Afinal, o que são hackers?

Olá, Pessoal

Eu venho aqui colocar uma entrevista de Pedro Markun, um "ciberativista" Pedro colocou no ar o site Transparência Hacker, que hospeda projetos que visam a articular ideias e projetos que utilizem a tecnologia para fins de interesse da sociedade.

Afina, o que é hacker? São pessoas que quebram sistemas de informações por brincadeira? São super-heróis que querem acabar com o sistema? Ou são pessoas que como eu e você podem utilizar as ferramentas para consolidar a cidadania?

A entrevista é longa, mas vale a pena ler para iniciarmos o debate sobre como as tecnologias de informação estão sendo utilizadas pela população em geral. E nas mudanças que ela poderá concretizar.

Eu vou fazer depois algumas observações nos comentários, esclarecendo alguns pontos e trazendo novas referências para conhercermos outras atividades que estão rolando na internet.

Depois da entrevista, sugiro a vocês assistam a este vídeo que está na comunidade Juventude em Política.

Abraços e sigamos no diálogo!

***

 

A ideologia por trás da Transparência Hacker
da Democracia Viva 48


Pedro Markun, 26 anos, tem, como ele diz, uma certa “preguiça” em se definir. “Prefiro que as pessoas me definam pelas minhas práticas do que por aquilo que eu me denomino”, disse ele nesta entrevista à Democracia Viva.


Difícil é sintetizar as tantas práticas nas quais Pedro Markun se envolve. “Eu posso enumerar algumas e esquecer várias”, afirma. Algumas dessas atividades tornaram Markun conhecido e reconhecido nas áreas de transparência pública, dados abertos e hackativismo.


Em 2009, Pedro Markun foi um dos que clonou o Blog do Planalto, depois que a Presidência resolveu lançar a página sem espaço para comentários dos internautas. Ele reproduziu o site do Palácio em outra plataforma e nela inseriu a possibilidade de comentários. A iniciativa ganhou repercussão e chacoalhou a comunicação do governo.


No mesmo ano, Markun ajudou a organizar um hackday no Brasil, um encontro para construir aplicativos de dados abertos. A reunião gerou o coletivo Transparência Hacker, que interage numa lista de e-mails e se encontra regularmente para dias de trabalho hacker.


Com financiamento via crowdsourcing, eles foram além. Compraram um ônibus e passaram a viajar no Ônibus Hacker para diversos pontos do Brasil para realizar os hackdays.

O sucesso da Transparência Hacker tem a ver, para Pedro Markun, com a lógica “façocrática” do coletivo. “Quem faz manda, e as coisas acontecem. Essas relações se dão de uma maneira muito horizontal, muito orgânica. As pessoas que estão pilhadas são as que ditam o rumo das coisas. Para mudar, é muito fácil. Basta você começar a fazer outra coisa”, diz. É Markun mais uma vez valorizando as práticas.


Nesta entrevista, Pedro Markun fala das suas origens, da sua descrença na universidade, da importância da internet na sua formação, comenta sobre a rede hoje, opina sobre ativismo, movimentos e organizações sociais.


Boa parte da conversa com Markun foi pelo Skype. As fotos que ilustram esta matéria foram tiradas durante uma reunião entre a Esfera e o Ibase. A Esfera – Hacks Políticos e Dados Abertos tem Markun como um dos sócios e se define como um “think-and-do-tank”. Ela está trabalhando com o Ibase novas formas de processar e disponibilizar informações produzidas pela instituição que publica a Democracia Viva.


A seguir os principais trechos da entrevista de Pedro Markun:


Hacker


Hacker é o cara que entende tão profundamente de um assunto, seja ele qual for, que é capaz de subverter e transformar as práticas. Para pegar o exemplo do computador, ele é um cara que entende tão profundamente do computador que consegue fazer o que quiser. Eu não acho que sou um hacker no sentido de conhecer profundamente as tecnologias, as políticas, mas eu tenho uma curiosidade, uma vontade de conhecer os processos políticos, para ser capaz de transformá-los mais radicalmente. Não sou aquele cara que acha que existe uma diferença possível entre hacker e cracker [quem usa dos conhecimentos sobre computadores para fins criminosos, para o benefício próprio], ou hacker do bem e hacker do mal. Hacker é o cara que quer conhecer o sistema para poder transformá-lo, e ele pode transformar para o bem ou para o mal. No Brasil, já foi muito mais forte essa tendência de associar o hacker com criminoso e bandido.


Hackativismo
O que a gente tem percebido na prática é que é mais fácil você politizar o hacker do que pegar um cara de um movimento ou uma organização social e fazer esse cara entender que as tecnologias são uma ferramenta de transformação e que, portanto, esse cara deveria se apropriar dessas ferramentas. Eu tenho um pouco de preguiça de todas essas taxonomias. Se você achar que eu me enquadraria no conceito de ativista, então certamente eu sou na sua leitura. Acho que é uma construção do coletivo, muito mais do que uma construção individual. Eu não ligo muito. Prefiro que as pessoas me definam pelas minhas práticas do que por aquilo que eu me denomino.


Origens


Eu sou paulista e até os 12 anos eu morei em São Paulo. Aí, os meus pais decidiram criar os filhos com melhor qualidade de vida, e a gente mudou para Florianópolis. Cresci em Floripa, ligado com o mundo inteiro, nas madrugadas de conexão discada. Por isso, essa territorialidade tradicional é muito menos importante pra mim. Floripa é uma ilha nerd. As pessoas usam muito a internet lá, e isso com certeza me influenciou. Com 22 anos eu enchi o saco e fui para Porto Alegre. Fiquei em Porto Alegre até o meu pai [o jornalista Paulo Markun, ex-apresentador do programa Roda Viva] ser convidado para ser presidente da TV Cultura. Ele me ligou e disse: “Sabe o jornal colaborativo [a publicação on-line Jornal de Debates]? Ou você assume, ou vou passar para alguém”. Desde então estou sofrendo com as diversões dessa cidade.


Universidade


A minha experiência universitária foi muito triste e deprimente, porque a universidade brasileira é extremamente opressora da inovação. É uma briga constante contra a estrutura. Você está ali para absorver todo aquele acúmulo histórico. Tem uma escadinha linear onde você só será capaz de produzir o seu próprio pensamento depois de 12, 16 anos de estudo. Eu fiz a Federal de Santa Catarina. Perto do terceiro ano de História, achando que o problema era aquela universidade, e não o modelo, me mudei pra Federal do Rio Grande do Sul, mas nem comecei. Me matriculei na Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos, no Rio Grande do Sul), num curso novo, chamado Comunicação Digital. Achei que valia a pena tentar porque era um curso sem histórico, sem lastro. Fiz um ano e saí, por causa da mesma lógica vertical.


BarCamp

No meio dessa crise universitária eu vim pra São Paulo participar do BarCamp [evento colaborativo] São Paulo, e foi genial. Era 2007, havia 300 pessoas na Cásper Líbero [faculdade paulistana], decidindo em conjunto a grade de programação do evento. Tinha de professor doutor a aluno. Você levava a sua expertise e compartilhava de uma maneira horizontal. Aquele processo foi tão louco que ele catalisou coisas que estão aí hoje. Foi lá que eu conheci
a Dani [Daniela Silva, parceira no Esfera e na Transparência Hacker], por exemplo, e foi por isso que muitos anos depois fomos fazer a Transparência Hacker, e foi por isso que estou aqui falando com vocês. A Casa de Cultura Digital [espaço em São Paulo compartilhado por organizações ligadas à cultura digital] nasce também de pessoas que se conheceram neste evento.


As redes de ontem…
Eu tenho a maior vontade de escrever a história social do IRC [sigla para Internet Relay Chat, ferramenta para bate-papo e troca de informações na rede], porque eu acho que ele foi fundamental para a internet brasileira. É um tipo de espaço que sumiu da internet, um espaço em que você entrava numa sala
comum e lá havia pessoas que você não conhecia. É um negócio que sumiu desde que o ICQ e o MSN entraram na internet. O MSN é uma praga. Você só fala com quem você conhece, e isso é horrível para a diversidade do pensamento. O IRC, não. Você entrava num canal ou hashtag – e o Twitter se apropriou
disso – e falava com gente do mundo inteiro, e tinham canais sensacionais, politizados pra caramba. O canal #lesbians era um dos mais politizados. O canal #filosofia da Brasnet era genial. Você vai ter uma retomada desse espaço público de discussão na internet quando o Twitter aparece e causa aquela balbúrdia, que eu acho linda. O Facebook de alguma maneira permite que as conversas extravasem horizontalmente. Você vê ali o compartilhamento do amigo do seu amigo, que não é seu amigo, e você é assim exposto ao diferente. Você fica vendo coisas com as quais você não concorda. Isso é extremamente salutar e importante.


…e as redes de hoje
Apesar de ter várias ressalvas e achar o (Mark) Zuckerberg (fundador do Facebook) um dos vilões da história – ele está detonando a internet –, eu acho que estamos retomando a esfera pública na ideia inicial dela. É um espaço onde as pessoas estão discutindo coisas do dia a dia quase que como numa ágora grega. Acho que a rede funciona dessa maneira, é por excelência um espaço de discussão pública, os blogs, a blogosfera, mas tem espaços que não jogam as coisas na sua cara. O Facebook joga as coisas na sua cara. Ele te obriga a ler. E eu acho que isso mostra que a grande plataforma de discussão política no Brasil é o Facebook. Pelo menos na minha timeline, onde se discute uma hora aborto, na outra direitos dos animais e em seguida educação básica.


Quem influencia quem?
Eu conheço bem menos do que deveria a trajetória do meu pai [o jornalista Paulo Markun] para que ela me influencie. O que me deixa feliz é o quanto meu pai se transforma num cara que entende e compreende o digital a partir da vivência comigo, com os meus amigos e projetos. O cara, no auge da carreira, que já fez tudo, decidiu que pode mudar. Ele decide ir para a Casa de Cultura Digital, porque é lá que estava o próximo desafio. Ele vai para lá trabalhar na minha sala. Ele queria alugar uma sala, e eu disse que não tinha sala. Salas são para grupos que transitam no digital. Agora, tem a minha sala e sempre vai ter um lugar pra você lá. Traz a sua equipe e vamos construir coisas juntos. Apesar de termos feito bastante coisa quando ele estava na TV Cultura, quando ele foi para a Casa fizemos muito mais. Acho que se tem alguma coisa que realmente me influencia e me inspira é essa capacidade que ele tem de se reinventar, de achar que não é porque é mais velho que está certo, não é porque viveu mais ou tem tantos anos de profissão que a profissão continua correta. Eu conheço poucos caras que são capazes disso. Continuam com aquele discurso mandraque: “ah, eu sou de outra geração”. A resposta pra isso é: “larga de preguiça”.


Transparência Hacker
A Transparência Hacker surgiu de um evento que a gente fez na Casa de Cultura Digital, em outubro de 2009, o primeiro Transparência Hackday. É supercomum os desenvolvedores passarem a madrugada inteira escrevendo códigos, comendo pizza, tomando refrigerante, enfim, se divertindo. A gente importou esse tipo de evento, um evento mão-na-massa, para discutir transparência, política, construir aplicativos de dados abertos. Participaram 120 pessoas de várias partes do país. Começamos a fazer mais encontros, a lista ia crescendo, e começaram a surgir projetos que transcendiam os hackdays. Começamos a participar de palestras, muito motivados pelo W3C [consórcio internacional que desenvolve padrões para a web], incidimos na Lei de Acesso (a Informações Públicas). No meu caso, essa aproximação com a política tem a ver com a eleição do (Gilberto) Kassab (para a Prefeitura) em São Paulo (em 2008). Eu estava reclamando num boteco, e me dei conta de que estava reclamando sem ter feito nada. Não que eu tivesse um candidato melhor para apresentar, mas ficar reclamando era uma péssima opção. Em meio a isso, a Dani [Daniela Silva, parceira na Esfera e na Transparência Hacker] foi visitar o
namorado dela no Canadá e participou do Transparência Camp em São Francisco (EUA). Ela voltou dizendo que precisávamos fazer algo parecido aqui. Foi quando desenhamos a história do Transparência Hackday.


Façocracia
A gente trabalha com uma lógica façocrática: quem faz manda. Ela não é meritocrática, não impõe que a pessoa que faz muito tenha mais poder na Transparência Hacker. Quem faz manda, e as coisas acontecem. Se não gostou, faz melhor. Essas relações se dão de uma maneira muito horizontal, muito orgânica. As pessoas que estão fazendo, estão pilhadas, são as que ditam o rumo das coisas. Para mudar de rumo é muito fácil. Basta você começar a fazer outra coisa. É difícil pra muita gente um envolvimento desse tipo. As pessoas ficam aguardando ordens, mas não existe infantaria e nem comandante, o que existe são processos e projetos. A Transparência Hacker é um movimento que se permite o dissenso. A quantidade de projetos que não vai para frente
é grande, porque é voluntário, é horizontal, é aberto. Pra mim, não tem nenhum problema se um projeto começa e não termina. Eu acho que ele só vai começar e terminar quando houver gente motivada para isso. Quando tem algu ma tentativa de criar superestruturas na Transparência, eu sou o primeiro a me opor, mas sempre deixo em aberto. Se as pessoas decidirem que a gente vai ter um rei e elegerem um, assim elas farão, mas eu vou ficar desobedecendo.


Sustentabilidade
Eu acho que pensar em sustentabilidade de uma organização sem fins lucrativos é uma coisa absolutamente retardada. Não existe, é uma busca infeliz. A sustentabilidade dos projetos é uma coisa legal de se pensar para que as ações continuem acontecendo. A sustentabilidade da organização eu não acho
que faça muito sentido. Enquanto você tiver projetos, você tem a sustentabilidade da organização. Ela existe porque você está fazendo coisas. O contrário é uma casca vazia. É muito louco isso de escrever a sua ideia no papel, para depois ir buscar dinheiro e depois, quem sabe, executar. Se o seu projeto depende exclusivamente de grana para existir, tem alguma coisa errada. Acho que o modelo mais sustentável de todos é quando todos nós nos engajamos e  participamos das coisas. “Mas como eu pago as minhas contas?”, alguém pergunta. “Trabalha!”, eu sempre falo. Não é que eu ache que ativista não tem que comer. Eu acho que não faz sentido criar um processo pesadíssimo para sustentar o ativismo. Se você acha que não tem tempo para ser ativista, não tem tempo pra trabalhar nos projetos em que acredita, ou, pior ainda, não acredita no projeto em que você trabalha, você está no lugar errado. A gente (da Transparência Hacker) sempre faz essa análise: “Se não houvesse grana, eu trabalharia nisso aqui?”. Sim. Talvez eu trabalhasse menos, porque parte do meu tempo seria dedicado a fazer outra coisa para pagar as minhas contas. É muito legal quando a gente consegue conciliar as duas coisas. Temos que construir projetos a partir da prática e não a partir do projeto. A lógica vai se tornando tão invertida que as pessoas começam a só desenhar projetos que sejam financiáveis.


Ônibus hacker
Nós compramos o ônibus [via crowdfunding] com o único objetivo de encontrar as pessoas, sair de São Paulo, porque lá nós já nos encontramos com  facilidade. Acho que é esse o seu papel: trazer as pessoas para perto, construir laços mais profundos. Esse é o princípio do ônibus, dos hackdays, das bebedeiras, do chope, do churrasco, de se divertir. Esse é um movimento voluntário, baseado no tesão das pessoas. A Transparência Hacker são pessoas que acreditam na mesma coisa ou que minimamente têm muito respeito mútuo. O dissenso pode acontecer porque temos vínculos afetivos, construídos a partir de coisas coletivas, por isso o ônibus é de todo mundo, é um filho que a gente cria junto. Acontecem perrengues, o ônibus quebra, mas tudo vira narrativa, aventura, parte do processo. Sobre a sustentabilidade, eu garanto que ela não vai mais desaparecer. Ele pode pegar fogo amanhã. No outro dia, se a galera quiser, teremos outro ônibus. Não sei como conseguiremos, mas vai acontecer. Há pessoas discutindo sobre como fazer um projeto do ônibus para a Oi Futuro. Estou fora. Para mim, uma das coisas mais legais e lindas do ônibus hacker é que ele não precisa da Oi Futuro para existir.


Occupy e indignados
Acho muito legal. Acho que as pessoas ficam querendo replicar artificialmente isso, e eu acho bobo. Mas acho sensacional o movimento dos indignados, a Primavera Árabe, Occupy Wall Street. Também acho sensacional o churrascão de gente diferenciada, a Marcha da Maconha, o churrasco da cracolândia. Todas as manifestações onde protagonismos individuais aparecem em prol de coisas coletivas são muito legais. Movimentos que não têm lideranças claras ou cadeias hierárquicas. Prefiro apreciar e aprender a partir das práticas desses movimentos do que tentar copiá-los ou tentar descobrir como aconteceu para fazer igual. No Fórum Social Temático [realizado neste ano em Porto Alegre (RS)], havia uma mesa que eu achei uma roubada. Sempre que chamam uma pessoa dos indignados para representar o movimento criam uma figura representativa para um movimento que não é representativo. Isso é um pouco estranho. Gosto do Ocupa São Paulo, do Ocupa Rio, só não acho legal a ponto de ir. Acho legal que tenha gente que se importe tanto a ponto de ocupar a Cinelândia. Mas, ao mesmo tempo, para mim é bastante óbvio que não tivemos um Occupy. Quando tiver que ser será. Sei que isso pode soar um pouco meta ou um pouco hippie, mas é o que eu acho. São coisas baseadas na ação, e não em reuniões somente. É uma questão de deixar emergir.

Comunidades:

Comments

imagem de mmoreira

Relendo esta entrevista...

Olá, Pessoal

Relendo essa entrevista de Pedro me deparei com alguns pontos que eu gostaria de destacar. Chamou atenção  a parte sobre Hackativismo.

Pedro faz uma certa crítica aos “movimentos sociais tradicionais”. Acredito que ele tenha se referindo a partidos políticos, organizações não governamentais (ONG’s) e outras formas de organização civil.

Sem querer entrar no mérito de avaliar se Pedro está correto ou não em suas observações ou analisar essas estruturas civis, o que merece ser ressaltado no momento é a seguinte ideia: “tecnologias são uma ferramenta de transformação”.

Creio que seja possível ver a internet como uma ferramenta que deixa claro o quanto novas possibilidades estão surgindo. A expansão de informações e de mecanismos dentro de cada plataforma de comunicação criam novas fontes de fomento a opinião pública. Ou seja, não estamos tanto à mercê das opiniões sugeridas pela mídia tradicional, dos mais diferentes meios, que pelo desenrolar da história acabaram por ficar mais próximos de outras esferas do poder do que o próprio povo.

É possível que todo e qualquer cidadão tenha contato direto, por exemplo, com informações de gastos das mais diferentes esferas do governo. Sem intermediários além do computador, celular ou tablet.

Lembrei agora de uma frase: “se desejamos pôr as ideias em movimento, devemos buscar os meios para colocar os indíviduos em relação, meios que possam facilitar a sinergia entre as pessoas”.

Essa entrevista de Pedro me fez lembrar de uma velha noção:  que a nossa geração atual é alienada. Que os nossos valores como cidadãos mudaram. Mas será verdade essa afirmação? Quais são os novos caminhos para a política?

Será que a internet não está sendo utilizada de maneira equivocada? Com "preconceitos, temores e desqualificações"? Estamos tão avançados em questões tecnológicas, mas em tantos lugares e em tantas situações estamos vivendo tal qual décadas e décadas atrás.

Penso que todo o pensamento sobre a atividade hacker venha evidenciar que temos como mudar o mundo, que a potência existe como ferramenta...

 

Vote neste Comentário