásticos na composição dos EEE (em especial nas carcaças destes)?; que propriedades justificam o emprego de metais nobres na composição dos circuitos impressos?; como é feita a solda que fixa os componentes nas placas?; que propriedades esta apresenta para ser usada como tal?. Os alunos apresentarão um relatório a ser entregue.

4º. COMO TRANSFORMAR SEU CELULAR EM UM MICROSCÓPIO
Verdade, que permite ver alguns microrganismos invisíveis a olho nu, sem precisar mexer em nada no seu aparelho, apenas usando pequenos periféricos que não custam além de 10/15 reais? Isso é bem simples de se fazer, precisando apenas de uma lente retirada de um apontador laser, um grampo de cabelo. O celular-microscópio vira uma lente macro para tirar fotos de detalhes ampliados. A primeira parte da montagem que permite tirar fotos macro é bem simples; do laser será removido somente a lente que deverá ser colocada com sua parte lisa voltada para a lente da câmera do celular. Use um grampo de cabelo e uma fita adesiva para fixar a lente do laser na lente da câmera do celular. Já com essa montagem pode-se tirar fotos bastante próximas com excelente qualidade.

Imagem desmostrativa
MATERIAL UTILIZADO:
-Cartolinas, vídeos, pincéis atômicos, data-show, dois aparelhos celulares sem defeito, folha de papel, folha de papel alumínio, alicate, chave de fenda, estilete e tesoura, celular sem funcionamento, lente retirada de um apontador laser, um grampo de cabelo, fita adesiva.
AVALIAÇÃO:
Acontecerá em todo o processo de apresentação, dando assim por meio da participação, empenho dos discentes, apresentação oral das ideias, construção de painéis, relatório e pesquisas.

REFERÊNCIAS:

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/como-organizar-sequencias-did... Acesso: 23/06/2015;
MENDONÇA A. C. L. e GUIRAUD F. L. M. Considerações sobre o uso e o abuso de celulares, nas instituições escolares.
SARAIVA,Maria Tereza; DOS SANTOS, Claudia Cincotto;FERREIRA, Lima Maria do Carmo. Um estudo sobre o impacto ambiental da inovação tecnologica no setor de telecomunicações.Curitiba,21 nov 2007.
http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=2229, Acesso: 23/06/2015
Paiva, Ana Paula Barros - Celular dentro da escola? Sim! - 24/07/2012
http://socialgoodbrasil.org.br/2013/tecnologia-social-celular-na-sala-de..., Acesso: 23/06/205.
http://noticias.terra.com.br/educacao/pesquisadores-criticam-celular-em-..., Acesso: 23/06/2015.
http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL300698-6174,00-FISICO%2BNU...

imagem de SILVANIA RODRIGUES DA SILVA BRAGA

Pacto pelo fortalecimento do Ensino Médio em Minas Gerais

REFLEXÃO E AÇÃO
Etapa II Caderno II - Páginas 18 e 19
Registre em um texto as principais ideias debatidas, e em seguida, identifique um conteúdo ou tema do seu componente curricular com potencial para uma ação interdisciplinar.

Compartilhar com a formação integral

A disciplinarização, a especialização, o exercício coletivo, a partilha de ideias, de saberes e de experiências pedagógicas integram o aprendizado do educando e do educador.
Promovemos a inclusão com qualidade e a universalização dos direitos objetivos e fundamentais, é preciso agora “reimaginar as fronteiras” disciplinares não de uma única perspectiva particular, mas das várias perspectivas que, no âmbito da Educação Básica, cada componente curricular poderá oferecer. Com essa variedade e diversidade, com imaginação e reflexão, por meio de práticas curriculares inventivas, repensando as fronteiras disciplinares.
Trabalharei o conteúdo da Segunda Guerra Mundial no componente curricular de História, onde estudaremos as consequências da disputa imperialista, das políticas totalitárias e a xenofobia. E será possível interdisciplinar com os demais componentes curriculares da seguinte forma, em Português a leitura e interpretação dos textos e o glossário, na Matemática os gráficos dos mortos e feridos ao longo do período da guerra, em Geografia localizaremos os países envolvidos e a demarcação territorial no pós guerra, em Biologia o efeito da radiação da armas químicas na saúde do planeta, em Química a composição dos gases e da armas químicas, em Arte pode-se analisar as obras que retrataram o período como a Guernica de Picasso, em Educação Física o preparo físico dos soldados pode ser o tema da aula, em Inglês as músicas produzidas na época podem ser traduzidas, em Sociologia analisaremos o comportamento social dos grupos envolvidos no processo, em Filosofia levantaremos questionamentos sobre os motivos e interesses do conflito.
Enfim interdisciplinar é só começar, os caminhos estão apontados e os frutos serão a formação humana integral.

imagem de SILVANIA RODRIGUES DA SILVA BRAGA

Pacto pelo fortalecimento do Ensino Médio - Minas Gerais

REFLEXÃO E AÇÃO
Etapa II Caderno II - Páginas 18 e 19
Registre em um texto as principais ideias debatidas, e em seguida, identifique um conteúdo ou tema do seu componente curricular com potencial para uma ação interdisciplinar.

Compartilhar com a formação integral

A disciplinarização, a especialização, o exercício coletivo, a partilha de ideias, de saberes e de experiências pedagógicas integram o aprendizado do educando e do educador.
Promovemos a inclusão com qualidade e a universalização dos direitos objetivos e fundamentais, é preciso agora “reimaginar as fronteiras” disciplinares não de uma única perspectiva particular, mas das várias perspectivas que, no âmbito da Educação Básica, cada componente curricular poderá oferecer. Com essa variedade e diversidade, com imaginação e reflexão, por meio de práticas curriculares inventivas, repensando as fronteiras disciplinares.
Trabalharei o conteúdo da Segunda Guerra Mundial no componente curricular de História, onde estudaremos as consequências da disputa imperialista, das políticas totalitárias e a xenofobia. E será possível interdisciplinar com os demais componentes curriculares da seguinte forma, em Português a leitura e interpretação dos textos e o glossário, na Matemática os gráficos dos mortos e feridos ao longo do período da guerra, em Geografia localizaremos os países envolvidos e a demarcação territorial no pós guerra, em Biologia o efeito da radiação da armas químicas na saúde do planeta, em Química a composição dos gases e da armas químicas, em Arte pode-se analisar as obras que retrataram o período como a Guernica de Picasso, em Educação Física o preparo físico dos soldados pode ser o tema da aula, em Inglês as músicas produzidas na época podem ser traduzidas, em Sociologia analisaremos o comportamento social dos grupos envolvidos no processo, em Filosofia levantaremos questionamentos sobre os motivos e interesses do conflito.
Enfim interdisciplinar é só começar, os caminhos estão apontados e os frutos serão a formação humana integral.

imagem de Silvania Aparecida Resende

Fontes de energia e os possíveis impactos ambientais

REFLEXÃO E AÇÃO CADERNO III

Fontes de energia e os possíveis impactos ambientais.

A água é destinada para usos múltiplos em todo mundo, sendo o destino para o abastecimento humano prioritário, onde a sua quantidade e características refletem na qualidade da vida da sociedade. O Brasil detém cerca 14% da água doce superficial da Terra, e esta abundância confere aos brasileiros uma sensação de inesgotabilidade. Porém, somente nos últimos anos começou-se a se preocupar com a gestão dos recursos hídricos devido aos recentes problemas relacionado à escassez de água principalmente na região sudeste.
São vários os fatores que estão relacionados à crise hídrica, como a distribuição desigual dos recursos hídricos no território (concentrados principalmente na região norte), pois nem sempre a população que esta próxima a grandes mananciais tem acesso à água tratada ou a consciência ambiental de preservá-la. Além disto, o crescimento da população brasileira esta concentrada nos grandes centros urbanos, aumentando a demanda sobre água onde ela se encontra mais vulnerável, próxima à poluição oriunda de indústrias e das residências.
Os recursos hídricos brasileiros também são utilizados para sustentar sua matriz energética, que tem as hidrelétricas como maiores produtoras de energia no território. Devido à irregularidade das chuvas diminuiu os níveis dos reservatórios por isto, comprometeu-se a produção de energia podendo levar a um possível racionamento, que tem como reflexo crises econômicas, o aumento das tarifas e consequentemente aumento dos custos nos setores primário, secundário e terciário.
Atualmente há uma necessidade de maior conscientização da sociedade sobre fontes alternativas de geração de energia e reutilização de recursos que deve começar na própria escola com exemplos, pesquisas que tragam mudanças na forma de comportamento e também na forma de pensar gerando soluções a curto e em longo prazo.
Selecionamos as principais fontes de energia como: hidrelétrica, eólica, maremotriz, solar, Geotérmica, biogás, biomassa, biodiesel, com intuito de realizar um trabalho de forma interdisciplinar para despertar nos educandos interesse sobre como utilizar racionalmente nossa maior fonte de energia que é a água e também exemplificar que no Brasil existem outras fontes de energia de baixo custo que representam grandes potenciais energéticos a serem usados de forma racional colaborando assim com a sustentabilidade em nosso planeta.
Em um trabalho interdisciplinar quebramos os compartimentos das gavetas que isolam os componentes curriculares, fazendo elos entre os diversos saberes. É também uma forma de contribuição de aprendizagem entre os alunos e professores, buscando ampliar novas formas de aprendizagens que vão além das unidades curriculares da área de cada professor, permitindo assim aos alunos correlacionar os conteúdos de várias disciplinas, o que torna o aprendizado com maior significado para eles e consequentemente tirando o professor de uma área de conforto e comodismo abrindo horizontes para novos saberes além de sua área de atuação.
Selecionamos assim os objetivos a serem trabalhados de forma interdisciplinar a fim de alcançarmos os objetivos descritos acima.

Quimica: Trabalhar a produção de energia a partir das reações químicas

Matemática: análise de gráficos dos custos nas contas de água e luz das casas dos alunos.

Biologia: Obtenção de matéria prima para fontes de energia e poluição.

Fisica : energia e suas transformações

Geografia: análise dos impactos ambientais causados pelo uso das energias .

Artes: Confecção de diferentes gráficos dos dados da conta de água e luz.

Português: selecionar reportagens que abordem o tema de energias alternativas.

História – história e a utilização das fontes de energia.
Educação física_ conscientização sobre a utilização da água em seus hábitos de higiene.

Escola Estadual “ Pedro Domingues” – Entre Rios de Minas- M.G - 26/04/2015
Professora orientadora: Silvânia A. Resende
Grupo: Graciela, Ana Carolina, Simiton, cléia, Vanessa, Marília, Guilherme, Juliana.

imagem de Roseli Regina do Nascimento

Wiki Caderno sete

Nucleo Regional de Assis Chateaubriand PR

A evasão escolar ainda é um dos problemas que afligem muitas unidades escolares. Entre as consequências, podemos destacar a marginalização, baixa autoestima, distorção idade/série, repetência, desemprego, desigualdade social.

Os autores do processo educacional não podem ficar indiferentes a este problema. Estudos revelam que um em cada cinco jovens brasileiros não estuda nem trabalha, eles mostram, também, que o cenário futuro não é promissor. Analisando a parcela da população brasileira de 15 a 19 anos, verificou-se que 37% desses jovens não estão inseridos em nenhum processo de qualificação formal o que coloca o Brasil na antepenúltima posição no ranking da OCDE. Vale salientar que estes jovens em breve estarão à procura de emprego e, devido a isso, sem as competências requeridas pelo mercado.

Essa evasão escolar, ou infrequência do aluno é causada, em geral, pela somatória de vários fatores, o importante é que se diagnostique, detecte o problema e busque possíveis soluções, com o intuito de proporcionar o retorno efetivo do aluno à escola.

A educação é um direito, cuja responsabilidade não é imposta exclusivamente a um determinado órgão ou instituição. Ela está fundamentada na ação do estado e do município e é compartilhada por todos, que devem atuar de forma harmônica, ou num regime de colaboração mútua e recíproca.

É preciso mais investimento, aumentando a estrutura física, com espaços e instrumentos que contribuam na estratégia de garantir a presença do aluno na escola, através de um currículo mais atrativo e prazeroso, que seja significativo e transformador para nossos alunos.

É importante que a escola tenha maior autonomia e educação em tempo integral, com bolsas para participação em projetos relevantes para o educando e a sociedade. Dessa forma, contribuindo para a evolução técnico científica, à dinâmica do trabalho e às transformações sociais, políticas e culturais necessárias à edificação de uma sociedade justa e igualitária.

Para isso, dentro de uma concepção dialética e transformadora a educação precisa de um currículo que seja norteador e garanta ao indivíduo, que busca o conhecimento escolar no decorrer da história, uma formação completa.

O ensino integrado passa pela efetivação da interdisciplinaridade, ou seja abrangendo as relações entre mundo do trabalho, ciência, tecnologia e cultura na prática de sala de aula. Exige-se, portanto, que a partir dos recortes da realidade (das particularidades das disciplinas escolares), seja feita a reconstituição da totalidade, isto é, o conhecimento sistematizado.

A relação das disciplinas em atividades ou projetos de estudo, pesquisa e ação, poderá ser uma prática pedagógica e didática adequada aos objetivos do ensino médio, sendo que, o conceito de interdisciplinaridade fica mais claro quando se considera o fato trivial de que todo conhecimento mantém um diálogo permanente com outros conhecimentos.

Desta forma, o aluno passa a ter um conhecimento significativo, pois ele conseguirá ver a aplicabilidade do que aprendeu na teoria sendo colocado em prática. Isso pode fazer com que o educando se dedique mais em sala de aula.

No entanto, não se pode falar em contextualização e interdisciplinaridade sem pensar no cotidiano, mas enquanto educadores, deve-se ter um grande cuidado para não esvaziar os conteúdos específicos. Afinal, a contextualização e a interdisciplinaridade ocorrem com o intuito de trazer as situações cotidianas dando significado ao conteúdo trabalhado e não o contrário.

Aconteceu como exemplo prático desta visão interdisciplinar, a mostra de curso do colégio, onde todos se envolveram na busca do conhecimento através da prática, apresentações e trabalho de várias disciplinas, baseado na pesquisa cientifica, aproximando certos conteúdo do dia a dia dos alunos.

Fica claro, que mudanças são necessárias, tanto na escola, quanto na sociedade, porém é importante que se invista em políticas públicas que deem subsídios para essas mudanças.

A seleção e a forma de organização dos conteúdos por áreas de conhecimentos e por disciplinas e os processos de avaliação no ensino são apontados como causa do insucesso e fracasso da aprendizagem.

Diante disso, como devemos organizar o Currículo? Em áreas de conhecimentos ou em disciplinas? Qual a melhor opção?

O Currículo é entendido como a seleção dos conhecimentos historicamente acumulados. Eles são considerados relevantes e pertinentes no contexto histórico, tendo por base o projeto de sociedade e de formação humana que a ele se articula. Expressa-se por intermédio de uma proposta pela qual se explicitam as intenções da formação, e se concretiza por meio das práticas.

Ao optar-se por uma ou outra deve-se considerar diferentes possibilidades de analisar e definir quais conteúdos são relevantes para o aluno do EM. Além de considerar o ensino integrado: trabalho, ciência, tecnologia e cultura como base da proposta e do desenvolvimento curricular.

Assim, uma questão proposta nas DCEM diz respeito ao direito que o estudante do EM tem de inserir-se no mundo formal dos conhecimentos, culturalmente produzidos e sistematizados pelas ciências, difundidos, aplicados e socialmente valorados, para que possa participar de maneira inclusiva na dinâmica da sociedade.

A Escola Pública no Brasil é um segmento social organizado, inserido numa sociedade capitalista, que desde sua concepção como organização forma os cidadãos através dos conhecimentos sistematizados. No decorrer da história, tem refletido acerca dos avanços e insucessos deste sistema que classifica as pessoas e as colocam à margem de muitos direitos que poderiam dignificar a vida plenamente.

Partindo da Escola Pública que está constituída de um(a) gestor (a) equipe pedagógica, corpo docente, funcionários, corpo discente e a comunidade é preciso que este segmento funcione de maneira sincrônica com uma gestão democrática onde todos os envolvidos sintam-se responsáveis no processo construtivo de todas as diretrizes que normatizam o funcionamento da escola.

Com a premissa de uma gestão democrática, faz se necessário ouvir a todos e buscar informações no coletivo para posterior credibilidade na aplicação no processo educativo. A gestão num contexto dialético e histórico possibilita avançar para aprendizagem dialética e transformadora.

A escola é uma instituição que agrega uma diversidade de pessoas que, apesar de terem objetivos comuns, quanto a busca ou a socialização do conhecimento sistemático, apresenta muitas divergências de pensamentos em como lidar com as situações que levam as estes objetivos, seus direcionamentos ou teorias que embasam essas relações humanas.

Diante desta pluralidade de conceitos e direcionamentos deve surgir o gestor, como articulador destas forças, que recaem sobre a escola para que possa contribuir para a aprendizagem e permanência do aluno. As atitudes democráticas conduzirão os trabalhos em conformidade com a legislação vigente tais como: Regimento Escolar, Projeto Político Pedagógico (PPP), APMF, Grêmio Estudantil e Conselho Escolar.

Em relação a gestão democrática ainda estamos engatinhando, no entanto ela é fundamental no processo educacional. Promover a gestão democrática na escola vai além do diálogo, exige discussão e decisão. Logo, demanda envolvimento, tempo, trabalho, reflexão e encaminhamentos para que se efetive. Porém, na prática percebe-se dificuldades para que de fato o processo democrático aconteça na sua totalidade.

Um dos meios de colocar-se em prática o processo democrático na escola é discutir-se a avaliação. Ela é a forma de averiguar se o que está sendo ensinado está sendo entendido, é o termômetro para se verificar se há necessidade de retomada do conteúdo, ou de mudança nas estratégias.

De acordo com Mere Abramowicz, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, "A avaliação deve ser encarada como reorientação para uma aprendizagem melhor e para a melhoria do sistema de ensino".

Logo, as avaliações externas são extremamente importantes como diagnóstico da realidade da escola, que poderá ser alterada a partir do repensar coletivo do processo avaliativo.

É importante também que haja mais formação continuada, que abranja toda a comunidade docente e mudanças significativas na formação de novos professores, assim como no currículo e na metodologia do ensino superior.

imagem de eunice rodrigues

Pacto-Avaliação

A avaliação educacional não está relacionada apenas com o processo da aprendizagem, mas sim de tudo aquilo que o aluno conseguiu obter de conhecimento e informações sobre o que foi trabalhado nos conteúdos curriculares, quanto as habilidades, interesses, atitudes, hábitos de estudo, ajustamento pessoal, afetivo e social, conseguir resolver problemas e a adaptação, tendo de levar em conta o ritmo e maneira diferente de aprender e também levar em conta a história de via do aluno.

Assim, a avaliação é contínua, processual, diagnóstica seguida de intervenção. Deve ser realizada levando em consideração as competências e habilidades de cada um dos educandos, para alcançarmos os objetivos.

Para realizar a avaliação são utilizados vários instrumentos: seminários, exercícios escritos, estudo dirigido, pesquisas, produção de texto, provas objetivas e descritivas, atividades individuais e coletivas e recuperação de acordo com os critérios de cada escola. Contudo, deve-se oportunizar ao educando situações para que ele mostre que aprendeu.

São realizados Conselhos de Classe bimestralmente e ao final do ano letivo para resolução de problemas mais sérios, participam a direção, equipe pedagógica e professores.Como é realizado o conselho de classe na escola onde participo, está na página 36 do PPP.

Com relação ao rendimento dos alunos são discutidos em reuniões pedagógicas, mostrando os dados de aprovação e reprovação, e, avaliações como a Saeb entre outras, este momento é de bastante reflexão em grupo, sempre pensando no aluno.

Durante as reuniões pedagógicas e conselhos de classe, grupo de estudos, são discutidas maneiras diversas para melhor avaliar os alunos. Assim, promoveremos a autonomia, sua participação mais efetiva na vida escolar e responsabilidade individual e coletiva.

Em relação as avaliações externas, a organização dos planos de ensino, vem contemplando alguns conteúdos para a realizações das mesmas. Também o próprio livro didático tráz atividades para realizarmos com os alunos, questões sobre o ENEM, vestibulares de diversas instituições e realiza-se também simulados.

imagem de Rosane Terezinha Felipe

Entrevista com alunas do Colégio Estadual Presidente Castelo

Que relações existem entre o que eu ensino e o que o mundo do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura?
Como os alunos enxergam a escola? (o que aprendi na aula auxilia no dia a dia?)
As entrevistadas destacam que a relação professor-aluno é importante para o processo ensino aprendizagem. Às vezes alguns alunos não conhecem o professor direito e ficam com “medo” de chegar, conversar e colocar a sua dificuldade. Contudo, com o passar do tempo, vão conhecendo e percebendo que tem essa abertura, que o professor está ali para ajudá-lo.
Essa “distância” pode ter como causa o pouco tempo da aula para a interação, conversa com o professor, a fim de apresentar com que conteúdo se identificam, quais são suas dificuldades, por exemplo. Algumas sugestões apontadas para essa falta de tempo foram: leitura prévia do conteúdo; realizar algumas atividades extra-classe, direcionamento de alguns pontos importantes. Desta forma, será possível uma relação de troca e discussões mais aprofundadas.
É importante destacar também que a formação profissional, ou o encaminhamento para essa formação é fundamental, contudo não só a formação profissional é importante, também aquela relação, exemplos e discussões que podem ser levadas para a vida. Sentem a necessidade de uma conversa com o aluno a fim de saber/conhecer o aluno, o que estava acontecendo para verificar a dificuldade. Algumas pessoas colocam rótulos sem saber o que está acontecendo.
Nas discussões constatou-se que a escola não tem estrutura física, humana para tratar todas as situações individualmente, e que às vezes é complicado interferir na situação devido à falta de tempo. Em alguns casos pode-se dizer falta de compreensão. Contudo, é importante essa aproximação, ter uma sensibilidade, um olhar e perceber o problema/situação pela qual o outro está passando. Contudo, também se faz necessário reconhecer que a equipe da escola (funcionários, professores, equipe pedagógica e direção) tem problemas, compromissos e uma vida fora do ambiente escolar. Os professores não conseguem olhar para todos o tempo todo. Contudo, esse olhar para o aluno, não só o livro e o quadro, é fundamental para o processo de ensino/aprendizagem.
Algumas sugestões levantadas para auxiliar nesse olhar diferenciado: nos conselhos de classe - pedagogos construir uma relação, conhecer as razões, ouvir alunos, seus sonhos e quando possível transmitir aos professores aquelas informações necessárias para o desenvolvimento do aluno; professor auxiliar na formação do aluno contribuindo assim para a sua formação profissional e pessoal ajudando a ampliar os seus horizontes.
Nas aulas, além de ajudar a ampliar a visão, empregar metodologias, dinâmicas diferentes para ajudar o aluno a compreender o conteúdo. Disponibilizar um tempo para o aluno falar, expor sua opinião, instigar o aluno a debater. Caso isso não ocorra o aluno bom vai se fechando.
Um ponto interessante relatado por um dos professores participante do Pacto é a questão de que alguns alunos tem um sonho que aos olhos das outras pessoas é “pequeno”. A escola pode confirmar ou dar oportunidade para esse aluno. Às vezes aquilo que é colocado como desinteresse dos alunos é falta de informação, falta de mostrar a eles que têm meios de realizar seus sonhos, que eles podem ser “pequenos”, mas que podem realiza-los e ir além; que tem oportunidades. Em alguns casos, os alunos chegam “crus” e precisamos ajudá-los a “lapidar”, auxiliá-los naquilo que sabem e ampliar esse horizonte. O aluno não é vazio, ele traz uma carga de experiências, cultura, contato com outras pessoas. Destacaram também que às vezes os pais “cortam as asas”, ou seja, não são incentivados nas suas possíveis escolhas profissionais ou de vida porque consideram que, com essa escolha, não ganham dinheiro, que o filho deve seguir a carreira do pai, que os pais escolhem o que os filhos querem e devem seguir no âmbito profissional ou ainda, não consegui e quero que meu filho faça. Os filhos podem ter opinião contrária a dos pais, precisam, em alguns casos, ter cabeça do século 21. Constatou-se que a escola pública abre diversos espaços e oportunidades que podem auxiliar o aluno nesse processo de escolha.
A família precisa participar da escola, das palestras, reuniões e outras programações voltadas para ela como: noite da família, palestra do amor exigente, valores, base sobre o papel da família e da escola. É necessário conhecer a família do aluno e conversar com os pais sobre o filho uma vez que em alguns casos eles não sabem/conhecem quais são as dificuldades do adolescente. Infelizmente, percebemos que nem todos os pais participam, o que significa que é preciso reforçar essa relação família-escola a fim de obtermos bons resultados enquanto família-filho/aluno-escola.
Outro ponto levantado pelas entrevistadas é que precisamos de mais aulas de matemática e português, mas precisamos de outras áreas de conhecimento também. Essas disciplinas contribuem para a ampliação da visão de mundo. Isto demonstra que os alunos sabem e percebem a importância de todas as disciplinas para a sua formação. Não só aquelas que auxiliam na sua entrada em um vestibular ou mercado de trabalho, mas na sua relação pessoal e cidadão.
De um modo geral, o grupo avaliou como positivo a conversa com as alunas, uma vez que contribuíram para a nossa prática e para ampliar os nossos horizontes. Percebemos que possuem informações e contribuições importantes para a nossa prática docente. Ao mesmo tempo em que elas tiveram a oportunidade de conversar e expor a sua visão sobre alguns pontos que acreditam que precisam ser melhorados.

imagem de Vilma Teresinha Bulek

Jovem protagonista de sua vida

Partindo do pressuposto que o desenvolvimento humano é um processo biopsicossocial e contínuo de transformações da pessoa e seu grupo ao longo de sua vida e que, crianças e jovens podem mudar o comportamento através da informação e conhecimento, nós professores percebemos que nossa responsabilidade vai além do ensinar entre objetos humanistas e econômicos e torna-se urgente um trabalho inovador para resgatar o destino social dos alunos.Os projetos multidisciplinar estão surtindo um efeito melhor e mais eficiente.

imagem de Rosane Terezinha Felipe

Discussão Áreas de conhecimento e a Integração curricular

Discussão Caderno IV Áreas de conhecimento e a Integração curricular - Col. Est. Presidente Castelo Branco

Reflexão e Ação p. 16
O filme aborda um dialogo de três pessoas que embora tenham estilos de vida e pensamentos diferentes, são abertas a novas ideias. E estas se propõem a uma revolução de comportamentos em relação ao meio em que vivem, e discutem sobre nossas formas de conhecimento, sobre o comportamento social, sobre uma mutação que se faz necessária. Podemos perceber através dos personagens um ponto de vista próprio, enriquecendo a abordagem do filme e permitindo a quem assiste uma reflexão das mudanças que vem ocorrendo ao redor do mundo. Uma questão importante que é comentada pelos personagens é a questão ambiental, que na contemporaneidade muito se fala e se estuda. Devido ao crescente desenvolvimento e crescimento das cidades, as questões políticos ambientais são necessárias. É neste sentido que se precisa de uma política ambiental de acordo com o desenvolvimento econômico, e esta deve ser de sustentabilidade ambiental. O filme nos leva a repensar não só as ciências e suas formas de produção, como também a visão fragmentada do conhecimento, praticada no cotidiano escolar. Com relação a isso, ao pensarmos nos elementos necessários para a Educação Alimentar numa Perspectiva Integrador, embora saibamos que no Brasil, a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional foi regulamentada em agosto de 2010, e através desta legislação se institui uma série de diretrizes e objetivos, que podem ser vistos nos seguintes princípios: promover o acesso universal à alimentação adequada; estruturar sistemas justos de base agro ecológica e sustentáveis de produção, extração, processamento e distribuição de alimentos; instituir processos permanentes de educação e capacitação em segurança alimentar e direito humano à alimentação adequada; ampliar e coordenar as ações de segurança alimentar e nutricional voltadas para povos indígenas e comunidades tradicionais, entre outros. Outro fator relevante a considerar é que os costumes alimentares de um povo são determinados não só pelas características do ambiente como também pela tradição cultural e pela produção de técnicas e organização de seu trabalho. Como este processo é crescente e o contato entre culturas promove a modificação de hábitos alimentares nas sociedades, como é o caso da alimentação rápida (fast-food) difundida pelo mundo. A alimentação é uma prática essencial para os seres humanos. O conhecimento e o domínio sobre as formas de produção do alimento, a sua forma de preparo, de ingestão e de apresentação e os momentos em que são apreciados também sofrem influência de cultura para cultura. Desta maneira, uma perspectiva integradora da educação alimentar no currículo escolar implica necessariamente abordar, além de conhecimentos sobre os valores nutricionais dos alimentos, que se encontram sistematizados nos conhecimentos das áreas de ciências da natureza, aspectos advindos de análises históricas e socioculturais da área de ciências humanas, interliga-las a todos os conteúdos escolares, como prática efetiva, dentre outros.
Como proposta de trabalho para promover uma visão integrada sobre o tema educação alimentar e nutricional na área das ciências humanas, trabalhando os tipos de alimentos que são produzidos em cada região do país e do mundo e também a criação pecuária que é fonte de renda. Também, como estes alimentos foram introduzidos em cada região, como eles se tornaram viáveis e fazem parte da economia, bem como, a cultura e a religião influi no consumo de determinados alimentos.
Na disciplina de ciências pode-se verificar a questão nutricional e os elementos químicos presentes em cada alimento que são necessários ao bom funcionamento do organismo, e quais os distúrbios que a carência de proteínas e vitaminas causam ao mesmo.
Na disciplina de matemática pode-se estudar a influência da produção agrícola no desenvolvimento econômico das regiões que exercem atividades agrícolas e pecuárias confrontando com regiões que dependem exclusivamente do comércio e da indústria.
Na disciplina de português pode-se trabalhar com gêneros textuais, textos informativos, sobre os alimentos consumidos.
Na disciplina de inglês pode-se trabalhar com o gênero textual, tabela nutricional, fazendo comparativos e estudo de vocabulários.
Na disciplina de física pode-se trabalhar a quantidade de calorias e energia presente nos alimentos, aplicando-se ao calorímetro.

Comentário Reflexão e Ação p. 26
1 – Neste texto o pintor descrevendo o seu trabalho, reflete sobre a utilização do material utilizado, a importância e a compreensão do processo de elaboração de uma obra, o conhecimento do desenvolvimento desde os primórdios, destacando o uso do material e comparando os instrumentos utilizados pelo carpinteiro, pelos antigos e a possibilidade do uso de outros instrumentos no futuro. Comparando períodos da antiguidade clássica, do feudalismo e do capitalismo, destacando a necessidade do conhecimento como ferramenta de trabalho.
O artista evidencia conhecer o desenvolvimento e avanço da ciência, da tecnologia e das contribuições disso para a sua obra. Demonstra claramente o domínio do saber, por exemplo, o uso do carvão, o uso do lápis da Faber, o mergulhar o carvão na água e qual o uso dessa técnica.
Ele se permite provar que tem um conhecimento, independente do posto (das técnicas usadas no contexto atual). Esse fazer agora seria ciência, conhecimento sistematizado pelo artista, porém utiliza- se deste conhecimento para afirmar a sua identidade/individualidade e de sua obra.
A contribuição da reflexão do texto Cartas a Théo, de Vincent Von Gogh, para o currículo, centra-se, justamente, na questão do conhecimento como ferramenta, cabendo a cada um fazer ou não o uso do mesmo. É neste sentido que devemos pensar a reformulação para o Ensino Médio.

Comentários Reflexão e Ação p. 37
Ao selecionar um fato ou fenômeno para o trabalho interdisciplinar precisamos saber o que queremos e para que serve, como cada disciplina exploraria o referido conteúdo. Não se pode, aleatoriamente, “retirar da manga” um tema e, a partir dele elaborar o planejamento.
É necessária uma reflexão sobre os componentes curriculares, analisando que conhecimento que perpassam diversas áreas e como cada uma aborda o mesmo.
Problematizar não é simplesmente “criar” uma situação problema, mas, buscar desenvolver uma relação entre a realidade cotidiana e o conteúdo historicamente produzido e sistematizado. Assim, o trabalho interdisciplinar permitirá que o aluno perceba a importância do conhecimento para sua vida e aproprie-se dele de forma integral.
Independente da base teórica (formação acadêmica/ideológica), o professor de cada disciplina/área deve saber quais são os conceitos fundamentais necessários para que a aprendizagem ocorra de fato.
Todo sujeito de aprendizagem precisa desenvolver pensamento lógico, raciocínio, estabelecer relações entre realidades/tempos históricos/construção de pensamentos, leitura, interpretação, análise, síntese, assim como o domínio de conceitos nas diferentes perspectivas.
Para a elaboração coletiva da proposta curricular, a seleção de conteúdos precisa ser pensada, inicialmente nas áreas afins, depois no coletivo com o firme propósito de construir uma seleção de conteúdos orientada pelo princípio ensino e produção.
Este trabalho construtivo demanda tempo. No Estado do Paraná vivenciamos um processo de construção do currículo básico.
Sugerimos para a elaboração do trabalho interdisciplinar/áreas que se faça um caminho como o realizado no Paraná.
Nosso grupo fez um “ensaio” de como realizar um trabalho. Descrevemos como cada uma das disciplinas poderiam trabalhar com tal tema.
Tema: Roda
- física/matemática. Trabalho do homem
Ciências Humanas – necessidade de melhorar os meios de transporte; história: transporte, produção, redução de tempos/distâncias.
Ciências Exatas – avião faz uso da roda para levantar voo / atrito, movimento, impacto, resistência, diâmetro, velocidade, deslocamento, entre outros.
Linguagens – evolução da roda seu uso, evolução dos processos históricos, como o conhecimento é transmitido.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias – as funções; diferentes tipos de solo, temperatura, materiais...
3 –
1 - Marx e relacionar com o uso do trabalho; uso na formação da criança;
2 – circunferência do PI, trigonometria, dinâmica, leis de Isaac Newton;
3 – Roda – sequência didática – princípio educativo (Marx) criação da atividade;
4 – solos - geologia - Jurandir Roos (classificação dos solos)
Leis de Newton – filosofia (lógica – trabalho ); História / Sociologia (Marx)
Evolução – História, Filosofia e Língua Portuguesa.
Trabalho empregado – Filosofia, História, Sociologia.

Reflexão e Ação p. 45
Análise do incêndio na Favela Corujão
- atividade proposta referente ao incêndio na favela
É preciso primeiramente analisar todos os fatos que influenciaram no evento desastroso. Cabe à escola fazer uma análise geral sobre os maiores problemas como omissão do Estado, problemas de ordem social e econômica, omissão da empresa de energia, cultura dos moradores, para mostrar que o problema dos gatos (ligações irregulares) são consequências de uma série de situações que anunciavam o desastre e que não podem ser atribuídas as responsabilidades apenas para os moradores que utilizam dessa prática para obterem energia.
Após problematização, a escola poderia fazer a mediação a fim de apresentar sugestões para resolver situações desse tipo. Com a participação de todos, envolvidos direta e indiretamente, despertar na comunidade a sensação de co-responsabilidade nos problemas debatidos criticamente, mas, ao mesmo tempo, repassar informações sobre direitos e deveres. Procurar a partir dessa relação, encontrar soluções conjuntas para os problemas que ocorrem e para que a comunidade que vive próxima da escola consiga participar de forma ativa das discussões e, a partir das orientações e discussões acerca dos acontecimentos e conhecimentos construídos coletivamente, ter uma qualidade de vida.

imagem de maureem dolores dal pai kirschner

ENCONTRO COM OS ALUNOS. COLÉGIO SANTOS DUMONT

ENCONTRO COM OS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

O encontro revelou que os jovens não percebem utilidade no conteúdo das aulas. As disciplinas de língua portuguesa e matemática são consideradas as mais úteis.
Já geografia, história, biologia e física são consideradas descartáveis. Muitos dos alunos declararam que só frequentam a escola para conseguir um diploma.

Os adolescentes demonstraram estar totalmente conectados às novas tecnologias. Mesmo vindos de famílias com rendas reduzidas
No entanto, segundo os alunos,as escolas parecem não estar interessadas em se apropriar de recursos tecnológicos para conseguir manter os jovens em sala.
O baixo uso de tecnologia em sala de aula, a dificuldade em acessar a internet e a proibição do uso de celulares estão entre os fatores que mais incomodam os estudantes.
Outra questão levantada é a falta de correspondência entre a realidade da escola e a vivida por esses adolescentes fora do ambiente educacional -
os jovens não veem sentido em muitos dos conteúdos ensinados em sala e reclamam que os professores não usam a tecnologia durante as aulas, dizendo que a TV pen drive
está absoleta,que um data show tornaria as aulas mais interessantes. Não ver utilidade em boa parte das disciplinas estudadas não é o único motivo que leva os alunos a abandonar os estudos.
Eles se queixaram também do excesso de disciplinas e a falta de oficinas para que os preparem para o mercado de trabalho.

imagem de ANA MARIA DE OLIVEIRA PRADO

AGRADECIMENTO

Assim como a maioria, faço parte desse Programa, e vinha um pouco desmotivada, mas hoje, quero agradecer a vocês por terem me dado uma injeção de ânimo. Minha desmotivação vem do fato de estar me sentindo perdida de como executar tantas ações. Copiei alguns textos de vocês para servirem de experiências aos meus cursistas. Como também indicarei esse endereço. Muita obrigada mesmo. Abraços!

imagem de Geila Santos de Sousa

Fórum de debates - Cadern IV

FÓRUM DE DEBATE – Caderno 4
Caros professores,
De acordo com as orientações, o grupo de formadores acompanhou a visita pedagógica da Especialista em Educação: Geila Santos de Sousa, realizada no dia 09 de outubro de 2014 na Escola Estadual Álvaro Adolfo como forma de participar do encontro agendado com a equipe gestora para as orientações a cerca da reestruturação do PPP da referida escola, como segue baixo:

VISITA PEDAGÓGICA NAS ESCOLAS

AÇÃO: Reunião com a equipe gestora.

ROTEIRO DE TRABALHO
Reflexão: “Oração da escola”

 Orientações sobre o PPP;
 Plano de Ação de Evasão e Dependência;
 IDEB – Média Nacional: 1 a 6;
 SISPAE – 26 e 27/11/2014;
 Horário da Equipe Gestora;
 Questões práticas:
Jornada UEES – 16 e 17/10 – CEPES, Manhã e tarde;
Encontro de Técnicos: 22/10 – CEPES, 14h as 18h;
Encontro com Gestores 24/10 – CEPES, 8h as 13h;
Eleição direta.
Encaminhamentos:
 Marcar data para entrega do PPP; 23/10/2014;
 Marcar data para os técnicos apresentarem o seu plano de ação.

Agradecimentos.

INSTRUÇÃO DE ELABORAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO - PEDAGÓGICO
CAPA do PPP
IDENTIFICAÇÃO (Cabeçalho: nome da escola, ato de autorização, endereço, diretor, e outros...)
SUMÁRIO: (Enumeração das principais temáticas e ou seções e outras)
1. APRESENTAÇÃO (Trata-se de oferecer informação a respeito do projeto tornando-o público)
2. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA (Breve Histórico; Localização no contexto do bairro e ou município; Situação atual da estrutura física da escola e acessibilidade; Indicadores/ diagnóstico e Perfil (da gestão, dos professores e dos alunos)
3. VISÃO (projeção de futuro, o que se deseja alcançar, a direção desejada, o caminho que se pretende percorrer)
4. MISSÃO (é, em essência, o propósito e a razão de ser da escola)
5. JUSTIFICATIVA (Explicar a importância da elaboração do PPP e a LDB)
6. OBJETIVOS (é a descrição daquilo que se pretende alcançar)
7. METAS – PLANO DE AÇÃO (é a definição em termos quantitativos, e com um prazo determinado)
8. PROPOSTA de METODOLOGIA (Tendência pedagógica, Marco de Aprendizagem, princípios teóricos norteadores da aprendizagem e ensinagem). Como ensinar? Qual é a abordagem metodológica da escola? Tradicional ou Progressista? Metodologia dos programas e projetos que a escola desenvolve. Educação Inclusiva. Ensino em ciclos/séries/Progressão parcial (Dependência).
9. PROPOSTA CURRICULAR (Matriz curricular dos níveis de atuação com destaque para a parte diversificada e outros).
10. PROPOSTA DE AVALIAÇÃO (Fundamentos da Avaliação, Fases da avaliação: diagnóstica, formativa e somativa. Instrumentos e Critérios de avaliação, o que e como avaliar? Dependência, Recuperação, Conselho de Classe, Avaliação de desempenho de professores, dos funcionários, da equipe gestora, da instituição escolar e como será a avaliação do PPP)
REFERÊNCIAS:

APÊNDICE (tudo que foi produzido pelos envolvidos na escola, projetos, documentos e ...). Plano de ação do gestor escolar e da equipe técnica. Os projetos da escola, conteúdo programático, quadro funcional.
ANEXOS (tudo que não foi produzido pela equipe, legislação, planta da escola, artigos.
Obs: valorizar as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT

O Projeto Político Pedagógico se constitui de fundamentos legais, conceituais, filosóficos, metodológicos e operacionais. Além de expressar os princípios fundamentais para a organização da prática pedagógica, os quais em síntese:

• Estabelecer diretrizes básicas de organização e funcionamento da escola, integradas às normas comuns do sistema nacional e do sistema ou rede ao qual ela pertence.
• Reconhecer e expressar a identidade da escola de acordo com sua realidade, características próprias e necessidades locais.
• Definir coletivamente objetivos e metas comuns à escola como um todo.
• Possibilitar ao coletivo escolar a tomada de consciência dos principais problemas da escola e das possibilidades de solução.
• Estimular o sentido de responsabilidade e de comprometimento da escola na direção do seu próprio crescimento.
• Definir o conteúdo do trabalho escolar, tendo em vista as Diretrizes Curriculares Nacionais para ensino, os Parâmetros Curriculares Nacionais, os princípios orientadores da Secretaria de Educação, a realidade da escola e as características do cidadão que se quer formar.
• Dar unidade ao processo de ensino, integrando as ações desenvolvidas seja na sala de aula ou na escola como um todo, seja em suas relações com a comunidade.
• Criar parâmetros de acompanhamento e de avaliação do trabalho escolar.
• Definir, de forma racional, os recursos necessários ao desenvolvimento da proposta.
Diante da análise realizada no Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Álvaro Adolfo da Silveira, observou-se a necessidade de algumas adequações, abaixo elencadas:
 Organizar o sumário de acordo com o roteiro proposto pela 5ª URE (sugestão);
 A identificação deve vir antes do sumário, e inclusive o segundo parágrafo da identificação deve vir no texto da caracterização;
 Atualizar a identificação da equipe gestora (nomes e funções);
 Os dados de rendimento devem vir em anexo;
 Na apresentação deve-se considerar o biênio ou triênio (2013/2014/2015);
 Falta incluir a caracterização com um breve histórico, situando o perfil dos alunos e comunidade, dentre outros;
 Os itens 1.B, 1.C, e 1.D podem ser incluídos na caracterização melhorando a estrutura do texto;
 Faltou a produção do texto da proposta metodológica, conforme roteiro;
 Os itens 1.E e 1.F devem vir em anexo (estatísticas);
 A visão e missão devem vir antes da justificativa;
 Elaborar um texto mais sintetizado da organização didática que é a proposta curricular (deve vir em forma de texto);
 A apresentação de projetos deve vir nas ações metodológicas;
 Os serviços propostos pela escola deve vir em anexo e/ou apêndice;
 Propomos a elaboração do objetivo geral;
 Após a caracterização é recomendado colocar a missão e a visão;
 Sugerimos a elaboração do plano de ação no corpo do projeto conforme roteiro;
 A estrutura do texto do processo de avaliação pode ser sintetizada e as ações inseridas no plano de ação;
 Observar a Diagnose da Escola no PDDE Interativo e expor para a comunidade escolar;
 O Projeto do PROEMI deverá vir em anexo;
 O Plano de Ação da coordenação pedagógica deverá vir no apêndice, bem como o Plano de Ação da Gestão Escolar;
 Matriz curricular em anexo;
 Prazo de avaliação do PPP (bimestral, semestral ou anual).

Santarém, 09 de outubro de 2014.
Geila Santos de Sousa
Técnica Responsável

Elaboração Coletiva da Proposta Curricular Integrada

OBJETIVO GERAL
Oferecer um ambiente que contribua para uma maior interação entre escola e família, a fim de possibilitar uma gestão democrática e participativa, visando melhorar o processo ensino aprendizagem.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Fortalecer a integração escola-comunidade;
• Efetivar a atuação do Conselho Escolar nos processos e ações pedagógicas da escola;
• Articular ações que permita a prática da gestão democrática;
• Promover ações de socialização entre os participantes da comunidade escolar.

METAS

*Efetivar um projeto socioeducativo que promova em 75% a participação da família na escola;
*Assegurar 100% a atuação mais efetiva do Conselho Escolar direcionada as questões pedagógicas;
*Sensibilizar em 80% os docentes a cerca da importância do trabalho em equipe para obtenção de um funcionamento da Escola, estimulando uma relação de igualdade, respeito e consideração mútuos;
*Tornar o espaço escolar mais interativo em 95% por meio de uma gestão escolar democrática;
*Reduzir as taxas de evasão escolar;
4 – JUSTIFICATIVA

A democratização do sistema educacional tem contribuído para a melhoria da qualidade da educação pública, para o fortalecimento das unidades de ensino, para a descentralização de poder. Além disso, a gestão democrática permite a participação da comunidade escolar, pais, professores, alunos e funcionários nas decisões da escola.
Acredita-se que a escola precisa ser um lugar onde os educandos possam trabalhar suas capacidades, habilidades e expressar seus interesses, tornando-se cidadãos aptos a participar, de forma ativa e produtiva, nos processos que envolvem a vida em sociedade.
O papel do gestor é conhecer os recursos financeiros destinados à escola, empregá-los da melhor forma possível; ter o compromisso de liderança, não somente do acesso, mas também da permanência do aluno na escola, buscando, juntamente com a coordenação, professores, pais, alunos promover uma educação de qualidade no âmbito escolar.
A criação ou efetivação do Conselho Escolar constitui uma ação importante no processo de fortalecimento da forma de organização coletiva, sendo uma ação concreta da escola no sentido de avançar na democratização da gestão escolar. O conselho passa aos poucos ou progressivamente, a assumir em corresponsabilidade com o diretor, a responsabilidade pela condução da escola, bem como, maior aceitação/participação da comunidade nas decisões/resoluções dos problemas da escola.
Nesse sentido, o conselho escolar como um órgão representante da comunidade educativa, tem grande importância no enfrentamento das responsabilidades que o compete. Ele necessita ser atuante dentro das unidades de ensino, junto com a comunidade escolar, para definir as ações da escola, principalmente para prestações de contas, para discussões referentes à revisão do PPP, e para tratar das decisões a serem tomadas no âmbito escolar.
Portanto, compreende-se a necessidade da elaboração Coletiva da Proposta Curricular Integrada com vista a viabilizar a participação dos pais na escola e melhorar a atuação do Conselho Escolar dentro dos princípios que rege uma gestão democrática, a fim de que a participação na perspectiva de envolvimento de todos os segmentos, seja uma realidade, fazendo-se necessária a atuação do gestor escolar criando oportunidade de participação de todos agentes do processo educativo; verificar o que a escola realmente está precisando, com intuito de destinar seus recursos financeiros; liderar as ações democráticas para a concretização de uma educação de qualidade, repensando a cultura dos sistemas de ensino e da escola, a fim de buscar a sua superação e isso se constitui em um esforço coletivo, de mudança em direção à democratização da escola e a melhoria da qualidade social da educação e da escola.
5 –AÇÕES E /OU ESTRATÉGIAS (quadro sinótico)

Ano
Ações /Estratégias

2015

Elaboração de um projeto que vise maior envolvimento dos pais na escola;
Socialização, avaliação e aprovação do projeto socioeducativo;
Encontros com a comunidade e o Conselho escolar para que o mesmo possa esclarecer seu papel na escola.
Avaliar as ações a partir das ações propostas e desenvolvidas no Projeto e neste Plano de Ação.

Reuniões periódicas da gestão técnica e administrativa com a comunidade escolar;

Início da execução do projeto com a participação da família nas ações do mesmo.
Ressalta o papel de cada membro nos eventos a serem promovidos, não deixando de considerar a família como uma importante e imprescindível ferramenta de apoio no processo de ensino e aprendizagem e na concretização de uma gestão democrática.
Melhorar a relação entre o gestor e os profissionais atuantes na escola.

Articular a capacitação do Conselho Escolar
Elaboração da programação e cronograma de reuniões do Conselho Escolar.
Fazer com que as decisões sejam tomadas coletivamente por meio das reuniões.
Avaliar as necessidades emergenciais da escola com base nas dificuldades enfrentadas nos ano anterior.

6 – CRONOGRAMA PARA O ANO DE 2015 – 200 DIAS LETIVOS

Ações/Estratégias Metas
Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr
Elaborar um Projeto socioeducativo que promova a interação e participação da família na escola.
Efetivar e capacitar o Conselho Escolar X

Ampliar momentos de lazer e convívio entre alunos, pais e professores por meio de práticas e projetos educativos. X

X
Promover encontros pedagógicos juntamente com a comunidade escolar, a fim de identificar problemas, propor soluções e definir as prioridades de acordo com a realidade da escola. X X X X X
X

X
Articular um cronograma de práticas para o decorrer do ano letivo com base nas ações do projeto socioeducativo e de acordo com o período de funcionamento das aulas. X X X

X

Reunir com a comunidade escolar, com intuito de avaliar as ações do Projeto e eventos realizados pela escola, com vista a encontrar novas ações e estratégias para o próximo ano letivo.
X X

7 – AVALIAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR INTEGRADA

A avaliação é um processo permanente, por isso a mesma ocorrerá durante todo o processo aprendizagem, procurando buscar meios para que as metodologias utilizadas venham a contribuir significativamente com a aprendizagem dos alunos. Assim, não podemos nos prender somente a critérios avaliativos por meio de notas, e sim por ações e estratégias que possam nortear os caminhos de uma gestão democrática, que tenha autonomia, mas que também tenha conhecimento de seu papel e apoio da comunidade escolar.
As ações dessa Proposta serão avaliadas no final de cada bimestre juntamente com a participação da família e comunidade escolar.

8 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Brasil. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores do ensino médio, etapa I - caderno IV: Áreas de Conhecimento e Integração Curricular/ Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica; [autores :Marise Nogueira Ramos, Denise de Freitas, Alice Helena Campos Pierson]. – Curitiba : UFPR/Setor de Educação, 2013.
DOURADO, Luiz Fernandes. et al. Conselho Escolar: gestão democrática da educação e a escolha do diretor. Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica – Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares. Brasília: MEC, SEB, 2004.
NAVARRO, Ignez Pinto. et al. Conselho Escolar: democratização da escola e a construção da cidadania. Brasil. Ministério de Educação. Secretaria de Educação Básica – Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares. Brasília: MEC, SEB, 2004.
CEDAC, Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (São Paulo- SP) Livro do Diretor: escola, espaço e pessoas. São Paulo. 2002.
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artmed, 1999.

imagem de Geila Santos de Sousa

Fórum de debates - Cadern III

No decorrer do tempo tem-se evidenciado várias mudanças significativas na educação brasileira, dentre elas a LDB 9394/96, Plano Nacional de Educação, o ENEM, dentre outros programas criados com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino brasileiro. Esse fato é visto quando comparamos os comentários dos educadores mais antigos retratados através do vídeo “Sete vidas eu tivesse”, que justamente mostra comentários a respeito de como era a escola em tempos atrás, que muito embora há décadas passadas, por volta de 1960, mesmo sem todas as leis e resoluções voltadas para a melhoria da qualidade do ensino, os colégios vocacionais realizavam uma educação diferenciada, pois apresentada uma das mais significativas experiências de escola pública de sua época, pois possuía em sua estratégias curriculares a forma indagativas para a juventude brasileira, o ensino era baseado na Lei Capanema e o ensino profissional se associava ao científico e tecnológico, bem como o ensino mais humanizado, com a descoberta do “Eu”, entendendo a si mesmo e ao mundo afim de situar-se no mundo como cidadãos conscientes.
Dessa forma o ensino vocacional foi reconhecido na época como um diferencial de educação para a sociedade da época.
Antes de adentrar aos questionamentos a cerca das relações existentes entre o que eu ensino e o mundo do trabalho, da ciência, da tecnologia, da cultura, faz-se necessário ressaltar que não existem receitas prontas para as práticas pedagógicas e que não podemos adquiri uma concepção mais ampla a qual não seja construída pelo próprio educador, pois é através de sua reflexão e reelaboração da concepção de educação e formação humana, bem como a sua convivência com os sujeitos envolvidos no processo é que se atribui sentido e significado para a ação pedagógica, ou seja, a “arte de educar”.
É necessário diálogo teórico com as disciplinas, contextualizando-as com o eixo comum: trabalho, ciência, tecnologia e cultura e um diálogo prático envolvendo todos os sujeitos da educação na escola: alunos, pais, gestores, conselho escolar, para a materialização dos conteúdos formais e não formais, ocultos e prescritos.
A propósito do entendimento das DCNEMs, o grupo de formadores regionais da 5ª URE reuniu para leitura e compreensão da Resolução 02/2012, com isso elencou-se alguns pontos fundamentais dessas diretrizes, os quais:
Art. 2º As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio articulam-se com as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica;
Dada essa importância de articulação, a escola deve reestruturar seu PPP e reorganizar o seu currículo;
Art. 5o O Ensino Médio em todas as suas formas de oferta e reorganização, baseia-se em:

I - formação integral do estudante;
II - trabalho e pesquisa como princípios educativos e pedagógicos, respectivamente;
III - educação em direitos humanos como princípio nacional norteador;
IV - sustentabilidade ambiental como meta universal;
V - indissociabilidade entre educação e prática social, considerando-se a historicidade dos conhecimentos e dos sujeitos do processo educativo, bem como entre teoria e prática no processo de ensino-aprendizagem;
VI - integração de conhecimentos gerais e, quando for o caso, técnico- profissionais realizada na perspectiva da interdisciplinaridade e da contextualização;
VII - reconhecimento e aceitação da diversidade e da realidade concreta dos sujeitos do processo educativo, das formas de produção, dos processos de trabalho e das culturas a eles subjacentes;
VIII - integração entre educação e as dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura como base da proposta e do desenvolvimento curricular.

Entende-se que a proposta requer a formação humana integral com vistas a uma educação mais contextualizada com o mundo do trabalho, a ciência, a tecnologia e cultura, desmistificando o olhar fragmentado da educação em disciplinas desconectadas com a realidade do educando.

Art. 18. Para a implementação destas Diretrizes, cabe aos sistemas de ensino prover:
I - os recursos financeiros e materiais necessários à ampliação dos tempos e espaços dedicados ao trabalho educativo nas unidades escolares;
II - aquisição, produção e/ou distribuição de materiais didáticos e escolares adequados;
III - professores com jornada de trabalho e formação, inclusive continuada, adequadas para o desenvolvimento do currículo, bem como dos gestores e demais profissionais das unidades escolares;

IV - instrumentos de incentivo e valorização dos profissionais da educação, com base em planos de carreira e outros dispositivos voltados para esse fim;
V - acompanhamento e avaliação dos programas e ações educativas nas respectivas redes e unidades escolares.

Este artigo reflete alguns dos desafios para a implementação das DCNEMs, sendo um deles no ponto de vista do grupo, o parágrafo III o mais desafiador, tendo em vista a política de lotação vigente e a carência de professores para algumas disciplinas, onde o professor tem que extrapolar a CH regulamentada.
A escola é um lugar de troca de experiências entre pessoas que pensam e fazem a educação formal. É fácil perceber que sem o aluno a instituição escolar não existe, mas sua identidade não se define sem a preocupação da escola em materializar os conceitos de juventudes nas propostas curriculares e no PPP, ou seja, propor um ensino condizente com suas necessidades de vida, que perpassam a fragmentação curricular. Portanto, a perspectiva do aluno deve ser a de descobrir o novo, é também almejar um espaço no mercado de trabalho, na universidade e conseguir seu espaço na sociedade. Porém, a escola como espaço de construção de conhecimento, não existe apenas pela simples presença de alunos e professores em seu interior, mas também da participação dos profissionais da educação, da comunidade, das famílias e dos próprios alunos nas decisões e deliberações relativas à gestão escolar. A relação entre ciência, trabalho, cultura e tecnologia significa resgatar o sentido de formação integral do jovem, desenvolvendo todas as suas potencialidades enquanto sujeito capaz de pensar sobre sua condição e de buscar formas para superação das limitações impostas pela vida em sociedade, independentemente de sua classe social, rompendo com o determinismo que predomina, propagando informações do que uns podem aprender e outros não, princípios que nos mostram que todos têm direito ao acesso a uma educação que possibilite desenvolvimento. Essas dimensões necessitam ser enfatizadas e materializadas no ensino médio, seja no projeto político-pedagógico das escolas, na organização curricular ou nas práticas cotidianas escolares, para que o trabalho seja visto como prática humana e produtiva, não havendo dissociação entre formação geral e formação para o trabalho, baseando-se sempre em uma educação voltada para o ser em sua totalidade, ou seja, o seu desenvolvimento pleno.

Referência Bibliográfica

Brasil. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores do ensino médio, etapa I - caderno III : O Currículo do ensino médio, seu sujeito e o desafio da formação humana integral / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica; [autores: Carlos Artexes Simôes, Monica Ribeiro da Silva]. – Curitiba : UFPR/Setor de Educação, 2013.
f) Reúna as contribuições e anexe em seu portfólio. Visando divulgar, estimule os professores presentes a desenvolverem esse mesmo debate com seus alunos, levando-os a divulgarem a síntese das contribuições.
[1] Roda de conversa: Divida o grupo maior em pequenos grupos para aprofundar a discussão, e conforme o tempo disponível abra a roda para que todos discutam a temática. Se estiverem tímidos, eleja grupos de questionamentos e grupos para responder. Poderá ser feito rodízio também entre os grupos que perguntam e os que respondem.

imagem de Aurea Elizabeth da Costa Scheer Brustulin

Caderno 2 - Colégio Estadual Professor Julio Mesquita- Curitiba

O JOVEM COMO SUJEITO DO ENSINO MÉDIO

Clenir Paulina HeckWinter
Patrícia Monteiro Barbosa

Resumo:
Este artigo tem por objetivo abordar as angústias, anseios e sonhos dos adolescentes da instituição de ensino.
Os desejos dos jovens atualmente são muito conflitantes, ou seja, o sonho de um futuro brilhante em conflito com as necessidades mais imediatas de ajudar a sustentar a família ou para simplesmente atender as necessidades de compra de produtos para a inserção em seu grupo de amigos.
Essas questões devem ser discutidas pelos professores, alunos e funcionários da escola com a intenção ajudar a minimizar as dificuldades com os alunos.

O JOVEM E AS EXPECATIVAS DE VIDA

O trabalho é uma forma de inserção social e é um marco da passagem da vida de um jovem para a vida adulta. Porém, as dificuldades encontradas pelos jovens em busca do primeiro emprego tornam esta fase mais complicada.
Vincular o trabalho e estudo é um dos problemas mais acentuados. Conforme pesquisa realizada com alunos do Ensino Médio no Colégio Estadual Professor Júlio Mesquita, um dos fatores que ocasionam o aluno a buscar o trabalho é que muitos se deparam com a necessidade de contribuir financeiramenteno sustento da família. Este fato prejudica a aprendizagem e muitas vezes é motivo para a evasão e abandono escolar.
Por outro lado, o jovem vê a oportunidade de trabalho como um meio de independência e autonomia financeira e faz com que tenha mais compromisso e responsabilidade com sua vida.
Diante disso, os jovens têm expressado suas angústias e incertezas no que se refere às expectativas em relação ao mercado de trabalho. O desemprego e a falta de qualificação profissional são questões que os preocupam. Contudo, há aqueles que sonham em fazer uma faculdade, serem bem sucedidos, e inclusive, tem pretensão de fazer intercâmbios fora do país, conforme pesquisa realizada por professores do 1º e 2º anos.
No gráfico 1 é demonstrado que menos da metade dos alunos participantes da pesquisa acreditam que serão bem sucedidos na vida afetiva, terão saúde, realização pessoal,possuirão casa própria, farão cursos e viagens para o exterior, etc.

Gráfico 1. Planos para o futuro segundo os entrevistados.
Percebe-se que há uma necessidade de valorizar o aluno frente aos seus medos e frustrações e também perante suas expectativas de vida. Quando questionados sobre o relacionamento familiar, os alunos demonstraram ter vivido algum tipo de frustração ou medo da responsabilidade impostapelos pais e da sociedade, conforme pode ser visto no gráfico 2.

Gráfico 2. Sentimentos em relação ao relacionamento familiar
A terceira pergunta da entrevista foi sobre o desejo dos alunos em cursarem um curso superior. Pode-se perceber pelo gráfico 3que a maioria dos alunos tem essa meta.

Gráfico 3. Pretensão para cursar ensino superior

Além disso, os alunos têm manifestado grande interesse em discutir temas polêmicos como: gênero e sexualidade, sistema de cotas, drogas, bullying,família, e outros.
Incentivar os alunos a identificar e conhecer suas potencialidades os ajudará a ter metas, focar nos seus ideais e construir um projeto de vida. A partir daí poderá delinear o seu futuro profissional.

Referências bibliográficas

ANDRADE, Carla Coelho de. Juventude e trabalho: alguns aspectos do cenário brasileiro contemporâneo. Disponível em
. Acesso em: 06 setembro 2014.
Brasil. Secretaria de Educação Básica.Formação de professores do ensino médio, etapa I - caderno II : ojovem como sujeito do ensino médio / Ministério da Educação,Secretaria de Educação Básica; [organizadores : Paulo Carrano,Juarez Dayrell]. – Curitiba : UFPR/Setor de Educação, 2013.69p.

imagem de Aurea Elizabeth da Costa Scheer Brustulin

Caderno 1 - Colégio Estadual Professor Julio Mesquita - Curitiba

O ENSINO MÉDIO NA PERSPECTIVA DAS NOVAS TECNOLOGIAS E DO MUNDO DO TRABALHO.

Maria Helena Duarte Oliveira
Laerci Jansen Rodrigues Filho
Para Bacon, o saber técnico e científico não é fruto de instituições solitárias, mas resulta, pelo contrário, do aprendizado do trabalho cooperativo, de uma profunda reforma do modo de pensar e falar dos homens, e diz respeito às próprias estruturas de suas vidas em comum.

Resumo:
Este artigo foi redigido principalmente com a intenção de refletir sobre alguns pontos angustiantes para os professores que se veem diante dos desafios que as novas tecnologias de comunicação e informação lhe impõe frente às práticas pedagógicas tradicionais.
Ao mesmo tempo urge um questionamento sobre a identidade e o modelo de cidadão que esta nova sociedade baseada no conhecimento exige. Faz-se necessário uma discussão sobre a tecnologia, o humanismo e como estas dimensões devem estar presentes no mundo do trabalho, lugar onde o indivíduo produz a si mesmo e a toda sociedade.

Introdução
São muitas as angustias que abalam o nosso atual sistema de Ensino Médio:
. Como pode a escola pública aliar-se a essa nova realidade tecnológica que se apresenta?
. Como atender uma juventude tão imediatista?
. Como deve ser o perfil da Instituição e do corpo docente que deseja formar um cidadão tão capacitado?
. Quais meios utilizar para tornar as aulas mais agradáveis, proveitosas e participativas?
. Qual a importância real da educação para a inserção do indivíduo no mundo do trabalho?
Através deste trabalho pretende-se fazer uma reflexão sobre estas questões, na tentativa de encontrar respostas que atendam as inquietações de uma sociedade cada vez mais rodeada de informações mas que ainda assim não consegue apontar para horizontes que possa minimamente humanizar o atual sistema hegemônico do capital.
Iniciaremos por uma abordagem relacional entre novas tecnologias de comunicação e educação escolar, onde se pretende verificar a possibilidade de tal relação e até que ponto este ideal pode ser desenvolvido de forma que se possa promover uma transformação verdadeira de todo sistema educacional público.
Num segundo momento nos ateremos a uma análise da educação enquanto construtora do homem social, ao mesmo tempo em que voltada para as formas de produção de bens, de capital e de cultura.
Apesar de se observar nesse processo uma gradativa tendência à desumanização, não nos furtamos de colocar uma centelha de esperança, sempre presente mesmo nas realidades mais degradantes em que se possa encontrar a condição humana.

As mudanças no perfil do atual estudante de ensino médio.
A educação brasileira atual tem assumido características muito distintas da educação ministrada em décadas anteriores. Enquanto os anos 70 e 80 consagram escolas centradas no ensino giz, lousa e garganta. O computador, a globalização, as Tvs por assinatura, a Internet e o celular passaram a exigir que a escola mudasse.
Raciocínio rápido, formação eclética e inteligência são as regras do momento. Agora, o jovem que quer ter sucesso precisa ter mais do que disposição para o estudo. Precisa estar pronto para responder à situações diversas. A chave do sucesso não está apenas nas boas universidades, começa bem antes, no Ensino Fundamental e também nas diversas modalidades de Ensino Médio.
O grande desenvolvimento de tecnologias pessoais, móveis, mais baratas e cada vez mais interativas está propiciando mudanças significativas nas formas de educar, de lazer, de trabalhar, de se comunicar com as pessoas próximas e distantes. Modificam-se as concepções de espaço e de tempo, do que é real e virtual, do que é tradicional e inovador.
O sistema educacional brasileiro, historicamente sempre tem funcionado para as camadas superiores da sociedade, para que as camadas dominantes pudessem se espelhar, orientando o seu comportamento através de modelos estrangeiros e mantendo completa dependência em relação aos países hegemônicos que, indiretamente, acabam impondo soluções inadequadas aos problemas nacionais. A política neo-liberal adotada no Brasil privilegia os favorecidos econômica, intelectual e emocionalmente. Esquece os marginalizados, os deficientes físicos, os que tem problemas emocionais, distúrbios psíquicos.
É relevante que os centros de preparação de tecnólogos se articulem melhor com o mercado de trabalho e com os centros de pesquisa e desenvolvimento do país. Também com a formação oferecida ao Ensino Médio. É muito complexa as relações entre educação e a empregabilidade hoje. São muito variáveis as causas que atualmente levam os nossos jovens a estarem fora da escola e sem trabalho: a repetência escolar, as drogas, a violência das ruas, a dissolução das famílias e outros são constantes na nossa juventude. A geração “nem-nem” (nem escola, nem trabalho), que hoje no Brasil já alcança números assombrosos, é altamente preocupante. Cabe à sociedade e a educação repensar e redefinir seus valores, conceitos e objetivos, porque o mundo do trabalho não está vislumbrando muitas esperanças. Que o digam os 50 milhões de miseráveis que vivem no Brasil neoliberal e globalizado.
Como observamos, os novos recursos de informação, quando incorporados a sala de aula não é a garantia de uma nova educação. A introdução de elementos modernos em velhas práticas educativas não resolverá o problema da educação brasileira. O papel de uma teoria crítica da educação é dar substância concreta a essa bandeira de luta, de modo a evitar que ela seja apropriada e articulada com os interesses das classes dominantes.

Educação, capital e trabalho: o homem em processo de desconstrução
Nos últimos cem anos o mundo do trabalho foi representado e ressignificado por uma torrente de inovações técnicas e conceituais que atingiram em cheio todas as formas pela qual o homem se relaciona com seu trabalho e com o fim último do mesmo. Do sucesso pragmático do taylorismo, elevada à sua última potência com a implementação do fordismo, trabalhador, trabalho e produto final se confundiram numa cruel uniformidade cuja tônica era a divisão do trabalho e a especialização funcional. Isto era possível na medida em que as fábricas dispunham do operário com capacidade cognitiva e física do tipo bovino: forte, porém dócil e imbecil. Para tanto, entre outros métodos de controle, eliminava-se os mais politizados e críticos, premiava-se os produtivos e punia-se os indolentes. Segundo SAVIANI (1996), neste período a escola enquanto forma principal, dominante e generalizada de educação ainda está em formação, portanto a educação para o trabalho acontece no interior da própria fábrica, voltados para a atividade produtiva. É deste fenômeno que surgem organizações voltadas para a educação estritamente profissionalizante, centrada no exercício do trabalho manual, paralelo e independente da escola de modelo clássico que se debruça sobre a formação do trabalho intelectual.
A partir da década de 60 ocorre uma reestruturação na lógica produtiva industrial ocorrida por mudanças no contexto econômico, político e social, que evidenciaram a necessidade de um novo paradigma de organização empresarial mais integrada e flexível, contrapondo-se ao modelo de empresa taylorista-fordista. Dentre outros fatores, as novas tecnologias de micro eletrônica e automação (hoje em processo de evolução cada vez mais acelerada) provocaram alterações significativas no processo de produção atingindo diretamente o próprio trabalhador. Se antes bastava a ele saber manipular a máquina e a ferramenta com destreza, sem precisar ir além do que seu trabalho especializado exigia, doravante, sob o signo das novas tecnologias, este princípio é superado, justamente porque, para viabiliza-las, é necessário um trabalhador mais qualificado na fábrica.
Segundo um estudo executado pelo Instituto de Economia Industrial da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IEI/UFRJ), onde foram pesquisadas 134 empresas, 2/3 dos entrevistados, revelaram que um trabalhador qualificado é aquele que apresenta: “raciocínio lógico; habilidade para aprender novas qualificações; conhecimento técnico geral; responsabilidade com o processo de produção e iniciativa para a resolução de problemas”. (IEI/UFRJ, apud ASSIS, 1994, p.194)
Essas exigências, características de um novo conceito de produção, levaram as instituições à busca de um novo paradigma capaz de legar ao trabalhador qualificações mais complexas do que aquelas requeridas pelas empresas de modelo taylorista, o que implica um processo de rearticulação de saberes e fazeres que redundam numa profunda mudança nas relações de sustentação da sociedade, especialmente na base técnica e na base organizacional dos processos produtivos.
Nesse sentido, para favorecer esta rearticulação, organismos financeiros internacionais, como o Bid e o Banco Mundial que historicamente estiveram sempre preocupados em patrocinar investimento em infra-estrutura modificaram, a partir da década de 70, seu foco passando a dirigir seus capitais em políticas sociais, principalmente nas áreas da saúde e da educação, para a promoção do que se convencionou chamar de “capital humano”. Pela nova nomenclatura com que se define o cabedal de habilidades e competências exigidas sobre o trabalhador frente ao mercado de trabalho nota-se claramente que estas instituições, ao financiarem a educação nos países subdesenvolvidos tem como principal meta atingir objetivos puramente econômicos, sem preocupação com a construção da dignidade humana e da inclusão social. Fecha-se assim o cerco da invisibilidade humana. Reduzido ao “capital”, sua dignidade reside no valor de troca no novo sistema do capitalismo mundial. Um simples instrumento nas mãos de um sistema econômico hegemônico.
A despeito disso, o que caracteriza o humanismo é a capacidade de fazer do homem um fim em si mesmo, onde sua realização social se dá na rejeição de todo processo que tenta instrumentaliza-lo ou utilizá-lo como meio para a obtenção de fins exteriores a sua própria vocação humana. Se aplicarmos este juízo sobre a relação entre trabalho, educação e capital no qual toda a sociedade está mergulhada e condicionada, perceberemos o quanto a racionalidade do sistema de produção e formação do individuo tem se tornado gradativamente anti-humana no decorrer da história. O processo de coisificação do homem busca impedi-lo de construir a si mesmo, sua consciência e sua história na medida em que a forma pela qual produz e reproduz suas condições de existência é obscurecida pela alienação. Nesse sentido, sob a hegemonia do capital, perde-se a capacidade de compreender o processo de constituição histórica do próprio ser, retirando do homem sua própria história e a possibilidade de ação sobre a mesma.

Conclusão
Podemos conceber o humanismo como “doutrina que atribui ao homem, à sua realização na sociedade e na história o valor de fim, de forma tal que tudo esteja subordinado ao homem, considerado individual e socialmente, e que o homem nunca seja considerado como meio ou instrumento para algo fora de si.” (NOGARE, 1988, p. 16). Toda a educação e todo educador, em qualquer tempo, precisa ter em sua prática este ideal de humanização como objetivo último.
Se até poucos séculos atrás a produção tecnológica da humanidade era concebida a partir de necessidades práticas impostas pela própria natureza, vê-se hoje, corriqueiramente, uma inversão completa onde as necessidades são construídas pelo capital, tendo como instrumento de sedução novas tecnologias que aparecem e se superam numa frenética e bem calculada produção do descartável. E o que é o homem frente à essa lógica? O próprio mercado responde: um bem de consumo! E como qualquer produto deve passar por um processo de produção e reprodução para o bem do sistema e para a manutenção do status quo vigente.
O resgate de uma sociedade humanista se impõe a todo processo educativo, em especial àquela que é dirigida aos nossos jovens, e deve ser realizado com vistas naquilo que verdadeiramente representa o ser humano, a saber, um ser livre, consciente e responsável. Qualquer coisa que não ajude a construir essas dimensões estará necessariamente dentro de um processo de degradação da condição humana.

Referências bibliográficas

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia, São Paulo: Martins Fontes, 2000.

ARANHA, Ma. Lúcia de Arruda e MARTINS, Ma. Helena Pires. Filosofando: introdução à Filosofia, São Paulo, Moderna, 1998.

ASSIS, Marisa de. A educação e a formação profissional na encruzilhada das velhas e novas tecnologias. In: FERRETTI, Celso João... I et al. (orgs). Novas tecnologias, trabalho e educação: um debate multidisciplinar. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.

BASTOS, João Augusto de Souza Leão de Almeida. Desafios da apropriação do conhecimento tecnológico, Curitiba: CEFET-PR, 2000.

ENGUITA, Mariano Fernandez. A face oculta da escola: educação e trabalho no capitalismo. Tradução de Tomaz Tadeu da Silva – Porto Alegre: Artes médicas, 1989.

FIDALGO, Fernando Silmar & MACHADO, Lucila Regina de Souza. Controle da qualidade total: uma nova pedagogia do capital. Belo Horizonte: Movimento da Cultura Marxista, 1994.

GRAMSCI, Antonio. Os intelectuais e a organização da cultura. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1989.

SAVIANI, Demerval. O trabalho como princípio educativo frente às novas tecnologias. In:
FERRETTI, Celso João... I et al. (orgs). Novas tecnologias, trabalho e educação: um debate multidisciplinar. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.

SCHAFER, Jacira S. Scalvi. Capital x trabalho e Qualidade total x educação. In: Revista Consciência, Palmas, PR. Vol. 12 no.1, janeiro a junho de 1998.

SMITH, Adam. Uma investigação sobre a natureza e causas da riqueza das nações. Tradução de Norberto de Paula Lima – Rio de Janeiro: Ediouro. 1998.

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Caderno III - O Curriculo

PRATICAS CURRICULARES
A educação passa por uma série de transformações impostas pelas mudanças que a comunicação e a produção de conhecimentos acrescentam nas diversas formas de relacionamentos.
A primeira pergunta a se fazer é o que essa geração de jovens precisa aprender e para que servirá esse conhecimento ou em outras palavras, que tipo de cidadãos uma sociedade quer formar.

As Diretrizes Curriculares definem currículo como uma construção histórica e por isso reflete movimentos de regulação e poder, bem como as ideologias de seu tempo, porém, os problemas relevantes da escola não eram e ainda não são contemplados pelo currículo.

A definição no dicionário de currículo mostra que não se trata apenas de um conjunto de disciplinas ou conteúdos a serem seguidos, envolvem um processo cultural transformador, ou seja, devem-se observar as necessidades e experiências dos discentes, sendo estes o objeto principal de análise na contribuição para a construção do currículo.
De um modo geral, as práticas curriculares devem estar sempre sendo revisadas pelos docentes, de modo que estes não serão meros seguidores de práticas impostas, mas sim agentes transformadores para uma prática cada vez mais eficaz e que atenda as necessidades atuais, diante das transformações que ocorrem constantemente em todas as esferas da educação.

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Reflexões sobre o Jovem como Sujeito do Ensino Médio

Colégio Estadual Hélio Antonio de Souza - Pontal do Paraná

São jovens dos 14 aos 17 anos, geralmente estudantes do Ensino Médio, apresentam comportamentos bastante heterogêneos, em função de ser esse, um período de descobertas, buscas, aceitações, rejeições, procura pela identidade. Sendo assim, inúmeras vezes estes alunos apresentam na escola problemas conflituosos e geracionais, que acabam provocando situações desagradáveis e desgastantes na relação professor e aluno. Contudo, só teremos um entendimento maior dessa situação, no momento em que nos apropriarmos das leituras, pesquisas e levantamentos a cerca dessa nova realidade que vivem os jovens.
Uma experiência em ato de protagonismo num ambiente normalmente caracterizado pela burocracia e pela passividade, como é o de uma escola pública, leva-nos a procurar identificar aí alguns dos elementos geradores dessa mudança de posição.
O tipo de postura gerado a partir de ideais claros nessa situação sugere que o crescimento da autoconsciência está no cerne da experiência do sujeito; que a tendência à perda dessa autoconsciência nas circunstâncias altamente normatizadas (como podem ser as de uma instituição pública, mas também de uma grande empresa) precisa, para ser revertida, de encontros humanamente significativos, com um protagonismo já amadurecido; que o protagonista não cabe, sem deixar de sê-lo, em esquemas pré-fabricados, nem mesmo quando são os próprios esquemas de uma carreira pessoal de sucesso; que o sujeito não se plenifica sem se comunicar.
A questão do desenvolvimento do protagonismo não se limita ao ensino fundamental médio, mas é uma demanda verificada também na educação superior, por força da inadequação de formação verificada nos diversos níveis, sujeitos a uma massificação que conduz à impessoalidade. Reconhecer o fenômeno e a necessidade de mudança no processo educacional representa já início da valorização humana.
Protagonismo Juvenil é uma prática educativa desenvolvida para os jovens, onde ele é o elemento central e participa de todas as fases, do processo educativo, desde a elaboração, execução e avaliação das ações propostas, com o objetivo de estimular a participação social do jovem na comunidade. O Protagonismo Juvenil foi criado pelo educador mineiro, Antônio Carlos Gomes da Costa, onde a participação dos jovens, nas práticas educativas, extrapola o âmbito familiar e escolar e buscam espaço na igreja, nas associações e até mesmo na sociedade, através de campanhas e movimentos.

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Caderno II - O Jovem como Sujeito do Ensino Médio

Colégio Estadual Hélio Antonio de Souza - Pontal do Paraná
Como você e sua escola têm considerado as características dos estudantes?
São jovens dos 14 aos 17 anos, geralmente estudantes do Ensino Médio, apresentam comportamentos bastante heterogêneos, em função de ser esse, um período de descobertas, buscas, aceitações, rejeições, procura pela identidade. Sendo assim, inúmeras vezes estes alunos apresentam na escola problemas conflituosos e geracionais, que acabam provocando situações desagradáveis e desgastantes na relação professor e aluno. Contudo, só teremos um entendimento maior dessa situação, no momento em que nos apropriarmos das leituras, pesquisas e levantamentos a cerca dessa nova realidade que vivem os jovens.
A escola reconhece a diversidade e protagonismo desse sujeito?
Uma experiência em ato de protagonismo num ambiente normalmente caracterizado pela burocracia e pela passividade, como é o de uma escola pública, leva-nos a procurar identificar aí alguns dos elementos geradores dessa mudança de posição.
O tipo de postura gerado a partir de ideais claros nessa situação sugere que o crescimento da autoconsciência está no cerne da experiência do sujeito; que a tendência à perda dessa autoconsciência nas circunstâncias altamente normatizadas (como podem ser as de uma instituição pública, mas também de uma grande empresa) precisa, para ser revertida, de encontros humanamente significativos, com um protagonismo já amadurecido; que o protagonista não cabe, sem deixar de sê-lo, em esquemas pré-fabricados, nem mesmo quando são os próprios esquemas de uma carreira pessoal de sucesso; que o sujeito não se plenifica sem se comunicar.
A reconhecer, a escola se organiza para atuar, promovendo tanto o respeito como a austeridade?
A questão do desenvolvimento do protagonismo não se limita ao ensino fundamental médio, mas é uma demanda verificada também na educação superior, por força da inadequação de formação verificada nos diversos níveis, sujeitos a uma massificação que conduz à impessoalidade. Reconhecer o fenômeno e a necessidade de mudança no processo educacional representa já início da valorização humana.

Protagonismo Juvenil
Protagonismo Juvenil é uma prática educativa desenvolvida para os jovens, onde ele é o elemento central e participa de todas as fases, do processo educativo, desde a elaboração, execução e avaliação das ações propostas, com o objetivo de estimular a participação social do jovem na comunidade. O Protagonismo Juvenil foi criado pelo educador mineiro, Antônio Carlos Gomes da Costa, onde a participação dos jovens, nas práticas educativas, extrapola o âmbito familiar e escolar e buscam espaço na igreja, nas associações e até mesmo na sociedade, através de campanhas e movimentos.

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Caderno II - O Jovem como Sujeito do Ensino Médio

Colégio Estadual Hélio Antonio de Souza - Pontal do Paraná
"RODA DE CONVERSA"
A atividade “Roda de Conversa” foi realizada com o objetivo de repensar o ensino médio para melhorar a educação e o que os jovens esperam do futuro com relação ao sistema da educação nos dias de hoje.
Foi perguntado aos alunos do 3º ano B se a maneira como o estudo é apresentado está dentro das expectativas que o aluno tinha com relação ao ensino médio e se era o que eles esperavam encontrar.
A resposta foi que existem vários pontos positivos e negativos na forma como a escola trata a educação. Afirmaram ser ‘chato’ por exemplo, a forma das carteiras posicionada umas atrás das outras, a forma como os professores entram em sala de aula, explanam sobre os conteúdos de suas disciplinas rapidamente e já mudam de conteúdo sem a preocupação de se realmente o aluno obteve o domínio deste conteúdo. Afirmaram ainda, ser importante que as aulas fossem mais interativas, com debates, questionamentos, pois, não se sentem preparados para prestar vestibular, Enem e outras avaliações externas. Na concepção dos estudantes eles são preparados para o mundo e há necessidade de que sejam orientados para realização de determinadas avaliações externas a escola.
Segundo eles ainda, o sistema esta mais preocupado em formar repetidores de informação do que formadores de opinião; há necessidade de conhecimento sobre as matérias ditas profissionais, mais prática, porém, reconhecem haver falta de estrutura nos laboratórios de informática, de ciências e de biologia e a maioria questionou a forma como o sistema oferece estas oportunidades e as exigências dos vestibulares, o número de vagas que não são condizente com o número de candidatos dispostos a cursar determinados cursos, não entendem não haver dinheiro para melhorar a educação, mas haver dinheiro para reformar estádios de futebol.
E concluem desabafando: “O país não dá educação direito, não dá hospital, não dá nada; é preciso brigar para conseguir algo”.

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Caderno 3 - O currículo

Diante dos desafios devemos acrescentar que diante do currículo temos um novo caminho a percorrer que proporcione ao educando, tanto formativo motivador, pela integração entre trabalho, cultura, ciência e tecnologia, com o objetivo de um futuro melhor ao educando, essas mudanças exige que cada comunidade escolar reflita, discuta e estabeleça novos consensos acerca das concepções de educação, trabalho, ciência e tecnologia, cultura e de ser humano,sabemos que os currículos são orientados pela dinâmica da sociedade, passando por uma seleção de conhecimentos a partir da finalidade e dos objetivos educacionais desejados.

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CADERNO 2 COLÉGIO ESTADUAL SANTOS DUMONT

SER JOVEM HOJE,ONTEM OU NO FUTURO SEMPRE SERÁ
UMA ETAPA DE QUESTIONAMENTOS,DÚVIDAS E INCERTEZAS;PRINCIPALMENTE
UMA ETAPA EM QUE O APRENDIZADO SERÁ DE EXTREMA IMPORTÂNCIA
PARA A VIDA ADULTA.É NESSA FASE QUE SE COLHE OS PRIMEIROS FRUTOS
PARA FORMAR UM CIDADÃO CRÍTICO, UM CIDADÃO ATUANTE NA SOCIEDADE
CAPITALISTA EM QUE VIVEMOS.
SE FAZ NECESSÁRIO QUE MUDANÇAS SEJAM TOMADAS NAS ESCOLAS PARA QUE
NOSSOS JOVENS PERMANEÇAM EM BUSCA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO E TAMBÉM
EM BUSCA DE UMA CULTURA QUE DETERMINE PADRÕES DE COMPORTAMENTO E ATITUDES QUE
CARACTERIZE UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA.

imagem de oneide maria maldaner

As diversidades culturais- Colegio Orlando L. Zamprônio

Além das marcas da diversidade cultural e das desiguais condições de acesso aos bens econômicos, educacionais e culturais, vemos que a juventude é uma categoria dinâmica, que há jovens sujeitos que a experimentam e sentem segundo o contexto sociocultural em que estão inseridos. Percebemos em que os jovens estudantes constroem seu próprio modo de ser e compreender suas experiências e expectativas, ser jovem é assumir suas escolhas com responsabilidades e fazer sua história,dirigir sua própria existência.

imagem de Beloni Parolin Bordignon

Temática II O jovem como sujeito do Ensino Médio

Para buscar alternativas e novas propostas para o Ensino médio muito há que se discutir e refletir.
Parte-se da dupla dimensão na função socializadora da escola: vivenciar e compartilhar com outras pessoas diferentes matrizes culturais e ter acesso a um conjunto comum de saberes e formas de conhecimento. Para que os alunos se apropriem de conteúdos sociais e culturais de maneira crítica e reflexiva a função social da escola dá deferência de outras praticas educativas desempenhadas pela família, trabalho, mídia, lazer etc., por ser intencional, deliberada, sistemática e continuada na constituição dos cidadãos. Como também, da fundamentação na formação do homem que a sociedade exige e depende não só do trabalho sistemático da escola, como também das influências exercidas pela família e meios de convivência dos jovens. Daí a participação da comunidade é fundamental no desenvolvimento integral do ser humano como um organismo dinâmico que busca o equilíbrio constante de suas forças internas e externas.
Diante dessas condições que se encontra o ensino, confiante de que a consciência do problema é o primeiro passo para a resolução do mesmo e, analisando a finalidade da Educação Básica constante na Lei 9.394/96, que é “desenvolver o educando e assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania, fornecendo-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”, bem como uma das finalidades da educação “aprimorar o educando como pessoa humana incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico”, busca-se o aprimoramento de todo o processo, através da implantação de uma nova proposta curricular.
Mas não podemos esquecer que a escola, que tem o compromisso de formar o cidadão consciente e participativo, é parte de um sistema público, político que determina as prioridades de seus governos, baseados nos interesses que defendem. Os profissionais que ali atuam, apesar destas influências, têm o compromisso de educar crianças e jovens possibilitando a leitura crítica da realidade.

imagem de Elizabeth Lucia Braun da Silva

Temática II - O Jovem como Sujeito do Ensino Médio

Colégio Estadual Flávio Warken- Foz do Iguaçu-Pr

Esse jogo de culpados não se solucionará com muita facilidade, pois a falta de tempo que temos para vencer os conteúdos programáticos e administrar os problemas ocorridos no cotidiano escolar, nos impedem a aproximação com o nosso aluno visando à construção de uma relação mais consistente através do dialogo.
É possível ainda perceber que não é só o professor e aluno que não conseguem descobrir qual a real função da escola nos dias atuais, uma vez que a formação não lhe garante emprego ou sucesso profissional. Além disso, não existem políticas voltadas para a certificação dos sentidos da escola.
Nosso aluno é frequentemente bombardeado com informações disponíveis na internet, onde eles poderiam se aperfeiçoar, mas a falta de discernimento na triagem dessas informações e nossa impossibilidade de auxilia-los faz com que essas informações se percam.
O que se ensina na escola deve ter vínculo com o cotidiano do Jovem. Se a escola é um lugar de aprender então é importante, como educadores, que saibamos como os jovens aprendem, é importante identificar seus anseios e expectativas com relação a escola.
Para construir esse vínculo é necessário conhecer, tanto o aluno como seu entorno. O professor na rotina da sua aula através de perguntas corriqueiras sobre a vida, família e local de trabalho dos jovens alunos, consegue traçar o perfil dos mesmos e as vezes inserir essas informações no conteúdo das suas aulas trabalhando valores conceituais e morais. Para que isso aconteça ficam com sugestão as oficinas e dinâmicas de grupo.
A conversa pela internet não necessariamente tem “menos valor ou importância do que aquilo que se diz presencialmente, pois percebemos que o conteúdo da conversa virtual ou pessoal é a mesma, o que vai variar são os interesses dos indivíduos. O contato virtual permite que os alunos permaneçam em contato com colegas e amigos e pertençam a uma rede social que lhes de o status de indivíduo “antenado” e popular em seu ciclo de amizades.
A proposta da realização de um diálogo sobre as conversas na internet seria no sentido de orientação, mediada pelo professor, tendo como objetivo separar as duas realidades, ou seja, aquilo que é real do virtual. Tendo em vista que o “saber” lidar com o recurso tecnológico ou se inserir nas redes sociais, nem sempre significarão um meio ideal de convivência humana, pois os “perfis” existentes nem sempre correspondem a realidade ou mostram de fato a face verdadeira do sujeito que está por trás do aparelho, que se comunica naquele universo virtual. Portanto, a orientação por parte do professor seria então no sentido de relativizar esse mundo virtual, muitas vezes confundido com o mundo verdadeiro, real, palpável, dos sentidos.
Em relação ao valor da conversa “internet ou realidade” serem equivalentes, a orientação do professor também seria de alertá-los, na perspectiva, de que mais que equivalentes o mundo virtual pode comprometer a privacidade do indivíduo, que às vezes se expõe imaginando estar em um ambiente privado.
Nossa escola não esta aberta para novas culturas juvenis por diversos motivos, tais como a falta de familiaridade da escola perante essas culturas, o medo do novo e da mudança, indo de encontro com culturas anteriores adquiridas pelos profissionais, que estão envolvidos no contexto escolar. Mas percebe-se haver um amadurecimento por parte dos profissionais comprometidos com a escola, esses encontros estão nos proporcionando , troca de experiências bem sucedidas que podem ser aproveitados em diversas disciplinas e também estão nos fazendo refletir que precisamos começar a conhecer e estabelecer um dialogo com nossos alunos, por isso formulamos uma carta que será endereçada aos nossos alunos visando estreitar o nosso relacionamento.

CARTA AO ALUNO

Saudações a quem tem coragem e esperança no futuro, saudações aos jovens estudantes do Colégio Flávio Warken.

Galera, passamos uma grande parte do nosso tempo juntos. Conversamos, trocamos algumas informações, rimos, brigamos, concordamos e discordamos. Mas na verdade, será que realmente nos conhecemos?
Algum tempo atrás éramos nós que estávamos sentados exatamente aí, nessas cadeiras, com as mesmas dúvidas e ansiedades que os deixam angustiados. E também sonhos! É pessoal, apesar das nossas diferenças, temos mais coisas em comum do que podemos imaginar!
Pensando em estreitar os laços existentes entre nós, gostaríamos de saber:
O que vocês pensam, sentem e desejam em relação a nossa escola?
Como poderíamos tornar mais proveitosas as nossas aulas?
Qual a melhor forma de melhorar os espaços já existentes: sala de aula, biblioteca, informática, banheiros, quadras, etc.?
Que atividades poderiam desenvolver que nos ajudaria a melhorar a nossa convivência: jogos, teatros, cinemas, etc.?
Enfim, o que poderíamos fazer para tornar a escola mais atraente para que todos possam aprender mais?
De a sua opinião, contribua! Aguardamos tua carta.

imagem de Edani da Silva Lopes Alves

O JOVEM COMO SUJEITO DO ENSINO MÉDIO

COLÉGIO ESTADUAL IEDA BAGGIO MAYER - EFM/CASCAVEL - PR
PEDAGOGA: EDANI DA SILVA LOPES ALVES

Falar de nossos jovens sujeitos do ENSINO MÉDIO nos dias atuais não é uma tarefa fácil visto a problemática que enfrentamos no ambiente escolar cada vez mais acentuada. Lidar com situações de indisciplina, falta de respeito e falta de vontade de levar a sério o que o professor desenvolve em sala de aula, entre outras situações, é um grande desafio cotidianamente enfrentado por nós educadores. Não podemos culpar apenas os jovens, por trás dessas diferentes situações existem um contexto que faz com que envolve pais, familiares, meio em que vive, e por que não dizer também que nós educadores temos uma “parcela de culpa”. É um nó a ser desatado e que precisamos colaborar também, e não apenas apertar mais do que já está. Sabemos sim como o próprio texto diz, nossa juventude vem para a escola com tipos de escolhas diferentes, oportunidades que não são iguais para todos. Existem aqueles que vem na escola pensando em adquirir conhecimentos e ingressar na faculdade, outros em uma oportunidade de emprego melhor, outros porque são forçados ou pelos pais ou pela própria escola devido a idade e ainda muitos destes são trabalhadores e estudantes, principalmente os do período noturno da Escola Pública. O jovem dito “Burguês”, geralmente tem oportunidades diferente, pois são direcionados pelos pais desde muito pequeno para apenas estudar, sendo incentivado pela família a fazer uma escolha e traçar objetivos futuros. Tudo que citamos não podemos generalizar, mas essa é uma tendência bem clara no Brasil. Nós Educadores da Escola Pública, necessitamos parar sim e fazer uma reflexão a respeito da situação, ouvir e dialogar com essa juventude que dizemos ser a nossa clientela diária, também faz parte do nosso trabalho, precisamos encontrar estratégias para esse desafio, e não apenas fugir generalizando e dizendo que não “vale a pena”, talvez esse seja um dos pontos para também melhorarmos a indisciplina, a indiferença entre educadores e alunos, aproximando-se mais do “seu mundo”. O Próprio texto diz a respeito dessa necessidade. Sabemos que é um caminho árduo e demorado, sabemos também dos “camalhaços de conteúdos que precisamos dar conta no decorrer do ano e outros tantos compromissos que a SEED - Pr nos encaminha, mas se não iniciarmos, penso que a situação tende a piorar, porque toda essa problemática envolve questões políticas, culturais e sociais. Nossos jovens precisam de ser instigados e desafiados a projetarem seu futuro. Mesmo que a parcela de interessados seja pequena, esse já é um sinal positivo para não desistirmos. Ainda não podemos esquecer os conflitos com que nos deparamos cotidianamente, incluindo também a tecnologia acelerada que não conseguimos acompanhar e que são desafios que nos rodeiam constantemente.

imagem de Edina Boniatti

Os dilemas da escola na sociedade contemporânea

A heterogeneidade do grupo de alunos, o lastro cultural - que acaba se desenhando como espécies de “currais” a aprisionarem as mentes - a velocidade de mudanças e novas informações que tingem a sociedade moderna, a meu ver, são alguns dos maiores dilemas enfrentados pelo professor na contemporaneidade. E, embora se fale muito do uso de tecnologias em sala de aula (aparatos da vivência cotidiana dos nossos adolescentes) como uma ferramenta para amenizar o distanciamento da linguagem do professor da do aluno, sabe-se que, no contexto escolar, inúmeras dificuldades insurgem acerca disso.

No caso da escola em que trabalho, não há Wi-Fi em toda a escola, não se pode utilizar todos os computadores da sala de informática no mesmo site porque a rede cai, os controles das TVs pendrive não funcionam, há apenas um multimídia e apenas uma caixa de som que, ora ou outra, apresenta defeitos. Então, o enfrentamento desses dilemas, certamente, passa pelo esforço do professor (que muitas vezes é culpabilizado pelo fracasso escolar do aluno), mas, essencialmente, por investimentos concretos nos aspectos estruturais da escola.

Além disso, devemos pensar seriamente em formas de desenvolver a sensibilidade, a imaginação, a criatividade de nossos alunos, pois entramos em um momento da história humana em que a informação pronta, que pode ser acessada a qualquer momento, acomodou o homem e podou a sua capacidade de criar. E de forma lamentável a reprodução tornou-se a palavra de ordem do dia. Gostaria ainda de frisar que nos relatos que tenho ouvido dos alunos, estes se reconhecem como sujeitos de suas escolhas, incluindo o desprezo pelos estudos, de modo que, embora apontem falhas em algumas posturas de determinados professores, afirmam não ter o desejo de estudar e ainda de ter sua atenção voltada para aspectos da vida cotidiana que lhes parecem mais interessantes; ou seja, reconhecem-se partes de uma cultura que não oferece ao conhecimento o espaço de relevância que ele possui.

imagem de celia regina lemos kaus

Proposta de Trabalho - Colégio Estadual Segismundo Falarz - EFM

PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO

Colégio Estadual Segismundo Falarz - EFM
Bairro Hauer - Curitiba - PR

Proposta de Trabalho

Justificativa
Constatamos e reconhecemos em nossos estudantes de Ensino Médio traços e atitudes de imaturidade, desmotivação e ausência de objetivos e metas em seus projetos de vida, o que objetivamente tem gerado um número expressivo de desistência/evasão ao longo dos anos letivos.

Objetivos
Estimular os estudantes a concluírem o Ensino Médio através da prática de uma metodologia de estudo como instrumento facilitador do conhecimento;
Implementar um programa de Orientação Vocacional no Colégio Estadual Segismundo Falarz, visando trazer o auto-conhecimento e noções fundamentais acerca de profissões e mercado de trabalho aos jovens matriculados no Ensino Médio.

Metodologia
- Palestras, dinâmicas de grupo e visitas orientadas:
Ensino Médio - 1º Ano -
-Autoconhecimento e Motivação
- Relacionamentos interpessoais: amigos, familiares e professores
- Orientação Vocacional

Ensino Médio - 2º Ano -
- Profissões e perspectivas

Ensino Médio ¬ - 3º Ano -
- Metodologia de Estudo
- Visitas a Feiras dos Cursos e Profissões
- Simulados do ENEM e do Vestibular UFPR

Considerações Finais
Em debates e discussões em grupo, os temas mais destacados sempre relacionam-se às dificuldades que os jovens atualmente enfrentam diante da escolha profissional & áreas de trabalho disponíveis(mercado de trabalho), e para tanto, este trabalho pretende minimizará estas arestas, trazendo esclarecimentos, abrindo reflexões pertinentes sobre perspectivas e o futuro de cada jovem. A parceria com outras instituições e profissionais far-se-á necessária para garantir o sucesso desse trabalho, que em conjunto, visa orientar nossos jovens em suas escolhas e até projetos de vida.

Equipe que organizará os trabalhos:
Professores do Ensino Médio
Funcionários
Direção e Equipe Pedagógica
Voluntários e instituições parceiras

imagem de Lauderi Dalbosco

ALGUMAS REFLEXÕES - TEXTO - 02

A leitura do texto 2, me suscitou vários questionamentos e trouxe a tona angústias ora deixadas de lado, por muitas vezes não querer sair da "zona de conforto", que as vezes nos colocamos quando trabalhamos na educação. Claro que isso não representa a totalidade dos profissionais da educação. Fui forçado, no bom sentido, a refletir, me ver frente a todos os apontamentos sobre os jovens. E confesso que nestas reflexões a vontade de buscar soluções para tantos questionamentos voltou, mas as angústias também. Enquanto lia sobre o que é ser jovem, o jovem de hoje, o jovem na escola, ficava me perguntando se realmente eu em algum momento tratei do tema como deveria. Percebi que a participação de jovens estudantes nas decisões que atingem a eles de forma direta é importante. Mas entendo também, que para ele participar é necessário um grande trabalho de conscientização e preparo sobre as responsabilidades também adquiridas nas decisões tomadas. Quanto aos jovens e tecnologias, me trouxe a certeza que não há como fugir desta realidade de uso, independente do lugar em que o jovem estiver. Mas quanto a isso, fico ainda a esperar sugestões de formas, estratégias, meios que se possa utilizar destas ferramentas nas aulas e que elas possam sim contribuir para a melhorar a aprendizagem e não se tornar um obstáculo a ela. Fico feliz em ver que estamos buscando alternativas de melhorar a educação como um todo, e acredito que promover estas reflexões e trazer a tona estas angústias seja o primeiro passo. Um abraço a todos.

imagem de FLAVIA BEATRIZ ALVES FERREIRA DE TOLEDO

PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO CADERNO 01

COLÉGIO ESTADUAL– ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO E FUNDAMENTAL

CADERNO 01

ORIENTADOR DE ESTUDO FLAVIA BEATRIZ A. F . TOLEDO
PROFESSORES PARTICIPANTES
ALEX FINATO TABORDA
CLECI TEREZINHA ZANIN ZAT
DILCE RIGON
ERINALVA MARIA DO NASCIMENTO
IVETE TEREZINHA MENEGATTI
JUÇARA TEREZINHA POSSAMA DELLA
LEONIRIA MARIA MEIRELES COELHO RAMOS
LUCIEL AMARAL OLIVEIRA
LUCIA HELENA MANSANO
RUBERVAL ADAMANTE
ROSANGELA TEREZINHA HERMES
ROBERTO RAFALE DOS SANTOS
VERONICE LUCIA BACH
VIVIANE CRISTIANE DE SOUZA
MARCIACRIASTINA LANZARINI

PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO
RESPOSTAS REFLEXÃO E AÇÃO
Foz do Iguaçu, 02 de agosto de 2014.

1) Segundo o que foi visto no histórico estudado, percebe-se que alguns desafios permanecem através dos tempos. Umas séries de fatores contribuem para isso, por exemplo, a falta de estruturas e verbas, o não incentivo para a busca de formação na área de educação. Outro desafio é o de despertar o gosto pelo estudo, pois a influência das tecnologias interfere no aprendizado, fazendo com que o aluno não tenha interesse no foco principal do papel da escola que é o estudo dos conteúdos propostos, ou seja, o conhecimento científico acumulado durante anos pela humanidade. As possibilidades são muitas, destacamos algumas delas: a reestruturação do espaço físico para torná-lo mais atraente tanto para os estudantes como também para a comunidade escolar. Também, resgatar o respeito e a valorização dos profissionais da educação por parte do governo e sociedade. A respeito das tecnologias, buscar atrelar o uso das mesmas a favor do ensino/aprendizagem com inovações na metodologia e utilização dos recurso disponíveis.
2) A comunidade escolar contempla uma ampla dimensão de características por ser composta de uma rica diversidade cultural. A escola agrupa indivíduos com diferenças de gênero, raça, religião e condição econômica.
Os educando estão distribuídos em três turnos: matutino, vespertino e noturno. Os alunos do período matutino e vespertino têm os estudos como principal objetivo, visando aprimorar-se para o futuro mercado de trabalho. Os alunos do período noturno, na grande maioria, já estão inseridos no mercado de trabalho, buscam conhecimento e formação básica para buscar melhorares oportunidades profissionais, no entanto, é neste período que se encontra o maior índice de evasão, apesar de todos os esforços para evitá-la. Os educando são oriundos das escolas das imediações e alguns vindos de escolas particulares. Percebe-se, portanto uma heterogeniedade em relação às condições financeiras e apoio familiar. Observa-se que, a maioria dos pais trabalham o dia todo, saindo de casa ao amanhecer e voltando ao anoitecer, deixando seus filhos sem acompanhamento. Em relação ao perfil sócio-econômico, segundo informado no ato da matrícula, verifica-se que a renda familiar da maioria dos nossos alunos está entre 1 a 3 salários mínimos. Alguns oriundos de bairros bem afastados da cidade, o que dificulta a participação dos pais na vida escolar do educando e nos eventos da escola. Os alunos apresentam condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais e sensoriais diferenciadas, sugerindo atendimento diversificado.
3) - Implica um esforço de superar as expectativas de aprendizagem a partir de um viés individualista centrado nos resultados;
- para a formação humano integral, com base nos conhecimentos do trabalho, cultura, da ciência e da tecnologia;
- incorporação ao currículo de conhecimento que contribuem para a compreensão do trabalho como princípio educativo;
- reflexão sobre o mundo e sobre o indivíduo como cidadão atuante, e as correlações de forças existentes, saberes construídos e as relações que se estabelecem.
4) - Para tanto seria necessário oportunizar o período integral de educação, visando um apoio financeiro (bolsa escola) para o acesso e permanência do educando no âmbito escolar. Com isso o educando estaria vinculado a freqüentar e não abandonar o curso. Tanto no Ensino Médio como também nos cursos técnicos.
- criar um espaço físico mais atraente, adequado aos interesses dos estudantes nos dias atuais, atrelando com a era das tecnologias e também com as habilidades individuais de cada um (teatro, música, dança, esporte, literatura, e assim por diante);
- Colocar os estudos em prática através de estágios remunerados;
- Utilização dos meios de comunicação visando a importância do retorno e permanência do educando na escola, com programas educativos que valorizem o conhecimento.

imagem de Alana Vicenti

Tecnologia na sala de aula

O uso de celular dentro da sala de aula é o que mais me incomoda. As vezes eu até tento fazer acordo com os alunos. Mas parece que com toda essa tenologia de hoje, nada mais interessa o aluno a não ser o seu mundo dentro do celular.

imagem de Neiton Cezar Isquierdo

Nossos Jovens

Nossa juventude esta cada vez mais ateada a essa rapidez com que o avanço do século XXI proporciona. Muitas vezes não vivem a infância como deveriam, pois passam a maior parte do tempo em computadores e redes socias, não socializam mais, não brincam mais. E isso reflete muitos quanto chegam a adolescência. A falta de paciência, de responsabilidades, de limites muitas vezes causam sérios problemas de relacionamentos e por não dizer de comportamentos, na vida social e na escola. As mudanças ocorrem muitos rápido neste mundo globalizado. Os problemas sociais das familias, a falta muitas vezes de Pais presentes, ocasionados por excesso de carga horária de trabalho,e também por não dizer, por Pais que estejam em convivência efetiva diariamente com seus filhos, fazem com que nossos jovens não tenham um norte a seguir. E quando chegam a idade minima de trabalho, por muitas vezes abandonam os estudos para trabalhar. E quando não abandonam, frequentam por muitas vezes o ensino noturno, onde chegam cansados para a escola, sem motivação, procurando somente um certificado que possa auxilia-los em algum emprego. Penso que primeiramente para discutir os problemas de nossos jovens quanto ao seu futuro tanto na escola quanto na vida profissional, primeiramente necessitamos de politicas sociais de investimento na pessoa, na familia, fazendo que com isso, as pessoas possam conviver mais, os Pais terem mais tempo com seus filhos, dando atenção para seus estudos, sua vida e seu futuro profissional.

imagem de odete pretto defante

Juventude e Tecnologia

Eu sou Odete, professora de Português e concordo totalmente quando você diz que, o avanço rápido da tecnologia e a falta de paciência, de limites, de responsabilidades está gerando famílias desorientadas e os problemas sociais vão aumentando na medida que jovens, são muito ansiosos e buscam outras formas de lazer perigosas com muita rapidez, e acabam e esquecendo que amor da família é uma das coisas o mais importante para sua vida.

imagem de maureem dolores dal pai kirschner

JUVENTUDE CADERNO 2

A ADOLESCÊNCIA É UMA ETAPA DE DESCOBERTAS.SE VIVERMOS A INFÂNCIA
E A ADOLESCÊNCIA BEM CERTAMENTE TEREMOS UMA VIDA ADULTA ADEQUADA.
AS MUDANÇAS PELAS QUAIS O MUNDO PASSA NO SÉCULO XXI AFETA PRINCIPALMENTE O JOVEM
QUE SE SENTE ATINGIDO PELA SOCIALIZAÇÃO,NA RELAÇÃO COM O TRABALHO E A EDUCAÇÃO,
PERDENDO ASSIM A IDEIA DE QUE SÃO RESPONSÁVEIS PELA SUA PRÓPRIA HISTÓRIA,FALTANDO ASSIM PERSPECTIVAS
PARA O FUTURO

imagem de Jason Nunes de Melo

Sou professor de geografia.

Sou professor de geografia. Concordo com a colega Rosemeri.
Gostaria de acrescentar algumas observações, que vem desestimulando uma boa parte dos alunos do ensino médio. A revolução tecnológica trousse benefícios fundamentais a todos nós, nos mais variados seguimento da sociedade. Mais também os malefícios, para uma parte dessa geração que não sabe ainda se utilizar desses recursos, a benefícios próprio para construir seu conhecimento. Perde-se, muito tempo na rede social e vão dormir tarde, no dia seguinte estão com a mente cansada sem nenhum interesse com os conteúdos. É uma geração que precisa ser orientada em relação a essa prática. Segundo Paula Felix Palma. Aos contrários á tecnologia e aos defensores da vida simples, como EU, que acreditam que a tecnologia traz mais prejuízos que benefícios, isso pode ser paradoxal.

imagem de Rosemeri Cesar

caderno 1

A conclusão que chego, é de que as condições que desencadeiam a evasão e reprovação no ensino médio, não é apenas o mercado de trabalho, mas também a diferença de idade entre os alunos que traz muito prejuízo para o aprendizado em uma sala de aula, pois há uma diferença cognitiva e emocional enorme.

imagem de oneide maria maldaner

Caderno I

Após a leitura e analisando os fatos históricos, e comparando nossa realidade, percebemos que ainda persistem muitos problemas, nos quais estão o acesso e permanência dos educandos nos bancos escolares, o que é uma grande desafio à formação integral e a universalização do Ensino Médio. Percebemos ainda que a cada ano temos maiores n´meros de alunos desmotivados e a maioria não conseguem conciliar estudo e trabalho devido a problemas socioeconômicos.

imagem de oneide maria maldaner

Caderno I

Após a leitura e analisando os fatos históricos, e comparando nossa realidade, percebemos que ainda persistem muitos problemas, nos quais estão o acesso e permanência dos educandos nos bancos escolares, o que é uma grande desafio à formação integral e a universalização do Ensino Médio. Percebemos ainda que a cada ano temos maiores n´meros de alunos desmotivados e a maioria não conseguem conciliar estudo e trabalho devido a problemas socioeconômicos.

imagem de Telma Regina Saboia

Primeiro encontro do PACTO.

Fiquei muito feliz em participar do PACTO. Muitas iniciativas já estão acontecendo para melhorar a qualidade do ensino médio,a formação continuada dos profissionais da educação, a hora atividade concentrada que está possibilitando uma maior interação entre os professores, o Núcleo em Ação, a semana pedagógica, o ENEM,as DCNEM, GTR, PDE, enfim e agora o PACTO. Eu, professora no Colégio Estadual Gabriel de Lara em Matinhos-Pr, estou entusiasmada com o curso.

imagem de Valmir Coqueiro Fontana

AS JUVENTUDES

Gostaria de agradecer e compartilhar ao mesmo tempo a oportunidade de participar do PACTO.
Esta iniciativa é histórica por parte do governo federal.Uma oportunidade ímpar para se aproveitar e, por que não, se reciclar acerca dos inúmeros problemas que envolvem a educação das juventudes no Ensino Médio. Nós educadores do colégio Estadual Dona Branca do Nascimento Miranda em Curitiba-Pr., reunidos no dia 19.07.14, estamos vislumbrando perspectivas maravilhosas até o final do curso. Abraços e uma excelente jornada a todos (as) trabalhadores (as) DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA.

Valmir Coqueiro Fontana.

imagem de oto soares de oliveira

O Jovem na Escola

Sou professor de matemática no ensino médio e, através da convivência com meus alunos obtenho a certeza que a inclusão da família na escola é de fundamental importância para alcançarmos uma educação de qualidade. Escola, pais e comunidade unidas tornam-se fortes diante dos gestores públicos. A juventude está órfã de políticas públicas dos atuais governantes.

imagem de Tania Mara Pereira

pacto ensino médioPR

06/09/2014

Oi professor de matemática

Também sou professora de matemática, meu nome é Tania Mara e penso que a questão do jovem e a escola é um desafio para nos professores, pois precisamos compreender o que significa ser jovem e estudante em nossos dias. E sobre quais bases precisamos construir nossos relacionamentos com os jovens estudantes. Em conversas informais, ouvimos constantes reclamações em relação à escola e aos seus professores, pois, para grande parte dos nossos alunos, a escola parece não compreender seus interesses e necessidades. O dia a dia escolar é relatado como sendo enfadonho. Buscar perceber como os jovens estudantes constroem o seu modo próprio de ser é um passo para compreender suas experiências, necessidades e expectativas.
A questão da família, claro que deve estar presente na vida escolar se seus filhos, mas será que esta família muitas vezes desestrutura e cheia de problemas não esta precisando de ajuda também? E se precisa de ajudar será que pode contribuir com a escola?