OBSERVANDO A NATUREZA; UM PROJETO INTERDISCIPLINAR
O ser humano deve cada vez mais estar atento aos sinais da natureza. Nos tempos atuais damos muito mais valor e atenção aos assuntos de valor econômico e material esquecendo o valor que o meio ambiente tem para a nossa vida. É necessário o real despertar do ser humano para a percepção de um mundo mais ecocêntrico, que centre a mentalidade humana na manutenção da nossa fauna e flora e ao mesmo tempo possamos nos conectar a esse meio.
Vale lembrar que ser “ecológico” também é tentar compreender os aspectos econômicos, sociais e culturais da humanidade, principalmente quando cada pessoa desenvolve seu senso reflexivo e critico seguidos de ações conscientes em seu próprio meio de origem, progredindo para esferas de atuação mais globalizada, como vemos em exemplos de pessoas militantes em ONGs e instituições ecológicas como a WWF e a Greenpeace.
A progressiva conscientização através de todos os setores, principalmente nos meios educacionais e acadêmicos é essencial.
Neste sentido podemos fazer a seguinte questão:
Em uma escola, como fazer que o aluno passe a focar seu senso de observação para a diversidade ecológica, e ao mesmo faça uma relação com os aspectos estruturais, culturais da sociedade?
Uma das possíveis respostas, para isso, é o método interdisciplinar que enfoque o envolvimento de todas as áreas de conhecimento com suas determinadas disciplinas através de um tema gerador comum, com a integração de todos os professores e alunos.
Desenvolvemos assim, através de um grupo de professores da escola Libaneo Alves de Oliveira da cidade de Gaurama/RS, um projeto na qual denominamos “Observando a natureza”. O objetivo principal desse projeto é Incentivar os estudantes a aprenderem a observar a o meio ambiente com um olhar diferente, levando em consideração o seu real valor perante a vida.
Através de uma atividade externa, neste sentindo, os alunos deverão visitar a Praça Antonio Burin, localizada no centro da cidade e analisar todo o seu ambiente ecológico (fauna e flora), incluindo também a observação de todos os aspectos estruturais, históricos, sociais e culturais do ambiente da praça. Com um enfoque interdisciplinar, cada área fará o seu papel neste processo integrador:
A Biologia sendo o eixo básico desse processo enfocará a biodiversidade ecológica; Química e Física poderão ser usadas no estudo das ações dos corpos no ambiente, as ligações químicas, as oxidações dos materiais; através Matemática poderá fazer medições e identificar as formas geométricas dos local; nas Ciências Humanas a Geografia se encarregará dos tipos de climas e solo, mapa cartográfico; a História estudará o período histórico da praça, os monumentos e arquitetura; as relações sociais e culturais através da Sociologia; para a Filosofia interessante tentar imitar os antigos gregos e fazendo “filosofia na praça”.
Na área das linguagens, a Arte poderá usar o desenho, a pintura a tentativa de descrição do local em forma artística; em Português e Literatura, o desenvolvimento de relatórios ou até mesmo estórias e contos envolvendo pessoas da praça; através da Educação Física os alunos poderão sentir o ambiente da praça realizando exercícios físicos. No fim pode-se desenvolver também uma aula de Religião, como por exemplo, fazer os educando criar um sentindo espiritual do ser humano em ligação aquele meio, as pessoas e o meio ambiente.
O que vale salientar, que em um contexto diversificado, não importando como seja a conclusão do projeto, o aluno terá a possibilidade de desenvolver vários aspectos reflexivos com a importância de envolver todas as disciplinas.
Este projeto enriquecedor serviria de exemplo para posteriores trabalhos dentro da própria escola. Sendo assim, é fácil perceber como não é difícil criar idéias ecológicas que partam do contexto sociocultural de cada aluno e que facilite a evolução de sua consciência ecológica para futuras práticas e ações individuais e coletivas para a preservação do nosso planeta.
Salvar o planeta é necessário, mas primeiro devemos salvar a nossa própria mente da alienação e ignorância, para isso nada melhor do que despertar em um aluno a semente da conscientização lembrando que ele faz parte desta tão rica biodiversidade e depende de sua preservação para sua própria sobrevivência como também de gerações futuras.
Professores: João, Miriam, Doraci, Helenice, Adriana, Enir, Gabriela, Luiz, Marilei, Maura, Derbila, Roseni, Vânia, Ieda.
Colégio Estadual Libano Alves de Oliveira. Gaurama/RS