Relatório da Oficina de Cinema do Projeto EMdialogo no Cemso

    No primeiro encontro com os alunos discutimos a diferença entre documentário e ficção, qual a identidade do cinema nacional questionando o modelo cinematográfico vigente (hollywoodiano), discutimos sobre o poder de fala e explicamos que a produção do curta-metragem que eles fariam ao final da oficina era um modo de linguagem que permitia que eles fossem ouvidos por  ter o produto final inseridos no portal do Emdialogos, dando uma visibilidade nacional.

     Preocupados em aproximar o cinema da realidade deles a proposta apresentada era que eles filmassem com o próprio celular, mostrando que eles são capazes de criar produtos audiovisuais sozinhos. Também indicamos o curta-metragem “Fantasmas” de André Novais para inserir a plataforma do curta-metragem, para que eles pudessem produzir um, e o longa-metragem “A cidade é uma só?” de Adirley Queirós por misturar documentário com ficção, ser um dos cineastas atuais mais importantes da cinematografia brasileira e por ser um cineasta da periferia. Apresentamos a plataforma do programa de formatação de roteiro “Celtx” e o modelo de Escaleta para documentário. Dividimos a turma em dois grupos: documentário e ficção. Sentamos com os grupos separadamente e iniciamos a discussão de roteiro junto com eles, deixando para o restante eles terminarem até o nosso próximo encontro, na semana seguinte.

    No segundo encontro apresentamos através de fotos os enquadramentos, ângulos e movimentos de câmera mais usados no cinema, para tornar os alunos mais conscientes das possibilidades que eles possuíam e poder pensar o filme de forma visual, fazendo escolhas fotográficas. Discutimos como cada plano de um filme pode passar uma mensagem ou sensação diferente, explicando a importância de se pensar na estética do filme. Apresentamos a equipe cinematográfica, explicando cada função e partilhando experiências pessoais dentro do set de filmagem. Sugerimos aos alunos que se dividissem como uma equipe de cinema, separando funções, para poderem gravar o curta deles. Aproveitamos esse encontro para também tirar dúvidas restantes sobre roteiro.

   No terceiro e último encontro esclarecemos aos alunos como funciona arrecadação de dinheiro para fazer um filme através de editais ou através de um produtor executivo que procura arrecadar através da Lei Rouanet. Apresentamos alguns festivais de curta-metragem em que os alunos poderiam inscrever os filmes, indicamos seguir a página da Ancine no facebook que sempre anuncia festivais e editais para os filmes, discutimos sobre o “tempo de vida” que os filmes possuem e a importância de não manter o filme apenas no youtube. Assistimos os dois curta-metragens e apresentamos uma roda de discussão em que os alunos diziam sobre a experiência de fazer um filme e faziam comentários sobre o filme do outro grupo.

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