Visões do ensino médio

Preparar os alunos para o ingresso na universidade? Capacitar para o mercado de trabalho? Garantir uma formação geral, com ênfase na cidadania? Enfim, qual deve ser a vocação dessa etapa da educação em um país como Brasil? Vale a pena conferir  a matéria a seguir divulgada na Revista Ciência Hoje. Segue o endereço: http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2012/296/visoes-do-ensino-medio

                                                        

                                                        

                                                         foto: Gov-Ba/ Flickr – CC BY-NC-SA 2.0 

 

 

                                                                                  

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imagem de Luís Carlos Valério

Sobre os apontamentos de Luiz Carlos Menezes e Maria de Castro

Menezes toca num dos nós górdios da constituição e finalidades do ensino médio, que é a formação desse professor que sai da universidade. O pessoal que está chegando hoje na escola é muito parecido com o professor que se formava há 20 anos atrás: vem de formações não interdisciplinares ou não transdisciplinares. Um professor de matemática, física ou química (etc.) chega na escola para uma prática fragmentada e exclusiva da sua área. Então, terá de aprender na marra a fazer seminários integrados, coisa que deveria ser pensada com profundidade nos currículos dos cursos superiores.

Por isso, propor mudanças significativas no ensino médio prescindindo de soluções inovadoras para os currículos da formação docente, que já deveriam estar acontecendo, é permanecer, indefinidamente, mexendo no ensino médio sem produzir avanços.

Da mesma forma, Maria Helena de Castro aponta para o problema do currículo. Como é possível sustentar esta formação generalista de ensinar a todos os mesmos conteúdos e do mesmo modo? Como bem lembra Jorge Ramos do Ó em seu texto "A maquinaria escolar", este é o eixo do paradigma de escola que vigora há mais de 800 anos.

Portanto, interessantes e muito oportunas são as defesas de Maria Helena no tocante a um aprendizado que se realize verdadeiramente por áreas, explorando as singularidades, tendências, de cada aluno naquilo que cada um traz na sua inteligência emocional (Howard Gardner). Antes de produzir conhecimento, a escola tem de produzir felicidade. Alguém só aprende verdadeiramente se está feliz com o que está se envolvendo.

Enquanto se estiver produzindo escola e educação sem reconhecer estes preceitos como fundamentais a cada cidadão, estaremos promovendo apenas arremedo de formação. 

 

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