Pesquisa mostra como crianças e adolescentes usam a internet

O Comitê Gestor da Internet (CGI) lançou no dia 7 de maio a pesquisa TIC Kids Online Brasil, que mostra como crianças e adolescentes de 9 a 16 usam a internet no Brasil. A pesquisa, baseada na metodologia já utilizada na Europa, parte do entendimento que o mundo online oferece riscos e oportunidades para os jovens.

Os dados mostram que o primeiro contato com a internet acontece cada vez mais cedo, mas isso depende bastante da classe social em que a criança se encontra (veja tabelas abaixo). A classe também influencia na frequência de acesso à internet. Do total, metade das crianças e adolescentes usam a internet todos os dias ou quase todos os dias. Na classe AB, esse número sobe para dois terços, enquanto na classe DE cai para 29%.

O acesso à internet na escola – que atinge 42% do total – mostra uma variação também por gênero: foi apontado por 47% dos meninos e 37% das meninas. O mesmo padrão aparece na resposta sobre a origem de conselhos recebidos sobre uso seguro da internet: 58% dos meninos mencionaram o professor, contra 51% das meninas.

As crianças de classes mais altas têm mais diversidade de usos para a internet. Enquanto o uso para a realização de trabalhos escolares não varia muito, ficando em cerca de 80% em todas as faixas, outras atividades, como utilizar redes sociais, ver vídeos e escrever um blog sofrem forte variação.

A pesquisa busca negar o mito de que há uma geração de “nativos digitais” que dominam naturalmente as novas tecnologias. A heterogeneidade de acessos a meios técnicos, autonomia de uso e habilidades mostram que há desigualdades a serem superadas.

Veja os resultados da pesquisa: http://www.cetic.br/usuarios/kidsonline/2012/criancas.htm

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imagem de Francielle Vargas

Mito da geração de “nativos digitais”

"A pesquisa busca negar o mito de que há uma geração de “nativos digitais” que dominam naturalmente as novas tecnologias. A heterogeneidade de acessos a meios técnicos, autonomia de uso e habilidades mostram que há desigualdades a serem superadas"

Achei super interessante este trecho devido a dismestificação que ele tràz dessa já ultrapassada idéia de que há uma geração, que nascida nesse contexto cibernético já adquiriria habilidades potencializadores e diversificado para a atuação no ciberespaço. 

Legal pensar também os novos papeis do educador neste processo. 

 

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