Termina greve de professores do Rio de Janeiro

Cerca de 800 pessoas participam do ato no centro do Rio de Janeiro - Foto de Luiz Guilherme FernandesA greve dos profissionais da educação do estado do Rio de Janeiro, que teve início no dia 8 de setembro, foi suspensa nesta terça-feira (15 de setembro).

Em assembléia, cerca de 600 profissionais decidiram que a paralisação seria suspensa, mas que a categoria deveria se manter em estado de greve, ou seja, podem haver novas paralisações de acordo com o andamento das negociações com o governo.

Uma audiência foi marcada para o dia 5 de outubro, na qual o Sindicato dos Profissionais da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe) vai discutir com o secretário estadual de Planejamento (Seplag), Sérgio Ruy Barbosa, a situação dos professores com matrícula de 40 horas que, assim como os animadores culturais, não foram incluídos no plano de carreira do governo estadual.

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O ato público, dessa vez sem bombas ou tiros de borracha

Antes da Assembléia que tomou tais decisões, professores, estudantes, animadores culturais e trabalhadores de outros setores da escola realizaram uma manifestação pública na frente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O estudante Rodrigo Oliveira, que estava presente no evento, conta que compareceu por pensar que a mobilização é tão importante para os professores quanto para os alunos.

“Eu nunca havia participado de manifestações assim, mas na terça-feira teve uma reunião dos professores na minha escola e resolvi me Rodrigo_Oliveira - foto de Luiz Guilherme Fernandesinteirar do que estava acontecendo.”, conta o rapaz, que foi sozinho para a manifestação. “Estou aqui pelos direitos dos professores e pelo meu direito de aluno. Melhorando o salário e a vida deles, melhora a minha formação.” complementa.

Os deputados estaduais Alessandro Molon e Rodrigo Neves, ambos da bancada do PT na Alerj, deixaram o prédio para dialogar com os profissionais presentes no ato público. Molon pediu o microfone para falar aos presentes. “O que aconteceu na manifestação passada foi uma vergonha. O governo tratou os profissionais da educação como arruaceiros. Lamento que até hoje o governador não tenha pedido desculpas pelo que aconteceu”, disse o deputado.

Críticas à Secretaria de Educação do estado

A secretaria de educação foi duramente criticada no evento. Entre as principais reclamações de professores, estudantes e funcionários, estão os altos investimentos em tecnologia, como computadores e aparelhos de ar condicionado, e o pouco investimento nos profissionais. “É uma secretaria que só faz comprar , mas não investe no mais importante que é o capital humano”, afirmou o deputado Molon.

Estudante_observa_ato - foto de Luiz Guilherme FernandesAluna do curso normal em Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, Pillar Silva Tetê também reclama da preocupação excessiva da secretaria com equipamentos. “Minha escola é em Teresópolis, lá é muito frio, mas mesmo assim a secretaria diz que as salas devem ficar fechadas e com o ar condicionado ligado.”

 

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imagem de Carlos Henrique dos Santos Martins

acabou a greve mas não

acabou a greve mas não acabaram com a dignidade do magistério fluminense. Dos tempos da ditadura onde as manifestações eram reprimidas com bombas e prisão o governo parece ser um filho que foge da luta travada no diálogo. Mais triste é saber que durante todo esse tempo esqueceram de dizer que um professor recebe o piso de 560 reais e que no ano de 2015 receberá mil reais. Uma fortuna, nas contas do governador....Será que haverá professor na rede até lá? Sim, porque se 30 docentes abandonam o magistério diariamente basta fazermos a conta simples.

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