aqui bate um coração BH aqui bate um coração

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Na tarde de segunda recebi um telefonema com uma proposta inusitada mas que parecia divertida, espalhar um pouco de amor pela cidade. Poucas horas depois estava com um grupo de velhos amigos, em volta da  estátua da Iemanjá, me preparando para entrar de caiaque na poluída lagoa da Pampulha. Estavamos um pouco tensos, já que a polícia não tinha entendido muito bem a proposta de colocar um coração vermelho no placido Tiradentes, que observa a cidade do alto do cruzamento da Brasil com Afonso Pena. Além disso, entrar nas águas da Pampulha em uma madrugada chuvosa de março não é um programa muito comum. Máscara, luvas, colete e coragem. Algumas tentativas com fita dupla face, e nada. Uma ideia surge de alguém do grupo! Vamos tentar prender no colar de contas de Iemanjá. Opá! Outra obstrução ecoa na madrugada: - Sou filha se santo e alguém ralou mais que a gente para colocar este colar na estátua. Tudo bem... pensemos um pouco mais. Sim! Um colar de coração. E foi assm, em meio a algumas ratazanas, esgoto, e amor que brindamos a estátua com uma oferenda inusitada.