Só se pode garantir uma formação humana integral a partir do momento que se propicie a todos os sujeitos da sociedade uma base igualitária, que não faça distinção entre os eixos existentes (Ensino médio particular, ensino médio profissionalizante federal, ensino médio profissionalizante estadual, ensino médio regular, indivíduos fora da escola). Para isso, é necessário pensar em ações que se iniciem no processo de aprendizado com a elaboração do ppp, neste todos os conhecimentos devem ser agregados, organizando-os de modo igualitário sem privilegiar ou menosprezar nenhum aspecto da formação humana integral, possibilitando ao sujeito a capacidade de formar eixos estruturantes ligados ao trabalho, a ciência, a tecnologia e a cultura.
A formação educacional cientifica não deve ter como foco apenas o aprendizado de conteúdos técnicos para o acesso ao ensino superior ou para aprovação no enem, mas deve garantir uma formação humana integral com competências técnicas capaz de atuar no mercado mas também um principio racional moral e ético que deve garantir que o educando possa realizar uma leitura completa do mundo para a atuação como cidadão pertencente à uma sociedade.
Nesse sentido o conceito de trabalho deve ser compreendido como principio educativo, e como educativo, o trabalho é capaz de propiciar conhecimento e saberes necessários a manutenção da vida inserindo-o a um grupo, mas também como elemento necessário para a sobrevivência, pois dá ao sujeito meios econômicos para suprir suas necessidades.
Comments
CADERNO 4 – LINGUAGENS orientadora SIMONE MIRIAN RIZENTAL- INT
REFLEXÃO E AÇÃO: CADERNO 4 – LINGUAGENS (atividade da página 14)
Os conhecimentos da área de Linguagens e as relações com a Pedagogia Histórico-crítica De acordo com o caderno 4, são os conhecimentos sobre linguagens que, ao serem mobilizados na atividade educativa, podem favorecer o alcance de direitos de aprendizagem e desenvolvimento no Ensino Médio. E faz a seguinte exposição desses conhecimentos: 1) O conhecimento sobre a organização e o uso crítico das diferentes linguagens. Diz respeito às diversas possibilidades de uso das linguagens em práticas sociais, que quando chegam ao estudante de forma significativa, possibilitam uma ampliação de saberes relativos à produção de identidades, das relações sociais e da própria realidade. 2) O conhecimento sobre a cultura patrimonializada local, nacional e internacional. Compreende o acesso à cultura patrimonializada pelo viés da reflexão crítica sobre o próprio processo de patrimonialização, sempre envolto em ideologias, interesses e jogos de poder, compreendendo desse modo também o acesso aos bens culturais que não foram institucionalizados. Se por um lado têm-se patrimônios como as cidades históricas, a literatura, as artes plásticas, há também todo um conjunto de expressões do bairro e da própria escola que são bens culturais importantes para o posicionamento daqueles sujeitos na estrutura social. Muitas vezes, a comunidade perde em organização social e bem-estar por não conhecer e lutar pela valorização de um patrimônio seu. 3) O conhecimento sobre a diversidade das linguagens. Está relacionado à valorização e/ou desvalorização de grupos à medida que compreende a construção das identidades socioculturais, e a consequente inserção em práticas políticas, éticas e estéticas. Os estudantes podem se beneficiar do compartilhamento e da reflexão sobre o outro e o que o constitui. O conhecimento sobre a diversidade se legitima pela vivência da diferença, não cabendo aí a imposição de algumas codificações culturais como melhores que outras. 4) O conhecimento sobre a naturalização/desnaturalização das linguagens nas práticas sociais. Compreende o reconhecimento de que as manifestações de linguagem se estabilizam através de um processo histórico e social que envolve relações de poder e hegemonia. Muitas das representações que tratamos como naturais e imutáveis, podem manter relações de colonização, de desigualdade de gêneros, de preconceitos étnico-raciais. Quando os estudantes se percebem como produto e produtores de linguagens, podem desenvolver-se uma dimensão crítica sobre a linguagem que, desnaturalizada, favorece a participação e a mudança social. 5) O conhecimento sobre autoria e posicionamento na realização da própria prática. Trata-se de um conhecimento sobre as possibilidades e limites da própria ação que se forma pela experiência da participação política e do protagonismo. Consiste, além disso, em uma ampliação das referências através das quais os estudantes estabelecem critérios que permitem avaliar a sua própria conduta, e entender e caracterizar a conduta dos outros. 6) O conhecimento sobre o mundo globalizado, transcultural e digital e as práticas de linguagem. Compreende as práticas e problemas sociais resultantes dos ajustes e desajustes nos planos macroeconômicos, tecnológicos, de comunicação e transporte que impactam as formas de ser e agir no mundo contemporâneo. Assim, esse conhecimento diz respeito à prática social transversal e globalizadora decorrente do rompimento das fronteiras espaço-temporais que põem em cena as mestiçagens linguísticas, culturais, étnicas, sociais etc. características desse início de século. O acesso a saberes sobre o mundo digital é fundamental aos estudantes do Ensino Médio, pois:1) as práticas digitais, direta ou indiretamente, impactam o seu dia-a-dia,2) certamente já lhe despertam o interesse, o que favorece o ensino significativo,e 3) delas podem melhor se apropriar técnica e criticamente para sua participação social e profissional. Nesta unidade discutimos a formação da área de Linguagens, o conceito de linguagem e apresentamos os conhecimentos da área. Agora vamos refletir um pouco sobre esses temas através da discussão do vídeo Teatro de sombras, Grupo Atraction:1. Assistir ao vídeo, procurando observar e anotar:a) Quais são as relações entre linguagem e construção da realidade;b) Como as práticas de linguagem estão atreladas aos contextos sociais e históricos;c) Como os conhecimentos de linguagem listados acimas aparecem no vídeo.2. Produzir um texto relacionando as questões discutidas com a prática pedagógica do CEEP, destacando os limites e as possibilidades da integração das disciplinas que tem a linguagem como fio condutor, e de que forma as demais disciplinas contribuem (ou não) com essa prática, pensando que nossa linha educacional é a Pedagogia Histórico-crítica. Histórico: Porque nesta perspectiva a educação também interfere sobre a sociedade, podendo contribuir para a sua transformação. Crítica: Por ter consciência da determinação exercida pela sociedade sobre a educação.3. Postar no GER e Emdiálogo.
No Centro Estadual de Educação Profissional Pedro Boareto Neto, as disciplinas da área de humanas se utilizam de peças teatrais, produções visuais, interpretação e construção textual para compreender como ocorre a construção humana nos diferentes períodos da historia. As áreas de ciências da natureza, ao utilizar os laboratórios para experiências empíricas, exigem dos seus alunos a produção de relatórios referente a tais práticas. Os professores de matérias técnicas trabalham com a produção de texto científico, pesquisa escolar e através de livros da literatura clássica, técnica e específica, contribuindo para a assimilação de conteúdos programáticos. Cabe observar que perpassa por todas as disciplinas a linguagem patrimonial e historicamente construída. Por outro lado, cada disciplina apresenta linguagem específica e necessária para a compreensão e apreensão dos conceitos cientificamente construídos. Há por parte do corpo docente um esforço continuo de, através das formações continuadas, debates formais e informais, vinculação de atividades interdisciplinares e praticas diversas, aplicar no cotidiano tais conhecimentos. Tais atividades colocam tanto docentes como discentes, diante do ”jogo da linguagem” respeitando tanto a cultura patrimonializada quanto a diversidade cultural.
orientadora SIMONE MIRIAN RIZENTAL- INTEGRANTES: VANDER FABIO SILVEIRA, PAULA SANTETTI, MARCIO SANTETTI, SILVANO MATUCHESKI, MARISA CHERINI.