Ao longo do segundo semestre de 2014, a juventude rural de diversos movimentos sociais prometem realizar ações conjuntas pela permanência do jovem no campo e para denunciar o modelo do agronegócio.
As ações surgiram após a apresentação do Programa de Fortalecimento da Autonomia Econômica e Social da Juventude Rural (Pajur) pelo governo federal.
Em reunião com o ministro Gilberto Carvalho, a secretária nacional de Juventude, Severine Macedo, e representantes dos ministérios do trabalho, desenvolvimento agrário e comunicação, os movimentos avaliaram que, apesar de projetos importantes, o programa é mais um conjunto de medidas emergenciais e pequenas, ao se considerar a demanda de 8 milhões de jovens que lutam para permanecer no campo.
O Panjur vai destinar R$ 35 milhões para cursos de agroecologia, residência de universitários em assentamentos rurais, cinco pontos de cultura e 50 pontos de inclusão digital para a juventude rural.
Luta Unitária
Frente a isso, a juventude de movimentos como MST, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), Pastoral da Juventude Rural (PJR), Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) e Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) decidiu, entre os dias 11 e 13 de agosto, fazer uma luta unitária dos jovens camponesas nos estados onde estão organizados.
Entre as pautas estão o fortalecimento das políticas do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para a juventude, a luta por mais acesso à educação e a denúncia do fechamento das escolas do campo.
Além disso, os movimentos vão construir um acampamento internacional da juventude camponesa em união com a Via Campesina, para “mostrar a força da juventude camponesa e denunciar o agronegócio em dimensões internacionais”, afirma Raul do setor de juventude do MST. O acampamento ocorrerá em novembro, na cidade de Foz do Iguaçu (PR).
Fonte: MST