Eu tenho um amigo gay,e agora?

Impossível esquecer a primeira vez em que um amigo me confidenciou sua homossexualidade. Foi há muito tempo quando estudávamos no Instituto de Letras da UERJ. Lembro que apertei com força o banco onde estávamos sentados frente a frente para esconder não meu espanto, uma vez que eu já havia percebido a orientação sexual dele, mas meu pânico de ter de lidar com aquela realidade. Medo da AIDS, da suposta promiscuidade gay, do contágio por drogas, das dezenas de vezes em que dividimos o mesmo copo, somado à opinião do meu noivo, ao companheirismo de quatro semestres, ao prazer das conversas intermináveis, tudo pesei no átimo de segundo que demorei para responder: “Que legal!!” No embate entre nossa relação e o meus temores homofóbicos, venceram as nossas afinidades e o prazer das discussões filosóficas em que gastávamos tardes inteiras! Com o tempo, isso se transformou em afeto incondicional.

Foi essa experiência que detonou em mim o desejo de estudar e discutir as relações humanas a partir da perspectiva da diversidade sexual. Eu sei que muitas pessoas tiveram e tem experiências diferentes ou, pelo menos, não tão positivas quanto as minhas, mas uma coisa é certa: todos temos que lidar com essas questões porque a sexualidade é um dos temas mais discutidos atualmente.

Movimento LGBT, homoafetividade, união civil entre homossexuais e lei contra homofobia são expressões que lemos e ouvimos com frequência. Do mesmo modo, personagens homossexuais, bissexuais e transexuais ganharam visibilidade em novelas, minisséries, reality shows e outras produções culturais. Tudo isso nos convida a (re)discutir os limites da sexualidade e a importância dela para a convivência em sociedade. Num tempo em que igualdade e respeito à diferença são valores exaustivamente reafirmados – haja vista a força da ideia de inclusão social –, pergunto: é possível conviver e, mais que isso, ser amigo de alguém cuja orientação sexual seja diferente da sua? Como é convivência com as pessoas de orientação sexual diferente da sua?

‘Bora falar disso!

 

De :Matheus Cardoso para nossa Fan Page.

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imagem de sonara vieira da costa

 EU ACHO Q TER UM AMIGO GAY Ñ

 EU ACHO Q TER UM AMIGO GAY Ñ É O FIM DO MUNDO AFINAL ELE É UM PESSOA NORMAL COMO TODAS AS OUTRAS, ELE OU ELA Ñ VAI DEIXAR DE SER SEU AMIGO E CONFIDENTE DE SEGREDOS POR SUA OPÇÃO SEXUAL, ELE(A) VAI CONTINUAR SER SEU AMIGO APESAR DE TUDO. ENTÃO DEVE-SE ACEITAR  AS PESSOAS COMO ELAS SÃO, ACEITE SEU AMIGO(A) COMO É AFINAL POR DENTRO E SEU SENTIMENTOS PARA COM VOCÊ VAI CONTINUAR O MESMOS.

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imagem de Tania Mauricia Willamil Silva

A questão do ser ou não gay,

A questão do ser ou não gay, não faz diferença quando estamos diante de um amigo. Diante de idéias que nos aproximam  e da afetividade que surge, o que irá pontuar mesmo é o quanto a gente gosta de ficar do lado desta pessoa, de admirála,  de curti-la e de poder dizer: VOCÊ É MAIS QUE BRILHANTE!.

Acredito que se ficamos muito na questão do ser ou não ser, e esquecemosda essência e do poder de encantamento que cada um de nós tem.

Sejamos colegas, amigos, independentes de nossa orientação sexual. Curta a pessoa, sem melindres e julgamentos!!!

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