Projeto para aumentar carga horária
Resolvendo questões de física, matemática, química e português, alunos da Escola Estadual Oswaldo Aranha, em Joinville, começaram uma atividade promissora: eles são parte do Projeto Ensino Médio Inovador, proposto pelo MEC em várias escolas do País. A proposta é aumentar a carga dos alunos de ensino médio de 800 para 1 mil horas de estudo por ano.
Na Oswaldo Aranha, o programa começou com os 136 alunos do primeiro ano. Ano que vem, eles seguem com as aulas extras no turno inverso ao que estudam. Em três anos, serão 600 horas a mais de estudo. Uma forma de educar melhor, acreditam MEC, alunos e professores.
“Os professores botaram a cabeça para funcionar e pensar atividades. Os eixos são os propostos pelo MEC: trabalho, ciência, tecnologia e cultura”, diz José Pedro Júnior, coordenador do projeto.
O primeiro dia foi de contato com a estrutura. Na sala com datashow, foi exibido parte do filme “Matrix”. As discussões que foram parar na filosofia. Na outra, com TV de 42 polegadas e wireless, aulas de artes. Teve também música. E visita ao laboratório de biologia, física e química. O investimento foi com dinheiro do MEC: R$ 50 mil para melhorar a estrutura.
No começo, todos participam das oficinas. Depois, o MEC quer que os alunos escolham quais oficinas participarão. Ou seja, poderão escolher 20% do conteúdo que vão estudar. É bom dizer: são avaliados com nota, como nas disciplinas tradicionais.
Os alunos ganham almoço e ficam na escola para o período inverso. “Eles serão multiplicadores, cidadãos de uma sociedade mais informada e mais crítica”, acredita a diretora Daniela de Azambuja.
Para os alunos, tudo ainda é novidade. Carla Borges da Silva, 15 anos, assistiu a trechos de “Matrix”. Depois, foi para o laboratório de biologia. “Ter mais horas de estudo com a estrutura melhor é bom. Ainda estamos entendendo o que vai acontecer”, diz.
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