POLÍTICA

O miniconto, a seguir, é de autoria de Leonardo Brasiliense, e se encontra em seu livro Adeus conto de fadas (minicontos juvenis) [Rio de Janeiro: 7 letras, 2007, p. 45].

Leonardo Brasiliense é natural de São Gabriel-RS, e nasceu em 1972. É autor de outros livros, dentre eles, Whatever (2007, pela Artes e Ofícios)

Disponível em: http://migre.me/fI27Y. Acesso em: 10 ago 2013.

De repente, ao final ou início de uma aula, diversificando (e já multiplicando) o nosso trabalho daquele dia, pois podemos estar às voltas com apresentações de pesquisas, com diversos temas em discussão, peço a eles para ler alguns dos minicontos de Leonardo Brasiliense, ou algum trecho de Caio Ritter ou Sérgio Klein. E, assim, a vida - a vida da aula e do pensamento - vai criando mais cores nas questões, sempre sob o auxílio indispensável da imaginação.

"Os adultos vivem dizendo que adolescente não gosta de política. Será que é questão de gosto? A gente aqui cheio de problemas, tentando levar a vida apesar do corpo que muda a cada dia, dos hormônios que nos empurram pra essa coisa complicada que é o sexo, desta porra de indefinição que não nos deixa à vontade em nenhuma tribo, que nos faz sentir deslocados até dentro de casa ... e eles ainda querem que se pense no futuro do país! Será que são tão incompetentes que não dão conta do recado sozinhos? Afinal, estudaram tanto e "amadureceram" tanto pra quê?"

 

 

  

 

 

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Comments

imagem de Elisabete Trentin

Política

É verdade...

Adulto desconsidera a opinião de adolescentes para algumas coisas, mas precisa consultá-los para outras.

Quando se trata de política, penso que o jovem brasileiro entende da maioria do que acontece no país. Eles estão ligados, porém seu mundo individual tem tantas exigências e inquietações que pensar em política não é prioridade.

Além do fato de que muitos políticos põem seus interesses acima dos do país, fazem manobras corruptas e trabalham quando querem. Estes precisam resgatar sua credibilidade junto à população primeiro. Então por que haveríamos de gastar nosso tempo com eles?

Temos que ficar atentos sim ao que fazem e não votar mais neles se for o caso, mas falando francamente: se nem adulto tem vontade de acompanhar a política brasileira, como podemos esperar tal compromisso dos adolescentes?! 

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