Sem aulas, estudantes expõem cartazes em protesto contra descaso do governo com educação

Sem aulas, estudantes expõem cartazes em protesto contra descaso do governo com educação; “Não somos palhaços, queremos educação!”

Caos na educação tocantinense. É assim que pode ser caracterizado o nosso sistema de ensino após vinte estudantes terem caminhado mais de um quilômetro debaixo do sol das 16:00 horas em direção à Diretoria Regional de Ensino de Araguaína, em protesto contra a falta de professores.


Foi essa a forma encontrada pelos alunos do Curso Técnico em Informática integrado ao Ensino Regular do Centro de Ensino Médio Castelo Branco. Na tarde dessa sexta-feira (07), eles teriam seis aulas, porém tiveram apenas duas porque seus professores foram exonerados numa medida de contenção de gastos.

Os estudantes temem ficar prejudicados no curso cuja duração é de quatro anos. Muitos deles já se encontram no terceiro ano e aguardam o estágio e não querem ser remanejados para o ensino regular. Os professores exonerados são graduados em Sistema de Informação e lecionavam na parte específica do curso.

No ato de protesto, os estudantes se direcionaram à Regional de Ensino, mas, segundo eles, não foram atendidos pela diretora Sebastiana Dias de Sousa. Eles cobram com urgência a recontratação dos professores e a retomada das aulas.

Mesmo não sendo recebidos, os alunos carregavam cartazes e pintaram os rostos com faixa azul, expondo as fases: “Lugar de professor é na sala de aula”; “Não somos palhaços, queremos educação”; “Curso técnico não pode parar, viemos protestar”; “Queremos respeito e dignidade pelos nossos direitos de estudantes. Que vocês cumpram com seus deveres!”.

O estudante Lucas Cardoso do 1º ano técnico, falou sobre o drama vivido por eles e por seus colegas, diante das incertezas quanto ao futuro. Revoltado o jovem desabafou “queremos ser alguma coisa na vida, mas o governo o quer tirar os professores”.

Fechamento de turmas

Segundo informações, o governo está fechando turmas e sobrecarregando os professores com salas superlotadas e quentes. O governo pretende fechar todas as salas com números reduzidos de estudantes e distribuí-los em outras turmas. A medida visa reduzir os custos na Secretaria de Educação. Assim, a carga horária de alguns professores poderá diminuir em até cinco horas a cada turma fechada e, consequentemente, terá comprometido o orçamento familiar e a saúde dos trabalhadores.

Segundo profissionais ouvidos pelo Portal AF, há rumores de que até o 13º salário estará comprometido se tais medidas não forem adotadas. Em denúncia, o Portal AF recebeu a informação de que mais de 170 profissionais contratados serão exonerados na regional de Araguaína.

Resposta

O Portal AF entrou em contato com a DRE Araguaína, mas fomos informados de que Sebastiana se encontra em viagem e que somente a Secretaria de Educação poderia passar informações.

Fonte: Jornal AF

EM diálogo pergunta! Você conhece algum outro caso de sala de aula superlotada no Ensino Médio? 

Comunidades: