MEMORIAL PIBID UFCG CAJAZEIRAS PARAÍBA
Memórias e trajetórias de uma professora supervisora: experiências e convivências com o PIBID de Língua Portuguesa, na EEEFM Monsenhor Constantino Vieira (Colégio Comercial de Cajazeiras - PB)
Josefa Maria de Sousa (Josy Sousa)
1. Introdução
" A todos os professores e professoras que, por esse Brasil afora, tentam, por vezes, sob duras condições, fazer da aula de português um encontro, no qual se possa descobrir o fascínio e os mistérios da grande e histórica interação possibilitada pela linguagem humana", (ANTUNES, Irandé (2010).
2. Minha trajetória escolar:
Escrever este texto está sendo talvez, um dos maiores desafios enfrentados por mim durante a minha vida profissional, porque irei falar um pouco de mim, um pouco das minhas memórias e experiências vividas sendo introvertida como sou, as ideias parecem não querer fluirem estão presas nas profundezas do meu subconsciente.
Nascida em vinte nove de outubro sob signo de escorpião sempre fui dotada de forte tenacidade e força de vontade, filha única ( mulher) de uma família humilde, mas bem estruturada, desde os meus primeiros anos de vida comecei a ter contato com a leitura. O meu pai, Mário Barbosa de Sousa, de saudosa memória, mesmo não tendo muito estudo era um leitor ativo e sabia discorrer sobre vários assuntos, desde a Política, História e até Astronomia, o seu conhecimento era invejável. Colecionava folhetos de literatura de cordel e sempre lia para mim e os meus irmãos. Colecionava também as revistas: O Cruzeiro e Manchete, eu me deliciava olhando aquelas figuras coloridas e imaginando o que poderia está escrito ali, e como toda criança eu criava as histórias a partir das figuras. Me alfabetizei praticamente sozinha, apenas com a pequena ajuda do meu pai quando sobrava tempo. Quando comecei a ler meu pai comprava para mim revistas em quadrinhos: Pato Donald, Topo Gigio, Luluzinha, Pateta e tantas outras, histórias e personagens que se tornaram imortais para mim. Quando fui para a escola já sabia ler e escrever. Parte dos meus estudos foram feitos na escola pública e depois particular.
Continuando minha trajetória estudantil ingressei na Universidade UFPB em Cajazeiras, em 1982, no curso de Licenciatura em Letras. Os dois primeiros semestres não foram muito proveitosos, pois não me identifiquei com o curso, eu tinha paixão mesmo era por Direito. A partir do terceiro semestre tudo se transformou num passe de mágica, graças a competência, o carinho e a amizade dos professores que citarei com muito orgulho: a professora Fátima Elias, o professor Aderson, a professora Elionita e a professora Amelhinha com quem perdi o contato. Então tudo mudou comecei a gostar do curso e a me destacar e tormei-me professora de Língua Portuguesa, iniciei a minha carreira na Escola Monsenhor Constantino Vieira, no Ensino Médio onde estou até hoje.
Durante a minha carreira como professora, procuro sempre inovar a metodologia de ensino objetivando dinamizar e diversificar o ensino da língua materna, e para isto busco ler bastante os estudiosos da língua para integrar o ensino da gramática na perspectiva da linguagem como forma de atuação social, já que esta interação é sem dúvida um grande problema nas escolas. Segundo Luciano Amaral Oliveira, p. 43, 2010.
Ajudar o estudante a aprender a se comportar linguisticamente em diversas situações de interação social é o objetivo principal das aulas de português, que não deveriam ter como foco principal o ensino da gramática normativa por meio da nomenclatura que a descreve de forma inconsistente. Ensina- se português aos brasileiros para ajudá-los a desenvolver sua competência comunicativa.
Portanto sempre procuro aprender mais, para melhor desempenhar o meu papel enquanto professora, pois a sociedade moderna exige isto e não se pode ficar alheios a esta evolução, atualmente faço Mestrado em Ciencias de la Educación na Universidad Tecnológica Intercontinental - UTIC em Asunción no Paraguay e pretendo fazer Doutorado.
3. Como ingressei no PIBID
Falar de ter ingressado no PIBID me emociona bastante, li o edital que estava exposto no colégio e fiz a minha inscrição na UFCG, essa instituição de ensino sempre me fascinou porque foi lá onde passei a melhor fase da minha vida, como também já fui professora substituta na Escola Técnica de Saúde dessa instituição. Os dias passaram e o resultado não saía. Eu estava ministando aulas na FASP e por acaso encontrei Wanderley e perguntei se já havia saído o resultado e para minha surpresa ele disse que eu havia sido classificada, fiquei muito feliz porque tinha certeza de que esta experiência iria enriquecer os meus conhecimentos, como também teria a oportunidade de está de volta para a UFCG, conhecer e conviver com novas pessoas. Foi feita a primeira reunião, depois falamos com a direção da escola que aceitou a atuação do projeto lá.
Finalmente iniciamos as atividades com os bolsistas em sala de aula, os alunos da escola acolheram muito bem os bolsistas. Fazemos reuniões para planejar as atividades que vão ser trabalhadas, promovemos eventos e palestras na escola, isto além das aulas de leitura e produção de texto que são ministradas. Eles atuam nas minhas turmas e nas turmas da professora Marly.
Um fato importante que merece destaque, todas as turmas do ensino noturno são beneficiadas com o suporte dos bolsistas, fiz questão que fosse assim porque os alunos do noturno são mais necessitados de acompanhamento, pois trabalham durante o dia e assistem aula à noite, então precisam de um incentivo a mais para aprimorar seus conhecimentos.
Para mim ser professora supervisora é motivo de grande orgulho, sinto-me feliz em poder participar dos eventos que o PIBID promove, conhecer outras realidades e experiências de colegas de outras cidades. Um fato marcante: participar de mesas redondas, nunca havia participado antes, no PIBID tive esta oportunidade. Então para mim está neste projeto poder compartilhar conhecimentos e experiências é muito importante, já estou com saudades porque o projeto encerra em julho, espero poder ainda participar de outros projetos.
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Comments
Pibid
Professora, parabéns pela iniciativa de fazer um memorial sobre sua trajetória no Pibid, fico feliz com suas palavras porque me emociono também ao falar do pibid. sou supervisora de matemática do pibid do IFRN e a alegria que sinto quando os bolsistas participam de eventos , recebem títulos de trabalhos realizados na escola em que leciono, vejo os frutos colhidos de um trabalho realizado com amor e a oportunidade da troca de experiencias. Parabéns!