A homofobia não está em declínio. Essa percepção é compartilhada por especialistas em gênero de instituições de ensino, estudiosos e ativistas de ONGs. Segundo a pesquisadora Miriam Abramovay, coordenadora da área de Juventude e Políticas Públicas da Faculdade Latino - Americana de Ciências Sociais, a percepção é de que os casos de homofobia não se reduziram. Pelo Contrário: "Podemos dizer que há muita homofobia e que não melhorou nada nos últimos 12 anos, desde que comecei a estudar o tema". E faz um alerta: " Não avançaremos enquanto não trabalharmos a questão da educação na escola, com pais e ducadores".
Sabemos que não existe uma receita pronta para trabalharmos essas questões, mas é importante analisar os seguintes aspectos:
PERCEBER o educador deve ter a consciência de que a homofobia é uma realidade. A escola deve conhecer sua realidade através de um diagnóstico das relações sociais.
ANALISAR é preciso ter consciência de que alunos homossexuais são apontados como "problema" mas situações de discriminação e violência são problemas da escola. Cabe analisar como alunos, educadores e a escola percebem o assunto.
PLANEJAR A AÇÃO INSTITUCIONAL como a escola age frente à situação de gênero e de violência?
QUESTIONAR O CURRÍCULO E A PRÁTICA PEDAGÓGICA é importante questionar o que se está trabalhando sobre gênero e sexualidade. Por exemplo: a divisão nas aulas de educação física indica uma orientação definida de gênero? Quando a atividade é mista, é de fato integrada?