Pesquisa: crianças preferem usar o Google a perguntar aos pais

 

[Postado orignalmente em Portal Terra, em 9 de março de 2012]

Menores de 15 anos preferem tirar suas dúvidas no Google do que perguntar ou pedir ajuda a alguma pessoa, como seus próprios pais e professores. Esse foi o resultado de uma pesquisa realizada pelo Birmingham Science City. Quase metade dos pesquisados admitem usar a ferramenta pelo menos cinco vezes ao dia. As informações são do Dailymail.

A maioria, dos seis aos 15 anos de idade, disse que iria pedir ao Google antes de seus pais ou professores, 54%. Apenas um quarto das crianças iria perguntar aos pais. Outra surpresa foi com relação às enciclopédias e dicionários. Quase metade das crianças, 45%, dizem nunca ter usado uma enciclopédia e 19% um dicionário.

O acesso aos professores também se saiu mal na pesquisa. Apenas 3% dos pesquisados pediria ajuda ao docente. Para os pesquisadores, o estudo revela como a tecnologia tornou-se central na vida das crianças e jovens.

Para o Dr Pam Waddell, diretor de Ciência Birmingham City, as crianças agora crescem em um ambiente onde a tecnologia digital é aceita como padrão. O objetivo era ver como isso afetou a pesquisa e exploração.

"Não é surpreendente que, com respostas ao toque do botão, os jovens muitas vezes perguntem ao Google. No entanto, isso não é necessariamente uma coisa ruim. Ela mostra o quanto comum é a tecnologia para as crianças de hoje, e como elas estão confortáveis em usá-la¿, disse o pesquisador.

"As crianças, não importa em que geração cresceu, têm uma natureza inquisitiva e curiosa, e por isso o fato de que eles são capazes de usar uma nova tecnologia para explorar é um sinal positivo para o futuro, finaliza.

 

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Comments

imagem de mmoreira

estudando a internet

Isso mostra o quanto a internet está presente na vida dos estudantes.

Quando eu era pequena, eu estudava com meus pais e consultava livros, mas também consultava enciclopédias digitais. A internet ainda não era tão abrangente.

Hoje, na universidade, eu pesquiso muitas notícias que servem de informação, além de artigos acadêmicos.

É importante pensar no conteúdo que é produzido para essa faixa de estudantes, pois se eles não estudam com os pais eles podem compartilhaer com os colegas de redes sociais.

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imagem de Andréa Queiroz

Vejo como uma questão voltada

Vejo como uma questão voltada para a diferença de gerações, por que a geração que cresceu acompanhando o desenvolvimento da Internet  deve ainda hoje perguntar aos pais alguma coisa aleatória e dar bastante crédito a isso,como eu mesma faço.

Porém se tratando desse jovem mais adolescente que ja nasce com um netbook nas mãos e conectado a internet por wi fi o google se tornou o grande pai de todas as perguntas,mesmo que eu ache, hoje ainda, que na internet tem muita informação certa,mas há também informações erradas. 

 

 

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imagem de Michel Montandon de Oliveira

Educação para as redes

Quando vejo um dado deste fico pensando onde a escola entra neste contexto? A escola é por natureza um ambiente de pesquisa, uma educação para as redes ajudaria muitos estudantes a terem um olhar crítico sobre o conteúdo pesquisado, ou não pesquisarem apenas na rede digital, mas também nas redes físicas, como o bairro, família e amigos, bibliotecas ou mesmo a redondeza da escola. O professor cada vez mais tem o papel de facilitador e curador da informação, ante ao papel de detentor da informação.

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