Será que tecnologia nas salas de aula é sinônimo de conhecimento?

Grupo de estudo dos Colégios Estaduais Alberto Gomes Veiga e Helena Viana Sundin

Caderno II do Pacto Nacional do Ensino Médio

Paranaguá - Litoral do Paraná.

Os adolescentes, alunos do Ensino Médio buscam o conhecimento de forma intensa conforme a proposição de seus interesses. O conhecimento não linear faz parte desta geração de saberes múltiplos, porém, estar atrelado às tecnologias não é sinônimo de compreensão às mudanças sociais, nem compreender o verdadeiro significado do que é fundamental para seu crescimento intelectual, o estudo, por exemplo. Relacionam-se com a informação de forma abrangente, porém, pouco profunda aos temas que não lhes agradam. Essa falta de aprofundamento gera a dificuldade com a leitura e compreensão de artigos de jornais e revistas e aos noticiários televisivos. O cotidiano escolar é visto como enfadonho e a escola como uma obrigação.

Desta forma, não podemos, então, dizer que escola e a vida sigam caminhos opostos. É óbvio que há novos comportamentos, formas diferentes de viver e conviver, e é importante a participação da instituição escolar, nas estruturas que se formam e que nos rodeiam. Conforme FREIRE, “a educação tem caráter permanente, não há educados e não educados. Estamos todos nos educando.”

A escola é um dos primeiros centros de socialização, um agente de reprodução da ideologia junto com a família, igreja, ou seja, junto ao círculo social de cada aluno, e hoje seu papel é também preparar o indivíduo para o mercado de trabalho. Muitos são os questionamentos e discussões a respeito do papel da escola na educação, pois exerce uma enorme importância para toda a sociedade, e necessita ser pensada como “preparação” para a vida, na função de preparar cidadãos do mundo.

A relação entre professor-aluno ganha uma nova dinâmica com a inclusão das tecnologias. Isso acontece porque os alunos têm uma familiaridade muito grande com essas novidades e podem se inserir no ambiente da sala de aula de uma maneira muito diferente. Assim, a relação com o professor fica menos autoritária e mais colaborativa na construção do conhecimento. O professor de hoje atua como um mediador do processo de ensino-aprendizagem, gerando uma necessidade de interação entre professor e aluno, onde o conhecimento é construído e o processo concretizado; para isso cada um assume sua posição que favorecerá a assimilação e absorção dos conteúdos seja por meio de celular, computador ou TV via satélite.

Diferentes recursos tecnológicos já fazem parte do dia a dia de alunos e professores de qualquer escola. Contudo, fazer com que essas ferramentas de fato auxiliem o ensino e a produção de conhecimento em sala de aula exige treinamento.

Ainda não desenvolveram metodologias para que os professores possam fazer uso dessas tecnologias da informação e comunicação, que poderiam ser úteis no ambiente educacional. O desafio é a formação e atualização de professores e até a limitação do acesso à internet - problema que afeta professores e alunos porque combinar tecnologia e educação não é tarefa fácil.

Entretanto, para obtermos uma educação com qualidade devemos antes de tudo entender que o mesmo é muito caro, para um país com uma enorme desigualdade sócio econômica, como o nosso país, Brasil.

O governo até tenta incorporar a tecnologia como estratégia metodológica nas escolas, porém faltam recursos financeiros, estruturais, de manutenção, atualização e formação tecnológica aos professores e alunos, entretanto não podemos esquecer que somos um país de segundo mundo, desbravando e corajosamente mudar a nossa história de desenvolvimento, através da educação.

É inegável que a urgente conscientização dos alunos quanto ao uso apropriado da tecnologia na educação está sendo um trabalho árduo, mas necessário.

 

Comments

imagem de Gustavo Trierveiler Anselmo

Tecnologia na sala de Aula

A solução da educação, para muitos, é o uso da tecnologia, mas será que a tecnologia, do mode que é usada gera conhecimento? Apesar do acesso as informações, nossa clientela não consegue transforma -la em algo que possa ter significado prático na suas vidas. Isso não vira uma posição de vida uma ATITUDE, são apenas informações que divetem no momento.

Como a escola PODE (significa auxiliar, mostrar o caminho, pois também depende do seu contexto social, de seus planos) é através daquilo que a própria LDB expõe, escola usando o trabalho e pesquisa como principio educativo e pedagógico, respectivamente.

Usar metodologias que trabalhem com a pesquisa como uma forma de elevar o nível de conhecimento, incentivar a discussão com argumento, muito além das meras pesquisas que muito de nós fizemos, como um mero instrumento de avalição (TRADUZINDO: gerar nota para o SISTEMA ficar feliz).

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imagem de Olga Ines Kadajskyj

TECNOLOGIA NA ESCOLA E NA SALA DE AULA

O uso da tecnologia é uma realidade que está no dia a dia de todos nós, professores e alunos. As tecnologias tornam o conhecimento acessível e a cada aprendiz cabe o esforço do estudo e dedicação. Vemos, em nossas escolas, práticas que estão sendo introduzidas aos poucos e que têm bons resultados. Porém há muito que avançar em todos os setores. Por exemplo, a escola está ainda presa a exigências burocráticas que tomam o tempo precioso que poderia ser utilizado para pesquisas diferentes com outras linguagens, assistir a filmes e vídeos, selecionar, comparar e preparar os conteúdos neles abordados. Então se faz o que se pode, sonhando com melhorias como registro digital de presença dos alunos ou cartão com código de barra, lançamento de notas em planilhas e outros.

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