Colégio Estadual Leonilda Papen - Mercedes

ENSINO MÉDIO E FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL

Vivemos num período de grande liberdade política e consequentemente  de avanços na educação no sentido de abertura para novas possibilidades de pensar a educação e discutir a mesma como é o âmbito desse projeto. Não vemos mais a dualidade do ensino, ao menos não nas diretrizes, mas a raiz está na própria formação do Brasil e logicamente de suas classes. Uma colonização às avessas, um passado escravocrata mal resolvido reflete direta ou indiretamente no sistema educacional.
A problemática maior como a permanecia no ensino está no nó da desigualdade social como o próprio texto apontou. As taxas da evasão do ensino noturno corroboram com essa reflexão. Isso porque esse educando é o que mais se caracteriza por já estar em contato direto com o mundo do trabalho. Nem discutindo agora se o mesmo está num emprego formal ou informal.
A prioridade legalizada das verbas como o 10% do PIB são avanços importantíssimos a nível nacional, sorte que o sistema carcerário brasileiro não possui. Contudo, a verba sozinha não garantirá o sucesso da educação e seria arriscado falar nem a sua obrigatoriedade, enquanto não tivermos uma equidade de renda mais equilibrada entre esses sujeitos que permeiam o palco do ensino médio brasileiro.

Com base no PPP vigente do colégio e a realidade diária atual percebemos que os dados mensurados se encontram parcialmente defasados. Atualmente se encontram compondo o perfil do educando que ingressou no ensino público regular não grande massa de filhos de agricultores, estes também, mas foram ultrapassados em número de matrículas pelos trabalhadores industriais. E entre ambos existem parcelas trabalhando na modalidade formal e informal de trabalho. No entanto, ainda não dispomos de dados específicos para informar essas taxas.

De uma forma sucinta o maior desafio a ser superada a desigualdade social, ao menos a extrema. Justamente porque o aluno que não precisa ingressar tão precocemente ao mundo do trabalho provavelmente possui mais chances de frequentar, permanecer e se formar no ensino básico. Levando ainda em consideração as problemáticas regionais do ensino, sendo que este já não alcançou a sua universalização. E como distribuir com qualidade, equidade e retorno as verbas voltadas para a educação e que essas tragam resultados, também é um desafio de peso considerável.

Observar o contexto em que se insere o educando, mas não fazer o mesmo se voltar exclusivamente ao mercado regional. O não reconhecer a diferença econômica gritante que o mesmo é proveniente pode caracterizar uma falta de sensibilização dos problemas diversos e difusos que o nosso aluno enfrenta. Como conseguir que essa concepção de educação humana integral e universal se concretize? Devemos continuar imaginando falsamente que a mesma ocorre.

Comments

imagem de Luz Mariana Blet

Comunidade

Olá Simone,

 

esta postagem se refere às atividades do Pacto no Paraná ou no Mato Grosso?

Esta comunidade é do Mato Grosso, se você realiza as atividades do Paraná favor coloque este post na comunidade do Paraná. Caso contrário desconsidere este comentário.

att

Mariana

Vote neste Comentário