Brasil, país que hoje busca um lugar de destaque entre as grandes nações, mas que ainda engatinha em termo de educação.
Será que esse país tem realmente focado na direção certa para atingir um desenvolvimento econômico social? Infelizmente a educação só ganha destaque em momentos políticos do país, ou quando algo de muito grave acontece em unidades de ensino nas regiões e territórios.
A educação precisa ser prioridade para os governantes, não somente em discursos, mas nas ações com foco na juventude, pois hoje essa juventude mostra um quadro alarmante que afeta o desenvolvimento deste país.
A baixa escolaridade vem causando desempregos, subempregos, desocupação e aumento na criminalidade. Focar na juventude é descarrilar essa seqüência de tragédias que são efeitos do abandono dos estudos e da falta de importância à educação. Essa juventude precisa de oportunidade para protagonizar o seu futuro profissional, contribuindo de forma significativa no desenvolvimento desse país.
Responsabilizar os jovens pelo quadro sócio-politico-econômico do país seria desumano, mas é notório que esses jovens (faixa etária ente 15 a 29 anos) hoje se tornaram alvo de preocupação da sociedade civil, pois na questão “mundo do trabalho”, eles são os mais fragilizados. Isso tudo por conta da baixa escolaridade, e essa realidade afeta diretamente o crescimento econômico, onde se precisa de mão-de-obra especializada. Segundo a doutora mestre em educação Wanda Engel em entrevista: "A juventude é uma bomba-relógio econômica e social. Econômica porque está causando um apagão de mão-de-obra. E é uma bomba-relógio social porque essa juventude que não tem condições de ser incluída pode virar um elemento de aumento de violência".
Ao se tratar do público pertencente ao ensino médio, que é a faixa etária apontada acima, verifica-se que ainda falta algo para que exista coesão entre os interesses desse público e o ensino médio. Sabemos que muitos desses jovens abandonam os estudos por conta do trabalho, onde há a necessidade na contribuição da renda familiar e ainda muitas das vezes o desemprego está presente, colocando eles ainda mais em um estado de vulnerabilidade.
Comumente se percebe políticas públicas voltadas a essa classe estudantil. Vargas Velasques define o termo como "conjunto de sucessivas iniciativas, decisões e ações do regime político frente a situações socialmente problemáticas e que buscam a resolução das mesmas, ou pelo menos trazê-las a níveis manejáveis". São inúmeros projetos e programas federais que trazem em seus objetivos a tão almejada melhoria na qualidade de ensino; diminuição da evasão escolar; infra-estrutura melhorada; capacitações de profissionais da área, entre outros.
Se hoje o país tem essas ações por que ainda apresenta índices altos de analfabetismo e de evasão escolar? A vivacidade natural dos jovens pressupõe ações que acompanhem seus anseios, suas expectativa e possibilidades, onde a escola deve ser um centro de formação humana, cidadã e profissional, cabendo ela aproximar-se do seu público, sobretudo os jovens do campo, comunidades, negros, deficientes, abrangendo sua diversidade.
A educação precisa se desvencilhar da prática de ensino-aprendizagem de simples depósitos ou transferências de conhecimento. A esta prática, Paulo Freire Chamou de “Educação Bancária”. Para uma formação humana é necessário dar possibilidades para que a juventude desenvolva o senso crítico e autônomo reforçando os valores sociais e humanos com dimensões afetivas e éticas.
Outro principio é, uma educação que possa desperta a consciência ambiental. Leonardo Boff destaca sobre a importância de uma educação para consciência ambiental como exercício da cidadania planetária na formação humana integral, pois os jovens precisam ter responsabilidades sobre o meio ambiente em que vivem para isso é necessário trabalhar temas como: educação ambiental; educação para o consumo sustentável; direcionamento do lixo; entre outros.
Contudo, o Brasil como país emergente, precisa focar em sua juventude, buscar garantir os interesses dela, (re) formulando ações para assim poder direcionar a educação com aliada ao desenvolvimento desse país, pautado nas tão necessárias política públicas voltadas para: o aumento da escolaridade; qualificação profissional; garantia do primeiro emprego; proteção e participação social.