Quem já teve a oportunidade de ver de perto o Encontro das Águas, que acontece em Manaus, sabe o espetáculo fantástico que a natureza proporciona. Ele é considerado um ponto turístico brasileiro, e muitas agências de turismo oferecem passeios de barcos pela região, realizados no Parque Ecológico de Janauari.
Esses passeios são mais frequentes no período do rio cheio (de janeiro a julho), pois, além de ficar mais nítida a beleza do espetáculo natural, ainda pode-se ver animais, como pássaros diversos, macacos, preguiças e muito mais. Um passeio realmente inesquecível. Mas você sabe por que isso acontece? Por que as águas não se misturam?
Rio Negro e Rio Solimões
O Rio Negro como o próprio nome sugere, é um rio de águas muito escuras. Sua coloração de chá preto é devido à grande quantidade de ácidos orgânicos provenientes da decomposição da vegetação. Ele apresenta um alto grau de acidez, com pH 3,8 a 4,9, tem uma temperatura média de 28º C e flui lentamente a cerca de 2 km por hora.
Já o Rio Solimões tem uma cor barrenta bem parecida com café com leite. Tudo isso por causa do grande número de sedimentos que a água carrega ao fluir por baixo da Cordilheira dos Andes. Ele é mais frio que o Rio Negro, possuindo 22º C. Além disso, flui muito mais rápido, correndo cerca de 6 km por hora.
Entendendo o Encontro das Águas
O Encontro das Águas é o encontro do Rio Negro com o Rio Solimões, que, inicialmente, não se misturam. Este fenômeno se estende por cerca de 6 km. Depois que eles se juntam, passam a receber o nome de Rio Amazonas, um dos principais meios econômicos e de transporte para os habitantes da cidade de Manaus.
A diferença de composição, a taxa de acidez, a temperatura de fluxo e a densidade é o que evita a mistura dos dois quando eles se encontram. O contraste de cores é muito gritante, e esse fenômeno pode ser visto até mesmo do espaço. Ás vezes, a água encontra obstáculos que formam fortes redemoinhos que agitam os dois rios e fazem formas muito bonitas.