ARTIGO CADERNO 3 O CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO, SEUS SUJEITOS E O DESAFIO DA FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL

Equipe: Celia Cristina Marochi.
             Glenda Marianne Fucci.
             Jussara Ribas Piazetta Araújo.
             Lindsey Melissa Mali.
             Maria Aparecida da Penha Polo.
             Maria Dalva Balduino.
             Norma Zimmermann.
             Rodolfo Marcassi Fávaro.
            Valeria Conseição da Rocha.
            Vania Bittencourt.
            Coordenadora: Simone Grachiki.
ARTIGO CADERNO 3
O CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO, SEUS SUJEITOS
E O DESAFIO DA FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL
                  
Rever o currículo e fazer a ressignificação das metodologias, dos conteúdos, das estratégias e das avaliações é um trabalho difícil e ao mesmo tempo lógico. Nem é necessário enfatizar a importância da escola na vida dos jovens. Com base nessa premissa, os professores estão diariamente pensando e reavaliando suas práticas pedagógicas, fazendo as mudanças necessárias para que haja a integração esperada entre as dimensões do trabalho, da cultura, da tecnologia e da ciência, ou seja, a formação humana integral. No entanto, este é um processo que nunca vai acabar, pois o sujeito da educação é o ser humano, logo, inacabado.
Os alunos do Ensino Médio têm como projeto de vida sua inclusão no mundo do trabalho, buscando tornarem-se profissionais atuantes, o que exigiria da educação pública um currículo mais flexível. Porém, a escola não consegue resolver essa situação sozinha. Existem outros problemas sociais e políticas públicas omissas que não contribuem para a solução do mesmo. Contudo, é bom lembrar, que ainda é possível refazer as propostas ou, no mínimo, revê-las.
Percebe-se que um percentual elevado dos alunos do Ensino Fundamental I que têm ingressado no Fundamental II, apresenta grande defasagem de conteúdo e despreparo para acompanhar o Fundamental II.
Alunos não alfabetizados, com dificuldade de interpretar textos básicos exigidos para a série, sem domínio da tabuada, das quatro operações básicas enfim, alheios a conteúdos que são pré-requisitos para acompanhar as séries em que estão matriculados, pois foram automaticamente aprovados para cursar o Ensino Fundamental II.
Isso se agrava ainda mais quando o aluno ingressa no Ensino Médio. Além do acréscimo de disciplinas, esse nível de ensino exige uma postura mais crítica e independente por parte do aluno, o que não se observa. A escola tem recebido no ensino médio alunos que não sabem fazer a interação de conteúdos e são imaturos para absorver a proposta da interdisciplinaridade.         Também não dominam conteúdos que são pré-requisitos e com isso, principalmente nas disciplinas de exatas e Língua Portuguesa, os problemas se agravam. As provas do ENEM, “passam” longe da realidade desses alunos.
Alunos com o perfil descrito certamente estão alheios à realidade do mercado de trabalho e suas exigências.
Por outro lado, são perceptíveis as expectativas e os questionamentos que os jovens fazem sobre as possibilidades de inserção no mundo do trabalho e qual é papel da Instituição de ensino em seus projetos de vida. Embora a escola não consiga sozinha resolver as desigualdades sociais, sabe-se que pode ampliar as condições de inclusão social. “E como fazer a reestruturação das escolas com vistas à introdução de novos conteúdos e de novas metodologias de ensino capazes de promover a oferta de uma formação integral”? Reavaliando o currículo, os conteúdos e, consequentemente, ressignificando as metodologias? A escola tem autonomia para definir alguns pontos de chegada e os caminhos possíveis para a realização dessas intenções a partir de uma proposta pedagógica articulada ao contexto sócio-econômico-cultural do estudante, mas sabe-se que os problemas ultrapassam seu limite de poder.
As escolas públicas, em sua maioria, são pouco atraentes, não estimulam a imaginação criadora e oferecem pouco espaço para novas experiências, sociabilidades, solidariedades, debates públicos, atividades culturais e informativas ou passeios que ampliem os territórios de conhecimento. (Carrano, 2010, p. 145)
Apesar das “barreiras encontradas”, a escola desafia e trabalha na formação humana em sua plenitude. E, nessa direção, procura pensar numa organização pedagógica-curricular que atenda as diferentes juventudes, sua identidades, culturas e necessidades. Professores buscam uma unidade entre o que se planeja e o que se realiza, reconstruindo e ressignificando dia a dia a relação do fazer pedagógico. Seguem em formação contínua e em conformidade com as transformações históricas, sociais e tecnológicas do seu tempo, atribuindo sentido a cada componente curricular conferindo significado a cada conceito, a cada teoria, a cada ideia possibilitando assim o exercício do raciocínio lógico e da autonomia do pensamento.
Diante desse grande desafio, de promover um Ensino Médio de qualidade, os professores atuantes nas três séries observaram, no ano letivo de 2014, atitudes e anseios de nossos jovens estudantes, prática pedagógica com o objetivo de conhecer as expectativas dos alunos em relação ao Ensino Médio, a fim de melhor poder atendê-los. Da análise concluiu-se que: 1) a maioria dos estudantes manifestaram que o objetivo maior de frequentar a escola nesse nível é o de obter conhecimento  necessário para ingressar no ensino superior. Almejam ainda, após graduados, um emprego rentável e condições humanas dignas. Muitos reconhecem que somente com o estudo isso é possível. 2) quanto à preferência em relação às disciplinas cursadas no ensino médio, não houve destaque para alguma delas, variando a opinião deles em relação à disciplina de acordo com o curso superior que gostariam de ingressar. 3) Os alunos também fizeram a relação das disciplinas por eles elencadas e a importância delas com o curso superior pretendido. 4) Ao ser abordado o tema Formação Integral, nas dimensões da Ciência, Cultura, Tecnologia e Trabalho, nossos alunos identificaram sem destaque para alguma dessas dimensões, aquelas que sentem presentes no dia a dia escolar. 5) Ao serem inquiridos porém, sobre a forma como identificam a presença da Ciência, da Cultura, da Tecnologia, do Trabalho em suas atividades escolares, para nossos alunos ainda não está claro esse conjunto de dimensões para a sua formação integral, havendo equívocos no discernimento por exemplo, da dimensão Trabalho – preparo para exercer uma atividade remunerada, com trabalhos escolares. 6) A maioria dos nossos estudantes deseja concluir o ensino médio com a intenção de cursar o ensino superior. Dos alunos ouvidos, não houve quem mostrasse interesse em obter formação em curto prazo por meio de algum curso técnico. Poucos deles manifestaram a necessidade de abandonar a escola após o ensino médio para trabalhar e contribuir para o sustento da família.
Os docentes do ensino médio paranaense almejam um Ensino Médio Integral que contemple as dimensões da Ciência, Cultura, Tecnologia e Trabalho, no anseio de formar cidadãos capacitados e participativos.
Fonte: Caderno 3.

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imagem de maria aparecida araujo

Finalidades da Educação Básica

POR FAVOR, PRECISO DE UMA RESPOSTA SOBRE A AÇAO E REFLEXAO DA PÁGINA -35 DO CADERNO 3.ESTOU UM POUCO PERDIDA! ORIENTE-ME QUEM PUDER!!

UM ABRAÇO!!!

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