Distribuição de vagas para 2012 irrita alunos em Maringá

 

"Uma injustiça". É assim que uma aluna do 1° ano do ensino médio do Colégio Estadual Alfredo Moysés Maluf considera a política do Núcleo Regional de Educação (NRE) para o ano letivo de 2012.

Assim como a turma dela, outras de colégios da periferia de Maringá devem ser atingidas pelo remanejamento de alunos, para que haja vagas para estudantes mais novos, provenientes da rede municipal.

A estudante conta que recebeu duas opções para o próximo ano: mudar para um colégio no centro ou permanecer no Maluf no período noturno. "O motivo é a falta de salas que suportem a demanda de alunos do 6° ao 9° ano do Ensino Fundamental. Eles falam que esses alunos não tem condições de utilizar o transporte coletivo e se deslocar aos colégios do centro da cidade, então nós teremos que fazer isto", disse.

O núcleo confirmou a política de distribuição das vagas, que até o início de 2011, era feita por "georreferenciamento": com o endereço informado na conta de luz, os alunos eram colocados na instituição mais perto de casa.

Os excedentes eram direcionados de acordo com a rota de transporte coletivo, para o local mais próximo com disponibilidade.

De acordo com a chefe do NRE, Maria Inês Teixeira Barbosa, o georreferenciamento prejudicava os alunos com média de11 anos, que chegavam da rede municipal e eram direcionados a instituições longe de casa por falta de vaga. A partir de 2012, estes alunos vão ter preferência pelas escolas mais próximas das moradias.

A explicação de Maria Inês é que há aumento da procura por escolas na periferia e esvaziamento das centrais. "Todos querem vaga perto de casa e os mais novos correm mais riscos ao pegar o ônibus ou estudar à noite", diz. Quanto ao período, a chefe diz que "o Estado não pode oferecer vagas apenas no período matutino, como alunos e pais preferem."

Sobre a informação dada a alguns alunos de que a Secretaria de Estado da Educação pretendia encerrar o ensino médio nos Colégios Estaduais Alfredo Moyses Maluf, Silvio Magalhães Barros, Tancredo Neves e Vinícius de Morais, Maria Inês afirmou que "pode até acontecer".

"Mas tudo será feito para organizar melhor a rede, levando em conta a possibilidade de transporte e que não falte vaga a ninguém".

 

Outras mudanças

  • O governador Beto Richa (PSDB) publicou na sexta-feira passada a resolução 4527/2011, que fixa o número máximo de estudantes por turmas para a rede pública do Estado. De acordo com o Núcleo Regional de Educação, a nova resolução não interfere na programação para 2012.
  • Com a resolução, cada sala de aula deve ter as turmas reduzidas em no mínimo cinco alunos, e no máximo dez.
  • A última resolução a respeito datava de 2002 e uma revisão era pedida pelo Sindicato de Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (App).

 

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imagem de Paulo Carrano

Cobertor curto

Este é um problema muito sério. O chamado cobertor curto. Cobre um santo e descobre o outro. Os alunos tem toda a razão de reclamar!

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