C. E. LA SALLE – EFM – CURITIBA/PR
Coordenação Pedagógica e Orientadoras de Estudos: LEILA REGINA SANCHES e CLARICE PRECIDINA DE SIQUEIRA
GRUPO: CELIA CRISTINA DA SILVA, CLAIRE CRISTINA DE OLIVEIRA, CLAUDETE SATURNINO DE OLIVEIRA, CLAUDETE TEREZINHA MORINI, CRISTINA PRACZUN, FRANCISCA EDNA DE OLIVEIRA NICOLOZI, GERVÁSIO ROCHA, GISELE VANZELLI, JOSÉ ANTONIO BÜHER MACHADO, JOSE CARLOS REAL KOEHLER, JOSELIA PEREIRA DA SILVA, MARCELE CRISTIANE DE CASTRO LIMA, MARIA EULALIA DE JESUS DUARTE, MARLENE MEAURIO BAREIRO, MAURICIO BASTOS, MELISSA APARECIDA INACIO, MONICA MARIA PEREIRA, PATRICIA ILKIU CARNEIRO DOS SANTOS, PAULA ANDRESSA GAUDEDA MARCINIUK, ROSANA DUDA TOUZDJIANN, SILVIA FERNANDA SOARES, SIMONE DE QUEVEDO DOS SANTOS, TATIANE LIMA VANDELAO, VERA TERESINHA SARTURI, VILMA DE LOURDES FERRARI DE BASTIANI
REFLEXÕES DO CADERNO 01
O ensino-aprendizagem do Ensino Médio na realidade brasileira apresenta diversos desafios que, de modo geral, são enfrentados diariamente pelos profissionais da educação.
O principal desafio, enfrentado por todos, é desvincular o conteúdo obrigatório curricular, voltado para o mercado de trabalho e à aprovação no vestibular, por meio de conteúdos muitas vezes massantes, a alunos de, modo geral, desorientados e que não sabem como aplicar o conteúdo que aprendem na escola ao seu cotidiano. Acredita-se que esse desafio seja o maior, pois o resultado na aprovação do vestibular é cobrado pela própria sociedade. Assim, desvia-se o objetivo da escola que é a formação integral do indivíduo. Outra questão é o desinteresse dos alunos por determinados conteúdos, pois eles fazem as suas “seleções” do que é importante ou não para a sua vida.
No entanto, de acordo com os dados do PNAD/IBGE, houve crescimento na taxa líquida de matrículas dos jovens entre 15 e 17 anos no Ensino Médio. Esse crescimento pode ter ocorrido devido a maiores exigências do grau de escolaridade para o mercado de trabalho, políticas públicas que facilitaram o acesso ao Ensino Superior como: a lei de cotas, ProUni, FIES e a melhoria da qualidade de vida. Pois, o ingresso e a continuidade dos estudos dependem também do acesso à saúde, à alimentação, à moradia e à segurança. Se ainda encontramos uma taxa significativa de evasão e exclusão dos jovens dessa faixa etária, é devido à falta de acesso às condições básicas de subsistência que ainda não foram estendidas a toda população.
Além disso, a escola precisa rever sua organização e criar mecanismos que a tornem mais atrativa. A escola do século XXI continua trabalhando nos mesmos moldes da escola do século XX, porém, as demandas da sociedade exigem uma mudança de paradigma que inclui revisão do currículo, da metodologia e, sobretudo, da função da escola no que diz respeito ao Ensino Médio, promovendo assim, uma proposta de formação humana integral.
Os estudos em torno do desenvolvimento de uma proposta de formação integral para o Ensino Médio que fundamentem a prática pedagógica precisam levar em conta itens como mudança didática, inclusão, defasagem dos conteúdos básicos, professor mediador, falta de interesse, participação e comprometimento dos alunos e das famílias e demais desafios contemporâneos na sociedade brasileira.
Para manter o mesmo nível de ensino, no período diurno e noturno, faz-se necessário que o conteúdo não seja somente teórico, mas alie a prática, adaptando-se a realidade de cada turma.
Sobre a questão da inclusão, na escola, não podemos simplesmente colocar o aluno com necessidades especiais em um grupo escolar para socialização, pois deve haver apoio especializado e capacitação dos professores para desenvolver um trabalho produtivo com esses alunos.
A realidade escolar atual nos faz refletir sobre a necessidade da humanização das nossas práticas pedagógicas, possibilitando uma maior interação entre professor x aluno, aluno x aluno, escola x professor, escola x aluno, onde todos interajam com a família e a sociedade. O profissional de educação deve considerar e respeitar a história de vida de seus alunos e suas influências, pois a busca é por uma formação integral do aluno do Ensino Médio.
A partir dos dados coletados na Secretaria do colégio, é possível afirmar que as famílias dos educandos matriculados possuem uma renda que varia de 1 a 3 salários mínimos. No entanto, observa-se que a maioria possui casa própria, automóvel e utilizam transporte escolar privado, demonstrando uma disparidade entre os dados fornecidos e a realidade apresentada.
Em relação ao aspecto sócio-cultural, os educandos não possuem o hábito de frequentar ambientes como cinemas, teatros ou livrarias e o bairro torna-se seu limite social suprindo suas necessidades de lazer sem ser necessário buscar outros espaços que agregam valores culturais. Dessa forma, percebe-se a importância do desenvolvimento de um trabalho, dentro da escola, voltado ao contato com espaços culturais que oportunizem nossos alunos a enriquecerem seu universo intelectual.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores do ensino médio, etapa I – caderno I: ensino médio e formação humana integral/Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica; [ autores: Carmen Sylvia Vidigal Moraes...et al.] . – Curitiba: UFPR/Setor de Educação, 2013.
https://www.youtube.com/watch?v=VoTX8_pPrQE Acesso em 15/07/2014.
https://www.youtube.com/watch?v=eTYWvbW8XPwp Acesso em 15/07/2014.
