Todos os dias, em qualquer escola, uma pergunta não se cala: O que fazer com o lixo que ela produz diariamente, seja ele orgânico ou seco? Essa questão tem sido um desafio para todos gestor de escola pública ou privada nesse país afora. Para que um projeto assim funcione e dê resultados não basta apenas dispor cestos coloridos pela escola. É necessário que o alunado entenda e perceba a importância dele, em sua vida escolar e fora dela. No Brasil, são produzidos por dia 230 mil toneladas de lixo de qualquer espécie e que vão parar nos lixões das grandes cidades brasileiras. Isto serve como um sinal de alerta, pois tanto lixo sendo produzido assim e sem nenhuma ação ou alerta por parte dos governantes das esferas municipais, estaduais e também federal pode acarretar consequências graves para os moradores dos municípios e das grandes cidades, que ainda não sabem lidar com esse tipo problema.
Refletindo sobre essa questão é que se faz necessário uma mudança de atitude em relação ao lixo produzido no microcosmo escolar. Mudança essa que tem como objetivo despertar nas mentes dos mais jovens uma conscientização acerca de como nós nos relacionamos como os nossos detritos diários e de como podemos agir para que o impacto de nossos dejetos seja, no mínimo, menos danoso ao meio ambiente e, na medida do possível, aproveitável para os que deles retiram seus sustentos. Nossa comunidade escolar, O CEM 404 DE SANTA MARIA SUL-DF, está inserida em um meio urbano que se degrada quase todo dia, ao ter grandes áreas ociosas ocupadas por entulhos de todo tipo e sem nenhuma fiscalização eficiente dos órgãos incubidos de combater tais desrespeitos ao meio ambiente. Essa cultura do desleixo e do descaso em relação ao lixo que é produzido em escala diária na cidade cria uma visão distorcida, principalmente entre os mais jovens, de que áreas vazias têm de servir de depósito de detritos de qualquer natureza, não importando os possíveis danos ao meio em que vivem, seja ele urbano ou rural, já que uma parte da cidade tem um setor de chácaras. Isso também cria uma falsa ideia de que não são responsáveis por manter uma cidade limpa e saudável. Em face e dessa situação apresentada, elaboramos aqui um projeto que visa desconstruir visões erradas sobre o meio em que se vive, uma vez que saber se relacionar com seu ambiente é uma forma de exercer cidadania e de colocar em prática a educação recebida e que pudesse envolver o máximo de disciplinas possíveis a fim de ter um caráter interdisciplinar.
PROJETO: CONSCIÊNCIA LIMPA- CADA LIXO NO SEU LUGAR!
PÚBLICO-ALVO: TODOS OS ALUNOS DO COLÉGIO.
COMPONENTES CURRICULARES ENVOLVIDOS: BIOLOGIA, QUÍMICA, MATEMÁTICA, SOCIOLOGIA, PORTUGUÊS, PARTE DIVERSIFICADA.
COMO? BIOLOGIA: Trataria da questão da origem dos micróbios e bactérias que agem na decomposição dos seres vivos e o impacto dos lixões no meio ambiente.
QUÍMICA: Iria trabalhar as reações químicas e os gases resultantes da queima e da decomposição dos dejetos orgânicos e inorgânicos.
MATEMÁTICA: Abordaria o volume de lixo produzido na cidade, no país e no mundo, com a ajuda de gráficos, matrizes, equações e funções.
SOCIOLOGIA: Promoveria debates a respeito do tema com o apoio dos documentários: ESTAMIRA, LIXO EXTRAORDINÁRIO E ILHA DAS FLORES. A nossa relação com meios degradados.
PORTUGUÊS: A partir de textos e vídeos abordados pelos outros componentes citados orientaria uma produção textual a respeito das abordagens feitas.
PARTE DIVERSIFICADA: Disponibilizaria, junto coma direção da escola, lixeiras específicas para cada tipo de lixo produzido pelo colégio, além de ser uma disciplina voltada para trabalhar questões do lixo e a seleta coletiva.