Em Terra de Jangurussu "o mundo é perfeito no teatro mágico"

 

Não são os bichos que andam revirando lixos. Entre as mãos
na noite e no dia

Não são os bichos. No entorno do centro da cidade
uma mulher grávida "ensopava o meu domingo".

No dia 21 de julho, me deixava Drummond
de um mundo perfeito “como terra que a chuva lavra e lava”:..

"A mão suja

Minha mão está suja.
Preciso cortá-la.
Não adianta lavar.
A água está podre.
Nem ensaboar,
O sabão é ruim.
A mão está suja,
suja a muitos anos."...

" E era um sujo vil,
não sujo de terra,
sujo de carvão,
casca de ferida,
suor na camisa
de quem trabalhou.
Era um triste sujo
feito de doença
e de mortal desgosto
na pele enfarada."...

“A chuva me irritava. Até que um dia
descobri que Maria é que chovia.
A chuva era Maria. E cada pingo
de Maria ensopava o meu domingo”.

Era tarde em Fortaleza de sol...
nas férias turísticas, 2013!

Ela veio depois, outro homem chegou mais cedo,
não se sabe se chegou, antes, depois, entre um e outro.

Não são os bichos que andam revirando lixos,
quem mexeu no lixo, nos  resíduos...Nossa!

No lixo, no Rio.
em 27 de dezembro de 1947,
nos versos “O BICHO”
de Manuel Bandeira

"Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.  

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem”.

Fortaleza, 21 de julho de 2013.

Em duas cenas e uma janela (2013), "Cinco da tarde, sexta-feira santa, ecoando coros na Catedral. Lá embaixo do prédio, algo revirava o lixo. Rasgava os sacos com voracidade. Algumas vezes,  vi a cena nos arredores do quarteirão, lembra...

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