COR DO MUNDO
Tomando como nota que a cultura é tudo que o povo constrói aquele tão complexo conjunto de atividades, modo de agir e que dela (re) constrói, se vê que o Brasil detém da mesma em grande diversidade, seja indígena, africana, portuguesa e vários outros povos que contribuíram nesse multiculturalismo nacional.
Quando passamos a analisar a valorização dos indígenas na historia do Brasil, vemos que os mesmos não fogem dessa regra de desvalorização. Se passar a observar alguns escritos históricos feitos principalmente pelos povos europeus, vemos que muitos sempre os consideraram como gente sem alma, preguiçosos, devido o fato de eles sobreviviam da caça e da pesca. O que não se faz verdade diante esse poucos argumentos, simplesmente os europeus tinham uma visão diferente do conceito de trabalho.
Todavia, não se discute a diversidade da cultura afrodescendente e indígena, que a meu vê não é só africana, não somente também dos índios pois como já foi dito não existe cultura pura, principalmente em um pais como o Brasil que é formado por diversos povos, de uma globalização sem fronteiras e por a cultura negra particularmente ser um lugar e encruzilhadas, de encontro onde o resultado como já foi dito provém de variados processos constitutivos, derivados de cruzamentos de diferentes culturas e sistemas simbólicos, africanos, europeus e indígenas. Mas o importante que apesar dessa globalização, a imprimação de suas marcas e traços históricos sobre o apagamento incompletos resultante da diáspora (misturar com outras culturas para não morrer) dar se para perceber a varias formas de manifestações da cultura afrodescendentes, desde suas historias e lendas que alimentam as suas crenças e os mantém forte e vivo suas danças e cânticos, religião, os tambores, batucada, festa de reis, capoeira, etc.
Em seus pés fincados na terra, no bailado do corpo, a cultura afro mostra que o que é visto é mais que movimento, mas também um afirmação que apesar da negação histórica, da proibição de sua cultura, subjugada pelos seus senhores na fase de escravidão, a mesma continua viva, buscando sempre a sua afirmação nessa sociedade incompleta.
A afirmação dos afrodescendentes depois de toda privação histórica sempre foi difícil, sendo ainda os mesmos continuam sendo muitas vezes esquecidos, marginalizados pelos órgãos públicos e sociais, apesar de todo processo de inclusão. Processo de inclusão a ser discutir, pois se o povo negro é reconhecido como elemento primordial na formação do povo brasileiro, teoricamente não devia se ignorados, consequentemente, não necessitaria de inclusão. O fato é que tem se que discutir se realmente a sociedade, setor publico acreditam que os povos africanos contribuíram para formação dessa nação, ou se a mesma é tão desproporcional, tão marginal que não necessita de reconhecimento.
Mesmo ou até mesmo por esse motivo dito anteriormente (algo a se discutir com aprofundamento necessário), povos dessa terra chamada Brasil são ignorados na atualidade. Apesar de todo sofrimento passado na historia brasileira, os afrodescendentes ainda sofrem a ignorância, distanciamento e preconceito depois de mais de um século da tão chamada lei Áurea.
Sim, mais de um século da tão chamada lei de abolição, mas essa lei é tão fraca que parece que ela nunca foi promulgada, que quando se fala de igualdade social, de discriminação sempre bate nessa “tecla”, sempre querendo impor que não existe mais trabalho escravo e subjugação racial nesse país. Pergunta-se se isso é verdade em um lugar que os negros são desprovidos de oportunidades, do direito ao ensino, de emprego e muitos outros questionamentos que poderia ser levantados no presente texto.
Não bastou para a sociedade a ruptura de tradições da cultura africana? Não bastou passar de reis na áfrica (apesar de que no coração eram sempre reis) a escravos no Brasil? Não bastou o Cáceres das senzalas, das correntes, das chicotadas? Não basta, nunca bastará para uma sociedade que não têm consciência.
Diante analise existe fatos que demonstra esse processo contínuo de subjugação, discriminação e exclusão social. Em primazia pode se ressaltar o dito anteriormente, o trabalho escravo nas fazendas de café, trabalhando acorrentados, sob jugo de chicotadas, sob trato como mercadoria. Os negros no Brasil primeiramente tomando nesse ponto nunca foram tratados como ser humano, nem animal irracional para falar a verdade.
E a lei promulgada em em 13 de maio de 1889,? Pergunta-se até que ponto isso foi seguido à risca, se foi respeitada. Essa lei apesar de ter sido um marco para a nação e principalmente para os escravos, a mesma deixou a desejar. Não se preocupou como esses negros ficariam a pós se tornarem “homens livres”, como sobreviveriam Ao momento que se tornaram “homens livres”, os negros passaram a procurar emprego a fim de sobreviver, não encontrando, pois apesar da lei promulgada muito pouco mudou, a discriminação, tratamento como bicho continuou, ressaltando ainda que como foi abordado no filme Cafundó “a culpa e sempre da negrinha”. Se não bastassem os estrangeiros passaram a ocupar os setores de trabalho, deixando os negros ora se emprego, ou quando dispunha de trabalho eram os trabalhos que nenhum estrangeiro queria fazer. Não se pode deixar de mencionar que os mesmos sempre recebiam salários menores, pois os patrões sempre procuravam desculpas para desfavorecê-los.
Um questionamento a ser fazer é até que ponto os negros tornaram se homens livres se sempre precisam reafirmar-se como parte da nação. A etnia negra sempre precisou se afirmar constantemente na sociedade, sempre precisaram se esforçarem duas vezes mais pois uma só nunca foi suficiente. Talvez algum dia não necessite dessa afirmação, mas para isso muito trabalho ainda deve ser feito. Não são somente as ações afirmativas de reparação, seja a social, histórica e cultural que vão conseguir isso. As mesmas é um avanço muito, mas ainda espero o dia que essas afirmações como forma de reconhecimento dentro da sociedade não sejam necessárias.
A questão da identidade racial é ainda uma questão polêmica e geradora de tensões e contradições, sobretudo no contexto de sociedades com marcada heterogeneidade cultural (como é o caso do Brasil). Mais ainda, ao tratar da identidade negra, hoje, talvez o desafio maior seja incorporar, na sua construção, elementos positivos (afirmativos) que vão além do reconhecimento das injustiças históricas cometidas contra a população negra e a denúncia do preconceito, das atitudes e das práticas discriminatórias. O próprio conceito de raça, como pressuposto de determinação biológica, graças aos mais recentes descobrimentos da genética, foi destituído do seu status de cientificidade e de neutralidade biológica. Por isso, a identidade racial deve ser compreendida como uma categoria socialmente construída, e não como uma realidade biologicamente predeterminada. Quer dizer, o ser negro, ainda que possa incluir componentes biológicos, não se esgota neles, mas é parte de uma construção identitária, em que a identidade ou identificação racial é também social e culturalmente construída.
A escola é um veiculo que possibilita o conhecimento acerca da cultura afro brasileira, entretanto ver-se que isso não é suficiente, mesmo em um país que é conhecido mundialmente pela sua diversidade cultural e racial. Mas é necessário continuar lutando por essa causa, tornando ainda mais importante a participação dos movimentos de etnia negra e também de outros movimentos que se veem engajados nesse projeto.
O discurso acima do tema da cultura Afrodescendentes e indígena é diverso, possibilitando um analise em vários pontos, seja em sua origem, a sua cultura, a influência de outras culturas, como também da discriminação racial e social. Entretanto o que se pode tomar como nota e que os dois são verdadeiramente os construtores desse Brasil, porém infelizmente o que se vê mais presente na historia e a ação dos de origem branca, postada como uma raça superior a qualquer outra. Muitos negros perderam a vida nesse processo histórico. Os índios por sua vez a meu vê não esta tão presente em documentos, livros didáticos com informações sobre seu papel na formação da nação, de que foram eles que detinham conhecimento dessas florestas, dos vale do mucuri e Jequitinhonha, onde abriram caminhos nessa nossa mata. O que é importante aqui é compreender a historia dos Afrodescendentes e indígenas, podendo fazer sua própria analise acima de sua importância e contribuição para formação do brasil.
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