“Sam batucava com as mãos no volante. Patrick colocou o braço para fora do carro e fazia ondas no ar. E eu fiquei sentado entre os dois. Depois que a música terminou, eu disse uma coisa:
-Eu me sinto infinito.”
Esse é um dos trechos mais famosos do livro - que virou filme- de Stephen Chbosky: As vantagens de ser invisível (Ed Rocco,2007)
Todos nós já fomos adolescentes um dia, e aposto que muitos de nós já desejaram o poder da invisibilidade durante esse período da vida. Aliás, vamos combinar? Passar pela adolescência é muito bom, porém nem sempre fácil. E se você tentasse escrever para alguém? Alguém que não sabe quem você é, não te julga pelo o que você tem, apenas te lê. É isso que o narrador do livro, o Charlie, faz. Ele escreve sempre que tem vontade ou necessidade de contar algo sobre sua vida ou seus sentimentos para alguém.
Charlie está crescendo e durante sua nova fase ele faz amigos, vivencia algumas experiências novas e é triste e feliz ao longo do ano. Mas não se engane, nem tudo são flores. Ele passa por uma experiência muito ruim e que só vai ser desvendada pelo leitor quase no finalzinho do romance ( e eu não vou contar para não estragar a leitura de ninguém!) o que só torna o livro ainda mais bonito no final das contas.
Tudo pelo o que Charlie passa é extremamente verossímil e poderia ser a sua vida, ou de algum amigo próximo. Vale a pena a leitura, a discussão e os livros lidos pelo personagem - que tem uma ligação super importante com a literatura- são livros que existem e rendem uma ótima lista de leitura!
O livro virou filme ano passado, mas ficou pouco tempo em cartaz. Estão dizendo por ai que a versão literária é bem melhor do que a cinematográfica... É preciso ler para crer.