Já que é pra falar de imagem, não podíamos deixar de citar um fotógrafo que mudou a história do fotojornalismo no século XX. É o francês Henri Cartier-Bresson (1908-2004). Hoje em dia, com o advento do digital na fotografia, todo mundo sai tirando foto sem nem pensar direito. Só que nem sempre foi assim. A fotografia analógica dependia de um processo praticamente artesanal para se concretizar e tinha um custo bem mais alto do que agora.
Cartier-Bresson começou a fotografar na década de 1930, depois de voltar de uma viagem à Africa. Começou a fotografar para diversas revistas européias. Combateu durante a II Guerra Mundial, quando chegou a ser capturado, depois fugiu do cárcere e fez parte da resistência ao nazismo. Em 1947, ao lado de outros grandes nomes da fotografia, fundou a agência fotográfica Magnum (que existe até hoje). Foi o primeiro ocidental a fotografar com passe livre na União Soviética e registrou os últimos dias de vida de Gandhi. Consciente do seu talento, Bresson andava sempre com uma câmera debaixo do braço e chegava a repreender seus amigos que não faziam o mesmo.
O que podemos guardar sobre o estilo de fotografia de Bresson é que ele tinha um olhar fora do comum para captar a realidade. Seu modo de enquadrar uma imagem e a sorte que tinha para fazê-la é algo digno de qualquer outro mito da história da arte.
Veja outras imagens dele aqui.