"É tolice uma sociedade apegar-se a velhas idéias em novos tempos como é tolice um homem tentar vestir suas roupas de criança"
(Thomas Jefferson)
(Caderno V – página 12)
Gerir democraticamente a escola, num contexto onde falta democracia na gestão da educação é um desafio que precisa ser superado com criatividade e competência. Envolver a comunidade escolar é muito mais do que fazer reuniões onde todo mundo fala o que quer. Gerir democraticamente a educação implica exercitar o diálogo respeitando as diferenças em vista de processos que sejam efetivados no cotidiano onde não tenha lugar para estrelismos e exclusões. (Cf. BRASIL/MEC/SEB. 2004.p.26).
As ações executadas merecem passar por avaliação, o que não significa discussão sem propósitos, ataques pessoais, ou desvalorização do trabalho, mas oportunidade para que as próximas atividades não incorra nos mesmos erros.
Fazer da participação uma ação democrática significa dialogar e deliberar coletivamente com respeito às posições divergentes. Criar mecanismos de participação supõe ultrapassar a fronteira da conversa piedosa sem chegar ao discurso raivoso da superposição de uns sobre outros onde existam vencedores e vencidos.
Gestão escolar implica criar e dar voz às instâncias deliberativas e de representação de classe capazes de criar espaço de responsabilidade coletiva.
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Gestão cotidiana da democracia na escola
Colega, sua fala refere-se à questão da hierarquização e às formas como o espaço escolar é vivido e hierarquizado socialmente por estudantes, professores e diretores.Tais questionamentos se fazem necessários porque, não raro, muitas pessoas na escola se utilizam de sua autoridade para definir o correto e o incorreto, utilizando-se de atitudes de controle e até de submissão, subvertendo o sentido da gestão democrática da educação.
Como superar o autoritarismo sendo autoritário?Como construir o diálogo sendo autoritário?Como superar a violência agindo de forma preconceituosa?
Daí a importância das instituições participatias e relações horizontais, coletivas e democráticas, defendidas pelos referenciais da gestão democrática. A importância de tais instituições reside na possibilidade de as posições fiquem claras, sejam ditas, sejam analisadas e, então, decididas em um fórum amplo, no qual os envolvidos tenham voz e voto.