Uma reflexão sobre o Ensino Médio no Brasil

 

                     Segundo Cury (1991), o Ensino Médio no Brasil talvez possa ser considerado o mais problematizado da História da Educação, por manifestar “o nó da relação social implícita no ensino escolar nacional”.
                   De acordo com o balanço histórico institucional, desde a época do império aos dias atuais, é perceptível que por questões políticas houve mudanças que nem sempre foram favoráveis ao acesso e a qualidade do ensino. De certa forma esteve presente uma educação seletiva, dentro de um contexto histórico que por vezes excluía.
                   Durante todo o processo de “tentativas de inovação”, o ensino esteve muito voltado a atender às necessidades impostas pela sociedade capitalista, preparando o educando para o mercado de trabalho. Diante dos novos desafios e crescimento da sociedade o compromisso tornou-se ainda maior de promover acesso e a conclusão do ensino médio pela maioria dos jovens, uma vez que esses iniciam seus estudos, e na maioria das vezes, não concluem, por fatores diversos.

                     Nesse contexto, o que se busca é uma formação baseada em princípios e fundamentos que constituem a proposta de formação humana integral. É reconhecido que o fator socioeconômico influencia na conclusão dessa etapa de formação, porém, esse não pode ser entendido como algo natural e imutável. É necessário que os jovens sejam vistos como sujeitos de grande diversidade, entendido isso, a preocupação na reformulação curricular pauta na responsabilidade dos educadores em corrigir de certa forma os equívocos no decorrer da história.
                     A partir do  Pac a escola deve reconhecer-se como uma instituição social e histórica, acolher e entender-se como formadora. Como toda essa diversidade foi sendo vista ou não no decorrer do processo educacional brasileiro, com vistas a proporcionar as mudanças necessárias.