Em Brasília, 500 pessoas discutem os rumos do Ensino Médio

    seminario.JPG Começou hoje, dia 22, em Brasília, o Seminário Nacional de Políticas Públicas para o Ensino Médio. Cerca de 500 educadores, gestores, estudantes, pesquisadores, representantes de movimentos sociais e ONGs participam da iniciativa do Ministério da Educação (MEC) em parceria com várias instituições.

     O ministro da educação, Fernando Haddad, abriu o evento convidando os presentes  não só a proporem novas políticas para o Ensino Médio, mas também a ajudarem na consolidação das iniciativas que já existem.

     “Sempre será pouco o que se fará diante do desafio que está colocado. Mas faço um convite aos presentes a uma reflexão critica, que proponham uma agenda importante para os próximos governos. Que não haja descontinuidade das políticas públicas já iniciadas, mas sim avanços. Essa continuidade depende da sociedade civil”, afirmou o ministro.

     Haddad listou algumas das iniciativas do MEC, como a substituição em três anos do vestibular pelo Novo Enem, a universalização do livro didático para o Ensino Médio, a informatização das escolas de Ensino Médio com acesso à banda larga, entre outras.

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     Após a abertura do Seminário, dez jovens de vários estados brasileiros encenaram um diálogo no qual contaram situações vividas por eles nas escolas. Os estudantes se referiram à falta de autonomia  e participação em relação as decisões da escola. Também comentaram sobre as aflições e expectativas dos jovens com a preparação para o ingresso à universidade e a falta de estrutura dos colégios

     A primeira manhã do Seminário contou ainda com a palestra do pesquisador Paolo Nosella, que abordou a relação entre o trabalho e o Ensino Médio. Paolo apontou para a superação das dualidades históricas que acompanham essa fase de ensino .

     Para Nosella, é fundamental acabar com a divisão do Ensino Médio. Ele salientou que existe um tipo de ensino para os jovens das classes médias e alta, destinadas a serem dirigentes, e outro tipo oferecido aos jovens pobres. O pesquisador afirmou que a superação deve ser feita de maneira a incentivar uma escola unitária e que tenha uma formação que reconheça as potencialidades dos jovens, com um Ensino Médio regular.

     O Seminário Nacional de Políticas Públicas para o Ensino Médio será realizado até o dia 24 de setembro com palestras e mesas temáticas. No dia 23, o projeto Diálogos com o Ensino Médio, do qual este EMdiálogo faz parte, apresenta  a iniciativa para o público do Seminário.

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imagem de ZÉ ALBERTO (BETINHO) - RECIFE

Em Brasília, 500 pessoas discutem os rumos do Ensino Médio

Acho, que foi massa. Mais, enquanto da participação da juventude (estudantes) foi pouco ativa. Gostaria muito que a galera pudesse falar de fato ou até mobilizar outros jovens (juventudes) para esta discussão. Enfim, estou fazendo um texto e enviarei em breve para o site, falando um pouco das minhas preocupações da participação dos/as jovens (juventudes) que estão no mundo da educação.

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