Juventude, juventudes e identidades juvenis.

As imagens negativas da juventude estão cristalizadas na sociedade em todos os tempos. Basta  lembrar dos Anos Dourados, Movimento Hippie, e as frases proferidas pelas gerações mais velhas que diziam que a juventude estava perdida, e que não seriam capazes de administrar famílias, empregos e o País. Essas profecias não se concretizaram e, então podemos chamá-las de conflito de gerações.
Esse discurso, principalmente nos dias de hoje, é muito contraditório, pois ao mesmo tempo em que a sociedade busca a energia juvenil, continua denegrindo a imagem do jovem e lhes projeta uma problemática futura que lhes marcarão a personalidade e os acompanharão por toda  vida.
Os problemas produzidos pela sociedade, que atingem o jovem são muitos: violência, gravidez, doenças sexualmente transmitidas, drogas, desemprego, pobreza; por isso criou-se a necessidade de leis de amparo (ECA/ Estatuto da Juventude), que ainda não são efetivas, mas é um caminho aberto para a eficácia na resolução dos problemas juvenis.
E é esse jovem que vem à escola, que se coloca diante de manifestações e identidades culturais e juvenis diversificadas, sujeito de experiências, saberes e desejos.
Há riscos e incertezas provocados por um processo de globalização marcado pela desigualdade de oportunidades e pela fragilização de vínculos institucionais.
Um dos responsáveis por essa fragilização é o acesso à internet, pois podemos dizer que os jovens de hoje são nativos digitais e a escola e os conhecimentos curriculares estão perdendo terreno na disputa com o ciber espaço e ciber cultura.
A informação está a disposição de quem quiser, assim sendo, a escola perdeu o posto de principal informante e precisa redescobrir seu papel na sociedade. O fato de os alunos possuírem maior conhecimento das tecnologias do que os seus professores coloca em cheque as hierarquias do saber nas salas de aula. A popularização da internet está possibilitando a emergência de novas culturas da participação e de espaços/tempos de aprendizagem não organizados.
Acreditamos que o papel da escola passa a ser mediadora, para que os jovens possam realizar escolhas conscientes sobre suas trajetórias pessoais e construir seus próprios acervos de valores e conhecimentos sociais, a encaminhá-los a dominar os instrumentos do conhecimento e não a ser dominados pelas tecnologias e relacionar-se com responsabilidade e respeito no meio social, onde está inserido.
Os jovens demandam uma escola que faça sentido para a vida e contribua para a compreensão da realidade. Eles reivindicam que o que se ensina na escola tenha vínculos com o cotidiano e com suas expectativas de futuro. Por isso o aluno espera que a escola desenvolva a
capacidade de projetar e acreditar no seus sonhos e desejos e contribuir para que desenvolva a capacidade de realizá-los, conhecer as suas potencialidades, a realidade que se insere, aprender a escolher e ter responsabilidade por essa escolha, consciência dos limites e possibilidades na área que querem atuar.
Motivados pelas reflexões propostas no caderno 2, desenvolvemos algumas práticas para identificar os diferentes comportamentos e orientar nossos trabalhos no ensino médio do Colégio Estadual Pinheiro do Paraná.
O resultado identificou que os alunos contestam metodologia das aulas, mas não o conteúdo; tem sonhos, mas tem poucas perspectivas de como realizá-los. Não buscam oportunidades de cres-cimento, mesmo que essas oportunidades estejam batendo as suas portas. A maioria das famílias não oportuniza nem incentiva atividades intelectuais, por vezes alheias ao que ocorre na orientação educacional e profissional de seus filhos.
Com base nessas conclusões, precisaremos oportunizar ao aluno do Ensino Médio, do Colégio Pinheiro do Paraná um direcionamento de que a escola deva ser vista, não apenas como um espaço onde há transmissão de conteúdos e informações, mas também, como ambiente onde a troca entre alunos pode e deve construir novos sentidos para vida. Nosso aluno deverá desenvolver capacidades de observação, reflexão, análise e posicionamentos diante da realidade social, para que possa vislumbrar caminhos e concretizar seus sonhos.

COLÉGIO ESTADUAL PINHEIRO DO PARANÁ - CURITIBA

ORIENTADORA DE ESTUDOS : RENATA JARDIM

GRUPO: ADRIANA PERALTA BARBOZA VIEIRA ;ANA CRISTINA GABRIEL DE ALMEIDA SOUZA;ANA LUIZA SAMPAIO LOURENÇO;CIRINEU BOBKO;DANIELLE MANSANI FERREIRA;JOAO VIANEI BRAGA;LOURDES CIVIDINI CASSAROTTI;LUCIANE BATISTA;LUCIANE SZTOLTZ;MARCIA ELIZA ZANIN;MARIA HELENA LAURINDO;MARILEY DE FATIMA ZANINI;MONICA KARINA HANSELE;OLGA BAGATIN;PAULO SERGIO DE FARIA;PRISCILLA ABRÃO NG SCHIOCHET;ROMULO BARBOZA ALVES;ROSELI MARIA BUDEL BOSA;ROSEMARY GOMES WELLNER;ROSICLEIA SEVERO;RUBENS RONDON KASSAR;SANDRO BENATO;SIDNÉIA GUIMARÃES CAMPOS;SILVIA REGINA LEBRE;VAGNA APARECIDA DA SILVA MUNHAO;