Evasão escolar está presente no cotidiano escolar, com maior incidência para estudantes na faixa etária entre 15 a 17 anos que estudam no ensino médio noturno. Esses estudantes, na maioria deles, trabalham para aos ajudar a complementar a renda familiar. Essa jornada diária colabora para a desmotivação e para falta de interesse nos estudos. Cansados e com poucas expectativas acadêmicas os discentes desistem da escola. Assim abrem mão da formação no ensino médio.
Desde do início da invasão portuguesa o modelo europeu educacional esteve presente na formação do povo brasileiro. A princípio os jesuítas ensinaram a língua portuguesa aos nativos para catequizá-los, foi uma forma de dominação, assim iniciou o longo caminho até chegar aos dias atuais. Para a população em geral, não havia obrigatoriedade nem incentivo aos estudos, nem escolas para todos. Os filhos da elite brasileira eram enviados a Europa para receber formação em Letras, Direito e Medicina. Até a década de 60 do século passado, o ensino médio se subdividia em curso normal, curso científico e curso clássico. Após esse período a nomenclatura foi passada para colegial, onde se estudava os três primeiros anos e quem quisesse fazer o antigo normal e clássico deveria cursar mais um ano. É importante ressaltar que poucos tinham acesso a essa escola, os trabalhadores e seus filhos tinham uma formação voltada para o trabalho e os filhos da classe elitizada freqüentavam instituições educacionais com uma formação mais erudita.
Os subsídios necessário para a promoção e o desenvolvimento e uma formação educacional que humaniza o ser humano perpassa a auto disciplina intelectual e a autonomia moral que dêem possibilidades a posterior especialização cientifica ou prática produtiva. Essa fase escolar deve colaborar para levar o aluno a ser responsável e a ter autonomia no processo de ensino e aprendizagem para subsidiar as relações no trabalho intelectual como no trabalho braçal.
A universalização do ensino médio está atrelada ao poder econômico dos estudantes. A partir do momento em que de fato seja investido em políticas sociais que possibilitam a igualdade de condições acadêmicas para todos, os estudantes retornaram para os bancos escolares sem a preocupação com seu trabalho e o auxílio familiar.
Comments
Vergonha
Será que uma pessoa preconceituosa deveria ter espaço para falar tantas mentiras, a senhora apenas reproduz um discurso repetitivo o do europeu catolco malvado e no dia a dia faz o mesmo.