Aluna Enem Nota MIL

     Japoneses, italianos, portugueses, açorianos ou espanhóis. Durante o século XIX, muitos foram os povos que, em busca de trabalho e bem-estar, desembarcaram no Brasil e enriqueceram nossa cultura. Atualmente, em pleno século XXI, a imigração para o Brasil mantém-se crescente, desafiando não somente nossa sociedade como também nossa economia.

     Assim como os antigos imigrantes, os indivíduos que hoje se instalam em território brasileiro anseiam por melhores e mais dignas condições de vida. Muitos deles devido à Crise Econômica em 2008, viram-se obrigados a se dirigir a outras nações, como o Brasil. Os espanhóis, por exemplo, por terem sido intensamente atingidos pela recessão, já somam uma quantidade expressiva na periferia de São Paulo. Diante disso, a fração da sociedade que reside em tal localidade, vem enfrentando muitas dificuldades em “dividir” seu espaço que, antes da chegada dos europeus não se mostrava adequado, quem dirá posteriormente a esse fato. Segundo pesquisas realizadas pelo jornal “A Folha de São Paulo”, no primeiro semestre de 2012, brasileiros e os novos imigrantes espanhóis dos arredores paulistas vivem em constantes conflitos e a causa se traduz, justamente, na irregularidade habitacional que ambos compartilham.

     Como se não bastasse, a economia brasileira também tem sido desafiada com a chegada dos imigrantes. Existem, entre eles, tanto trabalhadores desqualificados como também profissionais graduados. O problema reside na pouca oferta de emprego a eles destinada. Visto que não recebem oportunidades, passam a integrar o setor informal da economia sem direitos trabalhistas e com ausência de pagamento dos devidos impostos. O estado, dessa forma, deixa de arrecadar capital e de aproveitar a disponibilidade de mão-de-obra, o que auxiliaria no andamento da economia brasileira.

     Assim, com a finalidade de preparar a sociedade e a economia brasileira para a chegada dos novos imigrantes, medidas devem ser tomadas. O Estado deve oferecer incentivos às empresas que empregarem os recém-chegados, e essas devem, por sua vez, prepará-los para o mercado brasileiro, oferecendo-lhes treinamento adequados, cursos de Língua Portuguesa e garantia dos direitos trabalhistas. É imprescindível, ainda que o governo procure novas habitações para os imigrantes e que nós, brasileiros, respeitemos os distintos povos que, desde nossa formação, somente têm a nos acrescentar. Larissa Reghelin Comazzetto (aluna do Colégio Militar de Santa Maria – Rio Grande do Sul - Nota: 1000)