Estudantes do socioeducativo têm práticas pedagógicas fortalecidas com implantação de Lei

As mudanças promovidas pela Lei do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo  (Sinase) foram o tema debatido pela coordenadora nacional do Programa, Thelma Alves de Oliveira, durante a visita a Mato Grosso, da Caravana dos Direitos Humanos pelo Brasil. Na palestra destacou as ações inovadoras que têm com foco resgatar o caráter pedagógico-educativo das medidas aplicadas. 

“Hoje no Brasil existem 20 mil jovens cumprindo medidas restritivas e privativas de liberdade. Desses, 95% são do sexo masculino, de origem negra.  O que denota que no Brasil a violência é social, histórica e cultural”, destacou a Thelma Oliveira. Em Mato Grosso esse perfil não foge a regra. Dos 148 matriculados na Escola Meninos do Futuro, do Centro Socioeducativo de Cuiabá, 140 são homens e apenas oito, mulheres. “O Sinase propõem um olhar para esses meninos de modo que os direitos cheguem até eles”, acrescenta Thelma.

Para a educação, além do financiamento que o Sinase garantirá de maneira integral para as ações envolvidas no trabalho socioeducativo  (Saúde, Assistência Soicial, Segurança e Educação),está  a participação efetiva da família no acompanhamento desses jovens, bem como a redução dos casos de privação e restrição de liberdade pela ótica da excepcionalidade.

“ O Sinase modifica as práticas implantando medidas socioeducativas  que vão além da privação de liberdade. O sistema deixa de ser apenas punitivo“, esclarece a gerente de educação e formação profissional, do  Centro Socioeducativo de Cuiabá,  Virginia Maria de Freitas.

Outro foco importante que o Sinase promoverá  para os estudantes que estão com privação de liberdade nos socioeducativos é o  trabalho com foco nas necessidades formativa e educativas, com foco no resgate da identidade deles.  A maior parte chega após anos afastados da escola “As aulas trabalharão não apenas o profissional, mas a espiritualidade com o resgate de valores, foco na saúde, trabalhando com preventivo educativo”, diz Virgínia.

ROSELI RIECHELMANN
Assessoria/Seduc-MT

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