Reflexão em ação - Caderno VI

Colégio Estadual João Manoel Mondrone - 13/12/14

Beatriz Kray, Cecília Reginatto, Cristiane Staudt, Ivone Vicenzi

a) A partir de sua formação — inicial e continuada— e de sua experiência docente, discuta e reflita com colegas de outra área distinta as questões abaixo (sugerimos pequenos grupos de 3 professores de áreas bastante distintas, por exemplo, Educação Física, Matemática e Sociologia):

• Quais têm sido os maiores desafios no campo da avaliação educacional?
Os desafios avaliativos se apresentam no sentido de fazer com que o aluno realmente obtenha o conhecimento total dos conteúdos, através dos reais estudos além da sala de aula, da preocupação em obter o conhecimento de tudo o que é apresentado com pesquisa, com realização das tarefas, interpretações e análises de maneira individual, do que lhe é ensinado. O atual sistema visa avaliar o que o educando aprendeu, com provas e/ou atividades. Porém, o aluno se preocupa apenas em obter nota, e nem sempre se efetiva totalmente o aprendizado, com o conhecimento de fato. 
• Qual sua concepção de avaliação e como ela se constituiu na sua trajetória docente?
Avaliar é observar o que o aluno aprendeu levando em consideração os conhecimentos “conteúdos”“competências”, “capacidades”, “aquisições”, “destrezas”, “habilidades”, “atitudes”,“comportamentos”, etc. Após refletir sobre os sentidos da avaliação,  a ideia de que quando acertamos uma avaliação em educação, há que ponderar o processo utilizado para medi-la, bem como o destino a dar e as motivações que a justificam. Devemos ter os  objetivos da avaliação de qualidade como  o processo de avaliação deve ser contínuo,  mas muitas vezes  o sistema nos impulsiona ao sistema de notas, obtidas através de avaliações.
b) Em consulta ao projeto político-pedagógico e aos planos de ensino (aos quais você possa ter acesso) de sua escola, procure identificar os seguintes elementos:

• Definição(ões) de avaliação da aprendizagem encontrada(s).
Partindo desses pressupostos, a avaliação deste colégio é uma ação diagnóstica, contínua e mediadora do processo educativo. Em sua dimensão diagnóstica, ela busca as causas, as hipóteses, as relações entre os vários fatores integrantes no processo educativo e que podem interferir no trabalho que se realiza; ela reorienta as ações que compõem o trabalho pedagógico.

• Quais os instrumentos e procedimento mais utilizados.
Realizamos avaliação diagnóstica, formativa e somatória. Os Instrumentos mais utilizados são: Seminários, Exercícios escritos; Estudo Dirigido; Pesquisas; Relatórios; Produções Textuais; Provas objetivas e subjetivas, Portfólios... Realizamos atividades individuais, coletivas e provas com suas devidas recuperações, oportunidades para mostrar desempenho nestas situações de aprendizagem.
a) Verifica-se se os objetivos propostos estão sendo atingidos;
b)  Identifica-se as causas que dificultam e/ou interferem no crescimento intelectual e afetivo do aluno;
c) Indica-se aspectos / habilidades, atos e atitudes que podem contribuir para melhorar o desenvolvimento do aluno como pessoa e como estudante;
d) Sinaliza-se melhor o caminho a ser percorrido

• Critérios para atribuição de notas ou conceitos e de aprovação.
A avaliação do processo ensino-aprendizagem deste colégio define-se como trimestral, da seguinte forma:
Avaliação trimestral:  MA = 1º trimestre + 2º trimestre + 3º trimestre = 6,0
Será considerado aprovado, automaticamente, o aluno que, com frequência igual ou superior a 75% do total da carga horária, obtiver média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero).
Os alunos serão considerados retidos, ao final do semestre, quando apresentarem frequência inferior a 75% do total de horas letivas do semestre, independentemente do aproveitamento escolar e/ou frequência superior a 75% do total de horas letivas do semestre e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero).

• Instâncias e participantes para definição da situação de cada aluno ao final do ano letivo.
Ao final do ano letivo, há que se compreender que, mesmo o aluno não tendo atingido a média 6,0 (seis vírgula zero), há a necessidade de o Conselho de Classe, na perspectiva de crescimento intelectual do aluno, apropriação de conhecimentos obtida por ele e aprendizagem significativa, analisar, criteriosamente, a possibilidade real de o mesmo ser promovido para a série seguinte. Isto deve ser feito amparando-se nos objetivos propostos antecipadamente e nos conteúdos essenciais previstos no Currículo.

•  Outras observações que considere relevante para a discussão de avaliação da aprendizagem
A recuperação de estudos considerará a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 9394/96, dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem e será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
c) Após ter visto alguns dados nacionais sobre as taxas de rendimento, procure levantar os dados de sua escola e, sobre eles, observe os seguintes questionamentos:

• Quais são os dados e taxas de rendimento de sua escola?
A escola obteve o resultado de 5.0 atingindo a Meta Projetada para a nossa escola que foi de 5.0, em 2013, resultado acima da Meta estadual e nacional.

• O que esses dados lhes revelam?
Os resultados obtidos revelam que o estabelecimento de ensino obteve rendimento satisfatório.

• Como esses dados são discutidos entre os professores?
Com frequência os dados e taxas de avaliações externas são discutidas, os resultados são animadores, porém, precisamos ficar atentos para que os índices em 2015 sejam melhores.

• Existe, na escola, algum debate sobre eventuais relações entre as taxas de rendimento e a avaliação da aprendizagem nas disciplinas ou em algumas das disciplinas?

Sempre há debates, discussões e análise dos resultados obtidos, bem como a busca constante de estratégias coletivas para alcançar as metas futuras. Percebemos pelos dados que estamos no caminho certo, mas precisamos continuar atentos, não só para apresentar bons resultados. como também prezar pelos objetivos de melhorar a sociedade através da educação, a aprendizagem dos alunos está no foco de qualquer debate. Nos últimos anos, tem-se presenciado o deslocamento desse foco para a avaliação externa - Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e Prova Brasil, porém, acima de tudo deve prevalecer o cuidado e a atenção para que os resultados melhorem a qualidade da educação na escola, na sala de aula, na formação docente e na aprendizagem dos educandos.

d) Na avaliação institucional de sua escola, como têm sido abordadas as avaliações externas
e como têm sido utilizados seus resultados?

• Existe algum tipo de atividade voltada para essas avaliações? Como, por exemplo organização de simulados, laboratórios ou espaços de diálogos?
Realizamos na nossa escola periodicamente simulados, análises de provas anteriores, dos descritores e outras etc., sempre relacionados com os conteúdos trabalhados na sala de aula.

• Os alunos fazem comentários sobre o Enem? Se afirmativo, em que perspectiva?
Sim. Comentam porque se preocupam com a nota alcançada pelo ENEM porque o sistema é a porta de entrada para a universidade.

• A organização dos planos de ensino, de alguma forma, tem levado em conta as matrizes de referência do Enem?
Sim. Ao elaborar os Planos de Trabalho Docente, os conteúdos e matrizes do Enem são contemplados e há uma grande ênfase a interdisciplinaridade, no sentido de manter um constante diálogo e relação entre as disciplinas do núcleo comum de ensino.

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imagem de Celia Aparecida Tessaro de Souza

Caderno 04

 

Ao trabalhar com a Língua Inglesa pode-se abordar temas que integram com outras disciplinas. A formação interdisciplinar permite uma compreensão maior da realidade, e oferece subsídios ao professor para criar espaços em suas aulas, onde os alunos podem ser participantes ativos na construção de conhecimentos significativos e contextualizado, e deste modo proporcionar um constante diálogo entre elas como eixo integrador entre os conhecimentos contextualizando-os em sua dimensão histórica e social.

Na prática da Língua Inglesa abordando o tema ALIMENTAÇÃO, o professor poderá buscar novos caminhos no processo de ensino aprendizagem dentro desta perspectiva interdisciplinar integrando as disciplinas, porém, cabe ao professor apropriar-se de alguns aspectos de outras disciplinas para nortear seu trabalho.

Sendo assim ele poderá explorar a LÍNGUA INGLESA fazendo levantamento dos conhecimentos prévios de seus alunos a respeito da alimentação adequada para o desenvolvimento saudável do corpo trabalhando com diferentes tipos de gêneros textuais (cardápios, dados infográfico, pirâmide alimentar, rótulos de produtos alimentícios, tabela nutricional, alimentos “diet” e “light”) referentes ao tema, introduzindo vocabulário.

Em MATEMÁTICA poderá trabalhar com conversão de medidas utilizando uma balança, entendendo o que é uma alimentação saudável provocando uma mudança nos hábitos alimentares.

Em CIÊNCIAS podem ser trabalhados com os conteúdos referentes a alimentação e nutrição, a importância da água, conhecendo os grupos de alimentos da pirâmide alimentar e assim o professor poderá despertar nos alunos a influência na vida das pessoas.

Em LÍNGUA PORTUGUESA desenvolver pesquisa para elaboração de um panfleto educativo sobre a influência dos meios de comunicação e uma alimentação saudável, interpretando corretamente a tabela nutricional.

Na disciplina de EDUCAÇÃO FÍSICA o professor poderá trabalhar com alimento e a atividade física, consequências da obesidade e as atividades práticas na vida diária.

Em ARTE o professor poderá trabalhar com as cores das frutas.

Nestas áreas citadas como em outro esse trabalho poderá ser desenvolvido facilitando a forma de aprender de nossos alunos.

Está prática é um processo que precisa ser construída lentamente, pois a mudança propõe reflexão e a busca pelo diferente implicando em tempo e disponibilidade do professor.

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