UM ENSINO MÉDIO PARA TODOS

COLÉGIO ESTADUAL VEREADOR OSNY FRAGA

Curso Pacto do Ensino Médio

Data de início: 19/07/2014

UM ENSINO MÉDIO PARA TODOS

Francisca Germiniano Pereira

Josemar Robassa Junior

Mônica Corrêa Lima

Professor orientador: Cassio Adriano Lombardo

 

RESUMO

O quadro da qualidade do Ensino Médio no Brasil vem sendo discutido e questionado de forma a tentar modificar essa realidade que se estende já há tanto tempo. Diz que se faz necessário uma política social democrática e que se encaixe no perfil social do jovem. Um conceito que promova uma reforma e que supere a desigualdade. A retirada dos jovens do mercado de trabalho, dando a ele em troca, condições de educação e formação profissional, num currículo integrado. E são estes desafios que nos colocam frente a uma realidade urgente de fatores como: Escolas socialmente inclusivas e com qualidade referenciada; Ampliação da oferta pública do Ensino Médio, ofertando ao jovem um ensino gratuito, de qualidade e pedagogicamente integrado em termos de cultura, trabalho, ciência e tecnologia. Ampliação especialmente de recursos públicos, sem os quais nada poderá ser feito. E as instituições escolares cabe a tarefa de definir os objetivos e as melhores estratégias para alcançá-los e construídos a partir das singularidades do contexto social, da realidade em que está inserida.

 

PALAVRAS – CHAVE: Ensino Médio; Qualidade; Investimento; Integração.

 

1 INTRODUÇÃO

1.1 Universalizar ! Como?

            Universalizar o ensino médio, antes de mais nada, significaria, proporcionar a que todo o cidadão de 15 a 17 anos freqüente as séries adequadas a sua idade. Para isso, todo jovem que sai do ensino fundamental precisa chegar e ser incluído ao ensino médio. Dessa forma, se faz necessária também uma política que tome medidas a verificar os jovens que estão fora da escola, ou se evadiram dela – seja por diversos motivos, idade, trabalho, falta de motivação, etc. colocando em prática estratégias para conduzir estes jovens a concluir sua escolaridade.

Vejamos os índices dessa realidade:

O grande desafio é trazer mais de 1,5 milhões de jovens que estão fora das escolas e acelerar a formação dos jovens de 15 e 16 anos que ainda estão no ensino fundamental e evitar que os atuais alunos se afastem da escola e desistam dela.

- No Brasil, 18% dos jovens de 15 a 17 anos estão fora da escola

- Entre os jovens de 18 a 24, 68% não estudam

- Apenas 48% dos jovens de 15 a 17 anos estão no ensino médio

- Dos 3,6 milhões de jovens que se matriculam na 1ª série do Ensino Médio, apenas 1,8 milhão concluem

- Entre os adolescentes de 15 a 17 anos de famílias pobres, 25% não frequentavam a escola em 2007, contra apenas 4% dos jovens de famílias não pobres.

Fonte: “A Crise de Audiência no Ensino Médio”

            Precisa-se destacar aqui que o ensino médio, mais do que um alinhavar este jovem para que freqüente uma universidade, é um momento de vida na adolescência, fase em que o jovem está cheio de dúvidas, ideias e planos. E pensando assim vemos a necessidade e importância de se ofertar a ele a exposição, ou seja o aclaramento de todas as áreas, para que suas escolhas pessoais, profissionais e éticas estejam pelo menos teorizadas no conhecimento. Laboratórios de informática, formação de profissionais muito bem preparados em todas as áreas e principalmente de ciências exatas e biológicas.

            O currículo de fato precisa ser muito mais flexível, contemporâneo, criativo, que desperte o interesse do aluno, numa sociedade real aproveitando também o conhecimento que ela traz. Uma reorganização da estrutura escolar, uma educação que faça sentido pro jovem.

            O ensino médio deve pretender com tudo isso a formação de sujeitos autônomos. Então ‘mudar’, nesse contexto, significa abandonar alguns paradigmas sobre o que é ensinar e aprender, voltar os olhos para a educação básica e a formação de professores, rever e revitalizar os compromissos com a escola e o aluno. Uma boa opção também é o ensino médio profissionalizante, mas não deve ser a única. Temos que atender tanto os jovens optantes pelo médio técnico, quanto àqueles que querem cursar universidades.

            Atraí-los e incentivá-los para um futuro melhor, com melhores expectativas de vida, batalhadores conscientes de que as mudanças devem partir do singular para o todo. E o mais importante para que tudo que foi dito aqui se torne realidade, o aumento do financiamento para educação básica. Que o governo se doe para esta causa e ‘invista’ sem restrições, os resultados podem demorar um pouco a chegar mas o investimento é sem dúvida, urgente.

 

2 CONSIDERAÇÕES FINAIS

           Poderíamos ficar filosofando e tirando também conclusões aqui de uma série de questões importantes, necessárias e relevantes, porque existem muitos desafios.

           Sabemos que os jovens apenas também estarem freqüentando a escola não é o bastante, pois o que necessita levar desta escola são aprendizagens relevantes e significativas em todo o decorrer de sua escolaridade. É o que já foi dito. O jovem precisa ser educado para a vida, aprender o que de fato faz sentido para seu futuro e sua história e estar preparado e incentivado a crescer, encarando os desafios tornando-se um cidadão responsável e capaz de lutar por seus objetivos. Assim a escola não será mais sonho e demagogia.

            Para que tudo isso se torne realidade, investimento é como dizemos ‘para ontem’, mais que urgente, precisamos de uma política com recursos financeiros para o ensino médio. Não podemos esquecer que todo este investimento implica que os professores sejam bem formados, bem preparados para trabalhar com o ensino médio e melhor remunerados. Que haja o compromisso real de construir-se ambientes escolares capazes de fazer toda a diferença na vida dos jovens cidadãos.

Comments

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Parabéns pelas importantes

Parabéns pelas importantes considerações.

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Obrigada professor Cassio,

Obrigada professor Cassio, suas orientações também são muito válidas e ricas.

Mônica

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