CEMCA - Tamarana - Reflexão Caderno II Etapa I - Jovens e realidade distintas

Nossos estudantes são de classes sociais distintas  e também de realidades diferentes, pois alguns moram na zona urbana e outros na zona rural. Nesta, encontram-se alunos indígenas (kaingang) que apresentam dificuldade de adaptação da língua e dos costumes dos homens brancos. Veja que há uma dificuldade aí, de democratizar o saber acadêmico. Contudo, endentemos que, é no esforço de compreendermos essa diversidade que descobrimos a chave da possibilidade de democratizar o conhecimento científico e historicamente construido, para todos e principalmente com todos. O que pega mesmo é a tão afamada falta de interesse dos jovens em quererem aprender algo de novo, isto é, que está fora do seu circulo de conhecimento, do saber comum. E esse é um fator a ser superado, mesmo com toda a dificuldade, se quizermos ter exito nos processo ensino e aprendizagem. Veja o que Miguel Arroyo, nos orienta:

Partir dos saberes, conhecimentos, interrogações e significados que aprenderam em suas trajetórias de vida será um ponto de partida para uma pedagogia que se paute pelo diálogo entre os saberes escolares e sociais. Esse diálogo exigirá um trato sistemático desses saberes e significados, alargando-os e propiciando o acesso aos saberes, conhecimentos, significados e a cultura acumulados pela sociedade.  (ARROYO, 2005,p. 35)

Acretiditamos que com esses pressupostos apresentados, mesmo com todas as dificuldades, que bem enfrentamos, é possível envolver todo o corpo docente e os alunos do ensino médio e instigar ações que na prática venham superar as lacunas que estão abertas em relação ao aproveitamento dos discentes na efetiva aprendizagem.

ARROYO, Miguel González. Educação de jovens-adultos: um campo de direitos e de responsabilidade pública. In: SOARES, Leôncio; GOMES, Nilma Lino; GIOVANETTI, Maria Amélia (orgs). Diálogos na educação jovens e adultos. 1ª ed., 1ª reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2005, p.35.