Problematizar o vivido

Como professores de sociologia no Ensino Médio temos que ter em mente algumas dificuldades geralmente enfrentadas na escola e como transformá-las a fim de garantir um ensino de sociologia que contribua na problematização daquilo que nossos alunos vivenciam no cotidiano.

A primeira dificuldade geralmente enfrentada pelo professor de sociologia é a carga horária da disciplina: na maioria das escolas, 1 hora-aula semanal. Isso significa que durante os três anos do ensino médio o aluno terá cerca de 120 horas-aula dessa disciplina. A efeito de comparação: um curso de graduação em sociologia tem mais de 3 mil horas-aula. Logo, temos que ter em mente que nossos alunos não sairão desse nível de ensino como sociólogos. Com isso, surge a segunda dificuldade, a saber: o que fazer com 120 horas-aula para que a sociologia possa fazer diferença ao aluno?

Esse é o "x" da questão em torno dessa disciplina, o que fazer? Discutir a partir das ideias de autores? Focar nos clássicos? Trabalhar temas ou conceitos? Um pouco de cada? Dar ênfase a assuntos que podem ser mais relevantes à realidade do aluno? Como saber que assuntos são esses?

Dessa forma, espero que possamos discutir a fim de compartilhar meios de ensinar e também aprender sociologia: temas relevantes, métodos inovadores, recursos necessários etc. A contribuição dos alunos na discussão será essencial, pois eles são os principais avaliadores de nosso trabalho, logo, sinta-se à vontade para contribuir com a discussão, caro aluno, cara aluna.

Boa discussão!

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imagem de Márcio Kleber Morais Pessoa

Realidade do aluno

Um dos princípios pedagógicos da educação escolar constantes das Diretrizes Curriculares Nacionais é o de contextualização do ensino. Assim, cabe aos educadores buscar investigar a realidade do aluno para adequar suas metodologias de ensino a ela. Isso se mostra mais importante ainda quando percebemos em algumas coasiões o aprofundamento de preconceitos e estigmas por parte dos próprios profissonais em relação aos alunos, aos seus modos de pensar e agir, isto é, verdaeiros preconceitos de classe social (para maiores informações, conferir: http://www.automacaodeeventos.com.br/sbs2013/inscricao/resumos/0001/PDF_... ).

Como minha origem social é a mesma dos alunos, esse trabalho é até cert ponto facilitado para mim; contudo, não deixo de pesquisar sobre a realidade deles através de questionamentos no início do ano letivo e até aplicação de questionários para ter informações mais concretas. Essa é uma sugestão que considero valiosa para que todos os professores façam, pois criticar o aluno por suas posturas e ações não facilitará em nada o trabalho do docente em sala de aula, penso.

 

 

Abraços.

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