STF aprova cotas raciais nas universidades públicas

[vídeo e matéria retirada do Portal G1 - Jornal Nacional - 26/04/2012] O Supremo Tribunal Federal aprovou, por unanimidade, a adoção da política de cotas raciais nas universidades públicas. A sessão chegou a ser interrompida porque dois índios fizeram um protesto no Plenário pedindo para serem ouvidos. Eles não acataram a solicitação de silêncio e foram retirados a força pelos seguranças da corte. O ministro Luiz Fux disse que o fim da escravidão não foi suficiente para integrar os negros. E seguiu o voto do relator, ministro Ricardo Lewandowsky a favor das cotas para negros e pardos na Universidade de Brasília. “A opressão racial dos anos da sociedade escravocrata brasileira deixou cicatrizes que se refletem, sobretudo, no campo da escolaridade revelando graus alarmantes de diferenciação entre alunos brancos e afrodescendentes, por isso que, de escravos de um senhor, esses últimos passaram a escravo de um sistema”, afirmou Luiz Fux . Joaquim Barbosa disse que as cotas ajudam a combater a discriminação. “Não se pode perder de vista o fato de que a história universal não registra na era contemporânea nenhum exemplo de nação que tenha se erguido de uma condicão periférica à condição de potência econômica e política digna de respeito na cena internacional, mantendo no plano doméstico uma política de exclusão”, analisou Joaquim Barbosa, vice-presidente do STF. O ministro Gilmar Mendes votou a favor das cotas raciais, mas ressalvou que o critério mais adequado seria o da renda, para contemplar os alunos pobres. "Nós vamos discutir ainda a questão do Prouni. E lá nós vimos que a despeito de se enfatizar a questão do negro também se leva em conta a questão das pessoas pobres, e isso é um debate que está presente inclusive nas críticas que se faz. Aqui não, na verdade esse modelo acabou por estabelecer tão somente este critério, o critério racial", afirmou Gilmar Mendes, ministro do STF. Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal considerou o sistema de cotas para negros e pardos constitucional. A decisão é válida para todas as universidades e instituições públicas de ensino superior que já adotam ou que pretendam instituir as reservas de vagas.

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Comments

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O que vcs acham?

Olá, pessoal Há quase duas semanas, o Supremo Tribunal Federal declarou constitucional o sistema de cotas (raciais) nas universidade públicas do Brasil. Acho muito importante a gente discutir esse assunto pq envolve várias questões sobre o nosso país de uma maneira explicita, como o acesso a educação superior e as segregações sociais motivadas pela cor. Na minha opinião, eu acho muito estranha achar que as cotas raciais é a solução para os problemas. O pensamento de ter que tratar os desiguais de maneira desigual para tornar igual me parece equivocada. Acho que seria mais eficiente tratar todo mundo igual instituindo uma educação básica digna e estaria tudo bem. Mas até que isso aconteça... Enfim, por um lado, eu acho muito boa sim que esse sistema tenha sido aprovado, pois de alguma maneira legitima os movimentos sociais que buscam ser reconhecidos. E é claro, que alguma maneira garante que pessoas de escola pública e estigmatizadas por preconceitos bestas vão conquistando novos espaços na sociedade. E vcs? Abs!

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Acredito que em uma sociedade desigual

Acredito que em uma sociedade desigual, extremista e preconceituosa talvez seja ingenuidade acreditar que todas as pessoas possuem os mesmos acessos e que todos posssuem oportunidades e formações equivalentes.

 

 

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Leis iguais para uma sociedade desigual!

Criar leis iguais  para uma sociedade extremamente desigual, nada mais é que potencializar as desigualdades. Em uma sociedade com tamanhas desigualdades, o ponto de partida para se concorrer para qualquer coisa (vestibular por exemplo) é desigual... Então, como é possível partir do pressuposto de que criando leis que  igualam as condições pode ser a solução? Sinceramente, eu não entendo! Quando as condições para a "concorrência" forem as mesmas, como por exemplo, escola pública de qualidade, sociedade sem preconceito de cor, raça, religião e etc, aí sim, as leis poderão ser iguais. Por enquanto... nada feito!

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