Jogo "Uno" vira febre nas escolas do Rio

O UNO é o jogo do momento, e já invadiu as escolas. Você conhece? Leia a reportagem sobre o jogo de cartas escrita pela observadora da escola Sara Oliveira.

Uma das maiores atrações do momento é o UNO, esse jogo definitivamente conquistou espaço entre os adolescentes. Se você não conhece, o UNO é um jogo de cartas cujo objetivo é ser o primeiro jogador a ficar sem cartas na mão, utilizando todos os meios possíveis para impedir que os outros jogadores façam o mesmo. Para isso são utilizadas todas as cartas, via mudança de cor e número, obriga-se os outros jogadores a apanharem mais cartas ou então "pula-se" o próximo concorrente que só volta a jogar na rodada seguinte . Quando um jogador ficar com apenas uma carta na mão, este deve dizer "UNO".

Andando pela escola se vê a cada banco ou mesa, um grupinho de alunos jogando UNO. Realmente o jogo virou sensação na escola, e também vira divergência entre professores e alunos. Uma das questões levantadas é se o UNO pode ou não ser jogado dentro de sala.

De acordo com as normas da escola, durante a aula, não se pode jogar UNO.Na opinião dos professores consultados, o jogo prejudica o aluno, principalmente quando alguns insistem em jogar durante a aula.

Os estudantes defendem a brincadeira dizendo que estimula o raciocínio lógico e melhora o convívio entre eles. “Na hora em que o professor está explicando a matéria não é certo jogar, mas se não tiver tendo aula pode sim”, diz Maiara Menezes, 15 anos, aluna da escola Liceu Nilo Peçanha, que é adepta do jogo.

Maiara, na semana passada, levou uma advertência em uma aula de Inglês por causa do jogo, mas segundo a aluna foi uma injustiça.“ A professora nem estava dando aula! Só estava olhando os cadernos dos alunos e enquanto eu não era chamada, estava jogando”, conta Maiara.

“ O UNO não prejudica, é só saber a hora certa de jogar”, afirma a aluna Giovana Proença,15 anos, também da escola Liceu Nilo Peçanha.

Se o UNO prejudica ou não o aluno é uma questão que vai continuar sendo debatida ainda por muito tempo, mas uma coisa ninguém pode negar: o jogo é contagiante, não dá para ver alguém jogando e não sentir vontade de participar, deve ser por isso que o UNO é o jogo do momento.
 
 
Sara Oliveira é Observadora da Escola e estudante do Ensino Médio do Liceu Nilo Peçanha, em Niterói.
 

Você conhece o Uno? Para você, o jogo pode ser jogado na escola?