(Caderno IV página 45)
Justificativa:
A Escola de Educação Básica Professora Adelina Régis, completa em 2014 80 anos de serviço à educação e à cultura videirenses. O resgate desta história pode passar sim pelos prédios e construções deste período. Mas muito mais importante que isso seria fazer um apanhado histórico que levasse em conta o contexto histórico, econômico, sociológico no qual esta escola esteve inserida.
Em busca de Joaquim Venâncio poderia inspirar um resgate histórico sobre as razões para uma escola pública na vila de Perdizes onde no mesmo ano se instalava a grande empresa Ponzoni e Brandalise, que deu origem à Perdigão e atualmente brf.
Não demorou muito tempo para que a Escola se tornasse o ponto de referência na educação dos videirenses.
O resgate histórico de fatos que envolveram a escola, nome e situação do corpo docente, alunos que passaram pela instituição, disciplinas, currículo, tempo de permanência na escola, conteúdos disciplinares e modalidades de ensino oferecido. Seria uma boa proposta curricular interdisciplinar para este processo de historiar.
Uma proposta como essa interessaria a todas as áreas temáticas com conteúdos específicos para c
ada disciplina. Mais do que prédios, paredes, incêndio, é importante considerar as vidas que passaram pela Escola nestes 80 anos.
O Desenvolvimento econômico, social e populacional de Videira fez com que a Escola se tornasse o sonho de consumo de muitos, que acabou restrito à camada social mais privilegiada da sociedade. Sua localização na área central da cidade, o número de vagas, a falta de transporte público das regiões mais afastadas deram ao Adelina Régis o status de uma escola de elite. Compreensão difícil de ser alterada agora que as camadas populares tem acesso ao ensino médio.
“Quem mexeu no meu queijo” é uma pergunta que não encontra resposta para uma escola
em tempo integral na qual o PPP, a proposta curricular, os conselhos e as instituições representativas estão longe de levar em conta o tempo político, o tempo institucional, e o tempo escolar.
Historiando com uma Octogenária Senhora poderia ser um desafio curricular para melhorar a comunicação, incrementar a adesão voluntária e a participação da comunidade no cotidiano da escola.
Discutir a história da escola exige de toda que toda a comunidade escolar seja ouvida nos processos de sistematização e construção do conhecimento histórico, e que está dentro de um contexto muito mais amplo capaz de abranger todas as áreas de conhecimento.
Isto significa capacidade para pensar, discutir, e realizar coletivamente o que se faz, sem as aberrações que beiram a compreensão de que uma parte da escola é “macaco”.