Ensino médio no interior é melhor

Os alunos das escolas do interior do Estado têm o melhor desempenho entre as turmas de 3º ano do ensino médio. É o que aponta o resultado do Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo (Paebes) 2011, divulgado ontem. Das 10 melhores escolas nas avaliações de Língua Portuguesa e Matemática, nessa série, oito estão no interior.

Em uma escala que vai de 0 a 500, a média dos alunos do Estado ficou em 271,6, em Português e 279,9, em Matemática. Isso significa que eles têm conhecimento básico das disciplinas – abaixo do que a Secretaria Estadual de Educação (Sedu) considera ideal, que seria o nível proficiente. No ano passado, porém, o conhecimento em Matemática foi ainda pior: abaixo do básico.

A Escola Teófilo Paulino, de Domingos Martins, registrou o melhor desempenho em Matemática: 321,2 pontos. Já a escola Dylio Penedo, de Aracruz, alcançou 311,7 em Português, suficiente para chegar ao nível proficiente que nenhuma outra escola alcançou nesta disciplina, no 3º ano.

Segundo a diretora da unidade, Josete Silva de Miranda, o bom desempenho se deve à dedicação dos professores. "Nossa escola atende a alunos de classe média, mas também a muitos alunos da área rural, que moram a uma distância de até 30km. Os professores, apesar de a maioria não ser concursada, são extremamente dedicados. Desenvolvem projetos variados, que estimulam o aprendizado", diz.

Diretora da escola de Domingos Martins, Delfina Schneider Stein elogia o desempenho dos alunos no vestibular. "Mais de 60% estão fazendo curso superior", comemora.

Melhora geral

Na média, o desempenho dos alunos melhorou em todas as disciplinas, mas ficou abaixo do básico em Física, Química e Biologia, matérias incluídas pela primeira vez na avaliação. Dos 325 pontos esperados, eles alcançaram apenas 249,1 em Biologia, por exemplo. Para o secretário de Educação, Klinger Barbosa Alves, o resultado tem a ver com a falta de formação de professores nessa área.

"Em geral, nosso desempenho melhorou muito, e estamos felizes por isso. Os investimentos em formação de professores está dando resultado. Ainda precisamos avançar nessas disciplinas cujas licenciaturas não eram valorizadas até pouco tempo atrás", diz.