Reflexao e açao cadernos: 1, 2 , 3, 4, 5, 6 .

CEEBJA - Professor Orides Balotin Guerra _ Foz do Iguaçu - Pr

Reflexão e ação caderno 1
De acordo com a opinião do grupo, chegamos a seguinte conclusão: houve um aumento desorganizado de vagas na rede escolar com isso, priorizou-se a quantidade de alunos não garantindo a qualidade do ensino. Entretanto, surgiu a necessidade de professores qualificados para atender a demanda, assim, profissionais de diversas áreas ocuparam cargos decentes. 80% dos alunos são trabalhadores;Pais assalariados;Alunos do CENSE e penitenciários;Trabalhadores informais;Desestrutura familiar;Várias etnias;Muito tempo fora da escola;Falta de planejamento familiar. A escola deve construir o currículo baseada na realidade do aluno. Há uma necessidade de estudar e trabalhar devido a falta de tempo e cansaço, eles priorizam o trabalho. Considerando as discussões sobre o histórico do Ensino Médio,  verifica-se que há ainda muitos desafios que podem ser elencados, como: Fragmentação e descontextualizarão dos conteúdos, entre outros.
Reflexão em Ação Caderno 2
Construir em conjunto com os próprios jovens um perfil social, cultural e afetivo, é fundamental, assim como conhecer a realidades dos alunos, como vivem, qual o interesse, onde moram, o que gostam, dialogar sobre a diversidade,as condições desiguais da sociedade, os valores familiares, religião, enfim, sobre o contexto  histórico em que vivem nossos alunos. Os alunos do CEEBJA são pessoas que não  tiveram acesso, por algum motivo, ao ensino na idade apropriada, são pessoas que tem cultura própria e uma riquíssima vivencia. Considerando o contexto que o CEEBJA se insere, a organização de atividades, as metodologias, as ideologias e as estratégias a serem utilizadas, são tarefas que devem acontecer de forma integrada especificas e diferenciadas de acordo com a organização e modalidade de ensino. 
Salientamos que a Educação de jovens e adultos é para aquelas pessoas que não concluíram a educação básica na faixa etária correspondente. Devido a isso, para muitos a tecnologia não faz parte do seu cotidiano, muitos nunca acessaram a internet e nem sabem manusear o computador. Um dos principais desafios em trabalhar as tecnologias de informação e comunicação digital com jovens e adultos, é superar resistências. Percebe-se que os jovens mais novos sentem-se familiarizados e tem domínio sobre a maquina, os adultos e idosos utilizando as mais diversas desculpas, fazem de tudo para não usa-la, porém, considerando a demanda do mundo contemporâneo, a AJA, não pode desconsiderar o seu uso. Para conseguir introduzir nossos alunos no mundo conectado temos que aguçar a curiosidade, o prazer de inventar e de explorar as novidades. É fundamental o dialogo aberto com o aluno sobre a cultura a qual estão inseridos, sobre as desigualdades e hierarquias sociais. Os sentidos coletivos, comuns, partilhados e tradicionais, se entrelaçam com os sentidos tecidos por cada individuo (aluno EJA), de forma singular o que nos faz pensar nas inúmeras experiências  que jovens, adultos e idosos tem a compartilhar no processo de escolarização.
A maioria dos alunos do CEEBJA, são adultos e tem responsabilidade familiares. A diversidade é uma das principais marcas dos alunos EJA: diferentes idades, diferentes experiências de vida, diferentes bagagens e culturas. Destes uma grande maioria são mulheres, que ainda sofrem com uma sociedade desigual, e que são responsáveis pelo sustento da família. Há adolescentes e idosos que também buscam esta modalidade de ensino. O CEEBJA em todas as situações oportuniza escolarização apropriada, considerando suas características, interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações pedagógicas coletivas e individuais. Uma grande parcela de nossos alunos não tem conhecimento dos  seus direitos trabalhistas e muitas vezes são explorados e trabalham desprotegidos.
Olá jovem estudante: Resolvi escrever esta carta, para dizer o quanto você é importante para minha vida profissional e pessoal. Estamos juntos, num mesmo espaço físico, nos esbarramos nos corredores e sala de aula, mas, não temos tempo para um dialogo. Percebo que há uma distancia enorme entre nós, mesmo nos vendo diariamente. Para conhecer um pouquinho mais de você, de sua vida, e relatar algumas vivencias minhas estou escrevendo esta carta, não conheço quase nada da sua vida e gostaria de conhecer, entender melhor seus desejos, medos  e anseios, o que espera de mim enquanto professor. Vejo que você está numa fase que  muitas transformações ocorrem, as responsabilidades aumentam, você está buscando seu espaço na sociedade e é cada vez mais protagonista e atuante, antenado nas mudanças e participando delas com afinco e potencial. Gostaria de convidar-te para um dialogo aberto, unirmos nossas experiências e anseios para juntos transformarmos a escola num ambiente interessante para todos. Juntos com certeza conseguiremos fazer da escola um lugar significativo, no qual professores e alunos dividem o mesmo espaço e trabalham por um mesmo ideal.
Reflexão e ação caderno III
O currículo do Ensino Médio, seus sujeitos e o desafio da formação humana integral
  As relações existentes entre o que  ensinamos e o mundo do trabalho, da ciência,  da tecnologia e da cultura tem   ligação direta com o dia a dia do cidadão da cidade de Foz do Iguaçu, um dos integrantes da tríplice fronteira. O ensino tem objetivos que evidenciam a importância do aluno como instrumento de compreensão do mundo a sua volta e de vê-lo como área de conhecimento que estimula o interesse, a curiosidade o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade de resolver problemas. A integração do trabalho e cultura acontece pela convivência com estrangeiros, e tecnologia utilizada na metodologia de ensino realiza-se através da utilização de filmes, fotos, mapas. Por sua vez, a ciência e tecnologia dá-se pela pesquisa investigativa, levando em conta o contexto social e as relações de poder permitindo ao aluno aplicar a sua aprendizagem criativamente em uma nova situação. Todo conteúdo busca inserir elementos que incitem a reflexão dos alunos sobre as demandas do mundo do trabalho, ou seja, qualquer atividade que seja realizada deve ser relacionada com a prática destacando a sua aplicação em determinada área de trabalho demonstrando assim que, a ciência vem sendo desenvolvida a partir das necessidades da evolução da humanidade. O trabalho de conscientização da necessidade do estudo mantém o aluno motivado com a perspectiva de alcançar posições de maior prestígio e consequentemente, salários melhores.
As DCNEM abordam em vários textos a questão da interação do sujeito do Ensino Médio e as relações de trabalho, para isso tem o trabalho como princípio educativo e a pesquisa como princípio pedagógico que envolve quatro dimensões: ciência, cultura, tecnologia e trabalho. O texto ressalta ainda que, não é permitido fragmentar essas dimensões e que é preciso haver interação entre as áreas do saber. Essa é uma das proposições que gera polêmica, pois isso se deve ao fato das DCNEM citarem o trabalho como uma das dimensões que compõem a proposta, como se fosse algo que realmente acontecesse no ambiente escolar, na prática esse conteúdo não se concretiza. A maioria das escolas públicas não está equipada para a inserção do aluno no mundo do trabalho. Assim, ao se discutir a construção de um Currículo inovador para tal modalidade de ensino, há muitos aspectos que precisam ser revistos para que sejam efetivados. Em relação às DCE para o estado do Paraná, observa-se a ênfase dada para a interação do sujeito com seu contexto, enquanto as DCNEM propõem um debate acerca das áreas do conhecimento, o que demonstra um caráter interdisciplinar. As DCE do Paraná estão mais próximas da realidade dos nossos alunos por apresentarem o currículo separado por disciplinas de base comum e a parte diversificada, os conteúdos organizados dentro de eixos específicos e estruturantes. Evidentemente, o ensino propicia uma imensa riqueza no processo criativo, desenvolvimento da autonomia intelectual e moral dos alunos e ainda tem como papel principal o de construir o conhecimento como um todo.
Ao professor compete conduzir seus alunos por um caminho de melhor acesso para alcançar seus objetivos. O professor deve ser o facilitador norteando o aluno nesse processo de ensino e aprendizagem.  No caso do ensino de jovens e adultos, por seu caráter particular em relação à educação básica, onde trabalhadores que não tiveram a oportunidade de completar sua educação básica em uma escola regular, essa relação se estreita se tornando familiar.  O aluno, nesse contexto, faz do professor uma ponte para o pleno acesso ao exercício de sua cidadania, visando sua inserção no mercado de trabalho para concorrer em uma sociedade rotulada e competitiva. Assim, necessariamente o docente deve ter o perfil de alguém que estimula a autonomia que se revela questionador e curioso, explorador do conhecimento e do novo, disposto a quebrar paradigmas e a dar valor à opinião dos seus estudantes. O professor deve ter habilidade de respeitar o nível de desenvolvimento do seu aluno, os seus interesses e suas aptidões. Conhecendo  o mundo desse estudante, incluindo a família, amigos e a sua realidade, tudo isso  tem impacto na sua aprendizagem. Quando valoriza-se o  aluno deixando que ele expresse sua opinião oportunizando discussões e momentos de reflexão, certamente contribuímos para o seu crescimento intelectual e moral. Nas práticas realizadas em sala, não podemos abrir mão de um ensino motivador, que propicie ao discente o desenvolvimento físico, intelectual, social e emocional do educando, e possibilitar o desenvolvimento das capacidades de comunicação, por meio das diferentes linguagens e das formas de expressão individual e grupal; incentivar o gosto pela aprendizagem, pela investigação, pelo conhecimento, pelo novo; exercitar o pensamento crítico, por meio do aprimoramento do raciocínio lógico, da criatividade, e da superação de desafios; estimular o desenvolvimento psicomotor, as habilidades física, motora e as diferentes destrezas; propiciar o domínio de conhecimentos científicos básicos; favorecer a socialização, isto é, a produção da identidade e da diferenciação cultural, mediante a localização de si próprio como sujeito, da participação efetiva na sociedade e da localização espaço-temporal e sociocultural.
A diversidade é uma marca da EJA: homens, mulheres, adolescentes, idosos com motivação também variada, como o aluno mais velho, que deixou a escola por motivos particulares que vão desde o trabalho, o casamento e até a necessidade de cuidar dos filhos, vem à escola porque têm objetivos a atingir e, de outro, o aluno jovem, que deixou a escola porque foi reprovado e é, em alguns casos, infrator ou com algum problema de comportamento, não se adaptou e vem porque a justiça ou a família o obrigam ou ainda pessoas com deficiencias. Dessa forma os objetivos são diferenciados, nem todos têm a intenção de ter sucesso no mundo do trabalho, alguns desejam apenas conhecer os conteúdos escolares para ajudar seus filhos nas tarefas. Na  perspectiva de alunos especiais a figura do professor deve ser entendida  como o mediador entre o saber e o educando, assume fundamental importância e, assim sendo, a formação docente para o trabalho com jovens e adultos com deficiência torna-se indispensável, posto que faz-se necessário, ao professor, dominar não somente os conteúdos curriculares, mas ser capaz de compreender seus educandos em suas especificidades e necessidades especiais. Desse modo, o professor da EJA no trabalho com pessoas com necessidades especiais deve adentrar o universo desses educandos, percebendo suas perspectivas e, para além da função de tão somente lhes viabilizar a aquisição de conhecimentos escolares, proporcionar-lhes a construção de uma consciência que os permita compreender seus contextos, suas próprias limitações e especificidades, de modo a tornarem-se aptos a interferir em suas realidades, modificando-as para o seu bem-estar e para a garantia de efetivação plena de seus direitos enquanto cidadãos.( Gomes - http://www.artigonal.com/).
CADERNO IV – Reflexão e Ação  - ÁREAS DE CONHECIMENTOS E INTEGRAÇÁO CURRICULAR
A merenda escolar vem mais saudável nos dias atuais porque ela é oriunda da agricultura familiar regional diferente da anterior que era industrializada cheia de conservantes. Para produção, extração, processamento e distribuição de alimentos com base agroecológica e sustentável de produção teríamos que ter uma estrutura escolar semelhante ao Colégio Agrícola. O processo de educação e capacitação com relação à alimentação adequada em teoria é a parte fácil, a difícil é ter os recursos para de fato podermos oferecer a tal alimentação adequada. Quando muito poderíamos implantar nas escolas algumas medidas atenuadoras do problema oferecendo na cantina da escola sucos e frutas frescas, kits com legumes cozidos, salada de fruta, pães integrais em vez de pastéis assados, sucos industrializados e aí sim é onde começa o problema. A pior parte da alimentação adequada é que ela custa caro e é perecível.
E para citar o filme Ponto de mutação, na atual circunstância em que vivemos se faz necessário a  mudança de paradigma.
de  todos os servidores da escola para que posteriormente esse trabalho se multiplique com os educandos e toda a comunidade escolar. O homem desde sua origem tem agido na natureza com o intuito de produzir para si os objetos e as condições de que precisa para existir. O texto, Cartas a Théo de Vincent Van Gogh[1], mostra os instrumentos utilizados pelos pintores de diferentes épocas para compor as suas obras, os pintores citados no texto, ou talvez outros antes deles, buscaram na natureza objetos para retratar através de pinturas como viam o mundo. Assim, são demonstradas várias dimensões como Cultura, trabalho, Ciência e Tecnologia. Na Cultura está demonstrada através das representações e significados que correspondem a valores éticos, políticos e estéticos de uma sociedade. No trabalho, mostra a transformação da natureza como realização e mediação no processo de produção da existência. Já na Ciência, ocorre a busca da transformação da sociedade, através do conjunto de conhecimentos sistematizados produzidos socialmente ao longo da história. E por fim, Tecnologia, que consiste na mediação do conhecimento científico e a produção marcada pelas relações sociais.
No fragmento do texto cartas de Théo de Vincent Van Gogh “Mas se alguém inventasse uma boa pena para trabalhar ao ar livre, com tinteiro, o mundo talvez visse mais desenhos à pena [...] Mas é preferível que eu faça isto daqui a um ano e não agora. É o material, e sim a mim mesmo”vemos que a tecnologia promove mudanças na constituição do homem, influenciando seu comportamento, sua cultura, suas relações sociais e sua subjetividade.
Como material pedagógico de apoio, poderia ser apresentado para os educandos do Ensino Médio em forma de temática para discussão em um debate regrado. De um lado, o professor oferece a um grupo um artigo, também do mesmo tema, de outro lado, esse trecho citado. Assim, propondo um debate regrado, com o objetivo de despertar a criticidade dos educandos através da argumentação na oralidade e na escrita. Ainda, com o intuito de formar um aluno autônomo, instigando-os a perceber que, em outros tempos, os homens também buscavam novos rumos, aperfeiçoar, conhecer, aprender valorizando o conhecimento.  E assim, traçando paralelos, o professor pode mediar esse debate, conduzindo as contribuições de forma que os educandos percebam a analogia: a internet hoje pode ser a pena descrita por Van Gogh. No entanto, o trecho também nos chama a atenção para o “fazer”, acontecer agora, ideias, projetos e outros aspectos que podem colaborar na melhoria do ensino. É preciso fazer e acontecer, não esperar uma nova pena chegar.
Portanto, contextualizando é possível sim levar para sala de aula o texto, propondo a discussão sobre o uso da internet na educação, tendo em vista que ela já faz parte do cotidiano de praticamente todos os alunos. Para tanto, despertando a criticidade, indagando sobre o seu papel na educação, nas relações sociais e como fator alienador da sociedade.
Os cursos apresentados à Educação de Jovens e Adultos devem oportunizar àqueles que os procura a possibilidade de desenvolver as competências necessárias para a aprendizagem dos conteúdos escolares, bem como ampliar a capacidade de participação social, no exercício da cidadania.  O estudo da linguagem é um valioso instrumento para que se alcance tal objetivo. A aprendizagem só acontece por meio da linguagem, pois esta formaliza todo conhecimento produzido nas diferentes disciplinas e trata de explicar a maneira como o universo se organiza. O estudo da linguagem verbal traz a ampliação da modalidade oral, por meio dos processos de produção de textos, de escuta, bem como o desenvolvimento da modalidade escrita, que envolve o processo de elaboração de textos e de leitura. Fazemos parte de um mundo que lê, fala, escreve, escuta e discute o uso desses atos de comunicação. Para entendê-lo melhor, é necessário ampliar competências e habilidades que fazem parte do uso da palavra, isto é, ampliar o discurso nas diversas situações comunicativas, para entender a lógica de como a sociedade é regida, bem como interpretar o seu funcionamento. O trabalho com a oralidade e a escrita dinamiza a explicação, o senso crítico e a contemplação da realidade, pois as palavras são instrumentos essenciais para a compreensão e o admirável.
Em várias situações, a necessidade do uso da linguagem se manifesta desde a leitura do nome das placas nas ruas à leitura de textos científicos, poemas, revistas, jornais e romances; da elaboração de um simples bilhete à comunicação e expressão dos próprios pensamentos. Por isso, a importância de um curso da EJA que permita ao aluno uma vasta experiência na elaboração de textos, um curso que discuta o papel da linguagem verbal, tanto no plano da expressão como no conteúdo. É indispensável que o aluno perceba que a língua é um instrumento dinâmico, facilitador, vivo com o qual é possível participar ativamente na construção da mensagem de qualquer texto. As experiências conquistadas por meio da escuta e da leitura de textos, bem como do contínuo exercício de expressar ideias oralmente e por escrito, são grandes fontes de energia que estimulam novas descobertas, elaboração e disseminação do conhecimento. Um texto é, antes de tudo, uma prática social que se dá na interação com o outro. Conscientizar o aluno da EJA sobre esse processo é estabelecer a cumplicidade entre ele e a palavra.
Abaixo algumas  sugestões: No tema  Agricultura – problemas ambientais, tipos de agricultura, modernização, revolução verde. Agricultura: conceito, etimologia, origem, evolução, importância, política, economia, sistemas, métodos. Geografia (mudança na paisagem) – Sociologia (relações de trabalho) - História (relações de poder) – Química (produtos usados nos defensivos) – Matemática (medida de área) – Educação Física (alimentação saudável) – Biologia (transgenia). Também como proposta de atividade semelhante ao documentário, Em busca de Joaquim Venâncio, poderia produzir um documentário sobre a biografia de Orides Balotin Guerra, que nomeia nossa escola. A produção pode ser feita através dos aparelhos celulares que os alunos possuem e outros recursos tecnológicos acessíveis aos alunos.Essa produção envolvera pesquisa quantitativa e qualitativa e análise de fotografias junto á família, colegas de trabalho, e outras pessoas que conviveram com ele.O trabalho objetiva conhecer sua história de vida e sua importância na educação.
Em relação a atividade sobre a noticia Ligações clandestinas causam risco de incêndios, é possível a produção de curtas metragens que denunciem o descaso do poder público em relação aos “gatos”, ligações clandestinas de fios de eletricidade, sem licença da concessionária de luz.Para isso é possível usar os recursos tecnológicos disponíveis, na escola e dos próprios alunos: gravando imagens e entrevistas dos moradores das próprias instalações clandestinas, ouvindo as autoridades competentes a respeito do problema. Por fim, como prática social final, a apresentação do documentário para a comunidade escolar.
Reflexão e Ação Caderno V
ORGANIZAÇÃO E GESTÃO  DEMOCRÁTICA DA ESCOLA
No CEEBJA, ouvindo as angústias e necessidades dos alunos, resolvemos preparar apostilas em cada disciplina priorizando o contexto social da fronteira.  Na Língua inglesa, por exemplo, elaborou-se uma apostila relacionada ao turismo e hotelaria, com expressões cotidianas que foram e têm sido uma salvação para os alunos que trabalham em diversos setores do turismo, inclusive  para aqueles que não trabalham no segmento da hotelaria ou turismo de Foz do Iguaçu. Sendo que a cidade é de natureza turística. Essa proposta  levou em conta a realidade da fronteira adaptando os conteúdos aos interesses  específicos de cada aluno e no contextos. Ao debatermos com o grande grupo acerca do levantamento de situações vividas na escola, com relação a gestão democrática, percebemos que não ocorre efetivamente. Segundo relatos de participantes são poucas as  discussões sobre sistematização e  a aplicabilidade dos recursos oriundos dos órgãos federais, estaduais e recursos da própria escola. As decisões nem sempre são tomadas no coletivo e sim, separadamente, os professores e demais funcionários raramente são convocados para sugerir a aplicação dos recursos.
Talvez a razão  pela qual isso ocorra seja a falta de cobrança, pois, pode-se observar que não é de costume os funcionários e professores exercerem o dever de cobrar prestações de contas e ou outros aspectos relativos a gestão democrática. Ao discutirmos com os colegas sobre tal tema, sentimos um “novo olhar”, um despertar de questionamentos. Sendo assim, surgiram algumas possibilidades de propor mudança nesse pensamento e atitudes, tais como solicitar com maior frequência a apresentação da prestação dos recursos recebidos, oportunizando a todos opinarem sobre a aplicabilidade. A participação no processo de compra de material pedagógico é um dos pontos mais fortes nas reclamações, bem como, a discussão e deliberação de outras ações. Os Conselhos Escolares têm função de  aprimorar a gestão democrática como espaço de decisão e deliberação das questões pedagógicas, administrativas, financeiras e políticas da escola. Dessa forma, o Conselho Escolar se torna um aliado na luta pelo fortalecimento da unidade escolar e na democratização das relações de ensino. Em nossa escola não temos Grêmio Estudantil. Os alunos são representados por um aluno convidado pela gestora da escola para compor o Conselho Escolar. O grêmio estudantil representa os estudantes da escola. Seu maior objetivo é unir e movimentar os estudantes para a discussão de seus direitos e deveres, debatendo assuntos diversos sobre escola, comunidade e sociedade. Dessa forma percebemos que é necessário que a escola construa essa entidade representativa. A Lei Estadual nº 11.057, de 17 de janeiro de 1995, em seu Artigo 1º diz: É assegurada nos Estabelecimentos de Ensino de 1º e 2º graus, públicos ou privados no Estado do Paraná, a livre organização de Grêmios Estudantis, para representar os interesses e expressar os pleitos dos alunos.
Reflexão e Ação Caderno VI
Conforme está determinado no PPP do CEEBJA Professor Orides Balotin Guerra as avaliações devem ser feitas de modo individual totalizando 6,0 pontos (avaliação escrita, oral) e coletiva totalizando 4,0 pontos (debates, trabalhos em classe e extraclasse, pesquisas em grupos, participação em sala de aula, entre outras) de acordo com o Regimento Escolar. A concepção de avaliação está no fato de analisar o desempenho individual da aprendizagem do aluno, observando o seu desenvolvimento na disciplina desde o inicio até o momento em que se determina o que ele assimilou dentro do que se espera.
A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica. Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta. A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios: investigativa ou diagnóstica; contínua; sistemática; abrangente e permanente. A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares propostas pelo professor, que possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos.
Os procedimentos e critérios para atribuições de notas são: as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade educativa; para fins de promoção ou certificação, serão registradas de 02 (duas) a 06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme descrito no regimento escolar.          A avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero); em: cada disciplina de acordo com a Resolução nº 3794 – SEED e freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual: o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da avaliação processual; para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a média final corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero); os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar do educando; o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver. Para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar. Quanto a Instâncias e participantes para definição da situação de cada aluno ao final do ano letivo, na nossa escola não existe conselho de classe para esse fim, quando surge algum problema, resolve-se cada caso individualmente juntamente com a equipe pedagógica da escola. Para os estudantes com Necessidades Educacionais Especiais há o acompanhamento individual por uma equipe de professores especializados nessa área. Nesses casos especiais as avaliações podem ser de diversas formas, por exemplo, em braile, com auxilio de ledor-transcritor, com maior tempo de duração feita em sala de aula com acompanhamento, e quando necessário em separado. Os professores regentes de sala também desenvolvem algumas estratégias para poder adequar-se às necessidades dos estudantes. Assim, oportunizando para que a aprendizagem ocorra de maneira tranquila e acessível, promovendo a igualdade e a acessibilidade para todos.
O CEEBJA não participa da SAEB, PROVA BRASIL ETC.. Não há como identificar ou levantar os dados devido à forma de estudo que é por disciplina. O rendimento do aluno é satisfatório, sendo o maior problema a evasão temporária dos alunos, embora exista um controle detalhado da evasão semestral. Há uma preocupação por toda a equipe pedagógica e docente devido ao abandono temporário, sendo algumas das causas o trabalho, dificuldades financeiras e problemas pessoais. A última a avaliação institucional realizada pela SEED-PR ocorreu em 2012. Nossa escola não faz avaliações institucionais próprias. Inteiramo-nos sobre o bom ou mau funcionamento da escola através dos comentários dos alunos. As questões que chegam até ao professor são rapidamente levadas à equipe pedagógica para que sejam logo resolvidas. Porém, acreditamos que seria interessante para a instituição usar com mais frequência esse instrumento, para ter indicadores de qualidade, nos diversos setores da escola. Em relação ao ENEM, os alunos fazem comentários, mostram os cadernos e discutem os resultados. Muitos temas que até então não abordávamos, com a leitura dos cadernos de provas, passamos a incluir em nossos planos. Em nossa escola, não preparamos os alunos para o ENEM, pois nem todos os alunos têm interesse em prestar o exame, porém, as questões são resolvidas na sala de aula, mostrando aos alunos a importância da leitura, interpretação e aprofundamento do conhecimento.

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Reflexão e ação caderno 1

 O conteúdo do caderno 1 deixou claro  que durante a trajetória  do ensino médio, em suas diferentes nomenclaturas e  ao logo da história do Brasil, a intenção do governo ”estado”  e de seus proponentes, era formar  trabalhadores  para o capital, para a execução de tarefas, para  o chão da fábrica, para atividades repetitivas e mecânicas. Formação de qualidade era para os filhos da aristocracia, da burguesia industrial e comercial e hoje para a classe dominante, visto que a riqueza a cada tempo se concentrou ainda mais, nas mãos de alguns. Os dados  apresentados e discutidos no caderno  confirmam que a escola pública estadual e sua mantenedora “o estado” terão que promover melhoria nas condições de trabalho e de valorização dos professores e funcionários, estruturar os espaços e tempos de trabalho, conforme citei acima, e, principalmente investir nos jovens exigindo que seus patões que cumpram o que está estabelecido na Lei, para o jovem trabalhador. Os dirigentes educacionais ao  perceber que este ou aquele jovem esta encontrando dificuldade de freqüenta a escola por motivos pessoais,  familiares ou de trabalho deve intervir  com diálogo e mesmo e Estado com bolsa para que ele não desista do estudo. O jovem de hoje, geralmente resolve duas a três vezes mais problemas, que vivenciávamos uma única vez. Hoje o jovem, muito cedo,  está envolvido em  diferentes situações  existenciais, emocionais, afetivas, econômicas,marginais,perigosas e criminosas que muito com, o colocam frente a problemas existências difíceis de serem vivenciados. Muitos vão morar junto aos 16 ou 17 anos - juntam-se, fazem sexo e  filhos, outros casam e separam - tem filho(s) não planejado(s), enfrenta relacionamentos desfeitos, troca de emprego, de parceiro (a) e outras situações que nós mais velhos, enfrentamos uma única vez. A complexidade da vida  urbana moderna trouxe para o jovem, a facilidade de acesso a muitas coisas, mas, o acesso exige dinheiro e para ter dinheiro, o jovem quer trabalhar, pois o imediatismo é para a  maioria o que interessa. Hoje a modernidade lhes trouxe mais problemas, nunca vividos pela juventude em outras épocas. Viver tantas situações, trabalhar e estudar, não é para qualquer um. E nesta dinâmica complexa, que o “estado, a escola pública e os professores” precisam pensar e investir para que  eles permaneçam na escola e conclua o ensino médio com qualidade. O conteúdo do caderno 1 deixou claro  que durante a trajetória  do ensino médio em suas diferentes nomenclaturas e  ao logo da história, a intenção do governo ”estado”  e de seus proponentes, era formar  trabalhadores  para o capital, para a execução de tarefas, para  o chão da fábrica, para atividade repetitiva e mecânica. Formação de qualidade era para os filhos da aristocracia, da burguesia industrial e comercial e hoje para a classe dominante, visto que a riqueza a cada tempo se concentrou ainda mais, nas mãos de alguns. Os dados  apresentados e discutidos no caderno  confirmam que a escola pública estadual e sua mantenedora “o estado” terão que promover melhoria nas condições de trabalho e de valorização dos professores e funcionários, estruturar os espaços e tempos de trabalho, conforme citei acima, e, principalmente investir nos jovens exigindo que seus patões que cumpram o que está estabelecido na Lei, para o jovem trabalhador. Os dirigentes educacionais ao  perceber que este ou aquele jovem está encontrando dificuldade de freqüenta a escola por motivos pessoais,  familiares ou de trabalho deve intervir  com diálogo e mesmo e Estado com bolsa para que ele não desista do estudo. O jovem de hoje, geralmente resolve duas a três vezes mais problemas, que vivenciávamos uma única vez. Hoje o jovem, muito cedo,  está envolvido co inúmeras situações emocionais, afetivas e econômicas que mexem muito com ele. Muitos vão morar junto aos 16 ou 17 anos - casa e separa - tem filho(s) não planejado(s), enfrenta relacionamentos desfeitos, troca de emprego, de parceiro (a) e outras situações que nós mais velhos, enfrentamos uma única vez. A complexidade da vida  urbana moderna trouxe para o jovem, a facilidade de acesso a muitas coisas, mas, o acesso exige dinheiro e para ter dinheiro, o jovem quer trabalhar, pois o imediatismo é para a  maioria o que interessa. Hoje a modernidade lhes trouxe mais problemas, nunca vividos pela juventude em outras épocas. Viver tantas situações, trabalhar e estudar, não é para qualquer um. E nesta dinâmica complexa, que o “estado, a escola pública e os professores” precisam pensar e investir para que  eles permaneçam na escola e conclua o ensino médio com qualidade.Última edição: sábado, 20 setembro 2014, 19:22 (1617 palavras)

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Caderno 2. Reflexões Finais

Caderno 2- Temática 2: O Jovem como Sujeito do Ensino Médio- discutir a identidade da juventude, com suas especificidades, sua relação com a tecnologia, com o mundo do trabalho e com a escola e reconhecer a diversidade e o protagonismo dos sujeitos do Ensino Médio.

O JOVEM COMO SUJEITO DO ENSINO MÉDIONa introdução do caderno 2 há um mapeamento dos conflitos  que ocorrem na escola entre estudantes e professores,  segundo o texto por coisas pequenas, há também uma indicação  de que o mapeamentos da realidade escolar hoje não é para achar culpados e sim encontrar caminhos para melhorar o desempenho, a freqüência, a permanência e o sucesso do jovem, na escola.   Com relação à nação de juventude temos de ter claro em nossa prática, que há uma diversidade de juventudes, muito maior da que podemos abarcar.No final do primeiro capitulo há um questionamento aos professore sobre: o que aconteceria se perguntassem ao jovens e as jovens estudantes, o que pensam e sentem sobre a escola de Ensino Médio? A proposta dessa atividade é a abertura dos professores à escuta e ao diálogo com os jovens, alternativas para a superação dos problemas de relacionamento e a realização da vida escolar Após os questionamentos há uma  sugestão de  atividades para dar inicio  a práticas alternativas de interação entre professores e alunos. È sugerido  que se motive os estudantes para que estes produzam coletivamente uma carta dos professores e professoras endereçada ao jovem estudante de sua escola? Minha análise sobre as sugestões é que este conteúdo é interessantíssimo, porém, precisamos encontrar maneiras simples de mobilizar os jovens a realizá-las. Precisamos estudá-las bem para melhor entender  o projeto e propor ações  efetivas para  os estudantes.  O diálogo proposto é o de “virar o jogo”, na prática de professores e alunos se culparem mutuamente  pelos insucessos escolares e construir novos relacionamentos  visto que não faz sentido se culpam mutuamente. A questão é entender para que serve a escola nos dias de hoje  quais as maneiras  de melhorar a convivência,  a aprendizagem e a formação. “Virar o jogo” e construir novos relacionamentos faz sentido, porém é necessário elaborar estratégias de reconhecimento mútuo, tais como mapas das identidades culturais juvenis do bairro, escrever cartas aos jovens estudantes para que eles se revelem além de suas identidades uniformizadas de alunos; promover jogos de apresentação na sala de aula, dentre outras atividades. E em quais outras iniciativas podemos pensar para ampliar o campo de conhecimento sobre quem são eles e elas que estudam e vivem a escola? Buscar perceber como os jovens estudantes constroem o seu modo próprio de ser jovem é um passo para compreender suas experiências, necessidades e expectativas. Com relação a este item considero o conteúdo muito interessante, porém faço uma observação. No jogo de “encontrar culpados” e de resolver a situação da escola de Ensino Médio com “ações paliativas” pode nos decepcionar novamente. Acredito que as questões apontadas são interessantes, porém não podemos nos esquecer da complexidade que é a vida hoje em dia. E qual a finalidade da educação/formação do sujeito para o mundo do trabalho. Certamente teremos que nos pautar em outras práticas se quisermos respostas diferentes. Nossos planos de trabalho e nossos livros didáticos são engessados, porém sair disso para algo qualitativamente melhor e sem perder o essencial “um ensino de qualidade” é uma caminhada que exige fôlego, pois reconhecer as identidades juvenis, seus sonhos e planos  requer outra postura dos dirigentes de estabelecimentos estaduais e professores do ensino médio. Podemos pensar, por exemplo, na dinamicidade que é o real, que é a vida de quem trabalha e que não tem tempo para ler e pensar sobre o que acontece, hoje, na economia, na política, na sociedade, nos conflitos e disputas econômicas e culturais, nos afetos e desafetos, nos arranjos e re arranjos sociais.Há muito que fazer e não é “teórico” como pensam alguns colegas.  É parar para se identificar, pra se conhecer e reconhecer também as dificuldades que os jovens de hoje enfrentam. Só assim poderemos pensar em mudança.  Para se perguntar, como trazer a dinâmica da vida juvenil, que  ao mesmo tempo vem a escola, mas por cansaço, e outras necessidades fica fora do portão ou nos corredores conversando assuntos pessoais que as aulas não abarcam. Aqui caberia uma pergunta. Por que muitos alunos vêm até á escola e ficam do portão e outros entram e ficam nos corredores e banheiros, conversando sobre assuntos dinâmicos de suas vidas, afetos e desafetos; problemas familiares, filhos fora de hora, amores e desemprego e novo emprego.Bem é preciso admitir que a verdadeira aula muitas vezes acontece, no funda da sala, onde muitos conversam sobre os dilemas de suas vidas. O que fazer então?  O que dizem os alunos sobre isto? Muitos  alunos escreveram que há aulas simplistas demais, explicações pouco esclarecedoras, professores  impacientes e que não sabem a matéria. Outros ainda culpam alguns colegas que não querem nada com nada e só incomodam e atrapalham a aula. Certamente teremos que fazer mudanças radicais, nos tempos e espaços de formatação do Ensino Médio se quisermos que esta etapa da Educação Básica avance.    Ao serem perguntados sobre o que mais conversam na internet, muitos alunos relataram que uma das coisas é conversar com os amigos sobre, namoro, sexo, problemas existenciais, e afetivos, os meninos dizem que conversam sobre o que “não presta”, bobeira sacanagem e sexo. Entender sobre as culturas juvenis requer que nos dialoguemos com os mesmos sobre: como determinados assuntos são analisadas por eles.As sugestões de atividade apresentadas no documento são interessantes e podem ser desenvolvidas em todas as turmas. Eu mesma  realizei no projeto do PDE em 2008/2009 com a temática “Juventude trabalhadora e escola”: um estudo sobre os jovens trabalhadores que freqüentam o ensino noturno no Colégio Estadual Novo Horizonte. Realizei pesquisa sobre onde trabalhavam? Que atividades realizavam? Que realização o trabalho lhes propiciava? Qual a média salarial recebida pelo trabalho que realizavam e o que faziam com o salário? Onde e em que gastavam? Apliquei um questionário tabulei e levantei inúmeras questões da realidade. O trabalho foi válido, fiquei surpresa com a realidade vivida pelos alunos, especialmente com a longa jornada; os baixos salários - de um grupo de 30 alunos -  dois recebiam mais que um salário mínimo. O relato do estresse e da canseira para cumprir as metas da empresa. Com relação às famílias dos jovens, a maioria é números, tendo em média de três a cinco pessoas, dentre elas duas a três crianças e em algumas com idosos ou mesmo pessoas com necessidades especiais. O que ficou evidente é que a tamanha dificuldade vivida por muitos não lhes tira o desejo de construir sua própria família.Outro dado importante foi analisar com a turma o resultado da pesquise, eles mesmos se surpreenderam, pois desconheciam a realidade de muitos colegas. Embora o trabalho tenha sido para um momento determinado e trabalhado com apenas algumas turmas facilitou a aproximação e confiança.Última edição: sábado, 20 setembro 2014, 19:27 (1213 palavras)

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Reflexão e ação caderno 3

Reflexão e AçãoTemática 3 - O CurrículoO Currículo do Ensino Médio, seus Sujeitos e o Desafio da Formação Humana Integral                                                                                                                                              Marlene Marques*1. No caderno três como nos demais cadernos do pacto o texto inicial apresenta os pressupostos e fundamentos para um Ensino Médio de qualidade social e faz referência aos objetivos de conhecer e discutir os pressupostos teóricos das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio e a relação desta com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio e as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica do Paraná e principalmente propõe reconhecer a importância do conhecimento escolar para a realização da função social da escola. O caderno deixa claro objetivos, porém, não tocar na estrutura econômica e social decorrente do capitalismo moderno e de como esta estrutura esta impactando o comportamento as atitudes, os valores éticos e estéticos que orientam as normas de conduta dos estudantes do Ensino Médio. Estão presentes em ambos os cadernos: o do Pacto Nacional e o do Pacto do Paraná uma proposição de se superar o caráter enciclopédico, dualista, fragmentado e hierarquizante do currículo numa esperança de se construir coletivamente, com dimensões explicativas um currículo menos fragmentado. No final do tópico é apresentada uma discussão sobre a relação existe entre o que ensinamos o mundo do trabalho, da tecnologia e da cultura.  O que ensinamos, no meu ponto de vista é parte da educação institucionalizada a mais de um século, com  enormes falácias e reformismos, pequenas modificações e ajustes,  que infelizmente continuam, ainda  servindo basicamente para fornecer, segundo (Mézaros, 2007), “os conhecimentos e o pessoal necessário à máquina produtiva em expansão do sistema capitalista como também gerar e produzir um sistema de valores que legitima os interesses dominantes”.Os inúmeros determinantes de tal realidade são produzidos e mantidos tanto pelas ações do Estado quanto pela prática da grande maioria dos educadores que, sujeitos de uma dada realidade histórica que frente a ideologia dominante e aos inúmeros reformismos se movimentam em favor de uma escola de cultura humanista para os ricos e outra escola pobre para os filhos dos trabalhadores, como a muito é confirmado por inúmeros pesquisadores.  Muitos professores e eu mesma no interior da escola participamos de discussões a cerca das mudanças necessárias, para o Ensino Médio, tanto no tocante aos espaços e tempos do curso, quanto nos conteúdos que ensinamos. No tocante aos conteúdos de ensino e as metodologias de abordagem, falta domínio teórico, conhecimento de mundo e da ciência que ensinamos, além de capacidade técnica que nos habilite trazer para o centro do debate pedagógico da sala de aula, os problemas da vivência dos jovens do ensino médio tanto, no âmbito das questões culturais, históricas e tecnológicas, para discuti-las de maneira contextualizada e abrangente, quanto, estrutura escolar menos fragmentada em seus tempos, número de horas aulas, por disciplinas e carga horária menos fragmentada.2. O segundo tópico da discussão apresenta as dimensões conceituais necessárias - trabalho, ciência, tecnologia e cultura - para a formação humana “omnilateral” que emancipe e humanize o homem, conciliado trabalho manual e intelectual. Para tanto aos jovens do ensino médio é necessário um trabalho pedagógico de estudo e reflexão sobre o conhecimento curricular nas dimensões do trabalho a partir de conceitos estruturantes das disciplinas e de sua ligação com a prática pedagógica.Após essas proposições, o texto sugere que se estabeleça um comparativo entre as “finalidades” emergenciais  da  Educação Básica, dimanadas tanto da realidade histórica, quanto da sistematização das ciências selecionadas em cada disciplina Embora o ponto de partida do ensino seja a realidade vivida dentro e fora da escola, o que estrutura o estudo da realidade é o conjunto conceitual específico de cada disciplina.  Em vista dessa consideração, o documento pede que se escreva um texto que evidencie as contribuições do que “você” eu, ensino na minha disciplina para o desenvolvimento da autonomia intelectual e moral de seus alunos, considerando minha experiência como aluna e como professora?Analisando esta abordagem percebo que, na escola onde atuo – escola, de um bairro industrial -, muitas vezes sou considerada incompreensível, pouco clara em minhas defesas, ou por vezes utópica demais, na crença de que, o conhecimento é para a classe trabalhadora, o passaporte de superação de subalteridade.   Tal constatação decorre tanto da minha condição de trabalhadora, quanto do que venho observando, na  vivência dos jovens. Para mim o conhecimento, garantiu uma profissão reconhecida e da qual me orgulho, para os jovens a escola e o que ensinamos, o conteúdo cientifico das disciplinas escolares, esta em último lugar, na lista de suas prioridades – pois o que conta para muitos é arrumar emprego, trabalhar para ganhar dinheiro e adquirir bens matérias – os últimos modelos de celulares - carros e mesmo motos, namorar e curtir a vida. Além disso, há inúmeras situações familiares, afetivas e de trabalho que lhes é posta diariamente, e que os leva a almejar apenas projetos aligeirados, pró - forma. O projeto existente é sempre imediatista ligado as necessidades de consumo e de auto - afirmação pessoal. Ou mesmo de sobrevivência. Poucos jovens traçam um caminho próprio e original. Frente a este quadro e a própria realidade escolar, é muito difícil trabalhar para a formação de pessoas com visão ampla, complexa, de longo alcance. Muitos assumem o discurso dominante, sem se perceber explorados. Outros se tornam alheios e embora se percebam explorados, não encontram o alicerce necessário para transpor as dificuldades.    A educação que penso ser necessária e o que procuro ensinar nas disciplinas de história e filosofia, é aquela que nos habilite a pensar como os sujeitos de outros tempos e espaços, se organizaram para vencer as circunstâncias do tempo, do espaço e das relações sociais. A importância, do saber teórico prático, necessário para superar a dicotomia “os que pensam e os que executam” na sociedade de classe. Mudar esta realidade é possível desde que tenhamos uma postura organizadora e disciplinada de estudo e trabalho,  que nos eleva a uma consciência superior ao imediatismo.  3. No tópico três do caderno apresenta um questionamento sobre a importância de regatarmos o conhecimento escolar no campo do currículo e o sentido da formação humana integral. Neste ponto de vista e retomando o conteúdo do caderno percebo que é importante reafirmar continuamente que tanto o estudo quanto o trabalho são atividades que exige “extremo cuidado e máxima seriedade”, notamos, porém,  que nossos alunos não sentem prazer em esmerar-se em seus estudos, são poucos os que o fazem e isto certamente, de pronto reflete em seu trabalho e vice versa. Nada na sociedade deve justificar formação aligeirada e protecionista, como muitos querem, ou ainda, ninguém deve subjugar a tarefa eximia de formação, a aventuras reformadoras. Rebaixar a formação escolar para liberar o jovem para o trabalho antes da hora é crime e temos que denunciar. Ninguém tem o direito de sucatear os serviços para elevar as condições escolares. Ambas são alternativas que não se sustentam, pois para os jovens trabalhadores do chão das fábricas precisamos lutar por uma escola “desinteressada”, ou seja: um escola que favoreça aos jovens para que estes se tornem homens, e que desenvolvam os critérios  necessários para o desenvolvimento e formação  do caráter. Porém diante do exposto, a formação humana integral só acontecerá quando disciplinarmos nosso espírito de investigação e drenarmos nossa impulsividade de amador, frente a seria empreitada de formação humana e integral.4. No tópico quatro é tratada a questão da integração curricular a partir das dimensões do trabalho, da ciência,tecnologia e cultura enquanto caminho possível na construção de uma perspectiva curricular integrada. Para este tópico a proposta é uma conversação junto aos professores do ensino médio, colegas de trabalho, organizado a partir dos documentos oficiais e do currículo vivido por seus alunos, para que estes percebam o sentido do conhecimento escolar, das experiências vividas mediadas por esse conhecimento e sobre a necessidade de outros conhecimentos e abordagens. Segundo os questionamentos do item é para  conduzir a discussão com os demais colegas, de modo a fazer emergir propostas, sugestões de outros encaminhamentos para o currículo, para sua disciplina e para outros arranjos.Nas discussões ficou evidente que há por parte da maioria dos professores uma dificuldade em entender a finalidade principal da Educação Básica e de sua finalidade na formação integral dos sujeitos do Ensino Médio. Evidenciou-se também, que alguns  professores não conseguem realizar a “transposição didática”, isto é não conseguem tomar da realidade empírica dos alunos, os conhecimentos da realidade e devolve-los novamente para a realidade transformados/ iluminados pelo conhecimento científicos produzidos pela humanidade”. Outros, professores procuram maneiras de considerar os avanços tecnológicos e culturais de sua disciplina, e os articulam a realidade imediata  buscando a formação de sujeitos do mundo e não apenas para o mercado de trabalho.É notório, portanto, que nosso papel na escola não é “o de formar trabalhadores para as empresas”, porém, na maioria das afirmações é este o discurso que vem a tona. “A empresa tal esta ofertando tal curso”. Entendo que o papel da escola, diferente do da empresa é formar para “o mundo do trabalho”, que é diferente e mais abrangente do que formar para o trabalho. Neste último, a empresa deve fazer segundo suas condições e necessidades, a instrumentalização para o trabalho que o jovem vai realizar. A formação sólida nas diferentes disciplinas, nas dimensões do trabalho, da ciência, da cultura e da tecnologia é papel da educação escolar, é trabalho do professor, que ao evidenciar a luta humana em cada época, tendo em vista a superação dos problemas do seu tempo, e de sua cultura, pode apresentar para  alunos a seqüência dos esforços, dificuldades, acertos e vitórias pelas quais a humanidade passou. Esta metodologia pode ser mais educativa do que apresentar o conteúdo da disciplina de maneira esquemática.Ensinar um conteúdo presente no currículo oficial ou nos livro didáticos, produzido para jovens, muitas  vezes sem existência concreta, como os alunos que estão a nossa frente, é um desfio constante, se quisermos avançar, precisamos dar  a máxima  importância, a história da nossa matéria,  pois para formar para a vida precisamos contar aos nossos alunos, a luta humana frente às condições do meio e da convivência social. Precisamos recriar estas condições nas situações do presente. Precisamos avaliar se os problemas de matemática, de geometria, de física, de biologia e de linguagem, foram resolvidos para poucos, para muitos ou se toda a humanidade se beneficiou de tais avançosPercebe-se ainda, que alguns professorem, frente ao jogo de culpados, onde as empresas culpam as escolas pela “pouca qualidade da mão de obra que os jovens estudantes prestam”, sem perceber a falácia e o lugar de quem faz tal afirmação, sentem-se mexidos a formar mão de obra barata e melhor para o mercado. Outros não desejam isto, mas pensam que sua disciplina deve formar para o vestibular. Notei que é preciso deixar claro que nosso trabalho deve estar pautado em uma formação profunda, não doutrinária, mas que parta da experiência profunda entre companheiros. A formação humana é algo lento, que requer vencer etapas, resolver problemas, frente à natureza, a cultura e a sociedade.. MÈSZÁROS, Istvám. O desfio e o fardo do tempo histórico: o socialismo no século XXI. SP. Biotempo, 2007..  Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio: Formação Continuada para os Professores doEnsino Médio do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.Departamento de Educação Básica. – Curitiba: SEED - Pr., 2005.. Brasil. Secretaria de Educação Básica.  Formação de professores do ensino médio, etapa I - caderno III : o currículo do ensino médio, seu sujeito e o desafio da formação humana   integral / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica;  [autores : Carlos Artexes Simões, Monica Ribeiro da Silva]. – Curitiba: UFPR/Setor de Educação, 2013.                                                Última edição: sexta, 19 setembro 2014, 23:03 (2078

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