ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR SOBRE EDUCAÇÃO ALIMENTAR APLICADA NO COLÉGIO ESTADUAL DR. ORLANDO LEITE EM VITÓRIA DA CONQUISTA - BA.
PACTO PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO BAHIA
COLÉGIO ESTADUAL DR. ORLANDO LEITE- DIREC 20- VITÓRIA DA CONQUISTA/ BAHIA
ETAPA II, CADERNO III- CIÊNCIAS DA NATUREZA
PLANEJAMENTO E APLICAÇÃO DE UMA UNIDADE DE ENSINO ENVOLVENDO OS COMPONENTES CURRICULARES DE FORMA INTERDISCIPLINAR SOBRE O TEMA: EDUCAÇÃO ALIMENTAR
PROFESSORES RESPONSÁVEIS:
Alaide de Souza Amaral ( Orientadora de Estudos e Professora de Biologia)
Anselmo Silva Almeida ( Professor de Biologia e Química)
ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR SOBRE EDUCAÇÃO ALIMENTAR APLICADA NO COLÉGIO ESTADUAL DR. ORLANDO LEITE EM VITÓRIA DA CONQUISTA - BA.
Alaide de Souza Amaral
Anselmo Silva Almeida
RESUMO:
Este trabalho apresenta o planejamento e aplicação de atividade, proposta pelo Programa Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio/Bahia, referente a Etapa II, Caderno III da área de Ciências da Natureza. A Educação alimentar é uma área interdisciplinar que pode ser abordada e orientada por diversas áreas do saber na construção do conhecimento e conscientização de hábitos saudáveis. Percebe-se que os estudantes apresentam preferência por alimentos industrializados porque consideram mais saborosos, na maioria das vezes, não levam em consideração o valor nutricional, desconhecem a utilização de aditivos químicos, suas funções e possíveis problemas que podem causar a saúde humana. O objetivo do trabalho foi despertar o interesse dos alunos pela produção, composição nutricional e química dos alimentos, assim como, perceber a importância de uma alimentação balanceada e os diversos tipos de aditivos utilizados nos produtos industrializados, sua função e possíveis problemas provocados a saúde e ao ambiente. A oficina foi realizada nas turmas do 1º ano do Ensino Médio no Colégio Estadual Doutor Orlando Leite situado em Vitória da Conquista, Bahia. Realizou-se o levantamento bibliográfico sobre conteúdos relacionados ao tema selecionando algumas atividades e material didático como: questionário, pranchas do livro Ciência na Escola, artigos científicos e sites. Avaliação ocorreu de maneira contínua e processual, observando: grau de percepção, interesse, envolvimento durante a execução da tarefa e assiduidade. Os estudantes refletiram sobre a necessidade da ciência e tecnologia para a produção, transformação e conservação dos produtos alimentícios no intuito de utilizá-la racionalmente. A partir das reflexões, espera-se que ocorra uma mudança de comportamento nos hábitos alimentares. Devido ao fechamento do ano letivo 2014, o tempo foi insuficiente para explorar amplamente o tema que é bastante relevante e de interesse da comunidade estudantil. Certamente, realizar-se-á novos planejamentos, utilizando a temática educação alimentar, contemplando todas as áreas do conhecimento, no ano letivo referente a 2015.
Palavras-chave: Aditivos químicos, Alimentos, Ensino, Saúde
1. INTRODUÇÃO:
A Educação alimentar é uma área interdisciplinar que pode ser abordada e orientada por diversas áreas do saber na construção do conhecimento e conscientização de hábitos saudáveis.
Percebe-se que os estudantes apresentam preferência por alimentos industrializados porque consideram mais saborosos, na maioria das vezes, e não levam em consideração o valor nutricional, desconhecem a utilização de aditivos químicos, suas funções e possíveis problemas que podem causar a saúde humana.
O inciso III da LDB 9.394/96 retrata o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia inte¬lectual e do pensamento crítico. Desta forma, a partir das atividades interdisciplinares proposta pelo Programa Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio da Bahia ,realizou-se um planejamento interdisciplinar sobre Educação Alimentar com a finalidade de conhecer melhor os hábitos alimentares dos estudantes, além de propor uma pesquisa e reflexão crítica sobre região de produção, composição química e nutricional dos alimentos consumidos pelos alunos, pois as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – DCNEM (BRASIL, 2012) abordam que é necessário a escola levar em consideração a diversidade brasileira do jovem estudante do Ensino Médio, para que o objetivo de formação humana integral seja atingido.
Sendo assim, no ambiente da escola, as questões sobre a saúde podem apresentar diferentes abordagens, interdisciplinarmente, levando em consideração os aspectos socioeconômicos, políticos e ideológicos de cada momento histórico. De acordo com os PCNs, a discussão para a inclusão deste tema ocorre, quando são asseguradas as condições para a vida digna dos cidadãos, e, especificamente, por meio da educação na perspectiva de adotar um estilo de vida saudável.
A pesquisa aplicada na sala de aula induz a reflexão dos alunos e professores em relação a qualquer situação problema detectada, permitindo autonomia na busca do conhecimento, assim como, permite a conexão mais direta com as diversas áreas do saber integrando toda a comunidade escolar na perspectiva de obter bons resultados.
O objetivo do trabalho foi despertar o interesse dos alunos pela produção, composição nutricional e química dos alimentos, assim como perceber a importância de uma alimentação balanceada e os diversos tipos de aditivos utilizados nos produtos industrializados, sua função e possíveis problemas provocados a saúde.
Realizou-se a atividade, no Colégio Estadual Dr. Orlando Leite em Vitória da Conquista, Bahia, nas turmas do 1º ano do Ensino Médio, pelos professores área de Ciências da Natureza e Humanas com o intuito de sanar dúvidas e melhorar os conhecimentos daquela comunidade estudantil em relação ao tema proposto, acreditando que após o término do trabalho em classe os adolescentes tivessem condições de buscar caminhos que proporcionam uma vida saudável.
Utilizou-se oficina pedagógica, porque promove um trabalho mais dinâmico e prazeroso, o individuo faz uma conexão com o sentir, pensar e agir. De acordo com o tema deve-se buscar metodologia que sugere maior liberdade para expressar os seus sentimentos e a forma de enxergar o mundo de forma holística, promovendo autoconfiança entre os participantes na construção do conhecimento coletivo.
2.METODOLOGIA:
2.1. PLANEJAMENTO:
O planejamento foi realizado, no início da IV Unidade do ano letivo 2014, pelos professores, no formato de oficina.
A partir da elaboração da sequência didática realizou-se a seguinte integração disciplinar: Biologia: Alimentação balanceada; A influência da cultura e do estilo de vida nos hábitos alimentares; Biotecnologia, Produção de alimentos e impactos ambientais. Química: Valor Nutricional, composição química e conservação dos alimentos. Física: Transformação dos alimentos, temperatura e umidade.
Sabe-se que muitos temas perpassam por várias áreas do saber, principalmente Humanas e Natureza. Os fenômenos podem ser analisados e explicados por diversas disciplinas das diversas áreas, permitindo uma visão holística na construção do conhecimento.
Durante a elaboração das atividades, percebeu-se que não teria tempo suficiente para o cumprimento das tarefas devido ao fechamento do ano letivo 2014, portanto, decidiu-se que, na primeira etapa, realizar-se-ia uma oficina com a integração dos componentes curriculares da área de ciências da natureza e Humanas adequando-as de acordo com a disponibilidade de horário.
Segundo CORCIONE 1994, uma oficina é um processo planejado e coordenado, na qual deve- se preocupar com a construção coletiva do conhecimento, procurando fontes bibliográficas para contribuir com o aprofundamento teórico sobre a temática a ser aplicada, podendo utilizar métodos expositivos, portanto é preciso ser realizada de forma co-participativa, valorizando a contribuição de cada membro do grupo.
Realizou-se o levantamento bibliográfico sobre o tema Educação Alimentar com ênfase na produção e conservação de alimentos, assim como, a utilização de aditivos químicos para ampliar o conhecimento teórico, selecionando algumas atividades e material didático como: questionário, pranchas do livro Ciência na Escola, artigos científicos e sites.
O planejamento foi realizado com o intuito de promover a participação dos integrantes do grupo na aquisição do conhecimento coletivo através da troca de informações dos participantes.
Assim, a avaliação ocorrerá de forma contínua e processual, observando: grau de percepção, interesse, envolvimento durante a execução da tarefa e assiduidade.
Para a aplicação da oficina as atividades foram programadas da seguinte forma:
Primeiro momento: Aplicar questionário com o objetivo de investigar os hábitos alimentares da turma; Analisar a prancha “Tempos Modernos” (págs 16/17 do livro Bahia, Brasil, Vida, natureza e sociedade do projeto Ciência na Escola) através de aula mediada.
Segundo momento: Exposição e explicação da temática Biotecnologia, “Produção de Alimentos X Impactos Ambientais. Aula expositiva mediada.
Terceiro momento: trabalhar a prancha “Você tem fome de quê?” (pags. 14/15 do livro Bahia, Brasil, vida, natureza e sociedade do projeto Ciência na Escola). A partir das respostas realizar uma explanação sobre a composição química e valor nutricional dos alimentos mencionados. Levar a reflexão sobre a importância de manter uma alimentação balanceada e saudável, discutir os seguintes pontos: vida saudável X alimentação balanceada; classificação dos alimentos; processo de transformação dos alimentos em nutrientes; aproveitamento dos nutrientes pelo organismo; problemas causados pela deficiência de nutrientes no organismo. Sugerir que os alunos coletem, para pesquisa em classe, rótulos de produtos industrializados consumidos no dia-a-dia.
Quarto momento: Promover a socialização das respostas dos questionários e realizar uma pesquisa sobre os tipos de alimentos mais consumidos pela comunidade estudantil. Dividir a sala em grupos, entregar os artigos com as tabelas com o intuito de investigar os rótulos, levando em consideração os seguintes pontos: Dentre os produtos analisados qual apresenta maior quantidade de aditivos químicos? Qual aditivo químico está presente no maior número de produtos? Listar os aditivos químicos encontrados; a função de cada aditivo no alimento e quais problemas cada aditivo causa à saúde humana.
Quinto momento: socializar o resultado da pesquisa para a classe.
2.2. EXECUÇÃO:
A oficina foi aplicada de 09 de novembro de 2014 a 11 de Janeiro de 2015, pelos professores das áreas de Ciências da Natureza.
Para iniciar a atividade, questionou-se sobre a importância da alimentação para uma vida saudável, focando no estilo de vida da sociedade moderna e fazendo uma reflexão sobre a mudança de comportamento das pessoas em relação à produção e hábitos alimentares , assim como, as implicações a saúde humana. A prancha da página 17 do livro do Projeto Ciência na Escola é bastante explicativa e os alunos participaram relacionando com a realidade em que vivem, mencionado experiências vivenciadas no cotidiano. Em seguida foi aplicado um questionário com o objetivo de investigar os hábitos alimentares da turma.
Posteriormente, fez-se a explanação sobre as diversas técnicas utilizadas para a produção de alimentos ao longo da história, focando na utilização de agrotóxicos. Discutiu-se sobre os transgênicos relatando as vantagens e desvantagem dos alimentos geneticamente modificados. No decorrer da discussão surgiu o seguinte questionamento: A produção de alimentos provoca impactos ambientais? Posteriormente a hipótese: A produção de alimentos pode provocar impactos ambientais. Desta forma, os alunos partiram para a pesquisa bibliográfica.
A seguir fez-se a explanação sobre: a importância de uma alimentação balanceada, característica de cada tipo de nutriente, caminho e processo de transformação dos alimentos. O grupo estava verdadeiramente conectado com o assunto que certamente era de interesse de todos. Alguns estudantes responderam atentamente, vibrando a cada resposta certa, relembrando os conhecimentos prévios adquiridos.
Após a enquete sobre o consumo de alimentos, percebeu-se que existe uma preferência pelos alimentos industrializados, principalmente salgadinhos, bolachas recheadas, refrigerantes, hamburgers, entre outros. Todos participavam, fazendo suas colocações em relação às suas preferências, foi muito interessante, pois a maioria queria opinar gerando ótimas discussões, havendo sempre um respeito mútuo em relação as mais divergentes colocações.
Em seguida, reuniu-se em grupo para analisar os rótulos, cada equipe fez as anotações referentes aos produtos utilizados pelos membros da equipe No decorrer das anotações foi levantado o seguinte questionamento: Os aditivos químicos podem provocar problemas a saúde humana? Em seguida a hipótese: Os aditivos químicos podem provocar problemas a saúde humana. Surgiu outra linha de investigação para ser esclarecida pelo grupo. Os resultados foram divulgados e discutidos em outro momento entre os estudantes que passaram a conhecer melhor a composição química dos alimentos e a importância da tecnologia na produção e conservação de alimentos, assim como valorizar uma alimentação saudável.
2. RESULTADOS:
O resultado foi muito satisfatório para os professores que organizaram as atividades em sintonia perfeita e no tempo previsto, assim como a colaboração praticamente total do grupo.
Houve debates e trocas de ideias entre os membros da turma em relação às reflexões sobre a mudança de hábitos alimentares ao longo do tempo, perceberam como o avanço tecnológico e a dinâmica da sociedade influencia no estilo de vida das pessoas.
Pode-se perceber que a comunidade estudantil além de consumir alimentos naturais, preferem e utilizam frequentemente alimentos industrializados. Muitos não apresentavam conhecimentos da composição química e dos aditivos utilizados nos produtos industrializados.
A partir da aplicação das atividades, os estudantes compreenderam a composição química dos alimentos e a necessidade de cada nutriente para a manutenção de um organismo saudável e como uma alimentação balanceada pode auxiliar na prevenção de doenças.
Refletiram sobre a necessidade da ciência e tecnologia para a produção, transformação e conservação de alimentos, assim como utilizá-la de forma consciente sem provocar prejuízos à saúde e ao ambiente.
As técnicas utilizadas na produção de alimentos podem provocar impactos ambientais, certas modificações podem ser aceitáveis, principalmente, quando são reversíveis. No entanto, as sementes modificadas geneticamente, dando origem a plantas resistentes a agrotóxicos, ou mesmo sementes que produzem plantas resistentes a herbicidas, colocam em risco a vida das pessoas e compromete as condições ambientais.
Durante a leitura dos textos perceberam que nas décadas de 60 e 70 ocorreu a difusão de novas tecnologias agrícolas e, consequentemente, o aumento da produção de alimentos com a necessidade de suprir as necessidades da população mundial. Foi destacado que o Brasil se tornou o maior consumidor mundial de agrotóxicos em 2008. Associaram a relação entre o uso de agrotóxicos e os transgênicos, considerando que o aumento de produtos químicos utilizados na lavoura compromete a biodiversidade e a saúde humana.
Entenderam que os aditivos alimentares são largamente utilizados pela indústria alimentícia com a finalidade de conservar e melhorar a qualidade do produto, tornando-o saboroso e atraente para o consumo. Vale ressaltar a percepção em relação ao consumo controlado dos industrializados, com o intuito de eliminar o risco de estar acumulando altos níveis de uma determinada substância química no organismo. A dosagem de cada um dos aditivos considerada segura é determinada pela FAC (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) e pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Dentre os alimentos utilizados no dia a dia destacaram os hambúrgers, bolachas recheadas, refrigerantes, salgadinhos, temperos industrializados, embutidos em geral, entre outros. Identificaram que os aditivos químicos presentes com mais frequência foram: aromatizantes, corantes, antioxidantes, acidulantes, estabilizantes, etc.
Perceberam que os rótulos apresentam indicação de certas substâncias nos alimentos que, muitas vezes, a população desconhece. Os códigos de rotulagem de acordo com a legislação brasileira são: P: significa a presença; C: são corantes naturais (CI) ou artificiais (C2); F: aromatizantes ou flavorizantes, podendo ser naturais ou artificiais; EP: espessantes; U: umectantes que impedem o ressecamento do alimento; AU: antiumectantes; ET: estabilizantes; H: acidulantes; D: edulcorantes; A: antioxidantes.
Em relação à função e problemas provocados a saúde humana apresentou, após pesquisa bibliográfica, as seguintes conclusões:
Conservantes: Aumentam o prazo de validade. Inibem a ação de microrganismos evitando a deteriorização dos alimentos. Alguns conservantes podem provocar problemas a saúde como: alergias, dores de cabeça, complicações gástricas, dentre outros problemas. Nitrito e Nitrato pode ser cancerígenos.
Corantes: Podem ser naturais ou sintéticos, tem como função intensificar a cor natural melhorando a aparência do alimento. Alguns corantes, dependendo da concentração, podem provocar problemas à saúde tais como: anemia, alergias e toxicidade sobre fetos, podendo nascer crianças com malformações.
Aromatizantes: Utilizados para dar gosto e cheiro aos alimentos industrializando, realçando o aroma e sabor. Podem provocar alergias, crescimento retardado e câncer.
Antioxidantes: São compostos que previnem a deterioração dos alimentos por mecanismos oxidativos. Os mais usados são ácido benzóico, nitratos e nitritos. Podem causar alergia, distúrbios gastrointestinais, dermatite, aumento de mutações genéticas, hipersensibilidade, câncer gástrico e do esôfago.
Espessantes ou estabilizantes: Tem como função aumentar a viscosidade do produto final, bem como estabilizar emulsões. Podem provocar irritação da mucosa intestinal e ação laxante.
Umectantes: Responsáveis por manter o alimento úmido e macio, podem causar distúrbios gastrointestinais e da circulação pulmonar.
Acidulante (Ácido acético): Aumentam a acidez, ou simplesmente dão ou intensificam o sabor ácido. Pode ajudar na conservação, por atenuar o aparecimento de certos microorganismos ao aumentar o Ph do meio. Aumentam ainda a eficácia de conservantes. Quando usados demasiadamente, pode provocar cirrose hepática, descalcificação dos dentes e dos ossos.
Flavolizantes: São responsáveis por dar ao produto industrializado sabor característico ao in natura. Podem causar câncer e alergias.
Gorduras trans: É a gordura vegetal transformada em gordura sólida. Também conhecida como óleo hidrogenado, é usada para dar crocância e consistência aos produtos industrializados. Causa obesidade, câncer de mama e doenças cardiovasculares, em decorrência do aumento do colesterol ruim e da diminuição do colesterol bom.
Agentes adoçantes: Estão presentes em produtos destinados a consumidores que precisam de restrição calórica, portadores de diabetes ou pessoas que têm problemas ao ingerir certos açúcares. Os mais usados na indústria são o aspartame e os elaborados a partir de ciclamato de sódio e sacarina sódica, que podem provocar câncer.
As turmas consideraram que é importante analisar os produtos que serão consumidos, pois o uso de conservantes acima do permitido pode ser prejudicial. Segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o uso de aditivos em alimentos é autorizado após uma avaliação toxicológica adequada, levando em consideração qualquer efeito acumulativo, sinérgico e de proteção. Deve ser avaliada e reavaliada, a luz do conhecimento cientifico e modificada, quando necessário, para promover a qualidade de condições e para utilização pela sociedade. O consumo não pode ultrapassar os valores de ingestão diária aceitável (IDA).
Concluíram que a má alimentação é responsável pela causa de diversas doenças, como: hipertensão, cardiovasculares, diabetes, câncer, osteoporose, obesidade, entre outras Desta forma, avaliaram que é fundamental conhecer a constituição dos produtos consumidos, uma vez que reconhecem a dificuldade de encontrar alimentos isentos de produtos químicos que são utilizados desde a produção até a conservação.
As atividades foram planejadas com intuito de fornecer esclarecimentos que contribuam para a solução das dúvidas apresentadas pelos jovens, cultivando um momento de bate-papo, no qual todos tinham abertura para perguntar e opinar sobre os mais diversos questionamentos relacionados ao tema.
Todos os aspectos a serem observados na avaliação foram satisfatórios, pois a classe estava bastante interessada e envolvida durante a execução das tarefas.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A experiência foi positiva, pois ocorreu a realização das atividades em tempo hábil de forma prazerosa e dinâmica.
Devido ao fechamento do ano letivo 2014, o tempo foi insuficiente para explorar amplamente o tema que é bastante relevante e de interesse da comunidade estudantil. Certamente, realizar-se-á novos planejamentos, utilizando a temática educação alimentar, contemplando todas as áreas do conhecimento, no ano letivo referente a 2015.
No momento da preparação, preocupou-se com o tempo e a forma de aplicação das atividades. No entanto, fazer oficina é ensinar brincando, uma prática pedagógica que nos fez repensar o dia a dia em sala de aula, conseguindo de forma criativa criar condições de participação ativa.
O planejamento interdisciplinar permite a integração de conteúdos entre as disciplinas das diversas áreas, auxiliando a organização do pensamento crítico e reflexivo. Desta forma, é necessário a realização de um trabalho coletivo na busca de metodologias investigativas adequadas para melhorar a compreensão de fenômenos e a relação ensino aprendizagem.
Espera-se que a atividade tenha contribuído para a formação de jovens capazes de decidir por si mesmo o que desejam sem serem influenciados pela sociedade e pela mídia. Segundo COSTA 2001, O Professor além de transmitir conhecimentos tem o papel de exercer influência positiva na vida dos alunos.
Trabalhar com assuntos que estão no cotidiano das pessoas facilita muito para a obtenção do sucesso. Além de contar com o material didático bastante explicativo e de fácil compreensão, facilitou a pesquisa bibliográfica e discussão em classe.
Segundo relatório da UNESCO, 2003, a forte relação estabelecida entre professor e aluno constitui o cerne do processo pedagógico. A função do Professor não consiste simplesmente em transmitir informações ou conhecimentos, mas apresentá-las em forma de problemas a resolver preparando-os para a vida, situando os estudantes num contexto e numa perspectiva que tenha a finalidade de encontrar soluções para os seus questionamentos.
É de suma importância a preocupação em relação à qualificação do educador, porém não deve perder de vista as péssimas condições que as escolas se encontram, dificultando o bom funcionamento das atividades e tornando as unidades escolares cada vez menos motivadas. Através de experiência como esta é que se pode perceber como é satisfatório inovar as práticas pedagógicas para obter sucesso.
O professor, atualmente, sente-se bastante desmotivado, porque não consegue aplicar tudo o que elabora no planejamento devido à falta de tempo, recursos humanos e material. A educação deve ser repensada pelos diferentes seguimentos da sociedade, a fim de garanti-la com qualidade, satisfação pessoal e profissional para todos.
5. REFERÊNCIA:
CORCIONE, Domingos. “A questão da Formação de Assessores Dirigentes e Lideranças Intermediárias para o movimento Popular e Sindical”, Debate (coletânea e textos), CESE, número 03 – ano IV – maio de 1994.
COSTA, Antonio Carlos Gomes da. O Professor como Educador:um resgate necessário e urgente – Salvador : Fundação Luis Eduardo Magalhães, 2001.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Apresentação dos temas Transversais. Secretaria da educação Fundamental, Brasília: MEC/SEF,1998.
Brasil. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores do Ensino Médio, Etapa II –Caderno III: Ciências da Natureza/ Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica; [autores: Daniela Lopes Scarpa...etal ] – Curitiba: UFPR/Setor de Educação, 2014.
Educação: um tesouro a descobrir.-8.ed.- São Paulo: Cortez; Brasília, DF:Mec: UNESCO, 2003.
ALBUQUERQUE, M. V; SANTOS, S.A.; CERQUEIRA, N. V.C.; SILVA, J.A. Educação Alimentar: Uma Proposta de Redução do Consumo de Aditivos Alimentares. Química Nova na Escola Educação Alimentar 57 Vol. 34, N° 2, p. 51-57, MAIO 2012 http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_2/02-QS-33-11.pdf. Acessado em 15 de Novembro de 2014.
Bahia, Brasil: Vida, Natureza e Sociedade/ [Sueli Angelo Furlan, Coordenadora de conteúdos e vários colaboradores],São Paulo: Geodinâmica, 2014.
http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/perguntas+f.... Acessado em 18/11/2014.
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