O dia 1° de dezembro foi escolhido como o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV, o vírus causador da doença. O preconceito e a discriminação contra as pessoas vivendo com HIV/Aids são as maiores barreiras no combate à epidemia, ao adequado apoio, à assistência e ao tratamento da Aids e ao seu diagnóstico. Os estigmas são desencadeados por motivos que incluem a falta de conhecimento, mitos e medos.
A data foi instituída pela Assembléia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com apoio da Organização das Nações Unidas – ONU. No Brasil, a data passou a ser adotada a partir de 1988.
O que é Aids?
É uma deficiência no sistema imunológico, associada com a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana HIV – (Human Immunodeficiency Virus), provocando aumento na susceptibilidade a infecções oportunísticas e câncer.
A sigla AIDS significa síndrome da imunodeficiência adquirida, e sua origem vem do inglês – Acquired immunodefiecience syndrome.
Normalmente, as pessoas que adquirem o vírus HIV (vírus humano da imunodeficiência) desenvolvem várias doenças, pois o mesmo destrói os glóbulos brancos, que dão imunidade ao organismo, enfraquecendo o meio de defesa natural. Com essa destruição, o corpo fica abatido, sujeito a adquirir doenças oportunistas, como pneumonias, infecções, herpes, diarreias e alguns tipos de câncer. Na fase mais avançada da doença, podem aparecer doenças mais graves, como tuberculose, meningite, dentre outras.
Transmissão:
- o vírus HIV pode ser transmitido pelo sangue, sêmen, secreção vaginal, leite materno;
- relações sexuais homo ou heterossexuais, com penetração vaginal, oral ou anal, sem proteção da camisinha, transmitem a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis e alguns tipos de hepatite;
- compartilhamento de seringas entre usuários de drogas injetáveis;
- transfusão de sangue contaminado;
- instrumentos que cortam ou furam, não esterilizados;
- da mãe infectada para o filho, durante a gravidez, o parto e a amamentação.
O preconceito faz com que as pessoas acreditem que possam ser contaminadas por outras formas. Isso não é verdade! O vírus HIV não é transmitido através de relações sexuais com o uso de preservativos (camisinhas), beijo no rosto ou na boca, picada de insetos, abraços, contato com o suor do doente, compartilhar objetos, como toalhas, sabonetes, talheres, assentos de ônibus, piscinas e muito menos pelo ar.
Tratamento:
Atualmente a terapia com os chamados “anti-retrovirais” proporciona melhoria da qualidade de vida, redução da ocorrência de infecções oportunísticas, redução da mortalidade e aumento da sobrevida dos pacientes. (Os anti-retrovirais são medicamentos que suprimem agressivamente a replicação do vírus HIV).
O ciclo do HIV no nosso organismo:
O HIV atinge o sistema imunológico, normalmente responsável pela proteção do organismo contra infecções.
O vírus ataca um tipo de glóbulo branco (célula de defesa) chamado CD4. No processo, o HIV aloja seu genes no DNA da célula CD4 atingida e passa a utilizá-la para se multiplicar e, com isso, contaminar novas células.
Durante o processo, as células CD4 acabam morrendo por razões ainda não totalmente conhecidas. Com a redução do número desses glóbulos brancos, o organismo começa a perder a perder a capacidade de combater doenças até atingir o ponto crítico que caracteriza a Aids.
O vírus HIV faz parte dos retrovírus, que, embora mais simples que os vírus comuns, são mais difíceis de ser combatidos. Eles alojam seu DNA nas células atacadas de forma que novas células produzidas por elas passam a também portar o vírus.
Os retrovírus também reproduzem seus genes na célula-alvo com maior margem de erro. Isso, somado à alta taxa de reprodução do HIV, provoca muitas mutações no vírus causador da Aids. E não só. O HIV é protegido por uma camada feita do mesmo material que algumas células humanas, o que dificulta sua identificação pelo sistema imunológico.
1. Ataque: Proteínas do HIV se acoplam a receptores CD4 presentes em glóbulos brancos (células de defesa) do sangue.
2. Cópia dos genes: o HIV faz uma cópia de seu próprio material genético.
3. Replicação: O vírus aloja a cópia de seus genes no DNA da célula hospedeira. Quando essa célula começa a se reproduzir, partes do vírus também são reproduzidas.
4.Novo vírus: As partes do vírus se unem perto da parede celular, originando um novo vírus HIV.
Fonte:
BBC Brasil e Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde