A ÁGUA COMO PREOCUPAÇÃO MUNDIAL
Por Carlos Fernando da Rocha Pimentel; Cristina Meneguin; Dionísia Maria de Oliveira Lopes; Djalma de Azevedo Setubal Rabello; Glacione Maria de Lima; Gláucia Dilene de Oliveira Targino; Iolanda Galvêas Fonseca de Oliveira; José Jorge dos Santos; Joseni da Silva Ferreira; Maria Efigênia Avelino de Ávila; Marisa Bezerra dos Santos; Robson Eleutério da Silva; Sahiure de Souza Silva; Sueli Cristiane Bonadio de Assis; Wilson Miguel Cunha.
Sabe-se que a água é um recurso natural esgotável e essencial para a vida; entretanto, nem todos têm essa consciência, por isso, é de vital importância que a escola, como formadora de opinião e responsável também por mudanças efetivas de comportamentos, abrace esse desafio global: o uso racional da água.
É primordial o desenvolvimento de projetos pedagógicos que mesclem todos os componentes curriculares, levando em consideração planejamento que não fará escopo em soluções intuitivas ou improvisadas.
Durante a maior parte da história da humanidade a água sempre foi considerada um recurso inesgotável, portanto, a sua utilização não demandava maiores cuidados.
Se, antes, a crescente fértil, oportunizada pelos rios Tigre e Eufrates, era vista como o oásis do mundo, o advento da Revolução Industrial, século XVIII, ampliou o seu consumo sem nenhuma preocupação futura com esse bem, agora, entendido como finito.
O problema de escassez da água doce já se fez presente em algumas partes do planeta, assim sendo, áreas acadêmicas, autoridades políticas e organizações não-governamentais encabeçam as discussões sobre essa problemática não percebida por grande parte da população mundial.
Segundo Lúcia Brandin, do Departamento de Ecologia Geral, Instituto de Biociências da USP: “Essa questão preocupante está diretamente associada aos impactos das ações humanas sobre os ambientes de água doce, mas não basta identificar tais impactos. É necessária uma visão de maior alcance, que abranja a avaliação das causas e efeitos dos problemas existentes e o desenvolvimento e adoção de medidas que remediem os já constatados e previnam não só a sua repetição em outros lugares como também o surgimento de novos tipos de impacto. Essa visão certamente inclui a divulgação de todas essas informações em linguagem mais simples para que a discussão atinja um número maior de pessoas. Afinal, a crise da água diz respeito a todos.”(1)
Dentro das propostas de abordagem pedagógico-curriculares, os componentes se propõem a se articular da seguinte forma:
Matemática e suas tecnologias: Cálculos de volume, parâmetros de avaliação da água doce. Instalação de um pluviômetro na área da escola para medir o índice pluviométrico das precipitações; Ciências da Natureza: A importância desse recurso para os seres vivos, tanto terrestres quanto aquáticos. A importância para a reprodução e manutenção da vida no planeta; Ciências Humanas: A água como fonte de energia e reprodução agrícola. A navegação de calhotagem. Visitas às nascente e bacias hidrográficas do entrono do DF. Processos de tratamento de água; Códigos e Linguagens: A água como elemento estético. A utilização e práticas desportivas. Temas para desenvolvimento de textos em Línguas Portuguesa, Inglesa e Espanhola (poemas, letras de músicas, criação de sons, produção textual). Vocabulário pertinente ao tema nas línguas estrangeiras modernas. Interpretação textual. Elaboração de trabalhos artísticos.
É de fundamental importância conscientizar a população de tamanha problemática mundial, o desprovimento da água; uma vez que com o aumento do número populacional, crescem concomitantemente as atividades agrícolas e industriais, o que reduz a qualidade desse recurso natural. Dessa forma cabe às autoridades, elaboração de projetos e a criação de leis mais sensíveis à importância e conscientização dessa questão, além de caber às escolas o ensino e a orientação à adoção de medidas que evitem o desperdício, o uso inadequado e a degradação das reservas hídricas. Esses são alguns passos que promovem um uso mais sustentado da água na Terra.
Para tal êxito é importante que o indivíduo se veja como parte integrante do ambiente e saiba que por meio de suas ações é um agente modificador do meio. Outro aspecto é o de que ele precisa sentir-se elemento participante da sociedade, interagindo e compartilhando os mesmos direitos e deveres. A partir desse exercício de cidadania e a conscientização, o indivíduo perceberá que suas ações podem afetar os demais membros da sociedade. Cidadania e consciência crítica estão associadas à educação em todos os âmbitos: em casa, na escola, seja qualquer outro lugar. Desse modo poder-se-á obter um uso mais sustentável da água, no intuito de garantir esse recurso (com qualidade e quantidade adequadas) para as futuras gerações.
1. Ana Lúcia Brandimarte. Crise da Água: Modismo, Futurologismo de uma questão atual? Acesso em: www.geografiaparatodos.com.br , às 15h16, 12 de novembro de 2014.
