Ética hacker para crianças e adolescentes

Link do video: 

Olá, Pessoal

Continuando nossa discussão sobre o que é ser Hacker, eu posto aqui um vídeo de Alex Primo, professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da UFRGS.

Esta fala também é o TED e nos mostra mais um pouco sobre a ética hacker e como ela pode ser apropriada para educação. Ele traz diversos exemplos, o principal deles são os sites de fanfics, tais como o Floreios e Borroes e o FanFiction

O termo hacker possui origem nos anos 1980, nos Estados Unidos. Como o Alex Primo diz em certo momento, hacker são pessoas que entendem os códigos de plataformas de sites, softwares (programas de computador) e outros recursos informacionais. 

Primo destaca que o objetivo do hacker é fazer a informação tornar-se pública; o conhecimento, um bem comum à todos. Ele cita rapidamente o termo capitalismo cognitivo, conceito que abrange muitas variáveis, mas que vale a pena esclarecer brevemente para seguirmos no nosso entendimento.

A sociedade ao longo dos tempos sempre procurou aperfeiçoar seus modos de viver e para isso muito foi investido em novas tecnologias de comunicação e informação. E isso tudo cresceu. O rádio, a televisão, o telefone, os celulares, computadores e agora a internet. E nesses ambientes, cada vez mais integrados, o que os movimenta são o que as pessoas sentem e fazem e o ato de socializar isso com seus conhecidos (ou não).

O que você pensa e compartilha sobre o mundo (seja sua visão política ou comentários sobre a novela do momento) faz com que o Facebook indique novos amigos para você ou páginas para curtir; faz com que o Google mostre novos anúncios na sua conta. Para entender mais isso, vale muito assistir a este vídeo Bolha de Filtro, que fala justamente sobre essas mediações.

Como vocês puderam perceber, nós ao mesmo tempo que produzimos e distribuímos nossas informações (o que Primo cita brevemente o conceito de produsage], ainda estamos servindo a algumas corporações.

E é aqui que entram os hackers e seus princípios. Ele usa a internet para se apropriar de códigos e para além de uma lógica consumista. Isso é o que alguns estudiosos dizem sobre socializar a tecnologia e o conhecimento sob o qual estamos vivendo.

Aliado a isso está a ideia de copyleft, de produção colaborativa, em que uma ideia (como uma música, filme ou programa de computador) pode se transformar em outras ideias, com o mínimo de prejuízo para os envolvidos e maior benefício para toda a sociedade.

Bom, esse texto foi só uma breve introdução a alguns conceitos e tenho certeza de que com o diálogo a gente vai aprimorar melhor as ideias.

Espero que o vídeo estimule boas questões!

Para saber mais sobre o tema, acesse: Afinal, o que são hacker? e também Novas maneiras de se fazer política na rede.